Dia 3: Fale consigo mesma!
Raquel Anderson: As pessoas podem achar meio estranho, mas aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth com um bom conselho.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Fale consigo mesma! Diga a verdade para si mesma. Deus é soberano. Deus é sábio. Ele não comete erros. Ele não vai trazer nada para minha vida que não seja para o meu bem final. Continue a aconselhar seu coração de acordo com a Palavra de Deus.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do devocional A Sós com Deus, na voz de Renata Santos.
Durante todo o mês de setembro, abordaremos o tema sobre como enfrentar questões difíceis, como depressão, dúvidas e medo. O devocional “A sós com Deus” é um recurso excelente para acompanhar as suas meditações durante este mês, a ajudar a cultivar um coração tranquilo e a encontrar novas fontes de bênçãos na presença do Senhor. Adquira hoje …
Raquel Anderson: As pessoas podem achar meio estranho, mas aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth com um bom conselho.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Fale consigo mesma! Diga a verdade para si mesma. Deus é soberano. Deus é sábio. Ele não comete erros. Ele não vai trazer nada para minha vida que não seja para o meu bem final. Continue a aconselhar seu coração de acordo com a Palavra de Deus.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do devocional A Sós com Deus, na voz de Renata Santos.
Durante todo o mês de setembro, abordaremos o tema sobre como enfrentar questões difíceis, como depressão, dúvidas e medo. O devocional “A sós com Deus” é um recurso excelente para acompanhar as suas meditações durante este mês, a ajudar a cultivar um coração tranquilo e a encontrar novas fontes de bênçãos na presença do Senhor. Adquira hoje mesmo este devocional através do nosso site, www.avivanossoscoracoes.com
Nancy está continuando o terceiro episódio da série, “Lidando com Depressão e Dúvidas.”
Nancy: Normalmente, se ouvimos dizer que alguém está falando sozinho, pensamos que tem algo de errado. Você fala sozinha? Algumas de vocês obviamente falam. Tenho que confessar, eu também faço isso às vezes. Mas hoje vamos ver nas Escrituras que realmente há momentos em que falar consigo mesma é a coisa certa a fazer.
Esta semana, estamos analisando os Salmos 42 e 43. Vimos o Salmista em uma circunstância desesperadora, deprimente, duvidosa, angustiante, afogando-se. Foi realmente um momento difícil em sua vida, e ele se sentiu simplesmente sobrecarregado pelas circunstâncias da vida. Vimos ontem que, no meio de sua angústia, ele faz uma escolha de falar com Deus, falar primeiro com Deus.
Vimos que ele conta a Deus seus problemas, que faz perguntas a Deus e pede a Deus para restaurar a união íntima e comunhão com Ele. Ele está dizendo: “Minha maior meta não é resolver meus problemas. Senhor, se eu tiver que passar por isso, quero pelo menos sair Te conhecendo de uma maneira que talvez não tivesse acontecido de outra forma.”
Hoje vamos ver que o Salmista não fala só com Deus, mas ele fala consigo mesmo. Ele aconselha seu próprio coração de acordo com o que ele sabe ser verdadeiro, mesmo em um momento em que suas emoções estão gritando: “Não pode ser verdade!”
Vimos também que há um refrão que se repete três vezes neste texto — no versículo 5 do capítulo 42, versículo 11 e depois no último versículo, versículo 5 do capítulo 43 também. Deixe-me ler esse refrão, e você verá aqui que ele realmente fala consigo mesmo; ele aconselha seu próprio coração.
Ele diz no versículo 5: “Por que você está assim tão triste [tão abatida], ó minha alma?” Por que você está deprimida? “Por que está assim tão perturbada dentro de mim?” Essa é a tristeza, a opressão. Aquela palavra que dissemos anteriormente nesta semana era “tumultuada”. “Por que você está tumultuada e duvidando? Por quê?” Ele faz a si mesmo essa pergunta.
Então ele se aconselha. Ele diz:
“Ponha a sua esperança em Deus!”
Ele não está dizendo isso para outra pessoa. Chegará o momento em que ele poderá dizer isso para outra pessoa, mas neste momento ele está dizendo para si mesmo:
“Alma, espera em Deus. Sim, eu sei que não parece haver esperança. Sim, eu sei que as circunstâncias são avassaladoras. Sim, não parece haver fim à vista para esses problemas. Sim, eu sei que não há ninguém por perto para te animar e encorajar. Você se sente muito sozinho. No entanto, espera em Deus.” É assim que ele aconselha a si mesmo. Então ele diz:
“Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.” (v. 5)
Versículo 11 do capítulo 42:
“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.”
E então uma terceira vez, versículo 5 do capítulo 43:
“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.”
Talvez você esteja se perguntando, como eu me perguntei enquanto meditava neste texto, por que ele diz praticamente a mesma coisa três vezes? Você sabe por quê? Porque ele precisa desta afirmação, deste lembrete vez após vez, após vez.
Sabe de uma coisa? Ele não é o único que precisa repetidamente. Você não acha às vezes que não basta só falar consigo mesma e aconselhar seu coração apenas uma vez, mas precisa continuamente deste lembrete sobre quem é Deus? Muitas vezes na minha vida tive que aconselhar o meu coração com a verdade.
Algumas de vocês já me ouviram falar sobre quando iniciamos o Aviva Nossos Corações. Eu não sabia na época, quando fizemos o cronograma para aquele ano, não sabíamos que iríamos começar um programa de rádio diário. Então, já tínhamos várias conferências reservadas. Tínhamos um ano inteiro programado. Eu estava escrevendo livros, e o ano estava super cheio.
Então adicionamos o programa de rádio — rádio diário. Gravamos naquele primeiro ano, creio que por volta de 320 programas, e eu mal sabia como ligar o rádio, muito menos “fazer rádio”. Durante aquele ano, mais até, por cerca de quinze meses, na verdade, me senti constantemente sobrecarregada.
A maior parte do tempo, senti que estava neste enorme oceano com um tsunami — uma onda gigante vindo sobre mim repetidas vezes. Por meses eu sentia que mal conseguia respirar.
No entanto, eu sabia que Deus nos tinha chamado para isso. Eu sabia que eu estava lá por designação divina. Não tive dúvidas. Em meu coração nem por um momento duvidei que Deus fosse o único que me havia conduzido a esse ministério.
Mas, sinceramente, tive muitos momentos em que achava que eu não suportaria a pressão.
Não achava que conseguiria sobreviver. Sinceramente, foi esmagador, e me vi tendo que aconselhar meu coração repetidas vezes de acordo com a verdade da Palavra de Deus — voltar às coisas que sei que são verdadeiras: sobre Deus, sobre Seu chamado, sobre Sua graça. Sua graça é suficiente para você. Sua graça é suficiente para mim.
Eu só tinha que continuar aconselhando meu coração. Eu voltava repetidamente às promessas de Deus, à Palavra de Deus, vez após vez, após vez. Foi durante este tempo que terminei de escrever o livro Mentiras em que as Mulheres Acreditam. Se você já leu esse livro, sabe que no último capítulo tem uma lista de verdades que precisamos lembrar, que contradizem as mentiras.
Nós colocamos essas verdades em um pequeno marcador de página, e por muitas vezes precisei ler essas verdades em voz alta. Deus não me levará a nenhum lugar onde Ele não me fornecerá graça para me capacitar.
Eu lia essas verdades, lia em voz alta, aconselhando meu coração de acordo com a Palavra de Deus, dizendo ao meu coração: “Coração, por que você está desanimado? Por que você está abatido? Espera em Deus! Não olhe para a tempestade ao seu redor. Não olhe para as circunstâncias.”
Veja, eu podia aconselhar meu coração dessa forma logo de manhã cedo em meu momento a sós com Deus e antes das 10:00 da manhã eu já estava tendo que aconselhar meu coração novamente—repetidamente durante o dia.
O inimigo usa a decepção. Ele usa tempestades. Ele usa angústia para nos abater, e algumas de vocês estão vivendo com circunstâncias e situações da vida real que não estão desaparecendo.
A parte mais angustiante da minha durou cerca de quinze meses, e então Deus começou a dissipar a nuvem, e comecei a ver um pouco de esperança e a sentir um pouco de esperança.
Mas algumas de vocês estão vivendo em um casamento ou com uma criança com uma deficiência física ou em uma situação financeira difícil — algo que não irá se dissipar em quinze meses. É possível que continue vivendo com essa situação talvez por um longo tempo.
Você tem que continuar aconselhando seu coração de acordo com a Palavra de Deus.
Fale consigo mesma. Diga a verdade para si mesma. Diga a si mesma o que você sabe ser verdade:
- Deus é soberano.
- Deus é sábio.
- Deus não comete erros.
- Deus me ama.
- Deus não vai trazer nada para minha vida que não seja para o meu bem final.
Continue a aconselhar seu coração de acordo com a Palavra de Deus. Diga ao seu coração: “Espera em Deus.”
Martyn Lloyd-Jones (um grande mestre da Bíblia de gerações passadas), ao comentar sobre este texto diz:
“Devemos aconselhar nosso coração ao invés de permitir que nossos corações nos aconselhem!” . . . Você deve dizer à sua alma: “Por que estás abatida”—que negócio é esse de estar perturbada? Você deve… exortar a si mesma e dizer a si mesma: “Espera em Deus” — ao invés de murmurar de uma maneira deprimida e infeliz. E então você deve continuar lembrando-se de Deus, quem Deus é, e o que Deus é, e o que Deus fez, e o que Deus se comprometeu a fazer.
E depois, tendo feito isso, termine com esse grande desafio: Desafie a si mesmo, e desafie outras pessoas, e desafie o diabo e o mundo inteiro, e diga como o salmista: “Eu ainda o louvarei; Ele é o meu Salvador e o meu Deus.”1
Enquanto eu meditava sobre este texto nesta manhã, “Espera em Deus! Eu ainda o louvarei; Ele é o meu Salvador e o meu Deus” (Salmo 42:5), meus pensamentos foram para tantas outras coisas onde buscamos esperança e ajuda e como somos propensas a buscar soluções temporárias ou terrenas para fazer o que pode ser um curativo mas, a longo prazo, não será o que nos trará libertação.
Esperança em seus amigos. Esperança em seu marido. Esperança em sua saúde. Esperança em Prozac, esperança no psicoterapeuta. Não é assim que muitas de nós, como mulheres, estamos vivendo hoje?
O que quero dizer é que, em última análise, se sua esperança estiver em qualquer coisa ou qualquer pessoa que não seja Deus, você está se preparando para a decepção.
Isso não significa que conversar com os amigos seja errado. Isso não significa que não haverá situações na vida em que seja necessário algum medicamento para ajudar a lidar com alguns sintomas físicos.
Essas questões com as quais o Salmista está lidando neste texto, questões de dúvida e depressão e ansiedade, em última análise, são questões do espírito. Não há amigo, não há parceiro, não há circunstância, não há medicamento, não há conselheiro nesta terra que possa ser para você e fazer por você o que Deus quer fazer.
Contudo, é importante reconhecer que Deus nos presenteia com dons e meios de graça, além de nos encorajar e nos oferecer ajuda. Portanto, não devemos menosprezar esses presentes se fizerem parte do processo que Deus traz para nossa vida.
No entanto, se depositarmos nossa esperança exclusivamente nessas coisas, acabaremos desanimadas. Embora muitas coisas possam nos proporcionar alívio temporário, como: para algumas é fazer compras, para outras é comer chocolate. Contudo estas são apenas soluções passageiras.
Elas podem aliviar sintomas físicos ou emocionais por um breve momento, mas, no cerne de nosso ser, se nossa esperança não estiver firmemente ancorada em Deus, não seremos verdadeiramente ajudadas. Sua presença, Seu rosto, é nossa única e verdadeira esperança.
Agora vamos ver neste trecho mais uma coisa que o Salmista faz, que é crucial para viver a vida cristã. E não é somente ele que precisa disso, mas você e eu precisamos disso todos os dias. O Salmista caminha pela fé e não por vistas.
Seus sentimentos expressam uma coisa. Sua percepção visual indica outra. As circunstâncias aparentes sugerem algo, e se ele se deixar influenciar pelo que vê e sente, acabará vivendo uma vida sobrecarregada.
No entanto, ele desafia sua vista com fé. Podemos observar esse diálogo em andamento, essa conversa contínua entre a vista e a fé. A vista argumenta, mas a fé responde, a vista insiste, mas a fé persiste, e ele sempre acaba confiando na fé.
Vamos analisar alguns desses pontos neste capítulo onde a vista e a fé se alternam. Da perspectiva da vista, há queixas e circunstâncias visíveis, mas então quando a fé responde, ele vê o conforto de Deus. Ele vê as realidades eternas que você só pode ver com os olhos da fé.
Em certas ocasiões, os sentimentos, a vista e a percepção imediata podem apenas revelar aspectos deprimentes e negativos, especialmente durante as fases mais intensas da vida, quando a tempestade parece avassaladora. Se nos concentrarmos apenas no que podemos ver, é natural nos sentirmos desanimadas.
Se você levantar os olhos e olhar para as coisas não vistas, as realidades eternas, que são mais verdadeiras do que a própria tempestade, então você encontrará conforto para o seu coração. É quando temos que dizer: “Senhor, embora eu não possa te ver, embora não possa te sentir, eu creio que Tu és mais real, Tu és mais verdadeiro, e Tu és maior, infinitamente maior, do que qualquer circunstância ou situação que estou enfrentando hoje.”
Por exemplo, nos versículos 1 e 2, a fé diz: “Existe um Deus.” Porém, ele não pode ver a Deus. Ele se sente abandonado por Deus, mas a fé diz: “Existe um Deus.” E a fé diz: “Minha alma anseia por comunhão com Ele.” Então ele fala com Deus, mesmo quando não sente que Deus está lá. Ele diz:
“Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus.” (Salmo 42:1).
A fé diz: “Existe um Deus, e minha alma anseia por Ele.”
A vista responde nos versículos 3 e 4 dizendo:
“Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: “Onde está o seu Deus?”
Isso é o que a vista diz a ele. “Você está angustiado. Você está deprimido. Você está miserável. Todos te abandonaram, e as pessoas que não te abandonaram estão te atacando. Elas continuamente dizem a mim…” Isso é o que a vista diz.
Não estou negando a realidade da vista. Ela é concreta e tangível, assim como suas circunstâncias. Estou simplesmente ressaltando que elas não representam a totalidade da realidade. A fé desafia a vista. Portanto, no versículo 5, a fé contradiz a vista ao afirmar:
“Ponha sua esperança em Deus, pois ainda o louvarei; Ele é o meu Salvador e o meu Deus” (Salmo 42:5).
Mas então nos versículos 6 e 7, a vista retorna, e diz:
“Minha alma está abatida.” “Estou me afogando.”
E então a fé se manifesta novamente no versículo 8 e diz:
“Conceda-me o SENHOR o seu fiel amor” o seu “hesed” é a palavra hebraica — o seu amor fiel, o seu amor incondicional. “Conceda-me o SENHOR o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a tua canção.” Isso é o que a fé diz.
Ele não pode ver a misericórdia de Deus. Ele não sente a misericórdia de Deus. Ele não pode ouvir o cântico de Deus com seus ouvidos físicos, mas ele diz pela fé: “Isso é o que sei ser verdade.”
Então no versículo 9 a vista entra novamente e fala. No versículo 9 ela diz:
“Por que te esqueceste de mim? Por que devo sair vagueando e pranteando, oprimido pelo inimigo? Até os meus ossos sofrem agonia mortal quando os meus adversários zombam de mim, perguntando-me o tempo todo: “Onde está o seu Deus?” (Salmo 42:9-10).
A vista diz: “Deus parece ter me esquecido. Meus inimigos me desprezam o dia todo.”
Mas você captou o que a fé diz no versículo 9? “Direi a Deus” o quê? “Minha Rocha.” A fé diz: “Minha Rocha.” A experiência (a vista) diz: “Você foi esquecido.” E como diz um comentarista, “Tudo depende de qual voz é ouvida.” Qual delas você vai ouvir — fé ou vista?
A vista diz: “Esquecido.” A fé diz: “Deus, minha Rocha.” Qual voz você vai ouvir?
Então a fé volta e se manifesta novamente no versículo 11:
“Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.”
A fé reconhece que Deus tem um suprimento que é suficiente para todas as minhas necessidades.
A vista não me diz isso. A vista diz: “Não há suprimento para sua necessidade. Não há nada que vá satisfazer sua necessidade. Você está acabada. Está tudo acabado.”
Mas a fé diz: “Deus tem um suprimento que é suficiente para satisfazer todas as minhas necessidades.” Olhe como isso se desenrola neste trecho. No versículo 3 do capítulo 42, temos a vista falando sobre lágrimas sendo meu alimento dia e noite, e no versículo 10, “Meus inimigos me insultam o dia todo.” A necessidade é constante. A necessidade é dia e noite—o dia todo, continuando sem parar.
Mas o que a fé oferece? Veja o versículo 8:
“Conceda-me o SENHOR o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a tua canção.”
Então, dia e noite há problemas e pressões e adversidades, mas o que mais há dia e noite? Há a provisão de Deus, Sua misericórdia, Sua canção.
Portanto, tão frequentemente e tão prolongadas quanto são minhas circunstâncias, há misericórdia e graça suficiente — mais do que suficiente. Durante todo o dia, Deus lhe dará a Sua misericórdia, e durante toda a noite Sua canção estará comigo.
Eu amo essa frase — “durante a noite a Tua canção estará comigo.” Você sabia que as Escrituras ensinam que Deus canta sobre nós, e nós cantamos para Deus? Frequentemente pensamos em cantar para Deus, mas talvez você não tenha pensado sobre Deus cantando sobre nós.
Pense na passagem em Sofonias capítulo 3, versículo 17, que diz:
“O Senhor, o seu Deus, está em seu meio, poderoso para salvar. Ele se regozijará em você; com o seu amor a renovará, ele se regozijará em você com brados de alegria”.
Deus canta sobre nós! Eu nunca, com meus ouvidos físicos, ouvi Deus cantando audivelmente sobre mim, mas sabe de uma coisa, a fé me diz que Ele faz. Quando a vista diz, “Todo o barulho ao meu redor realmente está me deixando louca,” a fé diz, “Deus está cantando sobre você.” Durante a noite, Deus está cantando sobre você.
Então, quando cantamos de volta para Deus, que dueto sagrado! Nós elevamos nossa canção para Ele. Juntamos nossas vozes com Ele. Ele canta sobre nós. Nós cantamos para Ele. Jó 35 fala sobre “Deus, o meu Criador, que de noite faz surgirem cânticos.” (verso 10)
Algumas de vocês já me ouviram compartilhar isso antes, mas durante aquele ano muito difícil ao iniciarmos o Aviva Nossos Corações e até os dias atuais, Deus fez algo muito precioso para mim que — quase soa um pouco estranho, então fico hesitante em dizer, mas tem sido tão real.
Quase todas as manhãs por alguns meses, não importa a que horas eu acorde, eu acordo com uma frase, uma frase musical, passando pela minha mente. São as notas e as palavras daquela pequena frase da canção “Cristo me ama”. A frase (em inglês) é: “Elas são frágeis, mas Ele é forte.”
Manhã após manhã, Deus me desperta com essa canção, e tenho consciência de que Sua canção tem estado comigo na noite — não apenas nas horas literais da noite, mas nos momentos espirituais de escuridão. Sua canção tem estado comigo. O Deus da minha vida dá Sua canção durante a noite.
Na época da Guerra dos Trinta Anos, no século XVII, um pastor da Alemanha chamado Paul Gerhardt estava passando por situações extremamente difíceis. Ele e sua família foram obrigados a deixar suas casas, passando por momentos de grandes desafios. Certa noite, encontraram abrigo em uma pequena estalagem de uma vila, sem ter para onde ir. Dominada pelo medo, a Sra. Gerhardt não conseguiu conter as lágrimas, desabando em desespero.
Gerhardt tentou confortá-la, e ele lembrou a ela das promessas de Deus sobre Sua provisão e Seu cuidado. Então ele saiu, e assim que ficou sozinho, ele também desabou e começou a chorar—tão desencorajado, tão pesaroso. Esse foi, para ele, o momento mais sombrio de sua vida.
Não muito tempo depois, Deus começou a aliviar o fardo, e ele se sentiu renovado pela sensação da presença de Deus — o lembrete do “hesed” de Deus — Seu amor fiel, Seu amor incondicional.
Ele pegou sua caneta, e escreveu um hino que tem trazido conforto para muitas outras pessoas desde então.
Aqui está uma das estrofes do hino:
Joga teu temor ao vento.
Espera, e não temas.
Deus ouve teus suspiros
E conta tuas lágrimas.
Deus erguerá tua cabeça.
Por entre ondas e nuvens e tempestades,
Ele suavemente abrirá o caminho.
Aguarda Seu tempo.
Assim, a noite em breve terminará
Em dia de alegria.
Deus dá canções na noite, e então a fé diz: “Sim, está escuro lá fora. Sim, meus inimigos estão todos ao meu redor. Sim, parece que Deus me abandonou.”
Se ando por vistas vai ser nisso que vou focar, mas se ando pela fé vou focar em: “Esperar em Deus, pois ainda o louvarei.” Tudo o que Ele me deu é suficiente, e Sua provisão é suficiente para todas as minhas necessidades.
Portanto, cante quando, à vista, tudo estiver desmoronando. Exerça a fé e cante para Deus, que é a sua esperança.
Raquel: Essa foi a Nancy DeMoss Wolgemuth nos ajudando a nos preparar para as tempestades que certamente virão em nossas vidas. A série se chama “Lidando com Depressão e Dúvidas“.
Cantar vai ajudá-la a elevar os olhos acima das suas circunstâncias. Assim como se reunir com outras mulheres que têm um coração para o Senhor.
É realmente possível escolher ter alegria quando você não a sente?
Nancy: Deus é minha alegria plena. Não é a ausência da tempestade que determina meu nível de alegria. É a presença de Deus. Ele é minha alegria plena, então me alegrarei Nele.
Raquel: Nancy falará sobre emoções e alegria amanhã. Aguardamos você aqui no Aviva Nossos Corações.