Graça Inesperada - Episódio 2
Raquel: Quando Nancy Leigh DeMoss foi convidada para um relacionamento, ela primeiro precisou buscar a vontade de Deus.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Sou uma mulher que é, acima de tudo, leal à autoridade das Escrituras e ao senhorio de Cristo. Eu sabia que, até aquele momento, tinha sido equipada e presenteada pelo Senhor para servi-Lo como uma mulher solteira. Há passagens no Novo Testamento, em particular, que parecem indicar que, se você puder servir ao Senhor como solteira, então deve fazê-lo. E eu disse: "Preciso saber pela Palavra de Deus se há liberdade para considerar o casamento."
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Ontem, começamos a primeira parte da série chamada "Graça Inesperada: A História de Robert e Nancy." Ouvimos como Nancy se sentiu chamada para o ministério desde jovem e abraçou o dom do celibato enquanto seguia nesse ministério. Também …
Raquel: Quando Nancy Leigh DeMoss foi convidada para um relacionamento, ela primeiro precisou buscar a vontade de Deus.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Sou uma mulher que é, acima de tudo, leal à autoridade das Escrituras e ao senhorio de Cristo. Eu sabia que, até aquele momento, tinha sido equipada e presenteada pelo Senhor para servi-Lo como uma mulher solteira. Há passagens no Novo Testamento, em particular, que parecem indicar que, se você puder servir ao Senhor como solteira, então deve fazê-lo. E eu disse: "Preciso saber pela Palavra de Deus se há liberdade para considerar o casamento."
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Ontem, começamos a primeira parte da série chamada "Graça Inesperada: A História de Robert e Nancy." Ouvimos como Nancy se sentiu chamada para o ministério desde jovem e abraçou o dom do celibato enquanto seguia nesse ministério. Também conhecemos Robert Wolgemuth, que perdeu sua esposa Bobbie, depois de uma batalha contra o câncer, com quem foi casado por quarenta e quatro anos.
Quando Robert começou a enviar e-mails e a conhecer Nancy, ela não tinha certeza se poderia entrar em um relacionamento, se Deus tinha outros planos para ela naquele momento de sua vida. Esta história de amor muito diferente é um lembrete para todas nós de buscar a vontade e a direção de Deus para cada fase e grandes momentos de decisão de nossas vidas.
Agora, vamos continuar de onde paramos, quando Robert estava enviando e-mails para Nancy.
Nancy: Em determinado momento, recebi um e-mail de Robert que era mais informativo, dando informação sobre o que estava acontecendo na família dele, mas não era intensamente pessoal. Lembro-me de pensar: "Um, que interessante."
Robert Wolgemuth: Eu conhecia Nancy, então enviei um e-mail para ela. Eu queria saber para onde o Senhor poderia levar isso.
Nancy: Ele me mandava e-mails, e eu respondia, mas não muito rapidamente.
Robert Wolgemuth: Minha suspeita era de que Nancy sabia que meu contato com ela era algo fora do comum.
Nancy: Mas, lembro-me de pensar em um certo momento: "Será que ele tem outra intenção... talvez?" Então, eu estava apenas tentando ser cuidadosa e sábia, sempre em oração, e também com o desejo de me dispor ao plano de Deus para minha vida.
Raquel: Robert e Nancy trocaram e-mails e mensagens de texto por várias semanas. E então Robert perguntou se eles poderiam ter uma conversa pessoalmente.
Nancy: Eu sabia que ele era um homem de Deus. Tinha visto seu caráter, sua integridade, sua reputação. E senti que não seria certo dizer "não" a uma conversa.
Raquel: Nancy e Robert conseguiram se encontrar em um dia frio e de muita neve em Chicago.
Robert Wolgemuth: Nancy e eu nos sentamos àquela pequena mesa redonda de conferência, e eu respirei fundo e disse: "Bem, aqui estamos. Estou ansioso para ter essa conversa. Gostaria de conhecê-la melhor."
Nancy: Conversamos sobre várias coisas, e então ele meio que chegou ao motivo de sua visita.
Robert Wolgemuth: No final do nosso tempo juntos... eu não sabia para onde isso estava indo, e Nancy também não sabia. Então, bem no final, eu disse: "Tudo bem para você se eu continuar a me corresponder com você e ver para onde o Senhor pode nos levar?"
Nancy: No começo, eu disse: "Tenho muito respeito por você, e nunca ouvi nada negativo sobre você." Conhecemos muitas das mesmas pessoas. Tínhamos muitos amigos e ambientes em comum porque ambos estávamos envolvidos em publicações e ministérios.
E eu disse: "Eu gostaria de deixar claro que, até este momento da minha vida, sempre entendi ter um chamado para ser separada pelo Senhor para servi-Lo como uma mulher solteira.
E se isso algum dia mudar, antes de eu entrar em um relacionamento, ou até mesmo considerar casamento, eu precisaria saber que o Senhor estava redirecionando minha vida e que 1 Coríntios 7, que fala sobre a devoção sem distrações que um servo solteiro do Senhor pode ter, não se aplicaria mais a mim e eu teria minha devoção dividida.
Não é ruim; é maravilhoso, mas é diferente porque a pessoa casada, como o apóstolo Paulo diz, deve gastar tempo e esforço e energia descobrindo como agradar seu cônjuge e como servi-lo. E, em muitos aspectos práticos, há uma atenção dividida entre o Senhor, que é sempre o primeiro, e o cônjuge.
Eu disse: "Eu precisaria saber que o Senhor estava me redirecionando, mudando meu chamado." Ele poderia fazer isso, mas até aquele momento, eu não tinha tido nenhum sinal.
A outra coisa que eu disse foi: "Até agora, o Senhor nunca despertou amor no meu coração por um homem, e Deus teria que colocar algo no meu coração que nunca esteve lá."
Ao dizer isso, eu não estava dizendo "não". Eu estava dizendo o mesmo que disse quando a oportunidade do ministério de rádio surgiu, a qual resultaria em uma mudança monumental na minha vida. Não era algo que eu achava que faria, poderia fazer ou queria fazer. Mas eu não podia dizer "não" sem antes perguntar ao Senhor: "É isso que queres?" Porque meu versículo de vida é Lucas 1:38, onde Maria diz ao anjo: "Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo o que você falou.”
Essa foi a essência da conversa que acabei de ter. Eu não tinha paz para dizer "não". Eu tinha paz para dizer "ok", sem qualquer ideia de como o Senhor direcionaria e qual seria o resultado.
Robert Wolgemuth: Eu podia ver que dizer "sim" era algo muito grande para ela. Então, quando terminou nossa conversa, eu disse: "Gostaria de orar com você". E eu orei.
Nancy: "Senhor, colocamos essa situação diante do Senhor com as mãos abertas. Não é o nosso querer, mas o Teu. E não é sobre nós, é sobre Ti e Teus propósitos no reino e o que Te agradaria e o que Te traria glória."
E desde aquele ponto inicial, foi uma doçura, apenas viver com as mãos abertas.
Para mim, nas primeiras semanas após aquele encontro inicial, a questão principal era: Será que Deus está redirecionando minha vida para considerar algo que não considerava há trinta e cinco anos ou mais? Eu não diria que estava fechada para o casamento. Nunca disse isso. Mas não estava no meu radar. Isso foi como um deslocamento sísmico, um terremoto, acontecendo no meu coração. Não tanto em um nível emocional inicialmente, mas em um nível muito fundamental, pensando: Isso seria uma mudança enorme. Pensa numa pessoa acostumada com seus próprios hábitos, como dizem por aí.
Tenho seguido um certo ritmo. Estou em um momento frutífero de ministério. Estou em um momento doce da minha vida. Nunca estive tão bem espiritualmente, fisicamente, emocionalmente. Eu estava realmente numa fase muito boa.
E eu sabia que seria uma mudança enorme no meu pensamento, no meu estilo de vida, em muitos aspectos, fazer uma mudança para o casamento - a qual eu não tinha contemplado por eras.
Mas a coisa mais importante para mim era saber pela Palavra de Deus: Será que tenho a liberdade para considerar essa possibilidade se eu poderia ser, pelo que eu sabia até aquele ponto, feliz solteira? Há algumas passagens nas Escrituras que te fazem pensar sobre isso.
Há uma passagem em Mateus capítulo 19 e eu não vou entrar em todos os detalhes aqui, mas eu cheguei a ela no meu tempo de oração na primeira semana depois do nosso encontro.
Eu sou uma mulher que é, antes de qualquer outra lealdade, leal à autoridade das Escrituras e ao senhorio de Cristo, e se não há liberdade pela Palavra de Deus, então, para mim, é algo que você nem deveria considerar. Algo que não se brinca nem se cogita. Simplesmente não é uma possibilidade.
Essa passagem em Mateus 19 me chamou a atenção durante o meu tempo de oração. Eu estava pensando: "O que Jesus está dizendo aqui? Ele quer dizer que, se você pode ser feliz servindo a Ele solteira, deveria? Ou há permissão para considerar o casamento?" Não estava claro. Eu tinha estudado bastante essas passagens. Li muitos comentários bíblicos. A verdade é que os comentários às vezes divergem sobre passagens difíceis da Bíblia.
Bem, eu sabia (isso tudo durante a primeira semana após aquele encontro com Robert Wolgemuth) que John Piper, ao longo dos anos, havia abordado esse assunto e a teologia bíblica do casamento e da solteirice e já havia pregado sobre ser solteiro pelo reino de Deus. Eu sabia que ele tinha escrito sobre isso, e ele foi uma pessoa que me veio à mente. Eu havia me encontrado com ele algumas vezes. Não posso dizer que o conhecia, mas senti: Ele é um homem que poderia me ajudar com esse texto.
Mandei um e-mail para o assistente dele, e disse: "Eu sei que o Pastor John é um homem muito ocupado (eu tenho que dizer 'não' para muitos pedidos como esse que gostaria de responder), mas há alguma chance de que ele poderia responder em uma ligação ou e-mail para me ajudar a pensar sobre um determinado assunto?"
Bem, para explicar a pergunta, eu tive que contar um pouco da história, e um pouco se tornou um pouco mais. Então acabei enviando um e-mail super longo. Eu não disse sobre quem eu estava falando, mas disse: "Como você sabe, eu tive durante toda a minha vida um forte chamado para ser separada para servir ao Senhor como uma mulher solteira, e fiz isso de bom grado por todos esses anos. E agora, esse homem, que ama a Cristo, entrou na minha vida e está interessado na possibilidade de um relacionamento. Eu acho que talvez Deus esteja começando a despertar amor no meu coração."
Eu não sabia bem como identificar o que era, mas sabia que antes de mais nada eu queria lidar com essa questão bíblica. E eu expliquei isso. Perguntei: "Existe alguma chance de ele falar sobre isso comigo?"
Tenho que contar para vocês, dentro de algumas horas, naquele mesmo dia, recebi um e-mail de volta do Pastor John. Ele foi tão gracioso e sábio e (o que eu realmente amo) bíblico. Ele começou o email dizendo gentilmente que estava pensando em oração sobre o que sabia ser essa uma "espécie de perturbação santa na minha vida." Ele disse: "Eu, é claro, não posso dizer qual é a coisa certa a fazer, mas leia minhas palavras em oração e peça ao Senhor para falar com você." E ele não só abordou essa questão bíblica e teológica específica que eu tinha, que era a única coisa que eu realmente tinha pedido. Mas, de uma maneira muito útil, ele a abordou, e me ajudou a ver que aquela passagem não estava realmente dizendo o que eu pensava que estava dizendo.
E, dentro dos próximos dias, enquanto eu processava tudo que ele havia escrito, percebi que realmente havia liberdade bíblica para considerar um relacionamento, que eu não estava obrigada a ser uma pessoa solteira. Se Deus estava agora oferecendo uma nova dádiva, então eu não estava obrigada a manter a dádiva da solteirice. Apesar de não saber ainda o que eu deveria fazer, sua orientação me liberou para estar aberta à possibilidade. Isso foi muito importante para mim. Eu precisava desse discernimento.
Nas minhas reflexões, ao explicar a situação ao Pastor John, eu fiz uma espécie de pergunta retórica: "Uma das coisas que estou me perguntando é: Ele talvez quer me santificar de uma maneira como uma mulher casada em áreas da minha vida que talvez não aconteçam como uma mulher solteira?" Eu não estava realmente esperando que John Piper respondesse essa pergunta, mas ele respondeu.
Ele disse, essencialmente, “A solteirice santifica.” Bem, eu experimentei isso ao longo dos anos, e qualquer mulher solteira sabe que há um processo de santificação. E ele continuou, "O casamento santifica." E qualquer mulher que é casada há algum tempo sabe que isso é verdade. Depois ele disse: "Quanto a qual santificaria mais (casamento ou solteirice), eu não posso dizer. Mas acho que a resposta a essa pergunta para você está em Romanos 8:28-29." Esse é um versículo que todos conhecemos. Fala sobre aqueles que amam a Deus e são chamados segundo o Seu propósito, que Ele então conforma à Sua imagem—isso é santificação. Ele disse: "Eu acho que a resposta sobre qual te santificaria mais—casamento ou solteirice—é qualquer decisão que você tome por amor a Deus."
Raquel: O conselho do Pastor Piper ajudou Nancy a ajustar sua perspectiva.
Nancy: Eu comecei a ponderar sobre isso. Não parei de ponderar porque percebi que isso enquadrou a questão de forma diferente. Não se tratava do amor de Robert Wolgemuth ou do amor pelo casamento ou do amor pela solteirice ou do amor pelo ministério como eu o conhecia ou, com certeza, do amor por mim mesma. Não se tratava de nada, em última análise, além do amor de Deus.
Isso me fez refletir como o amor por Deus deve impactar não só os objetivos que buscamos, mas também as decisões e ações que tomamos ao longo do caminho. Isso me fez questionar quais ações ou escolhas eu deveria fazer por amor a Deus, como eu posso viver isso ao longo dessa nova jornada.
Essa troca com o Dr. Piper foi extremamente útil. Ele me ajudou a entender melhor algumas dessas passagens e o que elas diziam e não diziam, e dentro de alguns dias ou uma semana, comecei a perceber que havia liberdade, biblicamente. Para mim, me liberou para considerar que talvez um relacionamento realmente poderia ser algo diferente que Deus tinha para essa nova fase da minha vida.
Raquel: Nesse ponto, Nancy e Robert Wolgemuth começaram um namoro à distância.
Nancy: Havia uma doçura e pureza em nos conhecermos, fazendo muitas perguntas, compartilhando nossas jornadas. No início desse processo, comecei a ler alguns dos livros dele. (Ele na verdade escreveu mais livros do que eu, e muitos deles sobre casamento e questões familiares.) Ao mesmo tempo, ele estava lendo alguns dos meus livros, entre eles o livro Mentiras em Que as Mulheres Acreditam.
Ele estava lendo meus livros para descobrir o que eu acreditava sobre ser uma boa esposa. Eu estava lendo os trabalhos dele para descobrir o que ele acreditava sobre ser um bom marido. Essa foi uma das maneiras pelas quais nos conhecemos no início, o que foi útil.
Porém, em nossas conversas, nosso cortejo, comecei a conhecê-lo além da superfície, além da persona profissional e pública. Ambos somos pessoas públicas, então sabíamos muito um sobre o outro. Sabíamos muito para respeitar um ao outro. Conhecíamos muitas pessoas que nos conheciam. Então eu podia ir a amigos; ele podia ir a amigos meus. "O que você sabe sobre a Nancy? O que você sabe sobre o Robert Wolgemuth?" E, é claro, sempre há a Internet. Certo?
Havia muito para apreciar, muito para admirar. Mas vou te contar, o que foi mais lindo para mim foi quando começamos a nos conhecer de verdade em um nível mais pessoal. A gente trocava mensagens de texto. A gente mandava e-mails. E, deixa eu te dizer, a gente mandava muitas mensagens. Às vezes eu surpreendia o Robert Wolgemuth com o tamanho das minhas mensagens. Ele dizia: "Com certeza você está fazendo isso no computador."
Eu respondia: "Não, estou fazendo no meu celular."
E ele dizia: "Como você consegue escrever textos tão longos no celular?"
Eu dizia: "Eu poderia escrever um livro no meu celular."
Eram e-mails longos. Tivemos muitas conversas online sobre o que é importante para nós, compartilhando nossas visões e descobrindo como cada um de nós enxerga diferentes assuntos.
Em determinado momento, eu orei (isso foi no início, quando ainda estávamos trocando muitas mensagens). Pedi ao Senhor: "O Senhor poderia mover o Robert a sentir que seria importante conversarmos pelo telefone?" Isso foi apenas alguns dias após nosso primeiro encontro, e em menos de vinte e quatro horas ele disse: "Vamos fazer uma ligação." Fiquei muito grata por isso.
E eu estava em oração, assim como ele, durante todo esse processo. "Senhor, nos mostre como esse relacionamento deve se desenrolar, como deve ser." Em um momento, eu disse: "Eu realmente acho que é muito importante para nós conversarmos porque ambos somos escritores. Ambos somos muito expressivos na escrita. E poderíamos nos apaixonar um pelo outro apenas por nossas mensagens e talvez não nos conhecer de verdade." Eu realmente achava importante, assim como ele, que começássemos a ouvir a voz um do outro.
Uma das coisas que eu amava era que o Robert era o líder, nos levando juntos a buscar o Senhor, e nos dirigindo em oração. Eu acho que, como mulheres, às vezes colocamos os homens em uma prisão de nossas expectativas, sobre como deve ser um líder espiritual. E às vezes queremos que os homens façam exatamente da mesma maneira que nós faríamos como mulheres. Acho que precisamos ter cuidado com isso, essas expectativas podem não ser realistas.
Mas eu sei que a oração é super importante. Eu sei que buscar o Senhor é prioridade. E uma das coisas que eu pedi ao Senhor foi: "Se este é um relacionamento que Tu queres que eu considere e que nós sigamos em frente, poderia fazer com que ele liderasse na oração?"
E eu não disse isso a ele, mas desde o primeiro encontro, e acho que posso dizer com segurança que em todas as ligações que tivemos desde então, nós oramos juntos, e 95% das vezes, é o Robert quem diz: "Vamos orar."
Houve muitos momentos em que, apenas no curso de uma conversa, ambos tivemos a consciência de que Cristo estava conosco naquele momento—nas nossas mensagens, nos nossos e-mails, nas nossas ligações e, desde então, sempre que estávamos juntos, sabíamos que éramos um trio, que estávamos coram Deo, na face de Deus, na presença de Cristo.
Havia essa paz incrível de Cristo que reinava no meu coração. Mesmo antes de eu ter uma noção de qual seria o resultado, havia um senso de que Deus estava no controle, e Ele estava liderando, e eu estava seguindo Ele, e ouvindo Sua voz. Isso me trouxe grande alegria. As conversas com Robert estavam me trazendo grande alegria, as mensagens, os e-mails, as ligações, os momentos de oração. Eu estava amando tudo aquilo. Eu estava gostando muito. Meu coração estava sendo atraído por ele. Mas acima de tudo havia essa sensação super doce de que Deus estava presente.
Eu não quero ser mística sobre isso, mas vou te contar, eu tinha um senso, não muito diferente do que acho que talvez os israelitas experimentaram no Antigo Testamento, quando a nuvem se movia e eles sabiam que era hora de seguir em frente. Então a nuvem ficava por um tempo, e eles diziam: "Agora é hora de montar acampamento." Mas a nuvem era a presença de Deus. Na verdade, eu não vi nenhuma nuvem ou pilares de fogo como os israelitas viram no Antigo Testamento, mas no meu coração—e não é esse o papel do Espírito Santo em nós? Ele é a presença de Cristo em nós. No meu coração, havia esse sentimento de que a nuvem estava se movendo.
Eu estava estacionada neste lugar como mulher solteira por muito tempo. Foi um bom lugar, foi lindo, foi certo, foi frutífero e foi alegre. Mas comecei a acreditar que a nuvem da presença de Deus estava se movendo. Era cedo demais para dizer com certeza para onde ela iria, para onde me levaria, mas havia muita alegria para mim naquela combinação de conhecer Robert, orar junto com ele, buscar o Senhor juntos, eu também ouvir ao Senhor. E aquela sensação do Espírito Santo se movendo dentro de mim e dizendo: "Estou te levando para um lugar diferente agora."
Raquel: Nancy Leigh DeMoss e Robert Wolgemuth têm compartilhado uma história de amor muito diferente conosco. Nancy voltará em breve.
Antes de se deixar levar pelas fortes emoções do romance, Nancy primeiro perguntou: "Qual é a vontade de Deus? Como posso glorificá-Lo?" E, quando ela sentiu liberdade para estar aberta a um relacionamento, ela perguntou: "Que tipo de caráter um marido piedoso deve exibir?"
Essas perguntas são muito importantes. Espero que muitas mulheres as considerem quando chegar a hora de pensar em seus relacionamentos.
À medida que Nancy e Robert Wolgemuth se conheciam antes do noivado, Nancy nunca disse três pequenas palavras poderosas, "Eu te amo." Descubra por que amanhã no Aviva Nossos Corações.
Agora ela está de volta com alguns pensamentos finais.
Nancy: Minha jornada nesse processo, minha história, é obviamente diferente da de qualquer outra pessoa, e a sua é diferente da de qualquer outra pessoa. Os detalhes têm sido diferentes, e certamente ser solteira todos esses anos e servir alegremente ao Senhor como mulher solteira, e chegar a considerar a perspectiva do casamento na casa dos cinquenta, não há muitas histórias assim.
Porém, acredito que há componentes dessa história que, eu diria, devem ser verdadeiros para qualquer pessoa que esteja pensando em casamento em qualquer idade. Eu tenho muitos amigos jovens com quem caminhei durante um processo de namoro e cortejo que, em muitos casos, levaram ao casamento. Muitas jovens vieram a mim ao longo dos anos perguntando: "Como posso saber se ele é o certo? Eu deveria me casar?"
E conforme busco compartilhar a sabedoria da Palavra de Deus com os outros, eu sempre digo o seguinte a qualquer pessoa, em qualquer idade, buscando o Senhor sobre o casamento: “É essencial, acima de tudo, saber que sua própria vontade está rendida à vontade de Deus. É crucial que a atitude do seu coração—não apenas sobre o casamento, mas qualquer outra coisa na vida... Devemos ter filhos? Não devemos? Devo aceitar este emprego? Devo me mudar? Devo construir esta casa? Devo comprar isso ou aquilo? Seja coisas grandes ou pequenas, o objetivo é que minha atitude sempre seja: "Senhor, eu quero o que Tu queres—não a minha vontade, mas a Tua seja feita," ou "Faz a minha vontade ser o que a Tua vontade é. Eu quero a Ti. Quero o que vai Te agradar. Quero o que vai Te honrar. Quero o que vai avançar o Teu reino."
E, nesse processo, sim, temos emoções. Sim, temos desejos, e esses não são necessariamente pecaminosos ou coisas ruins. Porém, certifique-se de que essas emoções, que podem ser muito voláteis—elas podem variar, dependendo de quão bem você dormiu, o que você comeu, com quem você esteve, que tipo de influência você está recebendo—emoções podem variar. Elas podem ser uma montanha-russa. Certifique-se de focar no que é firme, o que é constante, o que é seguro que é a Palavra de Deus. São os caminhos de Deus. É a sabedoria de Deus.
Portanto, meu objetivo no meu próprio relacionamento, e eu diria a qualquer um que esteja considerando casamento ou qualquer outra decisão que mude a vida, é dizer: "Senhor, guia-me pelo Teu Espírito, e deixa minha mente Te seguir, deixa minhas emoções Te seguirem também."
Raquel: Visite o nosso site e na transcrição deste episódio temos o link de um pequeno vídeo com a história de Robert e Nancy: Graça Inesperada.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
Clique aqui para o original em inglês.