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De Transgênero para Transformada, com Laura Perry – Ep4: Perguntas práticas sobre o transgenerismo

Publicadas: jun 14, 2024

Raquel: Bem-vinda ao podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de As Mentiras em que as Garotas Acreditam e a Verdade que As Liberta, na voz de Renata Santos e Dannah Gresh, na minha voz, Raquel Anderson.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Hoje em dia, está ficando cada vez mais comum os jovens questionarem o gênero que lhes foi dado por Deus. Laura Perry nos incentiva a sermos proativas.

Laura Perry: A gente precisa ensinar as meninas por que é bom que Deus nos tenha feito meninas e por que isso é tão especial e maravilhoso. Precisamos prepará-las para as mentiras do inimigo. Esta é a mentira que está generalizada na cultura hoje contra os jovens, e se torna uma grande oportunidade para o evangelho.

Nancy: Este é o Aviva Nossos Corações, um ministério dedicado a chamar as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Bem, estamos no quarto episódio deste podcast onde mergulhamos mais a fundo em alguns assuntos difíceis, porém importantes e oportunos. 

Nossa querida amiga, Laura Perry, tem nos ajudado a entender o que ela pensava quando caminhava nesse mundo do transgenerismo.

Laura: Há uma ferida profunda, muito profunda mesmo, que é baseada na auto-rejeição. E por qualquer motivo que seja, eu penso: “Eu não gosto de mim mesma. Não gosto de quem fui criada para ser. Eu não gosto de quem eu sou. E então vou reinventar outra pessoa que não sinta essa dor,  e que as pessoas não odeiem. Eu vou ser alguém que as pessoas amam.”

Na minha cabeça, as pessoas amavam os homens. As mulheres não eram amadas. As mulheres eram descartadas e usadas.

Nancy: Laura passou por cirurgias de alteração corporal significativas. Ela recebeu tratamentos hormonais e chegou até a mudar seu nome legalmente para “Jake”. Mas então, milagrosamente, Deus resgatou essa preciosa mulher de sua escuridão e confusão.

Também conversamos com a mãe de Laura, Francine, quando ela descreveu a profunda agonia que sentiu durante as escolhas de sua filha ao longo daqueles anos. 

Francine compartilhou de forma transparente sobre como o Senhor mostrou a ela áreas em sua própria vida que Ele queria transformar. E que bela obra de graça Deus fez na vida dessas duas mulheres!

Temos tido semanas poderosas e tocantes aqui no Aviva Nossos Corações. Sou muito grata a Deus por esse testemunho tão rico e abençoador. E hoje teremos mais um bate-papo com a nossa querida Laura. 

Se você perdeu o episódio anterior do Aviva Nossos Corações dessa série, quero encorajá-la a voltar e encontrá-lo no nosso canal de YouTube, ou você pode ouvi-lo em www.avivanossoscorações.com 

Vamos continuar refletindo sobre esse tópico, focando sempre nAquele que nos projeta da maneira que Ele determina ser a melhor.

Raquel: Isaías 64:8 diz: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro. E tu és o nosso oleiro, nós somos obra das tuas mãos”.

Em outra parte de Isaías, o Senhor diz: “Vocês viram as coisas pelo avesso. Porventura o oleiro será considerado como o barro, de modo que a coisa feita diga do seu criador: “Não foi ele que me fez?” Ou a coisa formada diga de quem a fez: “Ele não tem entendimento.” (Isaías 29:16) 

Acho que é aqui que está a raiz do problema. O que enfrentamos quando lidamos com questões de nossa identidade é: “Quem exatamente tem o direito de nos definir e dizer quem somos? Quem tem o direito de determinar quem somos?”

A resposta que obtemos da cultura é: “Nós temos! Temos o direito de dizer isso por nós mesmas.”

Mas a Bíblia afirma que, porque Deus é nosso Criador, é Deus quem tem o direito de nos dizer quem somos e como devemos viver. Não temos o direito de nos definir. Ele é o Oleiro. Nós somos o barro.

Nancy: Dannah e eu vamos continuar essa conversa com a Laura Perry  examinando uma variedade de questões práticas quando se trata do tema transgenerismo e disforia sexual. Aqui está Dannah Gresh.

Raquel : Tenho uma lista de perguntas que gostaria que fossem respondidas. Isso é o que eu poderia chamar de “questões práticas”. 

Muitas de nós talvez já tenhamos entrado em contato com um amigo ou membro da família que luta contra a disforia de gênero. Ajude-nos a interagir com eles. Ajude-nos a amá-los. Ajude-nos a fazer parte de sua história de redenção, respondendo a algumas dessas perguntas que realmente estão em nossas mentes.

A primeira e maior questão é esta: O que você diz a alguém que diz: “Eu nasci assim”?

Laura: Então, eu falava isso também. Eu tava completamente convencida de que tinha nascido assim. Mas, a realidade é que não importa o que você esteja sentindo nesse momento, porque nossos sentimentos não constituem de quem somos. Só Deus pode definir quem somos.

Porém, de uma certa forma, todas nós nascemos assim. Nascemos com uma natureza caída. Nascemos pecadoras e todas precisamos ser redimidas. Há algumas pessoas na comunidade cristã que estão usando isso como desculpa para dizer: “Bom, vou manter a identidade, mas vou apenas viver em celibato, ou simplesmente não vou viver em pecado.”

Deus quer resgatar quem realmente somos. Ele quer nos transformar completamente, nos restaurando à nossa verdadeira essência com a qual Ele nos criou. Como Raquel compartilhou anteriormente em 2 Coríntios 5:17, diz: “Se alguém está em Cristo, uma nova criatura é. As coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”.

Acredito que se nos apegarmos a essa identidade e dissermos coisas como “sou um cristão-trans” ou “sou um cristão-gay”, estamos meio que diluindo nosso cristianismo. Estamos limitando o verdadeiro poder do evangelho de Jesus Cristo, que ressuscitou Cristo dentre os mortos e pode vencer qualquer pecado, sentimento, desejo ou crença. Ele tem o poder de nos redimir completamente e nos transformar em novas pessoas.

Nancy: Que incrível! A irmã de uma amiga minha agora vive como homem. Ela também fez a mastectomia dupla. Hoje de manhã eu orei com esta amiga e compartilhei a sua história com ela. Que alegria foi para mim dizer: “Foram dez longos anos, mas Jesus conquistou o coração dela”. A sua história, Laura, trouxe esperança!

Mas uma das coisas que ela perguntou foi: “Como interagir com um membro da família que se identifica como transgênero? Como celebrar o Natal? Como fazer no Dia de Ação de Graças? Como lidar com aniversários quando há essa tensão? É mais fácil? Eles devem só mesmo desistir e dizer: ‘Volte quando tudo estiver resolvido?’ Ou devemos continuar tentando?

Laura: Bom, meus pais continuaram tentando. Houve momentos em que eu me afastei deles. Mas acho que temos que lembrar algumas coisas.

Primeiro, acredito que podemos exercer uma influência positiva em suas vidas. Podemos orientá-los em direção a Cristo, mas não somos responsáveis por salvá-los. É importante manter isso em mente. Se começarmos a agir como se fôssemos os salvadores deles, ficaremos excessivamente preocupados com suas reações ou como nos veem.

Segundo, lembre-se de que o diabo é um mentiroso. Meus pais não sabiam o que realmente estava acontecendo internamente. Muito do que eu estava vendo e do que eles estavam dizendo eu estava absorvendo, estava me impactando e tendo um efeito muito mais profundo, apesar de eles não saberem disso e eu não ter compartilhado com ninguém.

Como uma carta da minha tia, ou mesmo dos meus pais, muitas vezes quando apenas falavam sobre Cristo. . . eles pararam de se concentrar no meu pecado. Eu gostaria de enfatizar isso: Não  se concentre no pecado, concentre-se em Cristo e no que Ele fez em sua vida.

Jesus disse: “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.” (João 12:32) E, claro, Ele estava falando literalmente na cruz. Mas acho que também é verdade quando estamos compartilhando o evangelho. Sim, as pessoas precisam estar cientes de seu pecado e eu sabia da opinião dos meus pais em relação a isso. Não é como se eles nunca tivessem dito nada, mas depois de um tempo, eles simplesmente continuaram glorificando a Cristo. Sabe, eu conseguia ver isso na vida deles, eles estavam sendo mudados por Cristo.

Acho que essa é a maior dica que posso dar a qualquer pai e mãe, qualquer pessoa. Deixe Deus fazer uma obra profunda. Eu conheço  muitos pais que foram absolutamente transformados enquanto intercedem por seus filhos pródigos. Eles se aproximaram de Cristo e começaram a ser transformados por Cristo. Da mesma forma, eu comecei a ver a diferença nos meus pais. Sabe como o inseto é atraído para a luz? Então, eu fiquei super fascinada com o que estava acontecendo com ele.

Mas no que diz respeito aos detalhes do Natal e coisas assim, trate-os como um dos membros de sua família, como sempre foram. Eu os trataria como a filha ou o filho que sempre foram.

Meus pais nunca usaram os pronomes masculinos ou o meu nome masculino, e eu ficava super brava. Eu cheguei até a parar de falar com eles por um tempo por causa disso. Mas eu sabia que eles me amavam e eu continuava tentando descobrir maneiras de manipulá-los para que fizessem o que eu queria que eles fizessem. Eu sabia que eles me amavam, mas eu não queria ouvir eles me chamando de Laura. Então eu me afastava por um tempo. 

Eu louvo a Deus agora que minha mãe nunca se rendeu. Na verdade, ela não me chamar de Jake era como uma ofensa. . . Eu ficava enlouquecida quando ela me chamava de Laura, ficava muito brava e explodia com ela. E toda vez que ela me chamava pelo meu nome, era como algo que me trazia à realidade, me lembrava de quem eu realmente era. E sou muito grata por eles nunca terem se rendido aos meus pedidos.

Raquel: Wow! Amei você dizer que o objetivo é exaltar a Cristo, e não fixar no comportamento da criança, do filho pródigo, da irmã ou do irmão. 

Em última análise, o comportamento pecaminoso é um sintoma de um problema mais profundo. E o sintoma indica que algo não vai bem na relação dessa pessoa com Cristo. 

Para chegar à raiz do problema, as pessoas precisam primeiro abordar as condições do coração.

Nancy: Certo. E o que estou ouvindo em sua história – e já ouvi isso repetidas vezes em relação a todos os filhos pródigos, não importa qual seja o problema deles, não importa qual seja o cocho para onde eles vão em busca de satisfação e depois não a encontram – é que eles já sabem o que a Bíblia diz sobre o que estão fazendo. 

Não ajuda ficar lembrando o tempo todo. Eles sabem que o que estão fazendo é pecaminoso e errado. Eles precisam do amor de Cristo. Eles precisam da amizade de Cristo.

Outra coisa que achei interessante sobre sua história enquanto ouvia é como Deus a atraiu durante todo esse tempo. Penso em dois dos evangelhos — Mateus e João — que descrevem Jesus como um amigo dos pecadores. 

É interessante que Jesus recebeu esse nome de Seus inimigos como algo depreciativo. Tipo, “Oh, aquele amigo dos pecadores.”

Raquel: Jesus faz uso dessa situação para Sua glória. Ele se aproxima. “Sim. Sou amigo de pecadores”. 

O que isso significa para os amigos, os familiares de um filho pródigo? Como refletimos esse coração de Cristo de forma prática?

Laura: Bem, acho que olhamos para o exemplo Dele. Ele era amigo dos pecadores. Ele os amava. Ele ia atrás deles- como a mulher no poço e a mulher que foi pega em adultério. Mas Ele não as deixou em seus pecados. Ele não as destruiu, nem mesmo com palavras. Ele não as repreendeu. Ele não disse a elas como eram horríveis. Ele falou a verdade para elas e então disse: “Vá e não peques mais”.

Mas Ele passou tempo com elas. Ele as ouviu. A mulher no poço, com quem Ele teve essa conversa, ele a tratou como uma mulher. Ele não a tratou como uma pecadora imunda. Ele também tratou com respeito a mulher que entrou e ungiu Seus pés com o perfume caro. Então sabemos que Ele amava e atraia as pessoas para perto dEle. Em nenhum momento ele as ignorou.

Raquel: Essa passagem em que a mulher vem e unge os pés de Cristo é uma das minhas histórias favoritas em todas as Escrituras. 

Acho que amo, porque já fui aquela mulher pecadora lavando os pés de Jesus e já fui o fariseu.

Nancy: Eu também já fui os dois.

Raquel: Sim. E o fariseu pensa (só em sua mente. Ele não diz em voz alta. É um pensamento muito sujo – mas ele pensa em sua mente), “Se você soubesse que imundície”… “Se você soubesse que esterco, se você soubesse que sujeira há na vida desta mulher, você não a deixaria tocar nos seus pés.”

E Jesus diz: “Eu sei. Eu sei. Eu sei.”

Ele quer ser tocado por ela. Ele quer ter um relacionamento com ela. Eu amo essa história.

Nancy: Isso me lembra de Romanos 2, versículo 4: “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?”

Então temos aqui os dois lados da moeda. Jesus demonstra Sua bondade, gentileza, tolerância, paciência, e aproximação, tocando em tudo aquilo que algumas pessoas consideram intocável, nos atraindo dessa forma. E, ao mesmo tempo, Jesus deseja o nosso arrependimento.

Veja, Deus não nos deixa lá no fundo do poço. Ele não nos deixa em um lugar de pecado, dor e escuridão. Ele quer nos levar a um lugar melhor.

Dois lados da mesma moeda. Por um lado, profunda compaixão e, por outro, Ele nos leva a níveis mais profundos de plenitude, santidade e liberdade – liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Raquel: Quero fazer algumas perguntas sobre crianças. Tenho um profundo, profundo chamado relacionado às pequenas mulheres da Igreja, no Corpo de Cristo. Dirijo um ministério chamado True Girl (Menina Verdadeira, em português) para meninas de sete a doze anos. Estamos recebendo cada vez mais e-mails sobre esse assunto quando mães nos perguntam: “O que fazemos?”

Então eu tenho duas perguntas. A primeira é: O que os pais precisam saber?

Fiquei chocada recentemente ao descobrir que em muitos estados, nos Estados Unidos, a escola não precisa nem sequer avisar os pais se uma criança está expressando dúvida sobre transgenerismo. 

Essas mesmas crianças não conseguem um analgésico ou uma tatuagem sem que os pais assinem, mas podem obter ajuda para a transição em suas escolas e não precisam contar para os pais. 

A Califórnia aprovou essa lei em 2013. Michigan seguiu em 2016. Nova Jersey, 2018. Recentemente, Wisconsin apresentou alguma coisa em relação a isso, eu não sabia disso. 

Eu gostaria de entender melhor essa política se eu fosse a responsável por uma criança em uma escola pública.

Que outras coisas talvez não saibamos e precisamos saber para ajudar nossos filhos?

Laura: Em primeiro lugar, acho que precisamos ser proativas. Precisamos ensinar as meninas por que é bom que Deus nos tenha feito meninas e por que isso é tão especial e maravilhoso. Precisamos prepará-las para as mentiras do inimigo. Esta é a mentira que está generalizada na cultura hoje contra os jovens, e é uma grande oportunidade para o evangelho.

Então, acredito que precisamos ser proativas em alertar essas crianças sobre as mentiras dessa cultura – conversando sobre isso. Não precisamos assustá-las e criar medo, mas simplesmente conversar sobre como a cultura está estabelecendo essas ideias e como todos acham que é maravilhoso. Explique a elas por que isso é mentira, por que isso não é bom para elas.

É uma grande oportunidade para apresentar o evangelho e para falar sobre como este é um mundo caído, que é amaldiçoado pelo pecado e que faz as pessoas, que não amam a Deus, virar tudo de cabeça para baixo. Amor se torna ódio. O ódio se torna amor. O bem é mal e o mal é bem.

Sem dúvida é uma ótima oportunidade para uma conversa com suas crianças. Pergunte à sua filha se ela gosta de ser menina. Se não, por que não? Como ela se sente quando está com outras garotas? Coisas assim – faça algumas perguntas profundas.

Raquel: E não surte se você tem um filho de três anos que acha legal pintar as unhas com a mãe. Ele pode ser artístico. Pode ser apenas: “Oh, é azul, tinta brilhante! Vamos colocá-lo em todos os lugares.” Certo? Pode ser isso.

Laura: Sim.

Raquel: Não se assuste se sua filha quiser caçar com o papai.

Tenho muitas amigas! Quando eu estava escrevendo sobre esse tópico no Guia para as Mães sobre as Mentiras que  as Garotas Acreditam. . . Você teve alguma angústia por sere mulheres, Laura. Eu nunca tive isso.

Eu não percebi como era comum as mulheres experimentarem isso – um monte de mulheres que tinham essa angústia por ser mulher. 

Conforme seus pais as permitiam explorar o que quer que fosse interessante para elas – caçar, pintar as unhas, seja lá o que for – de uma maneira segura, e também tendo as diretrizes bíblicas sobre o que significa ser mulher – quando se tornaram jovens adultas, elas amavam ser mulheres.

Nancy: As estatísticas, acredito, são de que 80 por cento irão naturalmente superar qualquer disforia de gênero que possam ter. 

A luta com o gênero é uma fase natural pela qual as crianças passam em seu desenvolvimento, tentando descobrir sua própria identidade.

Comigo, eu ficava com meu pai na oficina e aprendia a usar ferramentas. Meus pais nunca desencorajam esse meu interesse. 

Porém, ao mesmo tempo, eles constantemente afirmavam que eu era a menininha deles. Eu acho que isso foi extremamente importante. Eles não disseram: “Oh, você gosta de ferramentas e atividades mais relacionadas ao gênero masculino , então talvez você tenha nascido no sexo errado”. Claro, aquela era uma época totalmente diferente.

Mas é isso que estamos enfrentando agora. Hoje em dia, os pais ouvem: “Se sua filhinha expressa interesses masculinos, ou seu filho expressa interesses femininos, então é melhor você concordar com a mudança de gênero. . . e você pode ser acusada de ódio e “sem amor” se não concordar com isso.

Laura: Sim. E o que é engraçado sobre isso é que os ativistas ficam com tanta raiva de nós por fazermos todos esses estereótipos: “Como você ousa dizer a um garotinho que ele não pode pintar as unhas?”, e quando eles adotam o transgenerismo eles sempre se tornam bem estereotipados em relação ao sexo oposto. Isso realmente deixa claro, eu acho, que eles não se tornam mulheres e as meninas não se tornam homens. Eles só estão seguindo o estereótipo.

Há algo muito mais profundo no que diz respeito a ser homem ou mulher.

Nancy: Muitas, muitas meninas vão atrás do transgenerismo porque está na moda ou por causa da pressão social ou porque é a ideologia politicamente correta e os profissionais as empurram nessa direção.

Raquel: Certo.

Nancy: Um livro secular publicado recentemente fez a seguinte pergunta: “O que nós, como sociedade, estamos fazendo com nossas garotinhas ao incentivá-las para o transgenerismo?” 

Em vez de ensiná-las que a feminilidade é maravilhosa, bonita e valiosa e como se sentir bem com sua feminilidade, dizemos a elas que, se não se sentirem à vontade em ser uma menina, podem simplesmente descartar a feminilidade e se tornar um menino.

Eu gostaria de ler alguns comentários rápidos no Twitter de pessoas que se arrependeram da transição e reverteram.

Um disse:

Quando tentei fazer a transição, as pessoas disseram: ‘Que bom!’ Quando tentei fazer a retransição, as pessoas perguntaram: ‘Por quê?’.  Minha retransição foi muito mais questionada do que a minha transição. Meu arrependimento em relação a minha  transição foi muito mais criticado do que minha disforia de gênero.

Outra pessoa disse: “Quando fiz uma mastectomia dupla, recebi 400 curtidas no Facebook sobre isso”. E então, ela disse que quando decidiu retransicionar, não conseguiu tantas curtidas e muitos de seus amigos do Facebook se afastaram.

Quando as meninas fazem a transição, elas são anunciadas como corajosas e fortes. E recebem muita atenção e apoio. Mas elas não recebem tanta afirmação, apoio e atenção apenas por serem meninas.

Então, as meninas de hoje são aconselhadas e encorajadas a se tornarem trans ao invés de lidar com a disforia de gênero.

Laura: Em Romanos 1:32, diz: “Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que  praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam”.

Acho que quando as pessoas estão presas no pecado precisam de algo para afirmá-las… Conversei com muita gente que estava envolvida nesse estilo de vida. Compartilharam comigo que sempre souberam que estavam vivendo em pecado e reconheciam que não estavam em paz com Deus. Mas ao verem outras pessoas celebrando o pecado, isso fazia com que eles se sentissem menos culpados pelo próprio erro. Acredito que é por isso que o incentivo é tão grande, precisamos ver outros no mesmo pecado para que nos sintamos melhor.

Quando estamos fazendo a coisa certa, mesmo que alguns desses transicionistas não tenham necessariamente vindo a Cristo, eles ainda estão fazendo o oposto do que o mundo deseja. Mas Jesus, falando sobre nós, quando chegamos a Cristo, e quando estamos fazendo estas coisas, Jesus disse: “Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia.” (João 15:19)

Raquel: Sim. Podemos sentir isso agora.

Laura: Então seremos perseguidas e odiadas. Além disso, Satanás está realmente por trás de tudo isso. Ele quer essas crianças, ele veio pra matar, roubar e destruir. . . ou seja, isso é aborto para todas as gerações futuras. Pense nisso: se ele pode tornar essas crianças estéreis, então ele cometeu aborto de seus dois, três, quatro, cinco filhos – quantos elas teriam – antes mesmo de começarem.

Raquel: Há tantos acadêmicos e psicólogos intelectualmente honestos (eu não classificaria essas pessoas como conservadores. Não os rotularia como cristãos) que estão dizendo: “Parem com essa loucura. Você não pode fazer a transição dessas crianças. Você não pode torná-las estéreis quando são tão jovens. No mínimo, espere até que sejam adultas para que isso aconteça.” 

E isso não está acontecendo, e essas crianças crescem e dizem: “Opa. Isso foi um engano enorme!” Isso não faz o menor sentido!

Penso naquele versículo sobre como a Bíblia diz que nos tornamos indecisos em todos os nossos caminhos. E quando nos tornamos indecisos, nos tornamos instáveis. (ver Tiago 1:8)

Então, aqui de um lado, a cultura está dizendo: “Tolere tudo. A tolerância é a nossa teologia.” Mas, então, eles dizem: “Ah, mas sua tolerância tem que corresponder ao que nós toleramos. Caso contrário, não podemos tolerá-lo.”

Laura: Certo.

Raquel: Isso, eu acho, é a própria definição de mente dupla. “Dois pesos e duas medidas.”

Nancy: Exatamente. Provérbios 14:12 diz: “Há caminho que parece direito ao homem, mas o fim dele conduz à morte”.

Agora, todos os caminhos ímpios que seguimos se enquadram nessa categoria. Fazer a transição de gênero, indo contra o que Deus a criou para ser, não é pior do que outros pecados. 

Todo caminho que vai contra o caminho do Senhor é um caminho destrutivo. Pode ser luxúria, pornografia, adultério, ódio, calúnia, fofoca, amargura. 

Algumas ações e atitudes ímpias podem parecer até mesmo corretas para nós. No entanto, no final, essas coisas nos afastam do Senhor e, paradoxalmente, nos afastam da liberdade e da plenitude pelas quais ansiamos tão desesperadamente.

Raquel: Bem, Laura, eu tenho que dizer: Eu não sei se você teve algum amigo te aplaudindo no Facebook quando você foi tão corajosa quanto você foi na retransição, mas eu quero ser a primeira a dizer: 

“Uau! Você é uma inspiração! Você é um incentivo! Você, a sua história traz esperança para as mães e avós cujos filhos pródigos, por várias razões, estão longe, muito longe do Senhor. Você nos lembrou que Ele é o Redentor e Ele tem a palavra final.”

Então, eu só quero te dizer: “Obrigada!”

Laura: Muito obrigada. Sou muito grata a Jesus por nunca desistir de mim, por me libertar, por me salvar. Como eu disse antes, nunca pensei que me sentiria uma mulher novamente. Estou tão impressionada com o que Ele fez.

Então, eu só quero encorajar qualquer um que esteja ouvindo a confiar Nele. Só Ele  pode realmente transformar.

Nancy: Uau! Que palavra de esperança de Laura Perry.

Senhor, queremos parar e agradecer por Tua graça incrível e Tua intervenção na vida desta mulher. Ela era uma pródiga, mas o Senhor a trouxe de volta para o Pai e transformou a sua mente de maneiras inimagináveis. Nós te damos graças.

E intercedemos por todos os outros filhos pródigos cujos corações o Senhor deseja transformar e está no processo de fazê-lo. Continuamos a orar por isso, pelo amor de Jesus, amém.

Nestas últimas semanas, ouvimos história incrível de Laura Perry e sua mãe Francine. Ambas tiveram que aceitar a Palavra de Deus – às vezes, mesmo apesar de seus sentimentos contrários – e tiveram que dar um passo de fé.

Agora, para encerrar nossa série desta semana, quero que você ouça uma palavra muito importante da minha amiga Dannah Gresh.

Raquel: Eu só quero falar por um momento para a menina ou jovem que está ouvindo este programa e que está lutando com sua identidade como mulher. 

Eu já passei por isso, Laura. Eu posso entender totalmente essa jornada. E você está ouvindo isso, mas está ouvindo todos os tipos de mensagens na cultura que dizem que sua dor e insatisfação com seu corpo e com sua identidade só serão resolvidas quando você deixar de ser mulher e fizer a transição para tornar-se um homem.

Querida, deixa eu te dizer uma coisa: a transição não vai curar a dor em sua alma. Essa é uma ferida que só será curada à medida que você se aprofundar em um relacionamento de amor com o Deus que a criou e que a ama tanto por meio de Jesus Cristo, Seu Filho.

Renda-se a Ele hoje, diga: “Sim, Senhor. Eu concordo que o Senhor é o único. O Senhor é quem tem o direito de me definir e me dizer quem eu sou. Por favor, mostre-me o caminho. Mostre-me o caminho. Esteja perto. Em nome de Jesus. Amém” 

Esperamos que esta série tenha enchido o seu coração de esperança sobre o quão poderoso é o nosso Deus para resgatar aqueles que parecem tão distantes dEle, que parecem estar além do Seu alcance.

Este é um ministério apoiado pelas ouvintes, financiado inteiramente por suas generosas doações. Queremos agradecer imensamente a todas que fizeram qualquer contribuição para o ministério este ano desde que este programa se tornou diário. 

Se você quiser se envolver em ajudar a apoiar este ministério fazendo uma doação, você encontrará todas as informações sobre como fazer isso em nosso site em  www.avivanossoscoracoes.com/doacoes    

Aguardamos você na segunda-feira quando compartilharemos mais uma inacreditável história de uma filha pródiga radicalmente salva pela incrível graça de Deus. A história de Jackie Hill Perry e como ela foi resgatada de um estilo de vida lésbico para viver o design de Deus para sua vida.

Tenha um final de semana abençoado e até segunda.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.