Ep.1: O poder do perdão
Raquel Anderson: Se você foi profundamente ferida, Nancy DeMoss Wolgemuth está aqui para oferecer um pouco de esperança.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus quer te conceder a graça para superar qualquer que seja a situação, superar qualquer que seja a dor. Não é que a ofensa não tenha acontecido, que as circunstâncias não tenham sido reais ou que não tenha sido doloroso, mas Deus quer conceder a graça Dele a você para continuar e libertá-la de qualquer decepção e mágoa em sua vida.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, co-autora de Mentiras Em que as Mulheres Acreditam, na voz de Renata Santos.
Temos visto o que acontece quando uma pessoa experimenta o avivamento. Já vimos a ligação entre o avivamento e a consciência limpa. Agora nosso foco será o perdão.
Quando Deus aviva seu coração, você tem o poder de perdoar como nunca. Se você está …
Raquel Anderson: Se você foi profundamente ferida, Nancy DeMoss Wolgemuth está aqui para oferecer um pouco de esperança.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus quer te conceder a graça para superar qualquer que seja a situação, superar qualquer que seja a dor. Não é que a ofensa não tenha acontecido, que as circunstâncias não tenham sido reais ou que não tenha sido doloroso, mas Deus quer conceder a graça Dele a você para continuar e libertá-la de qualquer decepção e mágoa em sua vida.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, co-autora de Mentiras Em que as Mulheres Acreditam, na voz de Renata Santos.
Temos visto o que acontece quando uma pessoa experimenta o avivamento. Já vimos a ligação entre o avivamento e a consciência limpa. Agora nosso foco será o perdão.
Quando Deus aviva seu coração, você tem o poder de perdoar como nunca. Se você está seguindo a nossa série Buscando a Deus, começaremos hoje o episódio sobre o poder do perdão radical.
Nancy: Se vocês leram o livro ou assistiram o filme Grandes Esperanças de Charles Dickens, devem se lembrar de que uma das personagens principais naquela história é uma excêntrica senhora idosa chamada Senhorita Havisham.
Anos antes, no início da história, no dia de seu casamento, ela estava se vestindo e esperando dar nove horas, quando seu noivo chegaria. Um grande banquete havia sido preparado.
Eles tinham um bolo de casamento enorme, mas faltando 20 minutos para as nove, a Senhorita Havisham recebeu a notícia de que seu noivo havia fugido com outra mulher e não viria para o casamento.
A partir daquele momento, o objetivo de vida daquela mulher passou a ser se vingar dos homens. Ela se recusou a seguir com a vida. Em vez disso, ela escolheu viver no passado, continuou usando seu vestido de noiva e véu por anos. Ela nunca mais os tirou.
O tempo parou para ela naquele momento. Na verdade, todos os relógios em sua casa pararam, mostrando 20 para as nove, quando aquela tragédia aconteceu em sua vida. Ela simplesmente não seguiu em frente. Seu vestido e seu véu ficaram esfarrapados, amarelados e desbotados ao longo dos anos, mas ela continuava a usá-los.
Ela colocou cortinas pesadas em todas as janelas, para que o sol não entrasse em sua casa. Ela vivia em reclusão com sua filha adotiva e, quanto ao bolo e ao banquete, eles foram todos deixados para apodrecer nas mesas e, com o tempo, foram levados pelos ratos e pelas aranhas. Dava até para ouvir os ratos andando entre as paredes da casa.
O personagem principal da história é um garoto chamado Pip, que foi visitar a Senhorita Havisham. A primeira vez que ele a visitou foi no aniversário dela, mas ela não deixava ninguém fazer menção a essa data especial porque essa era a mesma data em que ela deveria ter se casado.
No decorrer da conversa com Pip, ela disse: “Em um dia como o de hoje, muito tempo antes de você nascer, esse monte de ruínas foi trazido para cá.” – e realmente era um monte de ruínas.
Havia teias de aranha enormes em todo o lugar. O lugar estava num estado de ruína, feio e grotesco. Ela disse, “Isso”, (o monte de ruínas) “e eu nos deterioramos juntos. Os ratos roeram tudo e eu mesma fui roída por dentes mais afiados do que os dos ratos.”
Claro, aqueles dentes que roeram a Senhorita Havisham foram os dentes da amargura, do ressentimento, da falta de perdão. Quando eu penso sobre a Senhorita Havisham e naquela cena com tudo em ruínas ao seu redor, eu penso que esse é o retrato de muitas mulheres hoje, recusando-se a seguir em frente, vivendo no passado, reféns de alguma ofensa, de alguma ferida, de alguma situação que talvez tenha ocorrido anos atrás.
Você consegue se identificar com essa mulher? Talvez você esteja desperdiçando a vida que Deus quer que você desfrute hoje e você sabe exatamente quando foi que esses relógios congelaram em sua vida. Você consegue se lembrar da cena, do lugar, do dia, do horário, das circunstâncias. Mesmo que tenha acontecido anos atrás.
Pode ser que hoje, você esteja vivendo em meio a um monte de ruínas. Os dentes da amargura e do ressentimento te roeram, te desgastaram e te destruíram; ou pode ser que você tenha passado por algo assim recentemente.
O fato é que você não tem que terminar como a Senhorita Havisham. Ninguém tem que terminar dessa maneira. Ela não tinha que terminar dessa maneira.
Deus quer te conceder a graça para superar essa tragédia, superar essa dor. Não é que a ofensa não aconteceu, que as circunstâncias não foram reais ou que não foi doloroso, mas Deus quer conceder a graça Dele a você para continuar e libertá-la de qualquer decepção e mágoa em sua vida.
Vou só abrir um parêntese aqui. Temos estudado a série Buscando a Deus. No início dela, falamos sobre como experimentar um avivamento no nosso relacionamento vertical com Deus.
Falamos sobre coisas como humildade, honestidade, arrependimento e santidade. Agora, na segunda metade da série, estamos lidando com a consequência prática do avivamento, pois isso afeta nossos relacionamentos com as outras pessoas.
Isso me lembra os Dez Mandamentos. Os quatro primeiros estão relacionados com seu relacionamento com Deus, seu relacionamento vertical. Os últimos seis estão relacionados com seus relacionamentos com os outros.
É claro que é importante colocar o relacionamento vertical em primeiro lugar, porque se este não estiver indo bem, não há como seus relacionamentos com outras pessoas irem bem. Conforme aprendemos a viver com humildade, honestidade e em arrependimento e santidade, isso tem que se manifestar na maneira como nos relacionamos com as outras pessoas.
Isso tem que se manifestar na vida prática, entre as quatro paredes de nossas casas. Já falamos nessa série sobre a importância de ter uma consciência limpa, ou de como lidar com nossas ofensas para com os outros. Agora queremos virar a página e falar sobre como lidar com as ofensas que os outros cometem contra nós.
Observe a ordem das coisas. Primeiro a consciência limpa e depois esse assunto da amargura e do perdão em segundo lugar. Normalmente as pessoas querem lidar com as ofensas que os outros cometem contra elas primeiro e a Palavra de Deus diz: “Não, primeiro você tem que lidar com suas ofensas contra os outros. Tire primeiro a viga do seu olho e então você verá claramente para ajudar os outros a lidarem com as ofensas deles.” (Mateus 7:5, parafraseado).
Então, agora queremos falar sobre como lidar com as feridas feitas por outros e veremos várias passagens no decorrer da série, mas uma passagem chave sobre toda essa questão de amargura vem de Hebreus capítulo 12.
Vou ler dois versículos em Hebreus 12, versículos 15 e 16. Diz o seguinte: “Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos; que não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu o seu direito de herança como filho mais velho.”
Essa passagem (e voltaremos nela mais tarde) fala sobre três raízes básicas na vida dos cristãos, com as quais temos que lidar se quisermos ter um avivamento.
- Primeira é a amargura, da qual temos falado mais recentemente.
- A segunda é a impureza moral, ou seja, a imoralidade sexual, que abordaremos em seguida.
- E a terceira raiz está relacionada à questão dos valores temporais, da perda de perspectiva daquilo que realmente importa.
Temos que lidar com essas questões. O autor de Hebreus diz, “Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus.” Cuidem que. Acho que isso diz que temos a responsabilidade de ajudar a evitar que o outro se torne amargo.
Gostaria que todos que tiverem contato com esta palavra não deixem de obter a graça de Deus. Quero me certificar de que você não deixe de obter a graça de Deus e que você lide com cada raiz de amargura que possa estar presente em sua vida, porque se você não fizer isso, essa passagem diz que isso causará perturbação e muitos outros serão contaminados por sua raiz de amargura.
Efésios 4:31-32 é outra passagem que nos é familiar sobre esse tema. Ela diz: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.”
Amargura, coloque-a de lado, diz essa passagem. Livre-se dela. Lide com ela. Não se prenda a ela. Não se deixe aprisionar por ela como fez a Senhorita Havisham. Conforme estudamos o Novo Testamento, vemos que a amargura é essencialmente uma resposta de raiva ou ressentimento às circunstâncias ou pessoas que causam dor ou são difíceis.
Paulo diz: “Livrem-se dela. Não deixe nenhuma amargura se alojar em seu coração.” Livrem-se dela. Não se prendam a ela. O inimigo quer que você permaneça amarga, porque ele sabe que se isso acontecer, sua vida será infrutífera.
Ela será frustrante. Você viverá uma vida Cristã desgastada e danificada. Isso acabará em um monte de ruínas. Há várias palavras no Novo Testamento associadas à amargura e quero dar uma olhada em algumas delas, pois isso nos dará uma ideia sobre o porquê a amargura é tão séria.
Por exemplo, em Efésios 4:31, a amargura está ligada à ira, à raiva e à maldade. Isso não é bom. Em Colossenses três, versículo 19, a amargura é contrastada com o amor. O versículo diz, “Maridos, amem cada um a sua mulher e não a tratem com amargura.” (NVI)
Curiosamente, algumas traduções estão exatamente da forma que eu acabei de ler: “Não as tratem com amargura.” Outras traduções dizem: “Nunca as tratem com aspereza.” Então, os maridos não devem tratar suas esposas com amargura. Eles não devem tratá-las com aspereza.
E é interessante que uma palavra poderia ser traduzida das duas maneiras, porque amargura invariavelmente está ligada com um comportamento áspero. Se tratamos alguém com amargura, não usaremos palavras graciosas e dóceis. Haverá aspereza que vem com essa amargura.
Em Romanos capítulo 3, a amargura é associada à maldição e em Tiago capítulo 3, a amargura está ligada ao ciúme. Ciúmes, maldição, tratamento áspero, ira, raiva, maldade. Você quer que essas coisas estejam em sua vida? Não, não quer. Por que deixamos raízes de amargura permanecerem em nossos corações?
A amargura entristece o Espírito de Deus. Provavelmente, essa é a pior coisa. Ela entristece o Espírito de Deus, demonstra uma falta de confiança no plano de Deus e em Seu amor. Ela demonstra resistência à vontade de Deus. Não gostamos do que Deus fez. Não gostamos das escolhas que Ele fez.
Podemos não dizer que estamos amargas em relação a Deus. Pode ser que o foco de nossa amargura seja aquele ex-marido, aquele chefe, aquele vizinho ou aquele filho, mas no fim das contas, toda a amargura é dirigida contra Deus.
Então, a amargura entristece o Espírito de Deus. Porque é uma resistência a Deus. Mas nossa amargura também afeta os outros. Pessoas que não são tolerantes, que não perdoam, geralmente se tornam duras e frias. Frequentemente elas se tornam depressivas e até ficam doentes fisicamente.
Os médicos dizem que muitas enfermidades físicas hoje são causadas por nossa relutância em perdoar. Pessoas amargas se tornam pessoas com as quais é difícil conviver. Elas podem se tornar negativas, críticas, rabugentas. Eu não quero ser uma mulher amarga, mas frequentemente é mais fácil ver a amargura em outras pessoas do que a ver em nós mesmas.
É por isso que precisamos de pessoas ao nosso redor que nos amem o suficiente para dizer: “Será que você não está precisando lidar com uma questão de perdão? Será que você não poderia estar se tornando amarga?” A amargura não apenas entristece o Espírito de Deus e afeta outros ao nosso redor, mas ela acabará por te destruir.
É como um ácido que destrói o recipiente em que está contido. É destrutivo demais. A amargura é uma resposta errada às pessoas e circunstâncias sobre as quais não temos controle. Coisas que não podemos mudar, coisas que não podemos consertar e nos tornamos amargas em nossa resposta a elas.
Volte lá na passagem de Hebreus capítulo 12 e vamos examinar uma passagem que nos fala sobre a perspectiva de Deus ao lidarmos com problemas, dificuldades e circunstâncias dolorosas.
Começando no versículo cinco, lemos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão”. Todo o tema dessa passagem é a disciplina do Senhor. Algumas traduções dizem “correção.” Sua disciplina, Sua correção.
Veremos que o alvo da disciplina de Deus é o bem de Seus filhos. Ele é nosso Pai Celestial e Ele está aplicando vários tipos de correção e disciplina a Seus filhos para o bem deles.
Então ele diz: “Quando você experimentar a disciplina do Senhor, não a despreze e não se magoe.” Algumas traduções dizem: “Não desfaleça.” Não desista. Não se desespere quando estiver experimentando a disciplina do Senhor através das circunstâncias da vida.
Em vez disso, considere essas circunstâncias, o autor vai dizer, “como uma expressão do amor de Deus.” Você diz: “Deus deve me amar muito para me deixar experimentar todas essas circunstâncias.” Você sabe que Ele te ama e essas circunstâncias, além de serem a expressão do amor de Deus, também são uma evidência do nosso relacionamento com Deus.
Veja o versículo seis: “Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho.” Se você está sendo repreendida pelo Senhor, isso é uma evidência de que você é filha de Deus.
O autor continua nos versículos sete e oito: “Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos.”
Versículo 9: “Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos!” Então, qual deve ser a nossa resposta à mão disciplinadora de Deus? A essas circunstâncias na vida que são decepcionantes, que são penosas, dolorosas e difíceis?
Ao invés de nos tornarmos amargas por causa delas, o que devemos fazer? Devemos suportá-las. Devemos nos submeter às mãos e ao coração de nosso Pai que traz essas circunstâncias para nossas vidas, para nosso bem. Qualquer que seja a circunstância que está criando esse sentimento de amargura, o que Deus pretende com essa experiência é que ela seja realmente proveitosa para você.
Você pode se perguntar: “Como isso pode ser proveitoso?” Bem, olhe para o próximo parágrafo. Versículos dez e onze: “Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.”
Então, o escritor de Hebreus está dizendo: “Há uma luz no fim do túnel. Há um objetivo. Há um propósito de Deus nisso. Ele quer produzir o fruto da justiça em sua vida.” Então, sim, você tem que suportar a dolorosa disciplina e a mão da correção de Deus a fim de que possa chegar lá.
Não se torne amarga. Não entre em desespero. Não desista. Não desfaleça. Não abandone a corrida. Não ataque as pessoas ou as circunstâncias que a feriram. Confie na mão e no coração de seu Pai. Isso é para o seu bem.
“Portanto,” ele diz nos versículos 12 – 14, “fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. “Façam caminhos retos para os seus pés”, para que o manco não se desvie; antes, seja curado.”
O que esse parágrafo está dizendo? Ele diz: “Continue firme, em meio a disciplina, em meio a dor”. Não abandone a corrida. Eu assisti a uma maratonista naquela última parte da maratona e vi minha amiga com mãos enfraquecidas e joelhos vacilantes querendo desistir antes da linha de chegada.
Mas havia pessoas lá, do lado de fora, torcendo e dizendo: “Você consegue. Você consegue!” É fácil dizer isso quando você está do lado de fora, certo? Mas Deus permanece nos bastidores e nos diz: “Fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Não abandonem a corrida”.
Então, o escritor diz aqui que Deus quer usar a disciplina para curar o que está enfraquecido em você. Há partes em nossos corpos espirituais que são fracas, elas são necessitadas, são frágeis, elas precisam ser fortalecidas e Deus usa a dor e a disciplina para curar o que está enfraquecido.
Há um processo positivo que acontece através da disciplina. Deus quer que nós, no meio disso, nos esforcemos para viver em paz com aqueles que estão ao nosso redor, incluindo aqueles que possam ter nos causado dor. Esforcem-se para viverem em paz com todos.
A forma como o ofensor se relaciona com você, não é responsabilidade sua, mas você é responsável pela forma como você se relaciona com o ofensor. Esforcem-se para ter paz com todos. Livrem-se da amargura. Essa pessoa é um instrumento nas mãos de Deus. Deixe Deus fazer o que quer em sua vida e confie que Deus fará o que quer na vida do ofensor também.
“Esforcem-se para viver em paz com todos e,” ele diz, “para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”. O que isso significa? Acredito que o escritor está dizendo: “Tenha uma resposta santa à dor”. Por quê? Porque através da dor, você vai ver e experimentar Deus de uma forma que de outro modo não seria possível.
“Busquem a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Você não pode tornar-se santa sem a dor e você não pode ver a Deus sem a santidade. Então, se você quer ver o Senhor, se você quer ter um relacionamento íntimo com Ele, você tem que estar disposta a submeter-se à dor.
Falei com uma amiga recentemente, cujo sócio nos negócios do marido estava tomando algumas decisões muito tolas e desagradáveis que poderiam levar esse negócio à falência. O sócio sabia disso, mas não se importava e estava seguindo com o plano de ação de qualquer maneira.
No momento de nossa conversa ela ainda não sabia como isso terminaria. Eles poderiam ir à falência, mas foi maravilhoso ouvir de minha amiga e sentir nela a grande alegria, liberdade e o doce fruto que está sendo desenvolvido em sua vida através desse processo duro, longo, doloroso. Ela disse: “Eu não trocaria isso por nada.”
Ela não estava dizendo isso olhando para trás. Ela estava dizendo isso em meio ao fogo e essa é uma resposta santa para a dor. Então, o escritor conclui no versículo 15: “Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos.”
Essa é a alternativa. Se você não receber a graça de Deus, você se tornará amarga. Deus tem graça para você para essa provação, para essa luta, para esse problema, para essa decepção, mas se você não se humilhar e receber a Sua graça, você se tornará amarga e essa amargura a incomodará e contaminará muitas pessoas ao seu redor.
Então qual é a cura para a amargura? Receber e apropriar-se da graça de Deus para lidar com sua circunstância, para responder a uma pessoa difícil. Aprenda a ver a mão de Deus em suas circunstâncias, Seus propósitos, Seu desígnio.
Receba a provação como um presente de Deus destinado ao seu bem, para sua santificação. Deus está querendo conformá-la à imagem de Cristo e Ele usará essa circunstância para fazer isso se você não se tornar amarga.
Ao passar por isso, clame a Deus, como temos aprendido a fazer através dessa série. Clame a Deus por graça. “Senhor, eu não consigo lidar com essa pessoa. Eu não consigo lidar com essa circunstância. Eu não consigo lidar com essa dor. Eu preciso do Senhor”.
E repetidas vezes Deus enviará a Sua graça correndo para a cena de sua necessidade. E então olhe além das circunstâncias imediatas para o resultado final que Deus quer trazer a sua vida.
Qual é esse resultado? Ele está te tornando santa. Ele está te tornando mais parecida com Jesus que embora sendo Filho, aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu (Hebreus 5:8). Se você conseguisse enxergar o resultado final, que é a santidade, a semelhança com Cristo, a glória de Deus em sua vida, você não estaria disposta a suportar ao invés de tornar-se amarga?
Realmente a escolha é sua. Você quer terminar como uma pessoa amarga, zangada, ressentida ou quer terminar como uma pessoa santa e semelhante a Cristo, porque você recebeu essas circunstâncias das mãos de Deus, como um presente e escolheu receber a graça de Deus ao invés de tornar-se amarga?
Pai, nesse momento eu oro para que a amargura seja liberada e o perdão seja acolhido. Somos gratas pela forma com que nos perdoou, Ó Senhor, por sua incrível graça e misericórdia em nossas vidas.
Eu oro para que o Senhor liberte os cativos, para que possamos seguir em frente com a vida e avançar para a plenitude e a frutificação de tudo o que o Senhor tem para nós quando escolhemos o caminho do perdão. Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth, ajudando muitas mulheres a começar a escapar da força da amargura hoje.
Quando é certo confrontar alguém a respeito de uma ofensa e quando devemos ignorá-la? Nancy falará sobre essas questões no próximo episódio. Esperamos você de volta no Aviva Nossos Corações.
Clique aqui para o original em inglês