Dia 16: Medo e Temor
Raquel Anderson: A Bíblia diz que Deus está sempre agindo. Nancy DeMoss Wolgemuth explica como.
Nancy DeMoss Wolgemuth: A Bíblia não diz que Deus está sempre trabalhando para cumprir os desejos do Seu povo. Mas Deus está sempre trabalhando pela salvação do Seu povo. E essa salvação não é apenas no passado. Não se resume à nossa justificação. Deus está trabalhando pela nossa santificação e pela nossa glorificação final.
Raquel: Este é o programa Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Escolhendo o perdão: sua jornada para a liberdade“, na voz de Renata Santos.
Existem algumas músicas populares nas igrejas hoje que pedem a Deus que envie Sua glória ou mostre Sua glória.
Da próxima vez que você cantar uma música assim, lembre-se disso: A Bíblia está repleta de histórias onde as pessoas caem aterrorizadas quando veem a glória de Deus.
Adquira uma nova perspectiva da …
Raquel Anderson: A Bíblia diz que Deus está sempre agindo. Nancy DeMoss Wolgemuth explica como.
Nancy DeMoss Wolgemuth: A Bíblia não diz que Deus está sempre trabalhando para cumprir os desejos do Seu povo. Mas Deus está sempre trabalhando pela salvação do Seu povo. E essa salvação não é apenas no passado. Não se resume à nossa justificação. Deus está trabalhando pela nossa santificação e pela nossa glorificação final.
Raquel: Este é o programa Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Escolhendo o perdão: sua jornada para a liberdade“, na voz de Renata Santos.
Existem algumas músicas populares nas igrejas hoje que pedem a Deus que envie Sua glória ou mostre Sua glória.
Da próxima vez que você cantar uma música assim, lembre-se disso: A Bíblia está repleta de histórias onde as pessoas caem aterrorizadas quando veem a glória de Deus.
Adquira uma nova perspectiva da presença de Deus, que pode causar tanto terror quanto conforto. Nancy continua a série “Habacuque: Passando do medo para a fé“.
Nancy: Se tudo o que você ouvisse no Aviva Nossos Corações fosse esta série sobre Habacuque, você poderia pensar, “Essa mulher é muito negativa! Ela está se concentrando em temas bem negativos!”
Bem, o que tentamos fazer no Aviva Nossos Corações é ensinar todo o conselho de Deus e exaltar o Seu caráter conforme é revelado nas Escrituras.
Eu amo o Antigo Testamento! Você não ouve muitos ensinamentos sobre o Antigo Testamento hoje em dia, e acho isso uma perda.
É uma pena porque as riquezas e os tesouros do Novo Testamento não serão tão preciosos para nós se não os virmos em contraste com o Antigo Testamento. Não é que Deus tenha mudado. Ele é o mesmo Deus. Mas louvado seja Deus! Este Deus de ira, raiva e julgamento fez uma provisão para que pecadores possam ser salvos!
Alguém me disse antes desta gravação que ouviu um pregador dizer esta semana: “São as más notícias que tornam as boas notícias tão boas.” E isso é a verdade.
Temos o evangelho. Esta é a boa notícia. Mas são as más notícias do nosso pecado, da nossa depravação e de sermos merecedores do julgamento de Deus que tornam o evangelho da misericórdia e graça de Deus notícias tão boas.
Estamos em Habacuque, capítulo 3. Habacuque está orando ao Senhor, e ele está exaltando o caráter de Deus. Ele está lembrando os atos redentores de Deus em nome do Seu povo no passado.
À medida que ele vê o que Deus fez no passado — no Monte Sinai, libertando Seu povo do Egito, levando-os pela travessia do Mar Vermelho e conduzindo-os com Sua glória Shekinah pelo deserto, pelos anos errantes no deserto, ele vê o poder, a grandeza e a majestade de Deus, e ele está maravilhado com o que Deus fez — o poder de Deus.
Ao ver o trabalho passado de Deus, sua fé é fortalecida para crer que Deus pode fazer o que for necessário em seus dias. E você tem esses vislumbres no livro de Habacuque de coisas ainda por vir.
Lemos no capítulo 2, versículo 14, “Mas a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar.”
Vemos como Deus foi ao Mar Vermelho, engoliu o exército egípcio e deixou Seu povo passar em terra seca. E pensamos: “Sim, isso me dá fé para crer que um dia, ainda por vir, haverá um dia em que o conhecimento da glória do Senhor encherá a terra como as águas cobrem o mar.” Estamos vendo uma realidade passada, presente e futura nesta oração de Habacuque no capítulo 3.
Chegamos hoje ao versículo 13 em Habacuque, capítulo 3, que se tornou um dos meus versículos favoritos neste livro ao estudá-lo nos últimos meses. Habacuque 3, versículo 13: Habacuque diz a Deus em sua oração, “Saíste para salvar o teu povo, para libertar o teu ungido.”
Deixe-me parar aqui por um momento. Chegaremos ao restante do versículo em alguns momentos. Mas você se lembra do capítulo 1, verso 2, onde Habacuque disse a Deus, “Clamo a ti, mas tu não salvas. Não estás fazendo nada”? Ele não achava que Deus fosse um Deus salvador porque em suas circunstâncias não parecia que Deus os estava livrando. Não parecia que Deus estava se movendo e trabalhando.
Mas agora ele percebeu que Deus está sempre trabalhando. Deus disse a Habacuque: “Estou realizando uma obra nos teus dias” (1.5). Deus pode dizer isso a você quando você pensar: “Deus, Tu não estás salvando. Tu não estás salvando meu marido. Tu não estás salvando os meus filhos. Tu não estás me livrando desta situação”. Deus diz a você, “Estou realizando uma obra nos teus dias. Estou trabalhando.”
Então Habacuque, pela fé, diz, “O justo viverá pela sua fidelidade” (2.4). Esta é uma oração de fé. Habacuque chegou a perceber que Deus está sempre saindo para a salvação do Seu povo.
Ele olha para o passado e diz, “Deus, Tu saíste para a salvação do Teu povo. Quando enviaste pragas e coisas terríveis, estavas fazendo isso para julgar os ímpios. Mas também estavas fazendo isso para salvar o Teu povo. Tu saíste para a salvação do Teu povo.”
Aqueles eventos históricos do passado prenunciam o futuro. Habacuque olha para trás, para o Mar Vermelho, mas olha adiante para a cruz e para nossa libertação final da presença do pecado. Deus saiu para a salvação do Seu povo. Deixe-me lembrar que mesmo em meio à corrupção, ao pecado e ao julgamento, que vemos acontecendo em nosso mundo hoje, Deus está sempre trabalhando pela salvação do Seu povo.
Eu amo este versículo. “Saíste para salvar o teu povo” (3.13). Não diz: “Deus saiu para o conforto do Seu povo.” Não diz: “Deus está sempre trabalhando para cumprir os desejos do Seu povo.” Mas Deus está sempre trabalhando pela salvação do Seu povo.
E essa salvação não é apenas no passado. Não se resume à nossa justificação. Deus está trabalhando pela nossa santificação e pela nossa glorificação final. Ele nos salvou; Ele está nos salvando, e Ele nos salvará. Há um passado, um presente e um futuro em nossa salvação.
Aconteça o que acontecer em sua vida—aconteça o que acontecer em sua casa, seu casamento, seu local de trabalho, com suas colegas de faculdade, em sua escola—Deus está trabalhando pela salvação do Seu povo. Deus está nos santificando. Deus está nos preparando para a eternidade em Sua presença. Deus está sempre salvando Seu povo.
Na segunda metade do versículo 13, temos o outro lado da moeda. Lembre-se que dissemos na última sessão que julgamento e salvação sempre andam juntos na Escritura? Comece a observar esses trilhos paralelos enquanto lê o Antigo e o Novo Testamento. Há julgamento, e há salvação.
A primeira parte do versículo 13 trata da salvação de Deus, mas há julgamento na segunda metade: “Esmagaste o líder da nação ímpia, tu o desnudaste da cabeça aos pés. Selá.”
Pare e pense sobre este versículo. Deus está em busca da salvação do Seu povo, mas Deus também está julgando o ímpio. “Esmagaste o líder da nação ímpia, tu o desnudaste da cabeça aos pés.”
No contexto imediato, enquanto Habacuque reflete sobre a história redentora dos judeus, ele está pensando em Deus libertando os judeus do Egito. Deus esmagou os exércitos de Faraó: “Esmagaste a cabeça da casa do ímpio.”
Deus lidou com Faraó. Faraó perdeu seu primogênito. Faraó, sua casa e todos os egípcios experimentaram as terríveis pragas de Deus sobre sua nação. Deus esmagou aquele incrível poder mundial. Ele o despojou de seu poder.
Mas não acho que seja só a isso que Habacuque se refere. Acredito que ele também está olhando, com olhos de fé — o justo viverá pela fé — com olhos de fé, ele está olhando para o dia em que Deus esmagará o poder dos babilônios que ainda não conquistaram o povo judeu. Eles castigarão os judeus. Eles são instrumentos de Deus.
Mas ele percebe que os babilônios receberão o que merecem. Deus os esmagará. Nabucodonosor — aquele rei orgulhoso e arrogante — Deus esmagará a cabeça da casa do ímpio, despojando-o da cabeça aos pés.
Mas acredito que Habacuque, com olhos de fé, está olhando ainda mais longe — além do Egito e da Babilônia e de outros poderes mundiais que vieram e se foram.
Acredito que o verdadeiro chefe da casa do ímpio é ninguém menos que Satanás. Ele é o homem forte sobre o qual lemos no Novo Testamento que pensa ter sua casa sob seu controle.
E no versículo 15 do capítulo 2, lemos sobre como este chefe desta casa, este homem forte, fez outros beberem para expor sua nudez. Ele envergonhou outros. Mas agora Habacuque diz:
“Chegou a sua hora, Satanás, de ser exposto.” É uma imagem do fim, quando Satanás será derrotado — ele será ferido; ele ficará impotente e sem poder. “Esmagaste o líder da nação ímpia, tu o desnudaste da cabeça aos pés.”
Enquanto leio este versículo, meu coração se enche de alegria. Sabemos o final da história! Veja bem, não estou me alegrando com o julgamento de Deus, mas me alegro com a ideia da queda de Satanás. E você?
Que Deus! Saíste para a salvação do Teu povo — nós que merecemos a ira e o julgamento de Deus. Tiveste misericórdia de nós. Tu também prometeste, e mostraste no passado, que podes fazer isso — que Tu esmagarás a cabeça da casa do ímpio, despojando-o da cabeça aos pés.
Foi isso que Deus prometeu de forma velada, dando apenas um vislumbre dessa promessa em Gênesis, capítulo 3, quando a maldição foi lançada sobre a terra e as consequências da Queda foram dadas. À mulher, ao homem e à serpente foram dadas suas consequências.
E então no versículo 15, Deus diz, “Ele” — isto é, a descendência da mulher, Cristo — “Ele lhe ferirá a cabeça, Satanás. Ele te dará o golpe fatal. E tu — a serpente, Satanás — lhe ferirás o calcanhar.” (paráfrase).
Isso não foi cumprido no Calvário? A serpente feriu o calcanhar do Salvador ao fazê-Lo sofrer. Mas quem deu o golpe final? Jesus deu o golpe final e decisivo na serpente. E assim lemos em Romanos 16:
“Em breve o Deus de paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vocês” (versículo 20).
Que bênção! Que bênção! Vivemos neste mundo corrupto e caído, e travamos uma guerra espiritual. Lutamos não contra carne e sangue, mas contra principados e potestades e hostes espirituais da maldade nas regiões celestiais (Efésios 6.12, paráfrase). Você experimenta isso em sua vida ao lidar com tentação e pecado.
Você experimenta isso em seu casamento quando tem duas pessoas egoístas sendo santificadas, mas que podem irritar um ao outro às vezes. Você lida com isso ao educar seus filhos e, depois, eles crescem e, às vezes, não prestam atenção nas coisas que você ensinou.
Você vê as obras das trevas; você vê os esforços do maligno. Você vê as nações do mundo rugindo e se enfurecendo contra Deus. E você pode ficar desanimada de verdade, a menos que mantenha seus olhos no desfecho da história.
O Deus da paz — esse é o nosso Deus guerreiro; Ele é um Deus de paz — em breve esmagará Satanás debaixo dos nossos pés. Você pode pensar: “Bem, quão breve é esse ‘em breve’? Não parece muito breve. Não parece que está acontecendo.” Quero te dizer que, no Calvário, foi como se já tivesse sido feito.
Aquela velha serpente ainda se contorce e age como se tivesse algum poder, mas ela está derrotada. E em breve, no tempo de Deus, à Sua maneira, Ele esmagará Satanás debaixo dos nossos pés. Nós temos a vitória.
Vivemos, andamos, servimos, amamos a Deus, O adoramos e vivemos neste planeta a partir de uma posição de vitória sobre o maligno. Temos vitória sobre o mal porque Deus saiu para a salvação do Seu povo, e porque Ele prometeu esmagar a cabeça da casa do ímpio. Quero te dizer que isso é uma boa notícia! Isso é o Evangelho.
O verso 14 continua. “Com as suas próprias flechas lhe atravessaste a cabeça.” Deus não lida apenas com Satanás, mas Deus lida com todos os emissários de Satanás — todos os seus capangas, todos os seus demônios e todas as pessoas nesta terra que são instrumentos de Satanás.
“Com as suas próprias flechas lhe atravessaste a cabeça, quando os seus guerreiros saíram como um furacão para nos espalhar, com maldoso prazer, como se estivessem prestes a devorar o necessitado em seu esconderijo.”
Verso 15: “Pisaste o mar com teus cavalos, agitando as grandes águas.” Deus dá essa imagem impressionante a Habacuque. E Habacuque se lembra enquanto reflete e repassa. Como era Deus? O que Deus fez? Como Ele mostrou Seu poder? Como Ele mostrou Sua majestade? Como Deus saiu para a salvação do Seu povo? Como Deus esmagou Seus inimigos? Habacuque tem estado, nesta oração, refletindo sobre todas essas coisas.
E Habacuque, que tem orado sobre essas coisas—ele tem se lembrado dessas coisas — agora, no verso 16, responde a todas as coisas impressionantes que ele viu, experimentou e ouviu.
É uma resposta que você não vê muito hoje. Ele diz no verso 16, “Ouvi isso, e o meu íntimo estremeceu, meus lábios tremeram; os meus ossos desfaleceram; minhas pernas vacilavam.”
O que está fazendo Habacuque tremer? Acho que são várias coisas. Acho que, em primeiro lugar, é a revelação do poder e da glória impressionantes de Deus, como olhar para o sol em seu brilho. Isso vai abalar o seu mundo. Ver a Deus mudará sua perspectiva sobre tudo. Ele é tão impressionante, tão santo, tão grandioso. Eu não tenho palavras para te dizer como Deus é.
Quando você tiver um vislumbre dEle, quando ver Seu poder e Sua glória, você vai tremer! Acho que em Habacuque há um misto de admiração, medo e fraqueza. Ele está completamente sem forças. Ele está tremendo como uma folha diante do poder de Deus.
Já vimos pessoas fazerem isso. Já ouvimos sobre furacões, terremotos e tornados, e como as pessoas tremem diante deles. Gostaria de te dizer que eles não são nada comparados a Deus. Se pudéssemos ver e conhecer a Deus como Ele é, saberíamos o que é tremer.
Habacuque treme diante da ira de Deus, do terror de Deus, do julgamento iminente e da perseguição que Deus vai enviar sobre a terra. Deus disse a Habacuque que, em sua situação imediata, os babilônios estão chegando. Eles vão varrer a terra. Eles devastarão Judá.
E certamente, foi isso que aconteceu, quinze anos após essa experiência de Habacuque com o Senhor. Ele sabe que há um julgamento iminente. Ele sabe que há uma devastação iminente chegando. Isso o faz tremer.
Você também tremeria se soubesse o que Deus vai fazer neste mundo para julgar as nações. Pode ser em quinze anos; pode ser em quinze minutos. Ninguém sabe. Pode ser em 1.500 anos. Ninguém sabe. Mas quando alguém fica sabendo o que vai acontecer e começa a pensar sobre o assunto, é o suficiente para qualquer um tremer nas bases.
Acho que Habacuque treme porque sabe que todos vão sofrer — inclusive os justos, inclusive ele mesmo, o homem de Deus. Ele sabe que o sofrimento está vindo. E Habacuque experimenta efeitos físicos e psicológicos em seu corpo, suas emoções e sua mente da revelação que ele viu de Deus e do que está por vir.
O encontro de Habacuque com Deus é transformador. Ele treme. Esse tremor—como veremos antes de terminar esta série—em última instância se transforma em louvor. Isso se transforma em proclamação da grandeza e das obras de Deus.
Mas neste momento, é como se Habacuque pudesse sentir o cheiro de carne queimada daqueles que estão sob o julgamento de Deus. Ele sabe que até os justos vão experimentar um pouco daquela ira. Se você é justo e vive em uma nação ímpia, e Deus julga a nação — você vai sentir o peso disso também. E ele treme.
Ao passar pelas Escrituras, vemos que as pessoas que encontraram Deus, as pessoas que realmente viram os propósitos e os planos de Deus, tremeram. Eu disse isso antes na série, e acho que quero dizer de novo. Fico perplexa ao ver como hoje podemos ser tão levianas, tão banais, tão casuais na presença de um Deus santo.
Há alguns anos, meu pastor pregou sobre o livro de Habacuque. Lembro-me de uma mensagem impactante no capítulo 2, versículo 20: “O SENHOR, porém, está em seu santo templo; diante dele fique em silêncio toda a terra.”
Enquanto meditava sobre esse trecho durante o sermão, senti Deus pesar sobre mim com a verdade de como Ele é poderoso, santo e majestoso. Ao final daquela mensagem, mal conseguia respirar. Senti um temor reverente do Senhor—não um medo indevido, mas um temor reverente da presença de Deus.
E sabe o que aconteceu logo após o último amém? A música começou a tocar, e as pessoas saíram do templo falando sobre tudo nesse mundo, exceto Deus. Eles estavam falando e conversando sobre todo tipo de assunto. Não quero criticar; só estou dizendo que não conhecemos a Deus. Não estamos realmente vendo a Deus.
Também não estou dizendo que toda vez que vamos à igreja devemos ficar em silêncio total, e ninguém deve falar sobre o clima, esportes ou qualquer outra coisa. Mas algo incrível acontece quando você está na presença de Deus. Isso faz você tremer.
Você lê isso na Bíblia, quando as pessoas viram a Deus. Veja no livro de Daniel, quando ele teve uma visão de Cristo antes de sua encarnação. Teólogos chamam isso de “Cristofania”. Ele realmente viu a Cristo. Ficou sozinho e teve essa grande visão. Ele disse: “Fiquei sem forças, muito pálido, quase desfaleci” (10.8). A linguagem original diz que “o meu esplendor se transformou em ruína”.
Há algo devastador em realmente ver a Cristo como Ele é. Daniel disse: “Fiquei sem forças.” Ele disse que não restou força nele e nem fôlego. Era como se ficasse sem ar, sem forças.
Foi o que Habacuque experimentou. Foi o que Daniel experimentou. Foi o que Pedro experimentou quando viu o poder de Deus — quando Cristo realizou o milagre da grande pesca. Pedro viu que não era um homem comum que havia feito isso. Ele sabia que estava diante da majestade e da divindade.
E as Escrituras dizem em Lucas 5.8: “Quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de Jesus e disse: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador”. Ele tremeu na presença do Deus santo, poderoso.
Habacuque viu. Daniel viu. Pedro viu. O apóstolo João viu no capítulo 1 de Apocalipse. Temos essa bela, poderosa e incrível descrição de Cristo — o Cristo glorificado do Apocalipse capítulo 1, cujos pés, cabeça e cabelos brilham. Eles são gloriosos. O que aconteceu quando João teve essa visão? Ele não saiu para brincar, nem para conversar com os amigos sobre algo irrelevante. Ele disse: “Quando o vi, caí a seus pés como morto” (versículo 17).
A majestade de Deus. O poder de Deus. O juízo de Deus. A ira de Deus. O que vai acontecer quando você vir isso? Quando você se encontrar com o Senhor, quando ouvir dEle, como pode simplesmente voltar à sua rotina? Ao seu dia normal? Aos seus afazeres como se nada tivesse acontecido?
Dizem dos avivamentos do passado que uma das marcas consistentes era que as pessoas eram tomadas por um sentimento da impressionante presença de Deus e da sensação de eternidade. Era como se não pudessem pensar ou falar sobre outra coisa. Diziam que, em alguns desses grandes avivamentos, você podia andar por qualquer rua — em ambientes anteriormente muito seculares — e encontraria pessoas falando sobre Deus e a condição de suas almas.
Quando foi a última vez que você tremeu na presença de Deus? O conhecimento de Deus e de seus caminhos já te fez parar completamente? Com que frequência, durante o meu momento de reflexão, eu abro a Bíblia, leio as Escrituras, vejo o que ela tem a dizer e, então, rapidamente fecho a Bíblia e sigo para a próxima atividade? Para o computador, para o laptop, para a reunião, para uma ligação telefônica. Eu realmente estive com Deus?
Veja, não quero dizer que não devemos ter momentos normais e regulares na vida, ou que Deus nunca se diverte, ou que nunca podemos aproveitar nada. Essa é toda uma dimensão de viver a vida cristã que também é muito verdadeira. Mas por que estamos tão carentes dessa dimensão de tremer na presença de Deus? Acho que é porque não estamos vendo Deus como Ele realmente é.
Portanto, ao mergulhar na Palavra de Deus, ao ir à igreja, ao estar com o povo de Deus, peça a Deus para ajudá-la a vê-Lo como Ele é, para tremer diante da realidade de quem Ele é.
Raquel: Podemos ficar tão casuais com Deus. Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos lembrado o quão grande e inspirador Ele realmente é. Essa mensagem faz parte de uma série chamada “Habacuque: Passando do medo para a fé“.
Uma ouvinte disse o seguinte sobre a série:
“Seu ensino sobre Habacuque tem sido tão claro e me deu um entusiasmo real por esse pequeno livro frequentemente ignorado do Antigo Testamento. Como ele fala de forma relevante para nós hoje, embora tenha sido escrito há tanto tempo!”
Hoje é o último dia do mês de setembro, e durante todo o mês falamos sobre como enfrentar questões difíceis, como depressão, dúvidas e medo. Habacuque é um livro importante para qualquer pessoa que esteja lutando contra o medo, que esteja se debatendo com a vontade de Deus, ou questionando a bondade de Deus.
Esperamos que você esteja se aprofundando no livro de Habacuque e que esteja dedicando alguns minutos a cada dia para ler este livro conforme escuta essas mensagens de Nancy.
Continuamos oferecendo o livreto “Enfrentando Nossos Medos” como forma de agradecimento quando você fizer uma doação de qualquer valor para o Aviva Nossos Corações. Para fazer a sua doação, acesse o nosso site avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Doações”. Lá você encontrará todas as informações bancárias e a chave do nosso PIX. Depois, basta enviar um e-mail para contato@avivanossoscoracoes.com com o comprovante de depósito e solicitar o livreto “Enfrentando nossos medos”.
Você já sentiu que a vida é um grande engarrafamento? Que você passa mais tempo esperando do que fazendo? Descubra o que o profeta Habacuque aprendeu sobre esperar com fé, amanhã no Aviva Nossos Corações. Espero que você volte!
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.