Graça Inesperada - Episódio 3
Raquel: Quando Nancy Leigh DeMoss começou um relacionamento com Robert Wolgemuth, ela estava feliz servindo ao Senhor sozinha por muito tempo.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Até agora, o Senhor nunca havia despertado amor no meu coração por um homem. Então, Deus teria que colocar algo novo em meu coração.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Esta semana estamos ouvindo a inesperada história de amor entre Nancy e Robert Wolgemuth. É uma história que nos ajuda a refletir sobre nossas vidas. Estamos totalmente entregues ao Senhor? Ele controla todas as partes da nossa vida?
Durante o namoro, Nancy e Robert começaram a se conhecer melhor lendo os livros um do outro e tendo muitas conversas juntos. Embora Nancy estivesse vendo a liderança de Deus nesse relacionamento, e embora seu amor e respeito por Robert estivessem crescendo, ela ainda estava lutando com a …
Raquel: Quando Nancy Leigh DeMoss começou um relacionamento com Robert Wolgemuth, ela estava feliz servindo ao Senhor sozinha por muito tempo.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Até agora, o Senhor nunca havia despertado amor no meu coração por um homem. Então, Deus teria que colocar algo novo em meu coração.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.
Esta semana estamos ouvindo a inesperada história de amor entre Nancy e Robert Wolgemuth. É uma história que nos ajuda a refletir sobre nossas vidas. Estamos totalmente entregues ao Senhor? Ele controla todas as partes da nossa vida?
Durante o namoro, Nancy e Robert começaram a se conhecer melhor lendo os livros um do outro e tendo muitas conversas juntos. Embora Nancy estivesse vendo a liderança de Deus nesse relacionamento, e embora seu amor e respeito por Robert estivessem crescendo, ela ainda estava lutando com a pergunta: "Será que o casamento é a vontade de Deus para a minha vida?" Aqui está Nancy.
Nancy: Tudo isso era muito novo para mim! Acho que para a maioria das pessoas isso pode soar um pouco estranho, mas se você pensar em quantos anos eu servi ao Senhor como uma mulher solteira, com o entendimento de ter recebido o dom do celibato, essa foi uma mudança sísmica!
Raquel: Esse relacionamento foi um tipo de interrupção santa na vida de Nancy. Isso a fez buscar ao Senhor de novas maneiras. E Deus foi fiel em dar-lhe sabedoria enquanto ela orava e esperava nEle.
Nancy: Algo inesperado surgiu na minha mente, algo que eu nem sabia que existia, e isso veio à tona logo no início desse processo. Eu estava na minha igreja em um domingo de manhã, participando do culto e louvando na presença do Senhor.
Mas a ideia de um relacionamento não saía da minha cabeça. Essas conversas e a possibilidade de casamento eram completamente novas para mim. Eu estava começando a amar esse homem e queria entender o que o Senhor pensava sobre tudo isso. Porém, o conceito de estar casada — com qualquer pessoa — era tão estranho e distante para mim que eu me perguntava: "Será que isso é realmente possível? É algo desejável? No fundo, é isso que eu quero?"
Acredito que ao seguir a Cristo e amá-Lo, Ele dá os desejos do nosso coração. Uma das perguntas que eu estava fazendo era: "Este é um desejo que está brotando no meu coração, apesar de eu nunca ter considerado antes?"
Enquanto eu estava sentada na igreja naquela manhã de domingo louvando ao Senhor — Ele estava ministrando ao meu coração — estávamos cantando um corinho contemporâneo baseado em uma antiga canção gospel: "Senhor, eu preciso de Ti, como eu preciso de Ti, a cada hora eu preciso de Ti."
Durante a canção, enquanto eu cantava, eu estava afirmando: "Senhor, sim, eu preciso de Ti. Eu quero Tua presença e Tua ajuda e Tua graça na minha vida nesta nova fase," algo me veio à mente que eu nunca havia notado antes.
Fico um pouco envergonhada de dizer, porque agora, olhando para trás, penso: De onde isso veio? Mas percebi que, por mais que eu achasse que o casamento era um ótimo plano — o plano de Deus — para a maioria das pessoas, eu tinha esse sentimento meio enterrado de que, para mim, casar seria aceitar menos do que o melhor de Deus.
Quando tomei consciência desse pensamento, percebi que precisava lidar com essa ideia. A partir desse momento uma conversa com o Senhor aconteceu na minha cabeça. Claro, não houve uma conversa audível, mas foi uma progressão ao longo da próxima hora. Comecei a perceber, como se o Senhor estivesse dizendo o seguinte para mim:
Você passou sua vida amando contar às pessoas a história do evangelho — a antiga, antiga história de Jesus e Seu amor. Você usou o casamento como uma imagem disso. É a maior imagem terrena da história da redenção celestial: Deus buscando uma Noiva para Seu Filho. O Filho vindo à terra, nos escolhendo como Sua Noiva, nos atraindo para Si, nos conquistando, e nós dando nosso amor e nossos corações a Ele e dizendo, "Sim, Senhor. Eu Te amo, e quero ser Tua!"
Essa é a história da redenção, e o casamento retrata isso tão lindamente. Eu contei essa história com grande alegria, entusiasmo e paixão. É como se o Senhor estivesse dizendo para mim [como eu ouvi]:
Você contou essa história por décadas como uma mulher solteira. E se, por uma temporada da sua vida, Eu quisesse que você contasse essa mesma história como uma mulher casada, ilustrando-a de uma maneira diferente, a partir da sua própria vida, algo que você nunca foi capaz de fazer antes? Seria esse um chamado menor?
Naquele momento, consegui ver com mais clareza e alegria que, se isso era o que o Senhor tinha para mim, então esse seria o maior chamado possível. Na verdade, no meu livro "Mentiras em que as Mulheres Acreditam", uma das verdades que destaco no final é: "Na vontade de Deus, não há chamado maior do que ser esposa e mãe."
E, de fato, já recebi algumas críticas sobre isso. Algumas pessoas me escreveram ao longo dos anos dizendo: "Você parece dar a entender que casamento e maternidade são um chamado maior do que ser solteira." Eu sempre disse que a expressão chave é "na vontade de Deus". Então, para mim, "na vontade de Deus" como mulher solteira todos esses anos foi o maior chamado.
Mas acho que o que eu realmente não tinha internalizado emocionalmente, até aquele momento, era que na vontade de Deus—se essa fosse a vontade de Deus para mim—não haveria chamado maior do que glorificá-Lo como esposa, como mulher casada.
Poder, através da minha vida, de uma maneira diferente, contar a história da redenção e responder à iniciativa e amor de um homem da maneira que sempre disse que nós, como Igreja, a Noiva de Cristo, devemos responder ao Seu amor, e mostrar no meu respeito por um homem, na minha reverência por ele como marido, a forma como chamei a Noiva de Cristo a reverenciar e respeitar a Cristo todos esses anos.
Para mim, isso foi outro marco. Foi uma grande liberdade e uma liberação no meu relacionamento com o Senhor poder dizer: "Se isso é o que Tu tens para mim, isso será um chamado lindo e elevado, e eu posso Te glorificar dessa maneira."
Como sempre, tentei dizer no íntimo do meu coração: "Senhor, o que Te agrada, o que Te traz mais glória, é o que eu quero." E aquele momento me deu a liberdade de pensar que talvez essa fosse a maneira pela qual eu poderia glorificá-Lo — de uma forma diferente do que nas décadas anteriores.
Nos primeiros meses do nosso namoro até o noivado, provavelmente a qualidade número um que capturou meu coração foi ver o amor desse homem por Cristo, pela oração, pela Palavra de Deus. Ele se levanta muito cedo pela manhã, e todas as manhãs começa o dia na Palavra, de joelhos.
Eu sabia que Robert não estava fazendo isso só para mim. Ele não me conhecia bem o suficiente naquele momento para saber o quão importante isso era para mim, mas eu estava vendo cada vez mais — em diferentes circunstâncias da vida — seu caráter, seu coração. Eu pensava: Este homem me lembra Jesus! Estou experimentando o amor de Cristo de maneiras doces e ternas que estão mexendo com meu coração de uma forma diferente do que já experimentei antes.
Raquel: Deus estava despertando o amor em Nancy à medida que ela observava o amor de Robert por Cristo e seu caráter piedoso. Enquanto isso acontecia, o Senhor também estava ajudando Nancy a ter uma nova perspectiva sobre o incrível e redentor amor de Cristo!
Nancy: Como o Senhor quis, em Sua providência, na mesma semana em que Robert e eu tivemos nosso primeiro encontro, cheguei, na minha leitura normal da Bíblia, ao livro de Rute. Encontrei-me mergulhando nessa história pelas semanas seguintes e vendo-a através de uma lente diferente da que tinha no passado.
Um dos versículos que tem um significado incrível para mim nessa jornada é Rute 2:10. Se você voltar e ler nossas trocas extensas de mensagens ao longo dos meses, verá que muitas vezes eu simplesmente escrevo a referência, Rute 2:10.
Agora, a maioria das pessoas não sabe de cabeça o que Rute 2:10 diz, e eu não posso citá-lo de cabeça, mas deixe-me lê-lo para você. O contexto aqui é que Rute veio como uma estrangeira — uma mulher moabita, viúva. Ela está desamparada; está na pobreza; veio para Israel com sua sogra viúva, e elas estão tentando sobreviver.
Rute assumiu o lugar de uma colhedora de grãos humilde. O lugar mais baixo na escala socioeconômica daquela cultura era ser uma colhedora de grãos. Você basicamente colhe os restos da colheita. Rute acaba, por acaso (a versão Nova Almeida Atualizada da Bíblia diz: "por casualidade entrou") em um campo pertencente a um homem chamado Boaz.
Bem, não foi acaso algum — foi a providência de Deus. Mas o que Rute não sabia, e o que Boaz não sabia, era que eles eram parentes por casamento. A família do marido de Rute era parente da família de Boaz.
Na lei do Antigo Testamento, Boaz poderia ser o remidor de Rute, para redimi-la da pobreza, da miséria. Mas ela não sabia disso. Ela estava apenas sendo fiel em fazer o que devia para tentar alimentar a si mesma e a sua sogra.
Boaz a encontra; ele se interessa por ela. Há muitos outros colhedores, muitos outros trabalhadores, mas ele vem e a percebe, expressando que vai fornecer provisões e proteção para ela, e que ela não será prejudicada de forma alguma pelos homens que são os ceifeiros.
Rute fica maravilhada com isso. Ela fica impressionada e não tem ideia porque esse homem se interessaria por ela. Agora, Rute 2:10:
“Então Rute se inclinou e, encostando o rosto no chão, disse a Boaz: "Por que o senhor está me favorecendo e se importa comigo, se eu sou uma estrangeira?”
Depois, alguns versículos abaixo, no versículo 13, ela diz a ele:
"Meu caro senhor, você está me favorecendo muito, pois me consolou e falou ao coração desta sua serva, e eu nem mesmo sou como uma das suas servas.”
Bem, ao ler essa passagem repetidamente, comecei a me sentir como a personagem Rute na história. Estou seguindo minha vida, cuidando das minhas coisas, tentando fazer o que Deus me chamou para fazer, e acabo tropeçando neste campo de graça—que foi o que o campo de Boaz se tornou para Rute. É um lugar onde estou agora, experimentando graça e amor abundantes de uma maneira diferente de tudo o que já experimentei antes.
Gostaria de deixar claro porém que jamais me senti como uma viúva empobrecida ou desamparada, porque a graça de Deus na minha vida sempre foi abundante. Mas comecei a experimentar, através desse homem Robert Wolgemuth, o amor de Deus e a graça de Deus de uma maneira abundante, diferente, doce e preciosa. Eu estava maravilhada com isso!
Eu me encontrava pensando nisso repetidamente, e minha maneira de dizer isso a Robert era simplesmente escrever essa referência, Rute 2:10, em uma mensagem: "Por que você me notou? E por que você derramou seu amor, sua graça e sua bondade sobre mim?" Eu ainda não me acostumei com isso. Não tenho certeza se algum dia vou me acostumar. Espero que nunca me acostume!
Porque acho que, em nosso relacionamento com o Senhor, é apropriado sempre termos esse sentimento: "Senhor, por que me salvaste? Por que deste Tua vida por mim? Por que me trouxeste ao Seu campo de graça?"
Acredito que no casamento, não é a humildade que vai sustentar e manter uma amizade e um relacionamento e a unidade do coração quando houver momentos difíceis, desafios, quando enfrentarmos diferenças? Acho que se qualquer parceiro deixar de se maravilhar que Deus os deu um ao outro, então você está se preparando para o conflito—ou para o que o orgulho faz. Ele levanta muros, cria barreiras.
Portanto, se eu vou ser bem-sucedida neste casamento, acho que a qualidade número um precisa ser a humildade. Isso não é uma falsa humildade da minha parte. Isso é um sentimento genuíno de admiração e espanto—que este homem me escolheu para ser sua.
Quero dizer que, durante todo esse processo, uma das coisas que realmente amei foi ver Deus me dar uma nova ternura e sensibilidade para com Ele. Sempre quis isso, e experimentei em alguns momentos.
Minha tendência é ser bastante "racional" no meu relacionamento com o Senhor—bastante "lado esquerdo do cérebro", e geralmente não sou inclinada a expressões mais emocionais da minha fé e no meu relacionamento com o Senhor. Estou sempre ansiando por uma maior intimidade com Ele, um maior senso da Sua presença, mas tendo a pensar de forma racional primeiro e depois sentimental.
E, ver o Senhor durante essa fase enquanto eu estava... Sim, buscando-O com toda a minha mente, mas também buscando-O com meu coração e vendo-O amolecer meu coração através da iniciativa e do amor de Robert Wolgemuth foi um verdadeiro instrumento de Deus começando a suavizar meu coração de maneiras que eu não tinha experimentado assim antes.
Então, era amor? Sim. É amor? Sim. Mas não é apenas o amor de Robert Wolgemuth. Está tudo entrelaçado com o amor de Cristo, e eu me vi experimentando o amor de Deus de maneiras novas, frescas e doces. Eu nem sei como separar esses dois amores, e não tenho certeza se eles deveriam ser separados.
Não tenho certeza se é para ser separado, porque não devemos amar a Deus com todo o nosso coração, alma, mente, força—todo o nosso ser? Acho que de uma maneira diferente, experimentei essa união do meu coração para amar e temer o Senhor. Todo esse processo fez parte de tornar isso realidade.
Raquel: Em qualquer relacionamento que se encaminha para o casamento, é importante ter limites apropriados para a pureza emocional e física. Nancy e Robert levaram isso muito a sério.
Nancy: À medida que o relacionamento se desenvolvia, uma das coisas que eu tinha em mente—e eu sabia que Robert também—era: "Quais são os limites apropriados para esta fase do relacionamento?" Nosso relacionamento estava mudando, desde o momento em que nos sentamos no escritório de nosso amigo no Moody Bible Institute, passando pelo namoro, o cortejo, os primeiros dias.
Eu estava sempre buscando o Senhor sobre "o que é apropriado dizer, o que não é apropriado expressar neste momento?" Queria ter cuidado para não enganar esse amigo. Paulo fala sobre isso em 1 Tessalonicenses, referindo-se à pureza moral. (Aqui novamente, Robert e eu estávamos apenas trocando mensagens de texto—nem estávamos fisicamente juntos no mesmo lugar.)
O que significa defraudar alguém? De certa forma, acho que significa criar expectativas que, naquele momento, você não pode cumprir de maneira justa. Não queria iludir esse homem. Não queria dizer ou expressar coisas que estavam além do que eu acreditava que o Senhor me dava liberdade para dizer naquele momento.
Há uma imagem no Cântico dos Cânticos que acho muito doce. O noivo aplaude isso. É na temporada que antecede o casamento, onde ele fala sobre os olhos de sua amada e seu rosto estarem atrás de um véu.
Isso é poesia. Não acho que era um véu literal, mas há uma sensação de que você não mostra tudo de imediato. Mesmo no relacionamento de corte e namoro, acho que há uma maneira apropriada de mostrar seu coração, suas palavras, a si mesma.
Isso é diferente no primeiro encontro do que quando você fica noiva, diferente à medida que você se aproxima do casamento. Como saber onde estão essas linhas? Acho que é aí que você precisa ser tão sensível ao Espírito Santo.
Houve um momento em nossas mensagens de texto—eu estava tentando ser muito cuidadosa e reservada, acho que de uma maneira boa. Mas era de uma maneira diferente, porque eu estava baixando a guarda que existia em minha vida em relação a homens casados com quem eu trabalhava (por exemplo) que existia há décadas (e ainda existe—eu ainda tenho essa guarda em lugar nos relacionamentos).
Eu sou a mulher que vivia com essas cercas altíssimas, como uma mulher trabalhando em um ministério com muitos homens, e foi uma coisa diferente para mim dizer: "Há algumas coisas que posso expressar; há maneiras de responder ao afeto e à iniciativa deste homem."
Eu estava navegando por tudo isso e pensando: O que é apropriado? O que é saudável? O que nos mantém em um lugar onde...? E ambos expressamos esse desejo. "Não queremos dizer ou fazer coisas no início deste relacionamento que possamos olhar para trás mais tarde e nos arrepender."
E se o Senhor não nos levasse ao casamento? Não queríamos ter que dizer, "Eu dei uma parte do meu coração ou palavras." Talvez o mundo não pensasse nada disso, mas queríamos proteger e manter isso como algo saudável e puro, para que não tivéssemos arrependimentos.
Mesmo que o Senhor nos levasse ao casamento, não teríamos forçado, não teríamos incitado emoções e desejos que teriam sido prematuros. Tudo isso pode parecer um pouco obsessivo, mas ao ouvir o Senhor e segui-Lo, acho que Ele torna isso claro.
Por exemplo, houve um momento em nossas mensagens de texto (e estávamos trocando muitas mensagens de texto, e eu estava tentando ser pensativa, sempre em oração) em que disse algo (não lembro a frase exata) como "meu querido doce amigo " ou algo assim. Usei a palavra "meu", e isso foi muito cedo.
Tive um alerta no meu espírito depois de usar a palavra "meu", e pensei: Você sabe o quê? Você ainda não é "meu". Ainda não há um compromisso de longo prazo aqui. Não que isso seja uma regra, mas naquele momento tive esse alerta no meu coração de que disse um pouco mais do que deveria, um pouco mais cedo do que o melhor.
Voltei para ele—enviei uma mensagem—e disse: "Não quero parecer estranha aqui, mas o Senhor colocou em meu coração que eu disse isso um pouco mais cedo do que deveria." A comunicação sempre foi algo que valorizamos muito.
Raquel: Robert também valorizava a comunicação e, como o iniciador deste relacionamento, achou importante dizer algo a Nancy uma noite enquanto estavam jantando.
Robert Wolgemuth: Eu disse a ela, "Nancy, quero que você saiba de uma coisa. Eu te amo." E continuei, "Ao dizer isso, não estou pedindo nem esperando uma resposta. Estou apenas te dizendo como me sinto." E ela disse algo muito interessante— algo que nunca me esquecerei.
Nancy: Bem, eu disse a ele naquela noite (e nós meio que rimos disso agora, porque), na verdade, a primeira coisa que eu disse foi, "Obrigada." Eu fiquei muito grata por ele estar expressando como se sentia. Eu estava grata pelo amor dele. Eu estava grata por saber como Deus estava o conduzindo.
Mas eu também disse a ele: "Deus colocou no meu coração que não sinto a liberdade de dizer essas palavras de volta para você, 'Eu te amo', até que eu também esteja pronta para dizer 'sim' ao casamento." Essas são palavras que nunca disse a um homem em um relacionamento de namoro, e eu queria dizê-las.
Três palavras—três pequenas palavras. Qual é o grande problema? Não estou dizendo que seria errado ou que seria errado para outra pessoa dizê-las, mas queria torná-las realmente especiais. Eu queria dizer: "Quando eu disser essas palavras, também estarei dizendo: 'Sim, eu me casarei com você.'"
Robert Wolgemuth: Isso foi maravilhoso, foi o suficiente. Mas algo aconteceu. Eu disse a ela que a amava na quarta-feira, e na sexta-feira estávamos sentados na reunião, e a Escritura, 1 João 4:19, veio à minha mente. "Nós amamos porque ele nos amou primeiro."
Então, naquela noite, eu disse a Nancy: "Estou feliz em ser o iniciador. (Agora, não estou me comparando a Jesus—só para deixar claro.) Mas Ele foi o primeiro. Nosso amor por Jesus é uma resposta ao Seu amor por nós.
Estou feliz—estou disposto e feliz—em ser a pessoa que inicia isso." "Nós o amamos porque ele nos amou primeiro" se tornou um marco realmente importante no meu relacionamento com Nancy e, eu acho, no entendimento dela sobre o que eu estava fazendo em termos de estar disposto a amá-la e cortejá-la.
Novamente, sob a liderança do Espírito Santo, isso não era algo humano de tentar "ganhar", mas deixá-la saber como eu me sentia e, em seguida, orar para que, se fosse a vontade do Senhor, Ele falasse ao coração dela e um dia ela dissesse isso de volta para mim.
Nancy: E assim, para mim, vindo de anos e anos de ser tão cuidadosa e não entregar meu coração ou meu afeto físico, eu estava muito grata por estar com este homem que tinha sido tão gentil, tão cavalheiro, tão terno, tão doce ao querer proteger meu coração e meu relacionamento com o Senhor.
E, no entanto, ele não tinha medo de falar na minha vida, de desafiar algo—de desafiar meu pensamento sobre algo, de apontar uma perspectiva diferente, ou mesmo de falar sobre algo. Eu pedi a ele: "Quero que você fale na minha vida. Quero ser ensinável. Quero ser humilde. Quero alguém que me ajude a ver coisas sobre como eu me comporto, sobre como eu comunico que talvez eu esteja cega, não consiga ver, ou sou teimosa demais para lidar. Quero alguém que não tenha medo de mim, que não se sinta intimidado por mim.
E vejo isso em Robert, mas vejo de uma maneira gentil e amável. Surgiram várias coisas durante esse período—sobre nossos planos e agendas. Ele sugeria algo talvez um pouco diferente do que eu tinha em mente, e eu sentia uma grande liberdade para discutir essas coisas.
Uma coisa que ele me disse no início, que significou muito, foi: "A partir de agora, para o resto de nossas vidas, se o Senhor nos levar ao casamento, quero que você saiba que tem a liberdade de dizer qualquer coisa que esteja no seu coração. Você não precisa ter medo. Pode falar."
E eu sinto essa liberdade. Sinto liberdade para sugerir ideias diferentes das dele, ou para discordar, mas também sinto liberdade—muita liberdade—para ouvir com muito cuidado e respeito, e seguir a direção que está no coração dele, porque sei onde ele está buscando essa sabedoria. Sei aonde ele vai buscar essa direção. Ele vai ao Trono; ele vai ao Senhor.
E eu estou dizendo: "Senhor, posso confiar em Ti. E porque confio em Ti e sei que este homem está buscando a Ti, posso confiar nele." E isso se tornou algo realmente significativo para mim enquanto comecei a considerar a possibilidade de casamento.
Depois de todos esses anos buscando o Senhor sozinha e tendo que tomar muitas dessas decisões de vida sozinha, foi uma grande mudança de paradigma pensar em fazer isso com outra pessoa. Quando você sabe que essa outra pessoa está buscando o Senhor de todo o coração... Uau!
Raquel: Nancy e Robert Wolgemuth estão nos contando uma história de amor muito diferente. A história deles de buscar o Senhor por Sua vontade em suas vidas lembra a todos nós de depender Dele em cada temporada e situação.
Aqui na transcrição deste episódio temos o link de um pequeno vídeo com a história de Robert e Nancy: Graça Inesperada. Visite o nosso site e clique na aba “Podcasts” para acessar o transcript deste podcast.
Depois que Robert começou um relacionamento com Nancy, ele ficou surpreso quando uma amiga lhe contou o que sua primeira esposa, Bobbie, desejou.
Robert Wolgemuth: Dois meses antes de Bobbie falecer, ela estava almoçando com uma amiga querida e disse: "Quando o Senhor me chamar para Sua presença, quero que Robert se case imediatamente."
Sua amiga disse: "Sim, Bobbie, já ouvi isso muitas vezes."
E Bobbie disse à amiga: "Há mais uma coisa que quero que você saiba." Ela disse: "Quero que Robert se case com Nancy Leigh DeMoss."
Raquel: Vamos ouvir mais sobre essa história amanhã aqui no Aviva Nossos Corações. Aguardamos você!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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