Ep.2: Santidade na igreja
Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth diz: “Se as igrejas valorizam a relevância do mundo sobre a santidade…”
Nancy DeMoss Wolgemuth: “… então acredito que, por fim, estamos fazendo algumas coisas que irão nos privar da presença de Deus. Quero dizer, os pecadores devem sentir-se desconfortáveis na presença do Deus Santo, eles nunca se converterão verdadeiramente até que tenham experimentado a convicção do Espírito de Deus sobre seus pecados. E isso não é algo confortável.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.
Parece que todo mundo quer ser relevante. Mas quantos querem ser santos? Nancy tem falado sobre isso nesta série chamada Buscando a Deus, sobre o avivamento pessoal. Agora nosso foco será a santidade. Aqui está Nancy.
Nancy: Temos falado sobre como existe uma tendência em nossa geração de que o mundo se infiltre na igreja e a igreja se …
Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth diz: “Se as igrejas valorizam a relevância do mundo sobre a santidade…”
Nancy DeMoss Wolgemuth: “… então acredito que, por fim, estamos fazendo algumas coisas que irão nos privar da presença de Deus. Quero dizer, os pecadores devem sentir-se desconfortáveis na presença do Deus Santo, eles nunca se converterão verdadeiramente até que tenham experimentado a convicção do Espírito de Deus sobre seus pecados. E isso não é algo confortável.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.
Parece que todo mundo quer ser relevante. Mas quantos querem ser santos? Nancy tem falado sobre isso nesta série chamada Buscando a Deus, sobre o avivamento pessoal. Agora nosso foco será a santidade. Aqui está Nancy.
Nancy: Temos falado sobre como existe uma tendência em nossa geração de que o mundo se infiltre na igreja e a igreja se torne mais parecida com o mundo perdido lá fora. Deveríamos estar influenciando o mundo, mas frequentemente o que acontece é que o mundo, o mundo secular, o mundo que não conhece a Deus, está nos influenciando com seus valores, suas formas de pensar, seus padrões.
Um livro do Antigo Testamento nos fala sobre um homem admirável. Eu o admiro muito porque ele se recusou a ser sugado pelo fascínio do mundo.
Seu nome era Neemias. Neemias nunca se acostumou com o pecado.
Você já ouviu a história do sapo e a panela de água fervente? A história diz que se você jogar um sapo em uma panela de água fervente ele pulará para fora. Mas se você o colocar em um caldeirão com água em temperatura ambiente e então lentamente aumentar o fogo, você conseguirá cozinhar o sapo até a morte porque ele vai se acostumando com a temperatura. Ele se acostuma e não percebe que está sendo cozido até a morte.
Eu acho que o sapo na água que vai sendo aquecida gradualmente é uma boa representação de como tantas de nós vivemos hoje. Nossos olhos se acostumaram gradualmente com a escuridão ao nosso redor. Então, tendemos a nos ajustar e nos adaptar a ela.
Neemias nunca se adaptou à escuridão. Ele nunca se acostumou com o pecado, mesmo quando todos ao seu redor tornaram-se insensíveis, simplesmente assimilando as coisas e se adaptando aos tempos. Neemias não! Ele era um homem que tinha a lei de Deus escrita em seu coração.
Ele tinha um amor por Deus, uma paixão por Deus e uma paixão pela santidade que o impeliu a se importar quando a lei de Deus estava sendo desrespeitada. Neemias levava a santidade a sério.
Deixe-me falar um pouco sobre o contexto e sobre a vida de Neemias. Neemias era um dos exilados judeus que viviam na Pérsia por volta de 400 antes de Cristo. Em um dado momento, Esdras, que era contemporâneo de Neemias, liderou um grupo de exilados de volta à sua terra natal, de volta à Jerusalém para reconstruir o templo que havia sido demolido.
Catorze anos depois que esses primeiros exilados voltaram para reconstruir o templo, Neemias, que ainda estava na Pérsia, recebeu a notícia de que as muralhas da cidade ainda estavam destruídas e sem reparo, que ainda havia trabalho a ser feito em sua terra natal, em Jerusalém.
Resumindo, Neemias deixou seu trabalho confortável, no qual ele tinha uma posição de prestígio servindo ao rei e fez uma viagem de cerca de 1.450 quilômetros para ajudar seus companheiros judeus a restaurar a cidade e reconstruir as muralhas. Quando Neemias chegou a Jerusalém, se você se lembra da história, ele enfrentou uma oposição incrível de várias pessoas.
Aqui estão três pessoas que encabeçaram essa oposição. Você se lembra de Sambalate, Tobias e Gesém? Esses eram três estrangeiros que estavam determinados a não permitir que os judeus reconstruíssem Jerusalém. Mas apesar da oposição, as muralhas finalmente foram reconstruídas.
Neemias se tornou o governador de Judá e, juntamente com seu amigo Esdras, o sacerdote, ele voltou a sua atenção para reconstruir as fundações espirituais e morais que haviam se desgastado. Ele reconstruiu as muralhas físicas e agora eles precisavam reconstruir as fundações espirituais e morais.
Então, em Neemias capítulos 8-10, você lê a história de um grande avivamento que aconteceu quando as pessoas foram desafiadas ao arrependimento e a se voltar para a Palavra de Deus que elas haviam negligenciado por tanto tempo. Como parte desse avivamento (ainda falando do contexto aqui), as pessoas fizeram uma aliança com Deus. Nessa aliança elas concordaram com três coisas.
Você pode ler as três partes dessa aliança no capítulo 10 de Neemias. Primeiro: Elas concordaram que não se casariam com pessoas de nações incrédulas ao seu redor. Deus pretendia que Seu povo fosse uma semente santa, uma linhagem santa, através da qual viria Cristo, o Messias, o Salvador do mundo. A intenção era manter aquela linhagem pura. Não se ponham em jugo desigual com os incrédulos. Mantenham a linhagem pura. E o povo disse: “Nós obedeceremos a Deus nesse assunto”.
Então, no versículo 31 do capítulo 10, eles concordaram com a segunda coisa. Eles disseram: “Nós não compraremos ou venderemos ou negociaremos no sábado. Honraremos o dia do Senhor” (paráfrase). Havia uma lei dada a eles muitos anos antes, mas eles negligenciaram a Palavra de Deus, porém, durante este tempo de avivamento mudaram de atitude . Eles fizeram uma aliança. Eles disseram: “Vamos começar a observar o sábado novamente”.
Então a terceira coisa, no versículo 32 do capítulo 10, eles disseram: “Vamos dar suporte às necessidades do templo e às necessidades dos Levitas” (paráfrase). E novamente, isso é algo que eles deveriam estar fazendo o tempo todo.
Então, eles fizeram essa aliança; assinaram e concordaram com ela. Eles tinham a intenção de mantê-la e de fato a mantiveram por um tempo.
Após servir em Jerusalém durante doze anos, Neemias retornou à Pérsia por alguma razão não mencionada. Não sabemos por que ele voltou. Não sabemos por quanto tempo ele ficou. Provavelmente por alguns anos.
Então, ele retornou a Judá; ele voltou para Jerusalém. E quando retornou, ele ficou chocado ao descobrir que o povo havia falhado em manter a aliança. Eles estavam desobedecendo de forma flagrante a Palavra de Deus.
Você pode ler essa história em Neemias, capítulo 13. Eu não vou ler o texto todo. Vou ler porções dele. Mas eu quero encorajá-la a ler toda a passagem porque você terá a sensação, o sabor do que Neemias experimentou, o que ele encontrou quando voltou a Jerusalém e, o que eu realmente quero que você veja: como ele lidou com o que viu.
Começando no versículo 10, por exemplo, ele diz: “Eu descobri que as porções dos Levitas não foram dadas a eles, de modo que os Levitas e os cantores, que faziam o trabalho, fugiram cada um para seu campo”.
Eles haviam prometido cuidar dos Levitas, cuidar do templo, dar seus dízimos e ofertas. Mas eles pararam de dar e então os Levitas voltaram para seus campos para ganhar a vida, porque suas necessidades não estavam sendo atendidas.
Lemos então, começando no versículo 15, que eles pararam de observar o sábado. Diz assim: “Naqueles dias eu vi as pessoas de Judá pisando uvas nos lagares no sábado, e trazendo trigo que carregavam sobre jumentos, e também no dia de sábado traziam para Jerusalém vinho, uvas, figos e todo tipo de cargas”.
Eles haviam dito: “Nós não faremos isso”. Mas aqui Neemias retorna e eles estão fazendo exatamente o que haviam prometido não fazer.
Então veja o versículo 23, do capítulo 13 de Neemias. Ele diz: “Além disso, naqueles dias, vi alguns judeus que haviam se casado com mulheres de Asdode, de Amom e de Moabe. A metade dos seus filhos falavam a língua de Asdode ou a língua de um dos outros povos e não sabiam falar a língua de Judá”.
Assim, os judeus se integraram às culturas pagãs, ímpias e incrédulas que havia ao redor deles. E começou com namoro, noivado e casamento que Deus tinha proibido e que eles haviam dito: “Não faremos isso”.
Assim que Neemias viu essas ofensas contra a lei de Deus, ao ver que eles tinham quebrado essa aliança, ele ficou mortificado. Ele corajosamente confrontou o povo sobre sua condição de apostasia.
Você lê, por exemplo, no versículo 11 ele dizer: Por isso repreendi os oficiais e lhes perguntei: “Por que essa negligência com o templo de Deus?”
Versículo 17: “Diante disso, repreendi os nobres de Judá e lhes disse: Como é que vocês podem fazer tão grande mal, profanando o dia de sábado?”
Ele os confrontou. Ele disse, “Isso não está certo”. E quando ele viu como eles estavam se casando, sua reação aqui foi bastante extrema. Eu vou ler o início no versículo 25.
Ele diz: “Eu os repreendi e invoquei maldições sobre eles. Bati em alguns deles e arranquei os seus cabelos. Fiz com que jurassem em nome de Deus e lhes disse: Não consintam mais em dar suas filhas em casamento aos filhos deles, nem haja casamento das filhas deles com seus filhos ou com vocês. Não foi por causa de casamentos como esses que Salomão, rei de Israel, pecou?”
Ele continua e diz, “Como vocês podem cometer essa maldade horrível?” (versículo 27, paráfrase).
O Novo Testamento nos dá, como igreja, a direção específica sobre como devemos lidar com essas situações. Ele não diz nada sobre arrancar o cabelo das pessoas ou amaldiçoá-las. Mas, a observação que quero fazer é que Neemias levava o pecado a sério, que ele era apaixonado pela santidade. Ele disse: “Isso tem que ser tratado e não pode ser varrido para debaixo do tapete”.
Uma das ofensas mais sérias que Neemias encontrou quando voltou a Jerusalém envolvia um homem chamado Tobias, o Amonita. Você pode ler sobre esse incidente nos versículos 4-9 do capítulo 13.
Tobias era o homem que anos antes havia usado todo seu poder para se opor ao trabalho de Deus quando eles estavam tentando reconstruir as muralhas da cidade. Mas, com o passar dos anos, os Israelitas haviam conhecido Tobias melhor.
Ele começou sendo seu inimigo, seu oponente, mas então eles se conheceram. Os Israelitas começaram a socializar com Tobias. Eles foram baixando a guarda gradualmente. E o relacionamento casual acabou levando a relacionamentos mais íntimos.
Esses relacionamentos íntimos incluíam laços de casamento entre a família de Tobias e a família de Eliasibe, o sacerdote. Seus filhos e suas filhas se casaram. Ao longo do tempo as diferenças entre Tobias, os Amonitas e o povo de Deus, que foi separado para Deus, essas diferenças praticamente desapareceram.
Inacreditavelmente, quando Neemias retornou, esse inimigo jurado de Deus, Tobias, estava morando no templo. Essa foi uma violação direta ao mandamento de Deus dado anos antes, que nenhum Amonita jamais deveria ter permissão para pisar no Seu templo. E Deus deu motivos para isso. No entanto, lá estava Tobias, morando em um aposento que foi dado a ele pelo sacerdote.
Sem dúvida, essa mudança nas relações não ocorreu da noite para o dia. O pecado não chega às nossas vidas, às nossas casas ou às nossas igrejas do dia para a noite. As pessoas não passam de um dia sendo felizes no casamento, fielmente comprometidas entre si, e no próximo dia cometer um adultério. Isso normalmente não acontece do dia para a noite. Há um processo que leva à invasão do pecado em nossas vidas e na igreja.
Acho que, provavelmente, essa situação aconteceu da mesma forma que costuma acontecer em nossas vidas. Uma abertura provavelmente levou a outra e então a outra. Logo, os sacerdotes e o povo encontraram meios de justificar coisas que, anos antes, eles nem considerariam justificar.
Um espírito de tolerância sobrepujou o espírito da verdade. Posso imaginá-los simplesmente pensando e dizendo: “Sabe, Tobias não é uma pessoa tão ruim assim. E quanto à sua família, sua esposa é simpática e ele tem filhos simpáticos e eles se encaixam tão bem aqui. Não parece certo dizer que ele não pode ficar apenas porque não é judeu. Nós não precisamos ser legalistas com relação a isso”.
Você pode imaginar como foi e como se desenvolveu esse raciocínio. Então, o ímpio Tobias, o Amonita, mudou-se para o templo enquanto as pessoas continuavam indo à igreja, fazendo suas coisas religiosas, seguindo suas motivações. Eles não ficaram nem um pouco preocupados com a situação quando Neemias chegou de volta a Jerusalém.
Mas para Neemias, que se importava profundamente com Deus e com a santidade, essa era uma situação impensável. Para ele isso era como o sapo sendo jogado em uma panela de água fervente. De jeito nenhum! Ele não se adaptou a isso. Ele estava furioso e agiu de forma decisiva.
Você pode ler sobre isso nos versículos 4-9 do capítulo 13. Neemias arremessou fisicamente Tobias e todos os seus bens para fora do templo. Em seguida, ele deu ordens para purificar os aposentos que haviam sido profanados. Ele denunciou a situação maligna e convocou os sacerdotes e o povo ao arrependimento.
Por que essas ofensas eram tão importantes para Neemias? E por que ele sentiu a necessidade de interferir nas vidas de outras pessoas? Afinal, hoje se você for até sua irmã, seu irmão, até alguém de sua igreja ou seu filho ou sua filha ou mesmo um amigo e você falar com eles, confrontá-los sobre algo que não agrada o Senhor, o que provavelmente você ouviria hoje é: “Isso não é da sua conta”.
Por que Neemias sentiu que aquilo era da conta dele ou sentiu que precisava fazer aquilo se tornar algo que fosse da sua conta? Por que ele simplesmente não se contentou em obedecer a Deus e deixou os outros em paz?
Ele foi impelido para que a paixão pela glória de Deus fosse exibida pelo povo de Deus. Porém, seu coração voltado para santidade o deixou em minoria até mesmo entre o povo de Deus. Se você tem um amor pela santidade hoje, isso o colocará em uma pequena minoria até mesmo entre o povo de Deus.
Mas Neemias não parecia notar ou se importar com isso. Ele não estava tentando ganhar nenhum concurso de popularidade. Ele não tinha a intenção de permitir que o santo nome de Deus fosse profanado. Ele ansiava por ver o nome de Deus consagrado novamente.
Os paralelos entre a história de Neemias e a igreja em nossos dias, eu acho, são surpreendentes. Temos muitas pessoas hoje que se consideram crentes, membros ativos de suas igrejas que estão produzindo muita atividade religiosa.
Mas, em uma grande parte de nossas igrejas hoje, temos descartado ou reescrito a lei de Deus. Temos prostituído a graça de Deus. Dizemos: “Nós não estamos sob a lei. Estamos sob a graça! Então somos livres!” E o que estamos dizendo com isso é: “Somos livres para pecar”.
Mas a graça de Deus, de acordo com Tito, capítulo 2 e de acordo com toda a Bíblia, não nos concede liberdade ou licença para pecar. A graça de Deus nos ensina a negar a impiedade. A graça de Deus nos ajuda a viver vidas que são livres do pecado.
Mas com que frequência olhamos ao redor em nossas igrejas hoje e vemos que o espírito de tolerância triunfou sobre o espírito da verdade? E agora, trazendo isso para a modernidade, Tobias, o inimigo de Deus, está morando no templo.
Você diz: “O que você quer dizer com isso? Quem é Tobias e como ele está morando em nosso templo?”
Pense sobre alguns dos inimigos de Deus que temos permitido que entrem em nossa igreja hoje. Luxúria. Ganância. Materialismo. Raiva. Egoísmo. Orgulho. Amargura. Eles têm se infiltrado em nossas igrejas hoje. É um inimigo de Deus. Sensualidade. Divórcio. Engano. Entretenimento ímpio. Filosofias mundanas.
Pouco a pouco temos baixado a nossa guarda. Temos cultivado um relacionamento com esses inimigos jurados de Deus. Temos dado boas-vindas a eles em nossas igrejas. Ou simplesmente não percebemos quando eles entraram. Nós os ajudamos para que se sintam em casa.
Além disso, temos trabalhado tão duro para fazer com que as pessoas perdidas e desviadas se sintam confortáveis em nossas igrejas que resta bem pouca convicção de pecado, bem pouco senso da santidade de Deus, bem pouca transformação de vida, bem pouco arrependimento acontecendo, bem pouca manifestação da presença de Deus.
Você sabe por quê? Porque Deus é um Deus santo e Ele não pode sentir-Se em casa em um local profano.
Não estou sugerindo que deveríamos alienar os incrédulos de nossas igrejas. Não estou sugerindo que a irrelevância seja uma virtude ou que devemos fazer um esforço para tornar as igrejas tão desconfortáveis quanto possível para as pessoas.
Eu acho que, às vezes, algumas coisas que fazemos nas igrejas, simplesmente nossas tradições e nossa maneira de fazer as coisas, não tem nada a ver com as Escrituras, que não tem nada a ver com Deus nos conduzindo daquele modo; é apenas uma forma de nos sentirmos confortáveis. Eu acho que às vezes pessoas perdidas devem imaginar: “O que eles estão fazendo?”
Então, não estou dizendo que o antigo é melhor e que o novo é ruim. Mas o que estou dizendo é que se a relevância de um mundo incrédulo é nosso objetivo, então eu acredito que, por fim, estamos fazendo algumas coisas que irão nos privar da presença de Deus.
O que estou afirmando é que os pecadores devem sentir-se desconfortáveis na presença do Deus Santo. Estou dizendo que os pecadores nunca serão verdadeiramente convertidos até que tenham experimentado a convicção do Espírito de Deus sobre seus pecados. E isso não é algo confortável.
Quando o fogo e a presença de Deus em nossas vidas e em nossas igrejas é evidente, quando isso se manifesta, as pessoas são atraídas até nossas igrejas, não por causa do entretenimento, não por causa dos programas, mas porque Deus está lá e elas estão vendo a realidade de um Deus Santo.
Eu lembro de uma amiga me dizendo certa vez: “Se um descrente entrasse em minha igreja, ele poderia pensar que estava em uma balada ruim”.
Quando perceberemos que o mundo não está impressionado com a versão religiosa dele? Nossa maior eficácia, nossa maior arma não está em ser como o mundo, mas em ser diferente do mundo, em ser como Jesus.
Então, em meio a tudo isso, minha pergunta é: Onde estão os Neemias de nossos dias, os homens e mulheres que amam a Deus, os homens e mulheres que amam a santidade, os homens e mulheres que não temem nada nem ninguém além de Deus? Onde estão os santos? (E um santo significa uma pessoa separada.) Onde estão os santos que agem como santos?
Onde estão aqueles cujas vidas são irrepreensíveis em todos os assuntos? Em sua casa, seu trabalho, sua fala, seus hábitos, suas atitudes, suas finanças, seus relacionamentos?
Onde estão os crentes cujos olhos ficam marejados com os corações entristecidos quando veem a igreja profana se divertindo até a morte e festejando com o mundo?
Onde estão os crentes cujos joelhos doem de implorar a Deus para que conceda o dom do arrependimento e traga um avivamento em santidade em nossos dias? E onde estão os líderes Cristãos com compaixão e coragem para convocar a igreja a se apresentar limpa diante de Deus?
Mulheres, em nossos corações, deveria ser errado criticar os líderes Cristãos que talvez não estejam sendo tão ousados e corajosos quanto deveriam ser. Eu não estou propondo que desenvolvamos um espírito crítico, mas eu estou dizendo que precisamos levantar nossos corações e mãos para o Senhor e dizer: “Senhor, conceda coragem a esses homens? Peço que os tornem homens de convicção?” Precisamos orar por eles.
E precisamos ser responsáveis pelas áreas pelas quais somos responsáveis. Onde estão as mães, pais, os jovens que estão dispostos a lidar de forma completa e decisiva com tudo que é profano em suas vidas, em suas casas?
A igreja tem esperado que o mundo se acerte com Deus. Eu acho que precisamos perceber que o mundo está esperando que a igreja se acerte com Deus. Devemos ter uma paixão pela santidade, não estou falando do tipo de santidade que anda por aí arrancando o cabelo das pessoas ou gritando com elas porque não estão obedecendo a Deus.
A propósito, a queixa de Neemias não era com o mundo pagão incrédulo. Sua preocupação era com o povo de Deus. Quando o povo de Deus se acertar com Deus e quando tivermos essa santidade ardente, apaixonada e pura, que ama a Deus, então o mundo vai parar e prestar atenção.
Quando nós, o povo de Deus, nos humilharmos e nos desviarmos de nossos maus caminhos, então o mundo terá uma razão para saber e acreditar que nosso evangelho é verdadeiro e que nosso Deus é real. Diante disso muitos deles se prostrarão e O adorarão também.
Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth sobre o poder que uma vida santa pode ter.
Como vocês ouviram, Nancy tem uma paixão por chamar as mulheres à santidade. Ela faz parte do ministério Aviva Nossos Corações, que ajuda as mulheres a descobrirem a liberdade, a plenitude e como frutificarem em Cristo. Poderemos continuar fazendo isso enquanto ouvintes como você continuarem a orar por esse ministério.
Quais são seus objetivos com relação à santidade? Você tem um plano? Nem sempre pensamos na santidade como algo que pode ser trabalhada, mas no próximo episódio a Nancy ajudará a mudar essa percepção. Agora para encerrar a mensagem de hoje sobre Neemias e sobre santidade, aqui está Nancy para orar.
Nancy: Ó Pai, oro firmemente para que em nossos dias o Senhor traga um avivamento da santidade. Que possamos, como Neemias, ter uma paixão por dizer: “Nós não podemos simplesmente varrer essas coisas para debaixo do tapete. Precisamos lidar com elas”.
Senhor, há coisas que vemos que entristecem nossos corações e partem nossos corações, mas não estamos em uma posição de lidar com o que os outros possam estar fazendo e que possa estar errado. Senhor, ajuda-nos a sermos humildes e a lidar com os problemas em nossos próprios corações. Ajuda-nos a clamar a Ti, a sermos fervorosas e a interceder e suplicar a Ti para enviar em nossos dias um avivamento da santidade em nossos corações, em nossas casas, nossas igrejas, para Tua glória. Eu oro em nome de Jesus, amém.