Dia 2: Lidando com orações não respondidas
Raquel Anderson: Você já leu passagens na Bíblia que prometem que Deus ouvirá e responderá às orações. Nancy DeMoss Wolgemuth também.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Mas, se formos honestas, não é verdade que, às vezes, nossa experiência parece contradizer essas promessas? Seja sincera! Você já teve aqueles momentos em que disse: “Eu sei o que a Palavra de Deus diz, mas tenho orado, tenho clamado, e parece que Deus não está ouvindo ou respondendo às minhas orações.”
Veja bem, é fácil dizer que confio em Deus na hora de uma necessidade, ou em situações de curto prazo. Mas quando você está enfrentando um sofrimento prolongado e clama: “Até quando, Senhor? Tenho clamado a Ti, Senhor, mas mesmo assim, não fazes nada!”
É aquela pergunta “Até quando?” “Até quando permanecerás em silêncio.”
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Rute – Experimentando uma vida restaurada, …
Raquel Anderson: Você já leu passagens na Bíblia que prometem que Deus ouvirá e responderá às orações. Nancy DeMoss Wolgemuth também.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Mas, se formos honestas, não é verdade que, às vezes, nossa experiência parece contradizer essas promessas? Seja sincera! Você já teve aqueles momentos em que disse: “Eu sei o que a Palavra de Deus diz, mas tenho orado, tenho clamado, e parece que Deus não está ouvindo ou respondendo às minhas orações.”
Veja bem, é fácil dizer que confio em Deus na hora de uma necessidade, ou em situações de curto prazo. Mas quando você está enfrentando um sofrimento prolongado e clama: “Até quando, Senhor? Tenho clamado a Ti, Senhor, mas mesmo assim, não fazes nada!”
É aquela pergunta “Até quando?” “Até quando permanecerás em silêncio.”
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Rute – Experimentando uma vida restaurada, na voz de Renata Santos.
Como lidar com orações não respondidas? Nancy abordará esse tema nos levando a um profeta que sabia bem o que era não ter suas orações respondidas. Aqui está Nancy, continuando a série que começou ontem chamada “Habacuque: Passando do medo para a fé“.
Nancy: Era uma tarde quente de julho de 1967 quando uma jovem de dezessete anos mergulhou em um lago, raso, e sua vida mudou para sempre quando quebrou o pescoço e ficou paralisada do pescoço para baixo. Você conhece a história de Joni Eareckson Tada, como ela sofreu uma fratura na medula espinhal que a deixou paralisada e sem o uso das mãos e das pernas?
Joni já falou e escreveu sobre alguns dos sentimentos e pensamentos que teve nos primeiros dias após a lesão. Em um momento, ela disse:
“Eu tinha tantas perguntas. Eu acreditava em Deus, mas estava com raiva Dele. Se Deus é supostamente todo amoroso e todo poderoso, então como o que aconteceu poderia ser uma demonstração do Seu amor e poder? Certamente Ele poderia ter impedido isso de acontecer. Como pode a paralisia permanente e vitalicia fazer parte do Seu plano amoroso para mim? A menos que encontrasse respostas, não via como esse Deus poderia ser digno da minha confiança.”
O que Joni Eareckson Tada disse naqueles momentos desesperados e sombrios de sua vida é muito semelhante ao que o profeta Habacuque sentiu conforme lemos hoje o primeiro capítulo de sua profecia, Habacuque, capítulo 1.
Ele clama a Deus e, essencialmente, diz: “A menos que eu encontre algumas respostas, como posso saber se este Deus é digno da minha confiança?”
Ele tem perguntas, e assim ele diz no capítulo 1, versículo 2:
“Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti: ‘Violência!’ sem que tragas salvação?”
A propósito, enquanto você lê e estuda o livro de Habacuque, procure por referências à palavra “salvação”. Você encontrará várias delas. Um tema recorrente neste livro é que Deus está sempre trabalhando pela salvação de Seu povo.
Mas neste momento, não parece assim para Habacuque. “Senhor, estou clamando a Ti, ‘Violência!’ e não trazes salvação. Tu não pareces ser um Deus que estás salvando.”
Versículo 3:
“Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida.” (Habacuque 1.3–4)
Habacuque está dizendo: “Tenho um problema com a forma como Deus está administrando o universo, ou como Ele parece estar administrando o universo, ou não está administrando. Eu tenho algumas perguntas.”
São perguntas intensas. Às vezes, agimos em nosso mundo cristão como se fosse errado fazer perguntas. Não deveríamos fazer perguntas e deveríamos calar nossa mente e dizer: “Bem, essas perguntas não importam.”
Habacuque está dizendo: “Eu tenho perguntas sinceras, e vou ao Único que pode me dar respostas. Por que me fazes ver iniquidade? Por que contemplo a maldade?”
Temos aqui neste início do livro que é na verdade um diálogo entre Deus e Seu profeta, uma visão muito íntima do questionamento desse homem a Deus. Algumas Bíblias dão um título a este parágrafo: “A Queixa de Habacuque”.
A queixa de Habacuque. Ele começa derramando seu coração a Deus, e observe as primeiras palavras do versículo 2: “Até quando, SENHOR?” “Até quando, Senhor?” Você verá essa pequena frase várias vezes no livro de Habacuque.
Este é o clamor de um homem desesperado. Está dizendo que suas orações são orações sinceras. “Até quando, Senhor?” Observe que Habacuque não clama a Judá, que são as pessoas que inicialmente o preocupam. Eles são os que ele está mencionando nestes versículos, que desafiaram os caminhos de Deus. Não estão vivendo como um povo temente a Deus.
Nem Habacuque clama aos babilônios ou caldeus que Deus usará para trazer julgamento sobre Judá. A quem Habacuque clama? A Deus. “Até quando, Senhor?”
O fardo em seu coração, ao observar o que está acontecendo ao seu redor, se transforma em intercessão—se converte em oração. É isso que Oswald Chambers diz em “Tudo para Ele“.
Não estou citando diretamente, mas ele diz que quando Deus coloca a consciência de uma situação em seu coração, em sua mente, ou coloca um fardo sobre você, o objetivo Dele é que isso se transforme em intercessão.
“Oh Senhor, estou vendo isso. Estou preocupada com isso. Não entendo isso. Até quando, Senhor.” Veja bem, Habacuque sabe que Deus é o único que está no comando. Ele sabe que o Senhor é o único que realmente pode fazer algo sobre suas preocupações.
Então ele diz, “Até quando, Senhor”. Ele dirige sua oração àquele que pode fazer algo sobre essa situação. E ele vai obter, ao longo deste livro, uma nova visão sobre o que está acontecendo ao seu redor, ao ir diretamente ao Senhor.
“Senhor, como vês isso?” Pergunte a Deus. Pense sobre o que está acontecendo em sua vida e pergunte ao Senhor, “Senhor, o que está acontecendo aqui? O que estás tentando dizer? O que estás tentando fazer?”
Ele obtém sua mensagem para aquele dia. Ele obtém sua direção para seu ministério. Ele obtém seu conselho; ele obtém sua ajuda indo diretamente ao Senhor. “Até quando, Senhor? Até quando, Senhor?”
Estava conversando recentemente com uma mulher que estava desabafando sobre um problema em seu casamento. É um casamento cristão. Seu marido é um homem piedoso, mas há alguns problemas difíceis na situação familiar deles agora.
Enquanto ouvia, meu coração se compadecia dela. Eu gemia por dentro. Eu senti a dificuldade, a situação difícil pela qual ela e sua família estão passando nesse momento.
Em certo momento, estava pensando no livro de Habacuque, e disse, “Até quando, Senhor?” É como se fosse, o que mais você pode dizer? “Até quando, Senhor? Qual é Tua perspectiva sobre isso?”
Penso nas pessoas que escrevem para Aviva Nossos Corações com perguntas e problemas difíceis. Elas desabafam sobre essa e aquela situação que estão acontecendo.
Eu leio e penso, “Até quando, Senhor! O que fazer? O que dizer?” E às vezes o melhor que podemos dizer a essas mulheres é, “Pergunte àquele que sabe. Essa situação levou três ou quatro décadas para se desenvolver, e não podemos responder a essa pergunta em um e-mail. Não podemos resolver isso, mas Deus conhece a resposta. Deus conhece os mistérios. Ele sabe como resolver tudo isso. Vá até Ele.”
Diga, “Até quando, Senhor?” Estou pensando naquele hino:
“Oh que dor no coração,
só porque nós não levamos
tudo a Deus em oração.”
Quanto nos preocupamos, nos estressamos, lutamos e nos esforçamos, falamos com os outros sobre as coisas e ficamos nervosas, quando o que realmente precisamos dizer é, “Até quando, Senhor?”
“Até quando, Senhor? O que fazer? Como ver isso? Como responder?” Você quer entender suas circunstâncias? Você pode estar em uma situação impossível agora em alguma área de sua vida.
Você quer entender isso? Você quer saber como responder às circunstâncias da vida? Você quer saber como educar seus filhos quando estão nessa fase impossível e nada parece se conectar?
Clame, “Até quando, Senhor. O que faço? O que estás dizendo? O que pretendes? O que queres? Até quando, Senhor?”
Você quer saber como ministrar a uma amiga que está precisando — uma irmã que está ligando e dizendo, “Meu casamento está desmoronando.” E você não sabe o que dizer — você não está lá. Você não pode ouvir os dois lados da história.
Mesmo se conhecesse todos os fatos, não saberia o que fazer. Você quer saber como ministrar encorajamento e graça? Não apenas expresse suas próprias opiniões. Não diga apenas, “Bem, eu acho…” Fazemos isso muito quando estamos tentando ajudar uns aos outros: “Bem, me parece que…” ou: “Uma vez ouvi uma história…” ou: “Uma vez aconteceu, na minha vida, assim…”
Isso pode ser uma bênção e pode ser útil, mas, a longo prazo, não é tão útil quanto apontar as pessoas para: “Até quando, Senhor?”
Ajudem uns aos outros a chegar ao trono da graça, ao trono de Deus, onde podem encontrar misericórdia e graça para ajudá-los em seu tempo de necessidade, dizendo, “Até quando, Senhor?” Um ministério eficaz aos outros vem da comunhão com Deus.
Ore sobre essa situação. Diga, “Oh Senhor, o que faço? Qual é a Tua perspectiva?” Busque-O. Ouça-O. “Até quando, Senhor.”
Precisamos nos lembrar de que, em última análise, a paz, a perspectiva e as respostas que precisamos para os mistérios da vida não serão encontradas ao ir a um conselheiro ou terapeuta, ao ler um livro ou desabafar com uma amiga confiável.
Em última análise, a perspectiva, a paz, as respostas que precisamos serão encontradas ao buscar o Maravilhoso Conselheiro, ao clamar, “Até quando, Senhor! Até quando, Senhor!”
E Habacuque diz:
“Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti: “Violência! ” sem que tragas salvação? Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade?” (Habacuque 1.2)
Nesses dois versículos, Habacuque faz a Deus duas perguntas fundamentais, perguntas que têm sido feitas ao longo de toda a história da raça humana. Quais são essas duas perguntas?
Número um: Até quando? E qual é a segunda pergunta? Por quê? Até quando e por quê. Habacuque faz essas perguntas repetidamente. No final do capítulo 1, ele diz: “Isto se prolongará indefinidamente?” Até quando?
“Por quê?” Ele pergunta novamente no versículo 13 do capítulo um: “Por quê?” Por que Deus não ouve? Por que Deus não ajuda? Assim, Habacuque se encontra lidando com o desafio da oração não respondida e a aparente indiferença de Deus.
Deus parece não se importar. Deus parece não estar prestando atenção. Pense em Joni Eareckson Tada e como, nos primeiros dias após seu acidente, ela clamou a Deus, “Por quê? Por que eu?”
E ela confessou que foi muito difícil lidar com o silêncio de Deus. Deus não escreveu respostas no céu. Deus não enviou uma gravação dizendo, “Bem, aqui está o que eu tinha em mente. Aqui está o que estou fazendo e é assim que você deve encarar esta situação.” Os céus parecem ser de bronze.
Às vezes, você ora pelo seu cônjuge, seu filho, seu trabalho, sua igreja, sua saúde, e sente que suas orações não estão indo a lugar algum.
“Senhor, até quando? Até quando vou continuar orando, e não farás nada? Até quando clamarei a ti, e não darás nenhuma resposta?”
Você conhece todas aquelas promessas na Bíblia onde Deus diz, “Ore sobre isso, e eu responderei. Clame a mim, e eu responderei.”
Mas não é verdade, se formos honestas, que às vezes nossa experiência parece contradizer essas promessas? Seja honesta! Você já teve aqueles momentos em que diz, “Eu sei o que a Palavra de Deus diz, mas tenho orado, tenho clamado, e parece que Deus não está ouvindo ou respondendo minhas orações?”
E há aqueles momentos em que pedimos por coisas que parecem estar claramente alinhadas com a vontade de Deus, mas nada acontece, pelo menos aos nossos olhos.
Ou, talvez, aconteça o oposto. Você está orando por algo, e então parece que Deus faz exatamente o contrário.
Lembro-me de alguns anos atrás, quando eu estava orando por algo junto com várias outras pessoas por um longo, longo tempo. E então, a porta foi totalmente fechada, e parecia que Deus havia trazido um resultado que era absolutamente, cem por cento contrário ao que havíamos estado orando e pedindo a Ele todos aqueles meses.
Posso dizer que por meses depois disso, mal conseguia ler minha Bíblia porque toda vez que chegava a essas promessas sobre Deus ouvir e responder a oração, eu me sentia zombada.
Na minha cabeça e na minha teologia, eu sabia que seria melhor não dizer, “Deus não ouve ou não responde à oração,” mas era assim que me sentia. Eu me sentia como, “Por que Deus colocou essas promessas na Bíblia? Elas não parecem ter verdade alguma.”
Então, a próxima pergunta é, “Qual a utilidade da oração?” Por que orar? Por que continuar orando? A oração realmente faz alguma diferença? Vale a pena continuar trabalhando na oração pela salvação do meu marido, pelo arrependimento do meu filho ou filha, por uma mudança nesta situação, por avivamento em minha igreja?
Parece que nada está acontecendo. Habacuque diz a Deus, “Estou angustiado com a violência e a corrupção que vejo ao meu redor, e Senhor, eu falo a ti sobre isso; clamo por ajuda, mas não há evidência de que estejas ouvindo, e se estiveres, certamente não estás fazendo nada a respeito.”
“Tu não salvarás,” ele diz. Podemos ouvir a dor na voz de Habacuque, a dor em seu coração. Seu apelo, “Deus, por que não fazes algo?”
Às vezes, parece que Deus não está fazendo nada em relação ao sofrimento, à injustiça, ao abuso ao nosso redor. Deus é alheio? Ele sequer sabe o que está acontecendo? E dizemos, “Claro que Ele sabe. Ele é onisciente. Ele sabe de tudo.”
Bem, se Ele sabe, então Ele não se importa? Bem, sim, claro. Ele ama e se importa. Então, se Ele se importa, mas não faz nada, Ele é impotente para fazer algo sobre a situação? Bem, não, Ele é todo-poderoso. Bem, se Ele é todo-poderoso, por que Ele não intervém?
Veja, você se coloca nesse círculo dessas perguntas sem resposta, e qualquer uma dessas possibilidades—que Deus não ouve ou Deus não se importa ou Deus é impotente ou Deus simplesmente escolhe não intervir—qualquer uma dessas possibilidades coloca Deus sob uma luz bastante negativa.
Isso abala o seu mundo. Por que Deus não salva aquela criança? Por que Deus não muda aquela situação?
Não faz muito tempo, conversei com um casal que havia servido no ministério pastoral. Ele foi pastor por muitos anos e teve que passar por uma cirurgia cardíaca após um pré-infarto.
Como resultado, ele teve que deixar o ministério; simplesmente não tinha condições físicas de suportar as pressões e as tensões do ministério. Eles não eram mais um casal jovem e perceberam que ele não conseguia um emprego. Ela também não conseguia um emprego.
Eles estavam me contando essa história juntos, sentados ao redor da mesa de jantar numa noite, lágrimas enchendo os olhos dela ao descrever a depressão em que ele havia caído, depois de anos servindo ao Senhor.
Lembro-me de ouvi-la dizer: “Nos sentimos tão abandonados por Deus. Oramos; clamamos; procuramos por respostas. Nos sentimos abandonados por Deus.”
E não é assim às vezes? Clamamos. Não há resposta aparente, então presumimos que Deus não ouviu ou não está salvando, e podemos nos sentir decepcionadas com Deus.
Sentimos que Ele nos decepcionou, e às vezes, infelizmente, o próximo passo é acusar a Deus. Erguemos o punho para Ele; repreendemos a Deus; o acusamos injustamente.
E é aqui que corremos o perigo de acusar a Deus falsamente, o perigo de acusar a Deus, de atribuir a Ele a culpa, apenas porque Ele não atendeu às nossas expectativas e demandas.
“Deus, não ouvirás?” Habacuque diz. “Não salvarás? Simplesmente observas sem fazer nada?” Isso me lembra da história em João, capítulo 11, quando Maria e Marta mandaram chamar Jesus porque seu irmão Lázaro estava doente.
Elas sabiam que Jesus poderia curá-lo, poderia fazer algo a respeito, mas Jesus, por razões incompreensíveis, decidiu ficar onde estava por mais quatro dias. Quando Ele chegou a Betânia, o irmão delas já havia morrido.
Primeiro, Marta e depois Maria dizem a Jesus: “Senhor, se tu estivesses aqui, isso não teria acontecido. Nosso irmão ainda estaria vivo.” O que elas realmente estavam dizendo é: “Por quê? Por que não fizeste algo? Por que não te importaste?”
A impressão que dá é que elas estavam acusando a Deus de ter cometido um erro. Em contraste, penso em Jó, capítulo 1. Lembra quando Jó enfrentou uma sequência de crises em sua vida, uma após a outra?
A Escritura diz que, em tudo isso, Jó não pecou nem acusou a Deus de ter feito algo errado. Isso mudou mais tarde no livro de Jó, mas inicialmente, no começo, Jó não acusou a Deus de agir erradamente. Ele presumia que havia coisas que Deus sabia e que ele não sabia.
Mas muitas vezes não temos essa visão. Temos apenas nossa perspectiva. Dizemos: “Senhor, não te importas? Se tivesses estado aqui… por que não fizeste algo?”
Portanto, enfrentamos o desafio da dor e dos problemas de longo prazo, contínuos e implacáveis.
Escute. Qualquer um pode confiar em Deus em um dia ruim ou em situações de curto prazo. Mas quando você tem um sofrimento de longo prazo, fica difícil.
Quando você tem aquele pai ou mãe idosos que se seguram por um fio à vida, mas estão sofrendo tanto. O pai ou mãe está morrendo de câncer, fraco e debilitado, e você diz: “Senhor, por que o Senhor não termina este sofrimento? Por que permites que ele sofra assim?”
É o longo prazo. É o contínuo. É aquele filho ou filha que está afastado de Deus há anos e anos e causou tanto caos e dor em sua família. E você clama: “Até quando, Senhor? Continuo clamando a ti, Senhor, mas mesmo assim, não fazes nada.” É a pergunta: “Até quando?”.
“Tu não ouves.” Habacuque acusa Deus de não estar ouvindo. No final das contas, à medida que lemos este livro, veremos que Habacuque percebe que ele não estava ouvindo a Deus.
Deus estava ouvindo a ele, mas Habacuque precisa aprender a ouvir a Deus, e é isso que a oração realmente é. É aprender a ouvir a Deus. Sim, apresentando a Ele nossas perguntas honestas e então ouvindo o que Deus tem a dizer, ouvindo Deus nos dar Sua perspectiva.
Portanto, Habacuque clama persistentemente, ele clama a longo prazo. Não há resposta aparente. No final das contas, Deus vai responder, mas Deus diz: “Não vou responder imediatamente, e não vou necessariamente responder da maneira que você escolheria.”
Ao ler o livro de Habacuque, você verá que Deus nunca responde todas as perguntas de Habacuque.
(Espero que esteja acompanhando a leitura conosco nessas semanas. Gostaria de encorajá-la a não apenas ler uma vez, mas a ler várias vezes para digerir a palavra de Deus e observar as coisas com as quais Habacuque estava lidando.)
Não é que Deus não saiba as respostas, mas Deus nunca dá a Habacuque todas as respostas, e as respostas que Deus dá levantam a ainda mais perguntas, como veremos conforme lemos o capítulo 1.
Quero te dizer que Deus não vai responder todas as suas perguntas. Se você soubesse todas as respostas, seria Deus, e não precisaria de Deus. Deus não vai responder todas as suas perguntas, mas vou dizer o que Ele fará.
Ao fazer perguntas sinceras e depois ouvir a Deus, Ele se revelará a você. Deus dá a Habacuque uma perspectiva mais ampla e eterna que o capacita a seguir em frente, capaz de seguir em frente sem conhecer todas as respostas.
Deus quer lhe dar uma perspectiva que permitirá que você enfrente sua situação, suas circunstâncias sem saber todos os porquês. Habacuque, no final das contas, chega a um ponto de ser capaz de adorar sem entender tudo o que está acontecendo.
Isso requer fé, e o tipo de fé que pode adorar quando não sabemos as respostas é o tipo de fé que agrada a Deus. Joni Eareckson Tada disse, nos primeiros dias: “A menos que encontrasse respostas, não via como esse Deus poderia ser digno da minha confiança.”
É realmente a isso que se resume, não é? É esta a questão: Deus é digno da minha confiança? Posso confiar em Deus? Quero dizer a você que a resposta é um retumbante: SIM!
Ele é confiável. Ele é digno da sua confiança. E conforme você faz suas perguntas honestas — não acusando Deus, mas se colocando em uma posição onde Deus pode se revelar a você e pode lhe dar Sua perspectiva sobre as
circunstâncias — você descobrirá que Deus realmente é confiável.
E sua preocupação se transformará em adoração. Não mais “Por quê?”, mas “Deus, eu te adoro.”
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth está direcionando nossos olhos para onde eles precisam estar — mesmo que haja questões não resolvidas na vida, problemas que não desaparecem ou orações que ficaram sem resposta. Nancy estará de volta em breve.
De fato, Deus é confiável, como fomos lembradas hoje. Mas às vezes nossos medos nos impedem de nos render completamente a Ele. Nancy fala sobre isso em seu livreto chamado Enfrentando Nossos Medos: Encontrando-o Fiel. É um recurso útil, especialmente se você deseja aprender a superar seus medos ao se render a Cristo.
Você pode obter uma cópia deste livreto fazendo uma doação de qualquer valor para o Aviva Nossos Corações. É nossa maneira de agradecer pelo seu apoio, que significa muito para este ministério.
E se você nunca doou para Aviva Nossos Corações antes, agora é um ótimo momento para dar esse passo. Sua doação ajuda mulheres em todo o nosso Brasil e ao redor do mundo a florescerem em Cristo.
Visite www.avivanossoscoracoes.com para fazer sua doação, e solicite seu livreto pelo email: contato@avivanossoscoracoes.com
Está tudo bem perguntar a Deus “Por quê?” Ouça o que Nancy pensa sobre essa pergunta quando ela voltar amanhã com mais ensinamentos do livro de Habacuque.
Aguardamos você amanhã aqui, no Aviva Nossos Corações.
Agora, Nancy está de volta para orar.
Nancy: Senhor, obrigada porque não respondes a todas as nossas orações imediatamente ou no prazo que escolheríamos ou da maneira que escolheríamos. Como um escritor disse, “Se assim o fizesse, então seríamos cristãos empobrecidos.”
Não conheceríamos Ti. Não teríamos fé da maneira como somos forçados a desenvolver quando não podemos ver todas as respostas.
Então, Senhor, em nossos questionamentos, lembre-nos de que Tu és confiável. Deixamos as respostas contigo.
Colocamos nossos problemas, nossas perguntas, esses mistérios não resolvidos aos seus pés. E queremos ver, até mesmo através do estudo deste livro, que realmente podemos confiar em Ti.
Que nossos resmungos, nossas preocupações, nosso estresse, nosso frenesi se transformem em adoração e a te vermos como Tu realmente és. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.
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