Dia 2: Sua Casa Não Precisa Ser Perfeita
Raquel Anderson: Bem-vinda ao segundo episódio da série “O evangelho e as chaves de casa”.
Rosaria Butterfield viu como a hospitalidade informal pode produzir uma mudança radical no coração!
Rosaria Butterfield: Vimos pessoas virem a Cristo. Vimos o evangelho mudar corações e mentes. Testemunhamos pessoas tendo suas vidas transformadas por Cristo, e tudo o que fizemos foi abrir a porta de uma casa bastante bagunçada!
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O céu reina, na voz de Renata Santos.
Enquanto você ouve o programa de hoje, talvez esteja tomando seu café na varanda ou talvez esteja caminhando pela rua com seu cachorro. Talvez passe por um vizinho ou dois antes que o programa termine. Se você nunca considerou convidá-los para jantar, a conversa de hoje pode mudar sua opinião. Nancy conversou com a autora Rosaria Butterfield na Conferência Nacional do Ministério Ligonier …
Raquel Anderson: Bem-vinda ao segundo episódio da série “O evangelho e as chaves de casa”.
Rosaria Butterfield viu como a hospitalidade informal pode produzir uma mudança radical no coração!
Rosaria Butterfield: Vimos pessoas virem a Cristo. Vimos o evangelho mudar corações e mentes. Testemunhamos pessoas tendo suas vidas transformadas por Cristo, e tudo o que fizemos foi abrir a porta de uma casa bastante bagunçada!
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O céu reina, na voz de Renata Santos.
Enquanto você ouve o programa de hoje, talvez esteja tomando seu café na varanda ou talvez esteja caminhando pela rua com seu cachorro. Talvez passe por um vizinho ou dois antes que o programa termine. Se você nunca considerou convidá-los para jantar, a conversa de hoje pode mudar sua opinião. Nancy conversou com a autora Rosaria Butterfield na Conferência Nacional do Ministério Ligonier.
Hoje, elas vão compartilhar mais sobre o poder da hospitalidade genuína. Aqui está Nancy.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Hoje continuamos nossa conversa com Rosaria Butterfield, e eu gostaria que cada uma de vocês estivesse sentada comigo ao redor desta mesa. Que conversa gostosa que estamos tendo. Rosaria, amo como você nos leva a um mundo ao qual muitas de nós não fomos expostas.
Eu conheço Jesus desde o berço, “desde o útero!” Cheguei à fé aos quatro anos de idade, fui nutrida nas Escrituras e nos caminhos de Deus—que presente e bênção isso é! Mas às vezes, quando você cresce neste mundo e não conhece nada além de uma cosmovisão cristã, pode ser assustador e desafiador pensar em interagir com aqueles que vêm de origens muito diferentes.
Rosaria: Sim. E acho que parte do motivo pelo qual é assustador é que (acho que sem querer) concedemos uma compreensão bíblica da identidade em troca do que o mundo tem a oferecer.
Acho que o que nos assusta é pensar: Bem, o evangelho é as boas novas para mim. Eu tinha quatro anos de idade. Não tinha desenvolvido nenhum padrão de pecado super terrível que eu possa pensar que teria que abandonar.
Mas, ah, se eu compartilhar o evangelho com minhas vizinhas que se identificam como lésbicas—eles vão perder a família deles, vão perder os filhos, provavelmente vão perder a casa! Sabe, o evangelho foi uma boa notícia para algumas de nós, mas o evangelho não é uma boa notícia para outras pessoas.
Acho que realmente ficamos presas nisso. Aqui está o que quero que seus ouvintes saibam (e, sabe, estou proclamando para mim mesma aqui, preciso lembrar disso também): Gênesis 1:27, você é portadora da imagem de um Deus santo. Você nasceu homem e mulher, e tem uma alma que durará para sempre—seja na glória na eternidade na Nova Jerusalém ou no inferno numa eternidade sem Deus.
Nossa verdadeira identidade, falando biblicamente, é a mais alta identidade que você poderia ter—ser portadora da imagem de um Deus santo. Não há mais dignidade do que essa! Portanto, quando o evangelho pede às pessoas que abandonem coisas, não precisamos nos preocupar que Deus esteja pedindo demais delas.
Mas aqui é onde ficamos presas, especialmente os americanos. Somos tão democráticos, queremos que tudo seja justo. E adivinhe? A vida não é justa. A vida do evangelho não é justa. Algumas pessoas têm uma cruz e outras têm dez. Deus promete sempre carregar a parte mais pesada dessa cruz!
Deus também promete que haverá um Corpo de Cristo que funcionará como uma família. Não existem apenas as bênçãos espirituais que são estranhas, estão fora de você. Elas vêm com o poder de uma mangueira de incêndio ou um feixe de luz ou algo assim. Mas também há essa ordem (e é aí que o livro entra) de que a família de Deus vai cuidar de você.
Nancy: Acho que às vezes nosso medo—mesmo que seja independente da visão ou prática sexual das pessoas—às vezes pode ser a suposição de que “Jamais se interessariam. Jamais estarão abertas para conhecer Cristo e como eu poderia superar seus argumentos ou sua visão de mundo?”
Acho que o que é desarmador sobre o que você está dizendo neste livro, O evangelho e as chaves de casa, é que a amizade é um meio poderoso de ver pessoas desconhecidas se tornarem família. Vamos voltar a essa coisa que você chama de “hospitalidade radicalmente simples“. Vamos começar com o que isso significa. Como se parece na prática?
Rosaria: Significa que toda noite da semana nossa casa está aberta. Significa isso.
Nancy: Isso é radical!
Rosaria: Sim, e isso significa que praticamos hospitalidade todas as noites da semana. Isso significa que se eu ainda estiver dando uma aula de matemática para uma criança e forem dezessete e trinta e você entrar pela porta, e perceber que ainda tenho roupa na mesa de jantar que precisa ser dobrada e guardada antes do jantar, você sabe fazer isso!
Isso significa que a família de Deus se reúne diariamente para uma refeição, para um tempo na Bíblia, um tempo de oração e cantar um salmo. É algo que todos precisam. Tivemos uma crise em nosso bairro e conseguimos reunir nossos vizinhos e dizer: “Ei, o que aconteceu é realmente horrível e é difícil processar. Temos um convite aberto para jantar às 17h30. Venha! Traga comida ou traga um amigo ou traga ambos ou não traga nada, mas você é bem-vindo.”
Nancy: Mas antes mesmo de você poder fazer isso, você teve que saber algo sobre seus vizinhos. Você teve que ter alguma conexão com eles. E você tem sido muito intencional sobre isso.
Rosaria: Nós temos sido muito intencionais sobre isso. Quando nos mudamos para Durham, Carolina do Norte, em 2012 … E há algo sobre se mudar para um lugar novo. Isso realmente ajuda. É um novo começo. Porque é horrível ir até a rua e, toc-toc-toc na porta e dizer: “Ei, eu moro aqui há dez anos, e realmente …”
Nancy: “Gostaria de saber seu nome.”
Rosaria: “Gostaria de saber seu nome. Se seu cachorro escapar novamente, gostaria de poder devolvê-lo. Desculpe por ter levado dez anos.” Mas quando é nova no pedaço, você não tem essa vergonha.
Começamos algo que chamamos de “caminhadas de oração”. Kent e eu aproveitamos que temos uma aplicativo chamado Vizinho, que é um aplicativo de mídia social que organiza bairros, e no nosso bairro temos 300 casas.
E postávamos: “Oi pessoal, vamos nos encontrar na mesa de piquenique no gramado em frente à nossa casa. Podemos nos encontrar lá e caminhar pelo bairro e orar. Venha como está. Junte-se a nós!”
Fazíamos isso quintas-feiras à noitinha. Às vezes tínhamos um ou dois vizinhos. Em certo ponto, tivemos vinte e cinco vizinhos!
Nancy: E até os vizinhos não-cristãos sabiam que vocês estavam fazendo isso.
Rosaria: Oh, sim, claro. E novamente, aqui é onde os cristãos precisam entender … eu acho que às vezes somos muito programáticos. Eu entendo por que fazemos isso, entendo. Você quer saber quantas pessoas vão aparecer e quer ter certeza de que tem tudo o que precisa para elas. Essas não são coisas ruins. São coisas muito boas.
O que nós costumamos fazer é colocar convites abertos no aplicativo. E por “convites abertos” quero dizer, “Prezadas 300 residências, estão convidados para um churrasco.”
Nancy: Uau!
Rosaria: Duas coisas acontecem quando você faz isso—e isso é coisa de louco—mas se você convidar todos em seu bairro, 100% de seus vizinhos se sentirão amados, e eles vão lhe dizer isso.
Nancy: Eles se sentirão bem-vindos.
Rosaria: As senhoras idosas que nunca saem de casa, mas ouviram falar sobre isso, as viúvas recentes, a pessoa passando por um divórcio que perdeu todos os amigos por causa disso … eles vão lhe dizer que não foram convidados para nada há séculos, e significou muito para eles ser convidado!
Mas na verdade—logicamente falando—cerca de dez por cento das pessoas vão aparecer. Nunca tivemos mais do que dez por cento presentes.
Nancy: Já aconteceu de algumas pessoas que vocês não conheciam aparecerem? Conte-nos sobre algumas das pessoas que passaram por sua casa.
Rosaria: Ah, com certeza. Na verdade, isso é bastante divertido. Quando a Bíblia nos ordena a amar o estrangeiro, uma das primeiras perguntas é: “Onde você os encontra? Onde eles estão? Como eu os encontro?” Um lugar ideal é em um bairro.
Certamente conhecemos pessoas apenas fazendo isso, e conhecemos seus filhos, conhecemos seus cachorros, e construímos ministério a partir daí. Ao mudarmos para lá, só queríamos conhecer nossos vizinhos.
Mas, logo depois que chegamos lá e estávamos conhecendo nossos vizinhos … Uma das coisas que acontece quando você conhece seus vizinhos é que você conhece os problemas deles. Soubemos que um de nossos vizinhos tinha sido diagnosticado recentemente com ELA (também chamada doença de Lou Gehrig).
Ele tinha quarenta anos. Tinha uma filha de dois anos e uma filha de seis anos, e esta é uma doença assustadora e horrível! Uma das coisas que sabíamos, sendo uma família membro de igreja, é que poderíamos estar preparando refeições para essas famílias. Mas não teríamos como saber sem a caminhada de oração. Sabe, “Ei, o que está acontecendo naquela casa?”
Então, isso é uma das coisas que fizemos, preparamos uma lista de “Leve Uma Refeição“. As igrejas fazem isso o tempo todo. Então foi fácil de fazer.
Nancy: Eu me lembro, aliás, no início do meu namoro com Robert. Ele morava em Orlando. Quando eu estava o visitando, ele me levou para dar uma volta pela vizinhança de trinta casas onde ele morava. Era um círculo.
Enquanto ele dirigia ao redor daquele círculo (fiquei muito impressionada com isso!), ele sabia quem morava em cada casa. Ele sabia sobre suas famílias. Ele sabia onde estavam espiritualmente (que igreja frequentavam ou como odiavam igreja). Ele poderia lhe dizer coisas sobre seu passado.
Robert e sua primeira esposa, Bobbi, (agora com o Senhor) por quinze anos haviam sido vizinhos do tipo uma-vez-desconhecidos mas agora-amigos. Havia pessoas que não tinham interesse em coisas espirituais, antecedentes religiosos totalmente diferentes, algumas delas vizinhas tipo dor-de-cabeça, mas Robert e Bobbi tinham feito amizade com todas, tinham aberto sua casa para elas.
Rosaria: Certo. Oh, sim.
Nancy: Lembro-me de pensar” este é um homem que sabe como mostrar hospitalidade aos desconhecidos!”
Rosaria: Com certeza, porque você tem que quebrar certas barreiras.
Nancy: E leva tempo. Foram conversas apenas em frente à calçada. Depois de quinze anos as histórias de alguns que chegaram à fé em Cristo eram tão preciosas! Alguns ainda não tinham chegado à fé, mas amavam o Robert, e sabiam que ele os amava.
Rosaria: Sim, exatamente isso. Uma das coisas que descobrimos foi que ser regular com a hospitalidade aberta foi muito útil, porque quando começamos essas caminhadas de oração às quintas-feiras … Havia algumas pessoas mais velhas que tinham problemas nos joelhos e não caminhavam conosco. Mas ficavam na frente de suas casas esperando nos ver. E da varanda gritavam seus pedidos de oração. Isso se tornou uma coisa regular. Às quintas-feiras à noite, as pessoas esperavam que passássemos por suas casas e depois diziam como orar por elas.
Nancy: Uau.
Rosaria: E então, quando outras coisas começaram a acontecer … Nossa casa foi assaltada, outras casas em nosso bairro foram assaltadas. Quando havia problemas tanto no nível pessoal quanto no nível mais público, fomos capazes de nos reunir e orar como um grupo de pessoas.
Quando a hospitalidade é consistente, regular e inclusiva, é assim que você vai conhecer pessoas que são “desconhecidas”.
Nancy: Algumas pessoas talvez não se sintam confortáveis em abrir suas casas, mas eu conheço algumas que se sentem.
Quando você pensa em comunhão cristã, hospitalidade cristã, muitas vezes pensamos primeiro naqueles que são como nós.
Temos nosso pequeno grupo da igreja, ou algumas pessoas do ministério onde sirvo. Isso é meio que a coisa mais natural.
Mas você está indo além disso para dizer: “Queremos aqueles que são desconhecidos.” Hebreus fala sobre isso: “Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos.” (Hebreus 13:2). Não são apenas as pessoas do meu pequeno grupo .
Rosaria: Não, mas isso não exclui as pessoas do seu grupo pequeno. Uma das coisas que percebemos é que, especialmente quando você está alcançando desconhecidos, ter junto de você um bom núcleo de cristãos que sabem como ministrar é extremamente útil.
E sabe de uma coisa, se você está tendo dificuldade com como evangelizar, seu grupo pequeno também está lutando. Na verdade, ter a família de Deus já povoando a mesa e convidando outras pessoas para se juntarem pode ser incrível!
Uma coisa que aconteceu há um tempo, talvez dois anos atrás … Eu tenho uma amiga; o nome dela é Donna. Ela e eu (bem, principalmente ela, porque ela é a força motriz), organizamos coisas como cantar músicas natalinas no bairro. A chamamos de “Diretora Donna”. Ela é muito boa nisso!
Nancy: Deve ser primogênita.
Rosaria: Eu só faço o que ela diz. Lembro-me que alguns anos atrás estávamos entre ministérios. Estávamos cantando músicas natalinas no bairro, e recebi uma mensagem de texto de uma amiga dizendo: “Acabamos de receber notícias terríveis! Podemos passar aí para conversar sobre isso?” E, por “nós”, era uma família católica grande.
Eu disse: “Sim, seria ótimo. Estaremos em casa às seis e terei o jantar pronto às seis e meia.” Também tínhamos uma família missionária ficando conosco naquela noite, então tínhamos vinte pessoas! Expandimos para dois cômodos—crianças sentadas no chão. Quem tem vinte cadeiras dando sopa em casa, certo? Quem precisa de cadeiras!
OK, se você tem mais de cinquenta anos, talvez precise de uma cadeira, mas, sério, pessoal. As crianças podem sentar no chão. O pai dessa família ficou com o coração partido ao saber que um vizinho acabara de ser diagnosticado com câncer—e esse vizinho era o único pai de uma criança com necessidades especiais.
Ele disse: “Por quê?” E ele disse, depois que começamos a comer: “Ok, olhem, vejo que estou em uma sala cheia de teólogos. Preciso saber por que há esse tipo de mal no mundo. Vocês podem responder isso?” E sabe de uma coisa? Você quer que seus vizinhos venham com esses tipos de perguntas.
Foi maravilhoso ver nosso pastor missionário e Kent e nossa família de Deus ministrando. Não temos respostas fáceis para isso. Mas uma das coisas que lembro de ter sido ensinada claramente naquela noite é: “O tempo de se preparar para o mal é antes que ele aconteça.”
E isso teve um efeito poderoso, especialmente sobre as crianças dessa família. Nos tornamos amigos porque houve uma crise difícil. E sabe o que eles pensaram? Eles pensaram, “Bem, não sei para onde levar isso. Isso é um problema filosófico e teológico. Oh, ei, vamos levar para os Butterfield. É um ótimo lugar para levar isso!”
E é isso que queremos. Queremos criar um ambiente onde as pessoas saibam que podem trazer os fardos de seus corações para você. E é a hora do jantar. Na verdade, nos sentamos ao redor de uma mesa durante o jantar, e jantamos, e você é bem-vindo a se juntar a nós!
Nancy: E isso torna o ambiente descontraído. Não estamos colocando cadeiras enfileiradas e convidando você a vir para nosso estudo bíblico.
Rosaria: Não, e talvez nem tenhamos cadeiras suficientes. Pode ser o sofá e a mesa de café ou a bola de exercícios e o banco do piano. Não vamos nos preocupar se alguns de nós estiverem sentados no chão. As pessoas são mais importantes, e ter flexibilidade suficiente para aproveitar esses momentos é muito importante.
Aprendi que é melhor dizer “sim” do que “não”. Muitas vezes uma oportunidade de hospitalidade surge. Por exemplo, recentemente estávamos em uma conferência e não voltaríamos até sábado. Recebemos uma mensagem de texto de alguém que gostaria de se hospedar conosco no sábado.
Como não estaríamos em casa, dissemos: “Bem, você pode nos buscar no aeroporto.” E sabe, é um pouco desconcertante, porque você sabe como é voltar para casa depois de alguns dias fora. Você precisa ir ao supermercado. A casa não está pronta. Mas … estou disposta, mas não estou pronta! E tudo bem, porque o evangelho te prepara. Sua casa é um “hospital” e uma “incubadora“. E se houver ídolos atrapalhando, você tem que lidar com eles!
Nancy: Por exemplo?
Rosaria: Bem, por exemplo, se você se sente muito importante. Você sabe, “Ei, tenho um trabalho importante. Preciso do meu tempo sozinha.” (E aparentemente é um tempo sozinho 24 horas, sete dias por semana!)
Nancy: Você disse que é naturalmente mais introvertida.
Rosaria: Sou. Sou uma IIPJ (Introversão, Intuição, Pensamento, Julgador). E acho que agora provavelmente conheço todas as mulheres cristãs que também têm o mesmo resultado no teste MBTI (Tipologia de Myers-Briggs)! Porque pessoas me escrevem o tempo todo dizendo: “Eu também sou assim!” Então, oficialmente conheço todos os dois por cento das IIPJ’s.
Mas é por isso que acordo cedo. Levanto duas horas antes de qualquer outra pessoa na casa acordar, porque preciso do meu “tempo sozinha”. Mas vimos pessoas chegarem a Cristo.
Vimos o evangelho mudar corações e mentes! Vimos pessoas terem suas vidas transformadas por Cristo, e tudo o que fizemos foi abrir a porta de uma casa bem bagunçada!
Nancy: E você está bem com a bagunça da casa.
Rosaria: Estou.
Nancy: Claro, você não deixa a casa bagunçada propositalmente.
Rosaria: Não estou tentando fazer bagunça.
Nancy: Mas você está disposta a receber pessoas nesse ambiente, sabendo que ter todas essas pessoas significa que haverá mais bagunça do que você gostaria.
Rosaria: Estou, porque vim de uma casa que não era bagunçada por fora, mas era bagunçada nos corações. Então acho que essa percepção é algo muito importante. Para pessoas que foram criadas em lares cristãos, há um padrão de segurança com o qual você foi criada e que acha que é normal. É uma bênção. Mas para a maioria das pessoas no mundo, essa não é a realidade delas.
Nancy: Sim.
Rosaria: Como você saberia se tem um vizinho alcoólatra? Como você saberia se tem um vizinho que está lidando com algum tipo de problema relacionado ao abuso? Ninguém vai sair falando sobre isso num megafone. Você não saberia, portanto ter a sua casa aberta pode ser muito útil.
E nós oramos. Queremos saber qual é o caminho do evangelho para o coração de alguém. E é um caminho diferente para cada um. O que você precisa é diferente do que eu preciso. Mas criar um tempo que permita que você possa levar um vizinho idoso ao médico, para que possa cuidar das crianças depois da escola.
Sabe, há algumas coisas básicas que, se você tem o privilégio, como eu tenho, de ser uma mãe que fica em casa, cuidando dos meus filhos, educando meus filhos em casa, tenho o privilégio de abençoar meus vizinhos. E eles agradecem muito por isso!
Nancy: E isso é algo que está tão ausente em nosso mundo hoje!
Rosaria: Ah, sim, sim, sim.
Nancy: Lemos nas Escrituras sobre o poder da bondade, o poder das boas obras, dos atos gentis. Tito está falando sobre, é claro, o ensino da doutrina, o discipulado de mulheres mais velhas e mais jovens. Mas Paulo continua dizendo a Tito repetidas vezes (e a Timóteo), “Lembre as pessoas de Deus para fazerem boas obras, porque é assim que demonstramos a amizade e a beleza de Cristo!“
Rosaria: Exatamente! E não precisamos nos preocupar! Já ouvi pessoas dizerem, “Bem, você não está preocupada que as pessoas pensem que é apenas o ‘evangelho social’?” E esta é a minha resposta: “Se as pessoas não acharem que você é um conservador fanático ou um liberal ultrapassado toda vez que proclamar o evangelho, você não está realmente proclamando o evangelho!”
Ok, não estou preocupada com o que as pessoas pensam. Quero que o coração de Jesus toque o coração dos meus vizinhos. Também sei que quanto mais tempo você passa temendo a aparência de sua casa, quem vai vir, como isso vai funcionar? … Quanto mais tempo você passa com medo, começa a contar “histórias inventadas” sobre as pessoas.
Na realidade você não quer. Não acho que nenhum cristão acorde dizendo: “Quero realmente fofocar sobre meus vizinhos e contar ‘histórias inventadas.” Mas você acaba fazendo isso. É só porque você não tem proximidade. Proximidade é compartilhar um ritmo de vida e viver de forma transparente.
Kent Butterfield, meu marido, é o “Eddie Estável”! E o Senhor sabia que eu precisava me casar com Kent Butterfield. Porque sou completamente extrovertida, e ele é “Eddie Estável”. Nós jantamos. Ele abre a Bíblia e lê um trecho (geralmente um capítulo da Bíblia), nós cantamos um salmo e oramos. Nós temos tido um tempo tão regular disso que temos crianças à nossa mesa e talvez seus pais estejam passando por um momento difícil. Sabe, as crianças também são pessoas!
Nancy: Com certeza.
Rosaria: Tem que ser dito e reconhecido. As crianças têm vidas profundas, têm lutas difíceis, têm crises importantes. E temos crianças regularmente à nossa mesa, até o ponto em que elas lembram o Kent de onde estamos nos devocionais em família.
Nancy: Que doçura.
Rosaria: Quero dizer, quando você está à mesa por tempo suficiente para passar por Isaías…
Nancy: Você está absorvendo isso.
Rosaria: Sim, e você planeja isso.
Nancy: Você planeja o tempo?
Rosaria: Planeja o tempo, planeja o dinheiro. Mas é incrível ver Deus respondendo às suas orações. Estou convencida de que seríamos um mundo cristão alegre e vibrante se continuássemos a ver o Senhor realmente acrescentando ao Seu Reino!
Para muitas de nós, nossa vida cristã segue um caminho paralelo aos nossos problemas. Sabe, nosso papel como cristãos é sempre aplicar a fé aos fatos. Isso não faz os fatos desaparecerem, mas nos dá uma nova perspectiva para enxergá-los. A hospitalidade aberta e diária tem sido uma das formas como Deus nos abençoa, nos mostrando que Ele está acrescentando ao Seu Reino.
Nancy: Quando voltarmos a essa conversa amanhã, queremos continuar daqui, porque isso é tão rico. Voltaremos amanhã e falaremos sobre quais são algumas dessas barreiras? Quais são algumas das diferentes configurações? Como isso pode parecer?
Mas o desafio é para cada uma de nós na família de Deus praticar uma hospitalidade radicalmente simples. Isso não é apenas para pessoas como a Rosaria, que transborda quando fala sobre isso. Isso é para introvertidos, é para extrovertidos, é para solteiros, é para casados, é para qualquer fase da vida em que você possa estar. Isso é um poderoso meio de graça para cristãos e não cristãos.
Raquel: Escutamos a Nancy DeMoss Wolgemuth conversando com a autora do livro O evangelho e as chaves de casa, Rosaria Butterfield. Ele a ajudará a entender melhor sobre como você pode usar sua casa para receber os vizinhos e apresentá-los à família de Deus. Você pode encomendar uma cópia deste livro no nosso site www.avivanossoscoracoes.com.
Rosaria Butterfield diz que quando a família de Deus vive como a família de Deus, ela mostra Jesus para um mundo que observa. Descubra como você pode fazer isso juntando-se a nós amanhã para acompanhar a continuação da conversa de Rosaria com Nancy.
Aguardamos você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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