Ep.5: Restaurando a intimidade
Raquel Anderson: Quanto do seu passado você deve compartilhar com seu marido? Você deveria protegê-lo de algumas mágoas do passado? Aqui está Judy Starr.
Judy Starr: É interessante que quando pensamos que queremos proteger nossos maridos do que fizemos no passado, queremos, na verdade, proteger a nós mesmas; porque nós já machucamos nossos maridos se fomos infiéis ou se houve imoralidade em nosso passado. Então, estamos realmente nos protegendo.
Nenhum casamento pode ter a intimidade que Deus deseja que tenha, a menos que tenha como base a honestidade e a transparência.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.
Temos caminhado numa série chamada Buscando a Deus. Nancy vem apresentando características do avivamento pessoal a cada estudo. Agora o foco tem sido a pureza sexual e devido à sensibilidade do tema, este programa pode não ser apropriado para crianças pequenas.
Começamos a …
Raquel Anderson: Quanto do seu passado você deve compartilhar com seu marido? Você deveria protegê-lo de algumas mágoas do passado? Aqui está Judy Starr.
Judy Starr: É interessante que quando pensamos que queremos proteger nossos maridos do que fizemos no passado, queremos, na verdade, proteger a nós mesmas; porque nós já machucamos nossos maridos se fomos infiéis ou se houve imoralidade em nosso passado. Então, estamos realmente nos protegendo.
Nenhum casamento pode ter a intimidade que Deus deseja que tenha, a menos que tenha como base a honestidade e a transparência.
Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.
Temos caminhado numa série chamada Buscando a Deus. Nancy vem apresentando características do avivamento pessoal a cada estudo. Agora o foco tem sido a pureza sexual e devido à sensibilidade do tema, este programa pode não ser apropriado para crianças pequenas.
Começamos a ouvir a história de Judy Starr. Quando paramos, ela estava dividida entre permanecer fiel ao seu marido, Stottler, ou deixá-lo por um homem com quem se envolveu emocionalmente.
Aqui está Nancy para continuar essa conversa.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Não há dúvida que vivemos em um mundo caído e confuso e somos pecadoras, que estragamos tudo muitas vezes e que necessitamos desesperadamente da graça de Deus. De acordo com o livro de Tiago, somos todos pecadores. Todos pecamos de muitas maneiras.
Mas sou muito grata porque Deus é um Deus de graça, e você? Porque Ele é um Deus redentor e porque Ele tem o poder de trazer esperança para as situações mais desesperadoras e sem esperança.
Judy Starr: Ah, eu louvo a Deus todos os dias por Sua graça sobre a minha vida!
Nancy: Obrigada, Judy, por compartilhar sua história, não apenas aqui com nossas ouvintes do Aviva Nossos Corações, mas você também fez um ótimo trabalho compartilhando não apenas a história, mas a Palavra de Deus sobre essa situação em um livro que você escreveu chamado The Enticement of the Forbidden (A Sedução do Proibido, em tradução livre).
Um dos salva-vidas que Deus usou em sua vida foi nossa amiga em comum Holly Elliff. Holly está aqui se juntando a nós nesta conversa. Holly, obrigada por ser o tipo de amiga que toda mulher precisa.
Holly Eliff: Graças a Deus eu também tive mulheres em minha vida que fizeram isso por mim.
Nancy: Toda mulher precisa disso. E você foi a pessoa para quem Judy ligou. Vocês tiveram um relacionamento de prestação de contas por muito tempo ao longo dos anos. Você conhecia Judy desde que ela era uma jovem cristã.
Só voltando um pouco, ela era casada e feliz. Ela fazia parte de um ministério em tempo integral. E de repente, Judy sentiu essa atração por um homem que não era seu marido. Ele era capitão de um barco.
Você desligou o telefone com aquele capitão e não sabia se ia ficar com ele naquele barco no Caribe ou se voltaria para a Califórnia para seu marido Stottler. Você se tornou uma mulher confusa, enganada, insensata e tola naquele momento, pelo que você mesma nos contou. Então, você pegou o telefone, como compartilhamos anteriormente e ligou para sua amiga, Holly Elliff.
Falamos um pouco sobre a dose de verdade, a mega dose de verdade, que Holly injetou em você naquela conversa. Fiquei impressionada com uma das coisas mais importantes que ela disse a você e que tinha a ver com a importância dos votos. Por que isso teve tanto impacto sobre você?
Judy: Para mim, a minha palavra é uma garantia. Se eu disser algo, vou manter. Porque se minha palavra não pode ser confiável, eu não posso ser confiável. Eu tinha esquecido completamente que tinha feito uma promessa a Deus e ao meu marido.
Na confusão, na dureza do meu coração e ao buscar esse relacionamento, foi como se aquela promessa simplesmente não existisse. Minha promessa era, é claro, permanecer fiel ao meu marido e ao Senhor pelo resto da minha vida e cuidar do meu marido acima de tudo.
Holly: Na verdade, muitos anos antes, quando você era bem mais jovem, Judy, por ter lutado contra a imoralidade em seu passado, você havia feito um voto diante de Deus, havia escrito, datado, assinado e me dado esse voto. Eu o coloquei em meus arquivos e, quando a Judy e eu tivemos essa conversa ao telefone, consegui lembrá-la: “Judy, você se lembra da carta que tenho em meus arquivos?”
O interessante foi que Judy começou a discutir comigo sobre essa questão, sobre se isso se aplicava ou não à sua situação agora.
Judy: É verdade. É incrível como seu coração pode ser enganado e ficar endurecido quando você se afasta da vontade do Senhor. E como você disse, Holly, preto parece branco e branco parece preto.
Holly: Tiago 1:14 realmente relata essa progressão, na qual cedemos à cobiça, a cobiça gera o pecado e, finalmente, esse pecado, à medida que cresce e é concebido, nos consome e nos leva à morte. E Judy se viu presa nessa progressão.
Nancy: No entanto, foi o lembrete desse voto feito anteriormente, o seu voto de casamento, que Deus usou em sua vida para levá-la a um importante momento de decisão.
Judy: Foi. Esse foi o ponto determinante que realmente virou o jogo. Quando desligamos o telefone, eu sabia que a decisão estava tomada porque eu já a havia tomado há muito tempo. Como escrevi no livro: “O negócio já estava fechado”.
Ele havia sido selado cinco anos e meio atrás, quando prometi minha vida a Stottler e, como Holly me lembrou, antes mesmo disso quando fiz um voto a Deus de nunca buscar um relacionamento assim fora da vontade Dele.
Então, desliguei sabendo que, embora parecesse que meu coração ia se partir em dois, eu tinha que cumprir o que havia prometido diante do Senhor, voltar para casa e deixar o capitão para sempre.
Holly: Isso é algo de suma importância, porque eu falo com mulheres o tempo todo, Judy, que estão lidando com esse momento de decisão sobre se devem ou não se arrepender ou seguir o que seus corações estão dizendo que façam.
O que aconteceu depois que você desligou o telefone? O que realmente a levou de volta para Stottler?
Judy: Me lembrar dos votos foi uma questão importantíssima para mim. Mas também acho que em nossa conversa você me lembrou do que Satanás faz em nossas vidas, como Satanás nos engana e que ele se disfarça de anjo de luz, como a Bíblia nos diz. No entanto, tudo o que ele deseja é roubar, matar e destruir as nossas vidas.
Comecei a pensar: “Por que eu seguiria um caminho que no final iria apenas destruir a minha vida?” O propósito de Satanás é destruir a minha vida.
Quando comecei a pensar sobre os propósitos de Deus para minha vida, que mesmo que eles realmente me machucassem na época e que minhas emoções não estivessem me direcionando para eles, eu não queria deixar o capitão. Eu não queria voltar para o meu marido, mas os propósitos de Deus sempre são os melhores e tudo o que Ele deseja para mim é para o meu bem e para a Sua glória.
Então, fazer o que era certo e o que acabaria dando certo em minha vida, foi totalmente uma decisão da minha mente contra as minhas emoções.
Nancy: Então, você pegou um avião e voltou para a Califórnia, não com êxtase no coração, mas com o coração pesado.
Judy: Ah, eu me senti como se tivesse com uma nuvem negra sobre a minha cabeça e meu coração parecia um pedaço de chumbo. Fisicamente eu me sentia péssima, mas sabia em minha cabeça e em meu coração, que estava fazendo a coisa certa.
Nancy: Acho que uma verdade importante da qual precisamos nos lembrar sempre é que o caminho da obediência nos faz ir contra o que as nossas emoções podem estar gritando para que façamos: é sempre possível, se você for uma filha de Deus, optar por obedecer a Deus independentemente do que suas emoções estão dizendo. Porque às vezes as minhas emoções estão dizendo: “Você não vai conseguir fazer o que é certo!”
Mas de fato, a verdade é que (e a verdade é o que nos liberta) podemos escolher obedecer a Deus. Você fez a coisa certa indo para casa para o seu marido e, como você disse, rompendo aquele relacionamento com o capitão.
E eu gosto do fato de você ter adicionado essas duas palavras: para sempre.
Judy: Isso mesmo.
Nancy: Tinha acabado. Feito. Caput. Certo. Chega. E então você direcionou seus pés, sua cabeça e seu corpo de volta para casa, confiando que Deus, em Seu tempo e à Sua maneira, lidaria com seu coração e co m suas emoções.
Holly: E assim como foi preciso uma progressão para levar Judy ao ponto de querer permanecer nesse relacionamento, foi um processo e uma luta para sair dele.
Judy: Com toda certeza. Quando nos colocamos em uma situação de infidelidade, seja emocional ou física, passamos por um verdadeiro processo para sair disso. É como se livrar de um vício em sua vida, porque quando seu coração está tão ligado a outra pessoa, você fará o que for preciso para estar com ela, independentemente de quão estúpidas e tolas suas decisões se tornem.
Então, eu sabia que tinha que cortar todo o contato para sempre, completamente, com o capitão. Porque continuar isso seria apenas alimentar esse vício.
Holly: Eu me lembro de ter conversado com a Judy sobre se e-mail seria considerado um contato, se enviar mensagens por correio tradicional seria considerado contato.
Nancy: E qual foi a resposta?
Holly: A resposta foi não; ela não poderia fazer isso.
Nancy: Você não pode nem pensar nisso.
Holly: Isso coloca você novamente em uma situação perigosa e Deus diz: “Não siga por este caminho”.
Nancy: Fique o mais longe que puder.
Holly: Fuja, o que significa que você deve seguir na outra direção.
Nancy: E a outra direção foi para casa. Então você voltou para a Califórnia. Seu marido estava praticamente alheio ao fato de que isso estava acontecendo?
Judy: Eu liguei para ele do Caribe e disse a ele que estava voltando para casa e só mencionei o que havia acontecido. Quando cheguei em casa, abri meu coração para ele e disse em que ponto eu estava emocionalmente porque sabia que precisava de honestidade em nosso relacionamento. Se não houvesse honestidade, não haveria base para o nosso relacionamento.
Nancy: Isso deve ter sido muito doloroso para Stottler.
Judy: Foi doloroso. Ele ficou muito magoado e muito surpreso. Choramos, oramos e choramos um pouco mais. No entanto, eu estava comprometida a fazer o que fosse preciso para reconstruir este relacionamento.
Uma das primeiras coisas que foi preciso fazer foi restaurar o meu relacionamento com o Senhor, porque para tomar as decisões corretas sobre Stottler e nosso casamento, eu tive que, mais uma vez, ter o poder do Espírito Santo trabalhando em um coração que foi novamente abrandado para o Senhor e para o Seu Espírito.
Nancy: Judy, algumas pessoas vão dizer, e eu sei que alguns conselheiros e professores bem-intencionados diriam: “Pode ser mais prejudicial dizer a verdade do que apenas deixar o passado ser o passado”.
Judy: É interessante que quando pensamos que queremos proteger nossos maridos do que fizemos no passado, queremos, na verdade, proteger a nós mesmas; porque nós já machucamos nossos maridos se fomos infiéis ou se houve imoralidade em nosso passado. Então, estamos realmente nos protegendo.
Nenhum casamento pode ter a intimidade que Deus deseja que tenha, a menos que tenha como base a honestidade e a transparência em nossas vidas. A outra coisa que eu chamo de “política sem segredos” é: se eu acho que consegui escapar de algo no passado, é muito mais provável que eu tente novamente no futuro porque “eu não fui pega antes”.
Mas, uma vez que revelei o que fiz a Stottler, ele agora sabe da minha predisposição para esse tipo de tentação. Ele está muito ciente disso agora. Se eu começar a passar tempo com outro homem ou parecer atraída por ele, suas antenas sobem. E eu aprecio isso. Eu preciso dessa proteção.
Nancy: Não apenas para que ele fique desconfiado, mas para que ele possa orar por você e fornecer proteção espiritual.
Judy: Sim, exatamente.
Holly: Uma coisa que eu amo na Judy é que ela não se contenta em viver com desonestidade e devido à sua escolha de ser honesta, Satanás foi derrotado ao tentá-la novamente nesta área.
Nancy: Judy, ao olhar para a sua situação quando voltou para seu marido: você confessou seu pecado para ele; você determinou que a honestidade era a melhor política; seu marido foi gentil; ele se machucou, mas te perdoou e você começou um processo de reconstrução.
As emoções que você sentiu em relação ao capitão do barco no Caribe, essas emoções não desapareceram imediatamente, não é?
Judy: Não, de jeito nenhum. Na verdade, como levou tempo para desenvolver essas emoções, também leva tempo para curá-las. Então, uma das primeiras coisas que eu precisava fazer, o que fiz imediatamente, foi cortar todo o contato com ele.
Nancy: E você quer dizer todo o contato.
Judy: Quero dizer todo tipo de contatos: e-mails, telefonemas, cartas, qualquer coisa.
Nancy: Esse é um ponto importante porque conversei com pessoas e ouvi histórias de pessoas dizendo: “Podemos continuar amigos”. A resposta é: “Não, não podem”. Você tem que cortar contato. Jesus disse que se sua mão direita a fizer pecar, corte-a (veja Mateus 5:30). O que Ele estava dizendo é: “Lide impiedosamente, completamente, com determinação, com qualquer coisa que possa te levar a pecar”.
Holly: Se aquele cara estiver lá no Caribe, isso é uma coisa. Mas se ele for um colega de trabalho, cortar o contato completamente pode exigir medidas mais drásticas.
Judy: Isso mesmo. Precisamos estar dispostas a fazer o que for preciso para manter a nossa pureza diante do Senhor e manter nosso casamento como prioridade.
“O que for preciso” pode significar mudar de emprego. Meu casamento deve ter prioridade sobre o meu trabalho, sobre qualquer coisa que possa atrapalhar essa aliança
Então, preciso confiar que Deus honrará a minha decisão. Se estou em uma posição em que parece que nunca serei capaz de lidar com esse relacionamento corretamente, vou sair dessa situação e pedir a Deus para me conceder outro emprego ou me manter em casa e prover financeiramente de outra maneira.
Nancy: Portanto, para reconstruir e restabelecer a confiança em seu casamento, você precisa ter certeza de que não deixou a porta aberta para entrar em contato ou se comunicar com a pessoa com qual sentiu essa conexão. Esse é um ponto absolutamente essencial para reconstruir a confiança em seu casamento.
Agora, há outras salvaguardas que precisam ser postas em prática, quer sua confiança no casamento tenha sido violada ou não. Quais são essas salvaguardas que uma mulher pode colocar em prática para proteger seu casamento e seu relacionamento com o Senhor?
Judy: Há uma coisa que chamo de construir a parede invisível e significa que sua forma de responder a um homem nunca dê a você qualquer indicação de que a porta está potencialmente aberta para algo mais.
Isso significa que não compartilho coisas pessoais com um homem. Eu nunca fico em uma situação em que estou sozinha com outro homem. Algumas pessoas em situação de trabalho podem dizer: “Bem, isso é impossível porque tenho que trabalhar de forma individual com esse homem”.
Podemos ser muito criativas para encontrar maneiras de pecar, mas também podemos ser muito criativas, se estivermos realmente comprometidas com a santidade diante do Senhor, para encontrar formas alternativas de lidar com essas situações.
Podemos pedir para outro colega de trabalho estar junto, exatamente o que eu não fiz com o capitão. Eu poderia ter alguém presente conosco sempre que estávamos trabalhando e conversando. Você tem que ser intencional. Estar consciente de nossas ações é essencial para proteger o nosso casamento.
Nancy: Nós, como mulheres, realmente podemos construir essa parede invisível ou derrubá-la. Há muitas maneiras de sinalizar que estamos disponíveis sem sequer dizer uma palavra.
Judy: Ah, essa é a mais pura verdade. Por meio de nossos olhares, uma piscadinha, a maneira como mantemos contato visual, todas essas coisas mandam sinais para os homens e eles podem captá-los muito rapidamente. Sem mencionar a maneira como nos vestimos que pode atrair alguns homens. É incrível para mim ver quantas mulheres cristãs parecem estar totalmente inconscientes de que a maneira como elas se vestem pode atrair os homens.
Nancy: Por isso, queremos ter certeza que evitamos situações potencialmente comprometedoras. Posso dizer que, trabalhando no ministério com muitos homens, e há muitos homens em nossa equipe, temos que fazer todo tipo de esforço extra e, às vezes, lidar com situações desafiadoras para evitar essas situações comprometedoras. É preciso um pouco de criatividade às vezes. Às vezes isso acaba até custando mais dinheiro.
Judy: O que é essencial, Nancy, é que uma decisão de antemão seja feita, antes mesmo que essas situações apareçam. Porque uma vez que elas aparecem, se não tivermos predeterminado como lidar com elas, corremos um risco muito grande de não temos como nos livrar delas.
Nancy: Ok e quanto à Internet? Essa é uma área que eu vejo que atrai as mulheres. Elas estão desejando um relacionamento, desejando uma conversa significativa. Você vê isso acontecendo com as mulheres em termos de salas de bate-papo ou uso de e-mail?
Judy: Ah, claro. Na verdade, eu tenho duas amigas pessoais que conheceram homens em uma sala de bate-papo, pensando inofensivamente: “Ah, eu só preciso de alguém para conversar” e acabaram por abrir seus corações, derramar informações pessoais, receber feedback positivo de um homem que se preocupa com todas as suas lutas íntimas.
Ambas acabaram deixando seus maridos, porém o relacionamento aventureiro não deu certo. Naquele momento já era tarde demais e o casamento acabou.
Nancy: A verdade é que na maioria das vezes não vai dar certo porque o que você está vendo naquela sala de bate-papo não é como viver com aquela pessoa.
Judy: Sim, é uma situação fantasiosa desde o início porque você só deixa transparecer o seu melhor. Você veste a sua melhor máscara, usa a sua persona de supermulher da Internet. Mas não é de fato quem somos.
Holly: Acho que uma coisa que torna essa atitude tão perigosa, é que podemos ter esse tipo de relacionamento na privacidade de nossas casas. Então, não temos que prestar contas disso.
Não é como se estivéssemos entrando em uma livraria e comprando um livro que alguém poderia ver, mas estamos na privacidade de nossas próprias casas. Não há como saber o rumo que estamos tomando, a menos que alguém abra um histórico em nosso computador.
Judy: A outra coisa que é tão perigosa quanto as salas de bate-papo é um simples e-mail. Como você disse, Nancy, você trabalha com homens em seu trabalho cristão. Eu também e é muito fácil desenvolver um relacionamento, mesmo que apenas por e-mails, que pode se tornar mais pessoal, mais amigável com os homens com quem você está trabalhando o tempo todo.
Nancy: Mas sabe de uma coisa, eu descobri que isso pode ser evitado se você colocar a cerca no lugar, colocar o limite no lugar certo. Tenho uma política, (e os homens com quem trabalho sabem disso) nada de compartilhar coisas pessoais por e-mail. Eu provavelmente respondo uma média de 60 a 100 e-mails por dia, é uma enxurrada. Existe muita comunicação por e-mail acontecendo.
Se é preciso discutir algo de natureza pessoal e não me refiro apenas a questões sexuais, mas coisas de família, é muito simples: certifique-se de que a esposa está sendo copiada. Assim, ela estará lendo os e-mails. Olha, copiar a esposa no e-mail ajuda a ambos, pois ela estar na conversa do e-mail garante um limite para essa conversa, diminuindo muito a possibilidade serem ditas coisas que não deveriam ser ditas.
Judy: Isso mesmo. Eu copio Stottler em qualquer e-mail que envio para outro homem. Eu também descobri que se eu estou escrevendo algo e sinto em meu espírito que meu pensamento é: “Ah, eu realmente não quero que Stottler veja isso”, eu volto e apago o que escrevi porque isso nunca deveria ser enviado.
Holly: Judy tem feito a coisa certa. Uma vez ela me ligou e disse: “Eu preciso ter este relacionamento comercial com esse homem, mas não estou confortável com esse nível de interação com ele e eu só quero que você saiba disso. Eu quero ser honesta com Stottler. Eu quero ser honesta com você. Eu quero que você ore por mim nesta área, para que eu seja sábia”.
Acho que, por conhecer sua vulnerabilidade no passado, ela agora é uma mulher sábia nessa área, ao contrário da mulher de Provérbios 7 que é tola. Ela é sábia nesta área, então ela tem antenas para alertá-la cedo sobre quaisquer perigos potenciais.
Nancy: Judy não costumava ter essas antenas. Foi assim que ela entrou naquela situação tão perigosa em primeiro lugar. Mas o belo nessa história é que você pode desenvolver os padrões certos de hábitos em sua vida, quer você tenha estragado tudo no passado ou, melhor ainda, sem ter que passar pelo que Judy passou.
Assim, Paulo diz no livro de Efésios, capítulo 5: “Não haja entre vós nem um pingo de imoralidade” (versículo 3, paráfrase). Bem, como você evita o pingo de imoralidade? Você coloca as salvaguardas. Você faz as escolhas. Você coloca os limites no lugar. Não sei quais devem ser seus limites. E você não precisa determinar o seu limite com base no meu, no de Holly ou no de Judy.
Você precisa chegar diante do Senhor e dizer: “Quero uma caminhada Contigo que seja irrepreensível, que seja pura. Eu quero amar o meu marido do jeito que Tu queres que eu o ame. Quero que nosso casamento seja protegido. Senhor, o que queres que eu faça? O que preciso implementar no local de trabalho, nos hábitos de e-mail, nos hábitos do computador?”
Isso significa que precisamos nos livrar da televisão em nossa casa? Se é disso que você precisa, então faça. Isso significa que temos que nos livrar da Internet em nossa casa? Se é disso que você precisa, então faça.
Mas eu quero te dizer, seja o preço que for, qualquer ação para obter e manter um coração puro e irrepreensível diante do Senhor, vale muito a pena.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth está nos desafiando a uma visão bíblica sobre pureza sexual. Ela e Holly Elliff têm conversado com Judy Starr, que escreveu um livro chamado The Enticement of the Forbidden (A Sedução do Proibido, em tradução livre). Nele, Judy conta a história de sua intensa temporada de tentação e como ela se reconciliou com seu marido.
O episódio de hoje faz parte de uma série chamada Buscando a Deus: Experimentando a Alegria do Avivamento Pessoal. É uma visão sobre o que significa o avivamento em todas as áreas da sua vida. Quando Deus tomar conta do seu coração, você terá uma nova paixão pela pureza sexual e esse tem sido o nosso foco nas últimas semanas.
No próximo episódio, ouça sobre o poder que nos permitirá dizer não à tentação. Continuaremos com a série Buscando a Deus com foco na vida cheia do Espírito. Agora Nancy voltará para orar.
Nancy: Senhor, nós unimos nossos corações e Te agradecemos. Eu Te agradeço pelo que o Senhor fez pela Judy, como a resgatou daquela situação. Eu me lembro de algumas situações em minha própria vida em que o Senhor me resgatou quando clamei a Ti e o Senhor resgatou a mim assim como a Holly.
Senhor, descobrimos que a Tua graça é tão real, tão abundante, e é exatamente o que precisamos e quando precisamos. O Senhor nunca nos deixa entrar em uma situação em que somos tentadas além do que podemos suportar. Mas com a tentação, o Senhor fornece um escape.
Senhor, eu acredito que este programa e esta série têm sido o salva-vidas que lançaste para algumas de nossas ouvintes. É um escape.
Eu oro agora por aquela ouvinte, aquela mulher que está flertando com o desastre nesse momento. Seja em um caso emocional, talvez ou apenas seu coração sendo atraído ou quem sabe cometendo adultério físico completo, Senhor, seja qual for a situação, oro para que ela se humilhe.
Eu oro para que ela seja honesta com o Senhor, se comprometa a ser honesta com seu companheiro, que ela receba a Tua graça, que ela resista ao diabo, que ela se submeta ao Senhor e se aproxime de Ti, que ela limpe suas mãos e purifique seu coração, que enquanto ela chora e se entristece por seu pecado, que o Senhor restaure a alegria, a verdadeira alegria que encontramos na obediência.
Obrigada, Senhor, porque agora mesmo o Senhor está restaurando e redimindo vidas quebradas. Pela fé, queremos Te agradecer pelos casamentos que serão reivindicados, pelos filhos e netos que poderão colher bênçãos e ter um legado divino como resultado de algumas mulheres hoje que estão dispostas a dizer: “Sim, Senhor; custe o que custar, por Tua graça, proponho em meu coração ser fiel a Ti, fiel a meu marido e glorificá-Lo com minha vida”. Eu oro em nome de Jesus, amém.
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