Ep.2: Confrontar ou ignorar?
Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Existem questões que precisam ser confrontadas. Mas outras questões só precisam ser esquecidas. Deixadas pra lá. Não transforme isso em um caso de polícia. O problema é que temos a tendência de confrontar os pecados que deveríamos ignorar e ignorar os pecados que deveríamos confrontar. Acabamos perdendo a perspectiva.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.
Já aprendemos como a amargura pode ser perigosa. O remédio, é claro, é o perdão. Recentemente, a amiga de Nancy, Kim Wagner, falou sobre o poder do perdão. Aqui está a Nancy falando mais sobre o assunto.
Nancy: Nós falamos sobre o enorme prejuízo que a amargura pode causar e como ela pode terrivelmente dominar, envenenar e contaminar o ambiente ao nosso redor. Por outro lado, o perdão tem um enorme poder …
Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Existem questões que precisam ser confrontadas. Mas outras questões só precisam ser esquecidas. Deixadas pra lá. Não transforme isso em um caso de polícia. O problema é que temos a tendência de confrontar os pecados que deveríamos ignorar e ignorar os pecados que deveríamos confrontar. Acabamos perdendo a perspectiva.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.
Já aprendemos como a amargura pode ser perigosa. O remédio, é claro, é o perdão. Recentemente, a amiga de Nancy, Kim Wagner, falou sobre o poder do perdão. Aqui está a Nancy falando mais sobre o assunto.
Nancy: Nós falamos sobre o enorme prejuízo que a amargura pode causar e como ela pode terrivelmente dominar, envenenar e contaminar o ambiente ao nosso redor. Por outro lado, o perdão tem um enorme poder de transformar nosso ambiente e trazer resultados doces e graciosos para a vida das pessoas.
Eu me lembro de uma história que minha amiga Kim Wagner me contou anos atrás, quando ela presenciou o incrível poder do perdão.
Seu marido estava pregando sobre o avivamento em uma pequena igreja do interior, numa área rural, no meio do nada. Não havia casas por perto daquela pequena igreja. No domingo pela manhã talvez houvesse 30 pessoas lá. Era um típico culto de uma pequena igreja evangélica.
A pregação do marido da minha amiga, Kim, era em Mateus 18 sobre o servo impiedoso. Ele falou sobre como a ofensa pode nos colocar em uma prisão de amargura e sobre o tormento que essa amargura traz.
Uma senhorinha idosa, membro daquela igreja, foi até a frente, quebrantada, chorando e confessou diante da igreja que estava pecando contra Deus porque durante anos ela havia se apegado à falta de perdão em relação a um homem muito conhecido naquela comunidade.
Ele era um fazendeiro rico e ela o culpava pela morte de sua mãe. Havia algumas coisas não esclarecidas sobre a morte de sua mãe e ela acreditava que ela havia morrido por culpa dele.
Ela pediu à igreja que orasse por ela para que ela pedisse perdão a ele pela forma com que o havia tratado, porque ele era um homem perdido que sabia que ela era cristã. Então, ela pediu que a igreja orasse por ela porque ela iria pedir que ele a perdoasse no dia seguinte.
No dia seguinte, sem que ela soubesse, enquanto estava pedindo perdão a esse homem, o seu marido, que era conhecido como o bêbado da cidade, estava na beira da estrada vendendo melancias na parte de trás de sua caminhonete para conseguir dinheiro para mais bebida. Ele estava sentado lá vendendo melancias quando o esposo da Kim e o pastor da igreja passaram por lá para falar com ele.
Enquanto eles se aproximavam, antes que eles mal começassem a falar, ele se ajoelhou e clamou a Deus por perdão, pedindo que Deus o salvasse. E ele não tinha ideia do que sua esposa estava fazendo naquele mesmo momento.
Ele foi para casa almoçar e estava ansioso para contar para ela o que tinha acontecido. Quando ela chegou, antes mesmo de entrar pela porta da casa e contar sobre o que ela tinha feito e como havia confessado sua amargura por aquele homem por quem nutriu ressentimento por anos, ela ouviu seu marido clamando, chorando e louvando a Deus.
Naquela noite, a notícia de que aquela mulher tinha pedido perdão para o fazendeiro e que seu marido, o bêbado da cidade, havia entregado sua vida para Cristo, havia se espalhado. Na noite seguinte, cerca de 100 pessoas apareceram no culto de avivamento.
O espírito de perdão começou a se espalhar por toda aquela comunidade. Na noite seguinte, o fazendeiro apareceu na igreja e havia cerca de 150 a 200 pessoas lá.
O pequeno prédio da igreja ficou totalmente lotado. As portas estavam abertas; o saguão estava cheio de gente. Tinha gente até de pé. Não havia cadeiras suficientes para todos. Aquele fazendeiro entregou sua vida a Cristo naquela noite.
Havia um casal na igreja que estava separado por causa de uma situação de adultério. Eles se reconciliaram, acertaram as suas vidas e, por causa daquele avivamento, o filho deles se entregou para Jesus. Ele agora é um missionário na Rússia, sustentado pela igreja da minha amiga Kim.
Mais de 1.500 pessoas durante aquela semana foram lá ouvir as mensagens sendo pregadas naquela igrejinha. Eles estenderam o avivamento por mais duas semanas e nem dá pra saber quantas pessoas aceitaram a Cristo como salvador de suas vidas, mas foram muitas.
Vidas mudaram. As pessoas ainda falam sobre aquele avivamento hoje e já faz quase 25 anos.
E tudo começou com uma mulher desistindo de sua amargura, a qual mantinha por anos, que ela acreditava ser justificada. Ela deixou de lado a raiva e a falta de perdão e pediu perdão àquele homem, um homem perdido. Quando o espírito de perdão foi liberado… houve libertação. E essa é a pura verdade: Quando perdoamos é quando nos tornamos mais parecidos com Cristo que nunca.
Deus foi trabalhando de uma maneira milagrosa conforme os perdidos viam o perdão e a vida de Cristo em ação naquela comunidade.
Raquel: Não é incrível como a obediência de uma mulher em perdoar afetou uma cidade inteira? Que história encorajadora de Kim Wagner.
O perdão realmente é poderoso. Mas você sabia que às vezes confrontar alguém que nos magoou é apropriado, enquanto outras vezes o certo é ignorar o erro? Vamos discutir isso hoje e descobrir que, de qualquer forma, precisamos conceder o perdão. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth novamente.
Nancy: O perdão é um assunto recorrente no Aviva Nossos Corações porque precisamos dele de forma recorrente. Mas enquanto eu estava pensando sobre esta série em particular, me ocorreu que muitas vezes, quando falamos sobre amargura, ressentimento ou perdão, pensamos em situações de grande magnitude que causam mudança de vida e são extremamente difíceis de perdoar.
Me lembro de alguns amigos que recentemente passaram por algumas questões traumáticas e importantes: um companheiro que cometeu adultério, um marido assassinado, abuso, traição financeira ou emocional. Essas grandes questões são, obviamente, áreas que nos levam a lidar com a amargura e o perdão.
Mas, não é preciso que ocorra um problema dessa magnitude para que relacionamentos sejam destruídos. Na verdade, geralmente não são os grandes problemas que acabam por nos destruir. Isso pode acontecer, mas, com frequência os relacionamentos são rompidos, destruídos ou prejudicados por mágoas e ofensas cotidianas relativamente pequenas que vamos deixando tomar corpo em vez de lidar com elas à maneira de Deus.
Por exemplo, alguém não te cumprimenta na igreja. Grande coisa! Mas não é incrível como podemos fazer isso se tornar uma grande coisa?
Ninguém vai visitá-la no hospital ou liga para ver como você está. Sua sogra diz algo que machuca seus sentimentos. Todos os tipos de insensibilidades, injustiças… e podemos levar a vida carregando o mundo nos ombros, constantemente nos ofendendo por questões que, no final das contas, não são tão significativas assim.
Veja, o perigo é que temos expectativas em relação a relacionamentos. Achamos que merecemos mais. Somos dignas de mais. As pessoas deveriam nos tratar muito bem, especialmente dentro de nossas casas, em nossas relações familiares. E quando as expectativas não são atendidas, o que acontece?
Raiva. Ressentimento. Às vezes começa como uma dor latente, mas essas brasas se agitam e acabam se tornando uma chama de amargura e raiva.
Essa dor latente em questões cotidianas é mortal em um casamento. Seu marido esquece seu aniversário. Ele não reconhece algo especial que você fez por ele.
O fato é que na maioria das vezes as pessoas nem percebem que nos magoaram. Ficamos pensando: “Ele fez de propósito, ele ficou acordado a noite toda planejando como me magoar”. Há uma grande chance de isso não ser real. Grande chance de ele nem saber que te magoou ou de não ter tido essa intenção. Por isso precisamos aprender a presumir coisas positivas em relação às pessoas, presumir que não tiveram a intenção.
Mas, independentemente de sua intenção, quem sabe a pessoa tivesse a intenção, devemos nos perguntar: “Vou fazer disso um caso de polícia?” Você vai fazer disso um caso de polícia com potencial para destruir seu casamento ou vai deixar isso pra lá?
Aprenda a conviver com as situações. Aprenda a fazer concessões para as pessoas que não são perfeitas. Este é um mundo caído. Somos seres humanos falhos e vivemos com seres humanos falhos.
Uma amiga me disse recentemente: “Meu marido é um bagunceiro. Ele deixa tudo bagunçado.” Essa mulher não é desorganizada. (Não é incrível como os opostos muitas vezes se atraem?) Mas ela disse: “Isso costumava me deixar louca, até que finalmente decidi que não estava disposta a colocar o nosso relacionamento em perigo por conta da desorganização dele.”
Ela deu um passo para trás e viu as coisas sob uma nova perspectiva. Ela disse: “Não vale a pena tentar mudá-lo, corrigi-lo, consertá-lo ou transformá-lo em algo que ele não é, quero que o nosso relacionamento seja a prioridade.”
Entenda que eu não estou encorajando os maridos ou as esposas, a serem desorganizados. O que estou dizendo é que se você quer ter relacionamentos bons e saudáveis, você tem que aprender a ignorar algumas coisas.
Hoje quero falar sobre algo que creio que se aplica a essa situação, que é a paciência. É algo meio antiquado, mas é uma palavra usada no Novo Testamento.
Paciência é uma palavra que significa “tolerância, contenção, abster-se quando somos provocadas”. Significa ser longânima, suportar dificuldades. A paciência é uma característica, uma evidência do amor genuíno.
Você verá essa conexão por toda a Bíblia. Por exemplo, veja esses versículos:
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados” (1 Pedro 4:8, NVI). Amor e paciência.
Provérbios 10:12: “O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados”. Amor e paciência.
Provérbios 17:9: “Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”. Não vá contar às suas amigas o que seu marido fez. Você estará separando bons amigos. Quem são os bons amigos? Você e seu marido. Tenha o tipo de amor que consegue ignorar uma falha, que consegue cobrir pecados.
1 Coríntios 13: “O amor não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal” (versículo 5, ARA). Ou, como diz a NVI, “O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Mas, algumas questões precisam ser confrontadas e há muitas passagens bíblicas sobre isso. Por exemplo, Gálatas 6:1: “Quando o seu irmão for surpreendido em alguma falta, vós que sois espirituais restaurem essa pessoa.” (parafraseado).
Há coisas que precisam passar pelo processo de disciplina da igreja. Existem questões que precisam ser confrontadas. Mas outras questões que precisam ser esquecidas. Deixadas pra lá. O problema é que temos a tendência de confrontar os pecados que deveríamos ignorar e ignorar os pecados que deveríamos confrontar. Acabamos perdendo a perspectiva.
Um exemplo bíblico dessa questão da paciência vem da história de Davi. Ele estava sendo forçado a fugir de Jerusalém porque seu filho Absalão tinha se revoltado contra o pai.
Enquanto Davi fugia de Jerusalém, um homem chamado Simei humilhou publicamente Davi e aqueles que estavam com ele.
Em 2 Samuel 16, vemos o que aconteceu:
“Chegando o rei Davi a Baurim, um homem do clã da família de Saul chamado Simei, filho de Gera, saiu da cidade proferindo maldições contra ele. Ele atirava pedras em Davi e em todos os conselheiros do rei, embora todo o exército e a guarda de elite estivessem à direita e à esquerda de Davi. Enquanto amaldiçoava, Simei dizia: “Saia daqui, saia daqui! Assassino! Bandido!” [Veja bem, ele estava se dirigindo ao rei!]
O SENHOR retribuiu a você todo o sangue derramado na família de Saul, em cujo lugar você reinou. O SENHOR entregou o reino nas mãos de seu filho Absalão. Você está arruinado porque é um assassino!” (versículos 5-8).
Foi um ataque terrível, cruel, injustificado e injusto. Simei estava errado, mas Davi e aqueles que estavam com ele, tiveram duas respostas diferentes a aquele ataque.
Abisai era um dos seguidores de Davi, um de seus homens que o ajudavam, um de seus assistentes. E vemos no versículo 9 que Abisai queria justiça imediata contra Simei: Vingança!
“Abisai disse ao rei: ‘Por que esse cão morto amaldiçoa o rei, meu senhor? Permite que eu lhe corte a cabeça.’” (versículo 9).
Pode ser que essas não sejam as nossas palavras exatas, mas não é assim que respondemos instintivamente quando os outros nos magoam? “Vou me vingar. Vou fazer a pessoa pagar”. E também temos a tendência de fazer isso quando magoam as pessoas a quem amamos. Nós tomamos a ofensa como nossa. “Permite que eu lhe corte a cabeça”. Fazemos isso com nossas críticas, falando negativamente daquela pessoa, dando um gelo nela.
Prestem atenção, as mulheres podem fazer isso se negando a ter relações sexuais com seus maridos. Elas estão tentando se vingar, se desforrar, retribuir. Elas foram magoadas. Algo foi dito, então com suas atitudes elas dizem: “Ah, é assim? Então, você não vai ter o que quer.” Justiça, vingança. Corte-lhe a cabeça.
Qual é a resposta de Davi? Paciência. Davi diz, em essência: “Não tome as coisas em suas próprias mãos. Deixe Deus tratar com ele”.
No versículo 10 lemos o seguinte: “Mas o rei disse: ‘Que é que vocês têm com isso, filhos de Zeruia? Ele me amaldiçoa porque o SENHOR lhe disse que amaldiçoasse Davi. Portanto, quem poderá questioná-lo?’”
Davi confia na soberania de Deus em sua vida. Ele diz: “Até meu filho, sangue do meu sangue, procura matar-me. Quanto mais este benjamita!” (versículo 11)
Em outras palavras, mantenha-se em perspectiva. Poderia ser pior. O próprio filho está se revoltando contra ele. Então ele diz: “Qual é o grande problema se este homem de Benjamin se revoltar contra mim? Eu tenho coisas piores acontecendo na minha vida.” Não compre a briga. Não perca a perspectiva.
Ele diz: “Deixem-no em paz! Que amaldiçoe, pois foi o que o SENHOR lhe mandou fazer. Talvez o SENHOR considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo.” (versículos 11-12)
Bem que gostaríamos de dizer que seremos pacientes e de repente, todos os Simeis em nossa vida desaparecerão. Mas a história nem sempre termina assim. De fato, neste caso, a paciência de Davi não terminou com o problema. Na verdade, só piorou.
“Assim, Davi e os seus soldados prosseguiram pela estrada, enquanto Simei ia pela encosta do monte, no lado oposto, amaldiçoando e jogando pedras e terra.” (versículo 13).
As coisas podem piorar. A tolerância e o perdão não significam que seu ofensor, de repente, se transformará nesta incrível figura piedosa em sua vida. Isso pode não acontecer. Mas Davi confiou que Deus controlaria a extensão e a duração dessa oposição.
“O rei e todo o povo que estava com ele chegaram exaustos a seu destino.” (versículo 14).
Eles estavam exaustos. Eles estavam esgotados. E tinham muitas razões para isso. Uma delas era o motivo por terem que sair de Jerusalém, por aquilo que o filho de Davi havia feito a eles. Mas acho que a paciência com esse ataque brutal e contínuo de Simei teve um preço alto. Eles chegaram exaustos ao Jordão.
Às vezes, a oposição nos deixa exaustas. Recebemos cartas de mulheres que vivem em lares e circunstâncias em que, dia após dia, têm que aturar a mesquinhez, um espírito crítico, pessoas que as puxam para baixo e tentam deixá-las exaustas. Há pessoas assim neste mundo e há pessoas assim em nossas vidas; e às vezes, ficamos exaustas com isso.
Mas eu amo essa última frase no versículo 14. Acho que nunca tinha notado isso antes de fazer este estudo. “E lá descansaram”. Ele chegou exausto ao Jordão e ali descansou.
Amigas, Deus sempre providenciará uma forma e uma maneira para que você descanse, mesmo em meio à sua luta. Deus a conduzirá ao Jordão. Você pode estar exausta ao chegar lá, mas Deus providenciará uma forma para que você descanse, mesmo que o mundo inteiro se volte contra você.
Alguns capítulos depois, não vamos ler a passagem agora, mas em 2 Samuel 18, depois que Davi venceu a rebelião de Absalão, Simei volta e implora a Davi por misericórdia. Claro, ele sabia agora que o rei Davi estava de volta. O rei poderia arrancar-lhe a cabeça. Abisai uma vez mais disse: “Matem-no. Ele amaldiçoou o ungido do Senhor.”
Mas o que Davi fez? Mais uma vez ele foi paciente. Ele concedeu misericórdia. Ele perdoou aquele homem que havia pecado contra ele. Ele disse: “Vou deixar isso pra lá, não vou fazer questão disso. Eu não vou deixar que isso seja um problema. Não vou deixar isso destruir a minha vida.”
Não vou deixar que isso me tire o sono, como dizemos hoje em dia. Eu não vou ter uma úlcera por causa dessa pessoa.
Vou te dizer uma coisa: se você não aprender a tolerar, se você não aprender a deixar pra lá, você vai viver com dor de estômago, vai viver constantemente agitada por dentro. Seu marido, seus filhos, seus pais, seus sogros, seu vizinho, seu chefe, seus colegas de trabalho, podem ser pessoas irritantes, desagradáveis e provocadoras. O verdadeiro amor tolera, faz vistas grossas, deixa pra lá.
Veja Davi, ele sabia o quanto Deus o havia perdoado, após cometer adultério com Bate-Seba. É por isso que ele conseguia perdoar. Deixar pra lá. Como diz em Efésios 4:31-32: “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.”
Quem você precisa tolerar? Quem é o ofensor a quem você precisa fazer concessões? Deixe isso pra lá. Qual é a ofensa? Qual é a situação que revira seu estômago? Pode ser que você tenha feito tempestade em copo d’água com respeito a isso.
Se você for honesta, se puder colocar as coisas em perspectiva, você diria: “Não vale a pena colocar o meu casamento em risco só por causa da falta de organização do meu marido.” Mas você fez disso um cavalo de batalha e, talvez, isso possa colocar o seu casamento em risco.
Em que área você precisa ser paciente? Em que área você precisa fazer concessões? Peça que o Senhor conceda a você o amor que cobre uma infinidade de ofensas.
Agradeço, Senhor, porque és tão incrivelmente paciente conosco, repetidas vezes. O Senhor nos perdoa, és misericordioso, não nos julga como base naquilo que merecemos por conta de nossos pecados. Senhor, nos ajude a refletir o Teu coração misericordioso em nossos lares, em nossas igrejas, em nossos relacionamentos; especialmente nessas pequenas questões cotidianas, para que as deixemos pra lá, para que sejamos pacientes, perdoando como o Senhor, por amor de Cristo, nos perdoou. Nós oramos em nome de Jesus, amém.
Raquel: Temos aprendido com Nancy sobre como encontrar o poder para perdoar. Atualmente nosso foco tem sido o perdão em nossa série chamada Buscando a Deus. Nancy nos deu alguns conselhos sólidos hoje sobre quando devemos ignorar uma ofensa e quando devemos confrontar o infrator.
Você gostaria de desenvolver amizades profundas e significativas? Então aprenda a perdoar. Esse será o próximo tópico de Nancy no Aviva Nossos Corações e esperamos tê-la conosco novamente.
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