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Descobrindo uma vida devocional diária ep. 1: A chave para o crescimento espiritual

Publicadas: jan 02, 2024

Raquel: Se você deseja produzir fruto espiritual, Nancy DeMoss Wolgemuth diz:

Nancy DeMoss Wolgemuth: Se quisermos ser servas eficazes do Senhor, se quisermos ter algo a oferecer aos outros, temos que cultivar e manter um relacionamento de amor crescente, vital e íntimo com Cristo. Não há frutificação sem união e comunhão com Cristo.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações” com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Buscando a Deus – Descubra a alegria do avivamento pessoal“, na voz de Renata Santos.

Você está esperando uma grande transformação neste novo ano? Nesta primeira semana de janeiro, talvez uma das coisas em que você esteja pensando são novas metas sobre como passar mais tempo todos os dias buscando o Senhor, mergulhando na Sua Palavra e orando. Quero encorajá-la, pois a paz que está à sua frente é incrível, se você se juntar a nós.

Nancy conversou com a equipe do Aviva Nossos Corações e de nossa organização-mãe, Life Action Ministries, alguns anos atrás. Ela falou sobre como desenvolver uma vida devocional diária, ou talvez, aprimorar e reacender uma paixão por esse tempo diário com Deus. Convidamos você a ouvir esta mensagem enquanto toma decisões sobre como pode crescer nessa área em 2024. Aqui está nossa anfitriã, Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy: Algum tempo atrás, eu estava em uma conferência para mulheres. 

Na sexta-feira de abertura, pedi às mulheres que preenchessem uma ficha pautada para pedidos de oração e nos dissessem como poderíamos orar por elas – o que estava em seus corações, o que elas acreditavam que Deus faria em suas vidas naquele fim de semana.

No final da conferência, peguei aquelas fichas com pedidos de oração. Eu não sei se eram todas, mas li muitas fichas, e fiquei espantada com um ponto em comum entre os pedidos dessas mulheres. 

Deixe-me ler o que várias delas disseram.

Uma disse: “Às vezes sinto que estou fora de controle com tantas pressões.”

Outra disse: “Enfrento muito estresse e responsabilidade.”

Esta disse: “Preciso que Deus me mostre como lidar com o estresse neste momento.”

Você percebe um padrão aqui?

Outra disse: “Sinto que estou sendo puxada em todas as direções. Quero que Deus me mostre como administrar com sucesso os meus diferentes papéis de professora, mãe, esposa e filha e ainda ter tempo para o trabalho na igreja e para mim.”

Mais uma: “Preciso parar de me preocupar com tudo. Tento não fazer isso, e sei que não deveria, mas as preocupações que eu mesma crio até perturbam o meu sono e meus sonhos.”

Aqui está uma com a qual algumas de vocês podem se identificar, tenho certeza: “Tenho me dedicado ao serviço por cerca de vinte e quatro meses e sinto a necessidade de desacelerar e renovar-me, mas a vida fica muito agitada.”

E depois, temos algumas mães nesta sala que sei que poderiam ter escrito esta: “Com um bebê recém-nascido, preciso encontrar a paz e o descanso do Senhor, física e emocionalmente.”

E aqui está uma que eu com certeza poderia ter escrito: “Muitas vezes fico excessivamente ocupada e percebo que meu dia passou sem eu ter feito as coisas que mais queria fazer.”

Outra: “Tem um turbilhão de coisas acontecendo em casa e preciso de um espírito renovado para enfrentar tudo que essas próximas semanas trarão.”

E por último esta, que talvez todas nós já tenhamos experimentado em algum momento ou outro, algumas de nós cronicamente. Esta mulher disse: “Minha agitação roubou minha alegria.”

Você se identifica com algumas dessas situações? E talvez você, como eu, pense com frequência, “quando chegar à próxima fase da minha vida, será diferente”

Posso lhe dizer, se você está em uma fase mais jovem da sua vida, só fica mais difícil. Não quero desanimá-la, mas é um fato.

Há coisas, muitas coisas que eu amo no Senhor Jesus. Amo ler os evangelhos, contemplá-Lo e pedir a Deus para me tornar à Sua imagem, mas uma das coisas que realmente admiro em Jesus ao ler sobre Ele nos evangelhos é a maneira como Ele era capaz de se dar ao serviço a Deus e aos outros dia após dia, com responsabilidades inacreditáveis e listas de afazeres, demandas e prazos para cumprir, e ainda assim manter o espírito calmo, generoso e gracioso.

Você não o vê ficando agitado e frenético.

Você não o vê se perturbando.

Você não o vê agindo como se estivesse numa esteira da qual ele não consegue descer.

Eu reflito em Sua vida muitas vezes e penso: “Como Ele fez isso? Como isso foi possível? Como Ele conseguiu manter esse ritmo e essa agenda?” 

Nós estamos falando sobre uma lista de afazeres longa, um prazo difícil, Jesus só teve três anos para realizar o plano eterno da redenção. Eu diria que essa é uma descrição de trabalho muito maior do que a minha.

Você não o vê incomodado ou irritado com as pessoas, desejando que elas saíssem do seu caminho para que Ele pudesse relaxar um pouco.

Eu não vejo a hora de poder relaxar. Eu já pensei muito nisso ao longo dos anos, porque é uma área em que eu não sou como Jesus na maior parte do tempo. 

Na verdade, abra sua Bíblia no Evangelho de Marcos, capítulo 1, vamos analisar apenas um dia na vida de Jesus.

Um dia, e houve muitos outros dias semelhantes a este, mas vamos dar uma olhada num dia apenas. Perceba o coração de Jesus neste dia, e o texto nos dará a resposta à pergunta: “Como ele fez isso?”

Marcos, capítulo 1, começando no versículo 21:

“Eles foram para Cafarnaum e, assim que chegou o sábado (Então, o dia inteiro é um dia de sábado. Tudo o que vamos ler aqui é um dia de sábado), Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade e não como os mestres da lei.” (versos 21-22)

Eu já compartilhei essa mensagem várias vezes em formas diferentes. No entanto, para a ocasião atual, orei por uma perspectiva renovada e uma abordagem personalizada de Deus. Esse processo envolve esforço antes, durante e depois da entrega da mensagem. 

Antes, há preparação e oração. Durante, há um despejar ativo da mensagem. Depois, há um esforço adicional ao ministrar àqueles que foram impactados pela Palavra. Esse processo consome energia e pode ser esgotante.

Compreendo o que é, assim como muitas de vocês também compreendem, sentir-se esgotada, exaurida ao compartilhar, ao ministrar a Palavra de Deus aos outros. Algumas de vocês estão educando seus filhos em casa e isso requer uma entrega total à autoridade do Espírito de Deus, buscando impacto e eficácia, e isso pode levar ao esgotamento. Esse esgotamento é extremamente desafiador.

Bem, não apenas isso, versículo 23:

“Justamente naquela hora, na sinagoga, um homem possesso de um espírito imundo gritou: ‘O que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!’ “Cale-se e saia dele! “, repreendeu-o Jesus. 

O espírito imundo sacudiu o homem violentamente e saiu dele gritando. Todos ficaram tão admirados que perguntavam uns aos outros: ‘O que é isto? Um novo ensino — e com autoridade! Até aos espíritos imundos ele dá ordens, e eles lhe obedecem!’” (v. 23-27)

Podemos ler este texto e pensar: “Bem, eu nunca fiz um exorcismo. Não estou envolvida nesse tipo de ministério.” Mas por sermos filhas de Deus, as Escrituras nos dizem em Efésios, capítulo 6, que estamos em uma batalha. Nossa luta não é contra seres humanos. 

O inimigo, aliás, não é o seu cônjuge. Não é o seu adolescente. Não são seus filhos pequenos.

Temos um inimigo que é um inimigo espiritual. Lutamos contra principados e potestades das trevas nos lugares celestiais. E na maioria das vezes, não podemos ver – eu não sei se já vi literalmente esses espíritos malignos, esses espíritos imundos – mas eles estão em guerra. 

Há uma batalha cósmica acontecendo entre o céu e o inferno, entre Deus e Satanás.

Em certas ocasiões, nos encontramos no meio do fogo cruzado. Às vezes, nem é preciso sair de casa para isso acontecer. Algumas jovens mães estão passando pela fase mais desafiadora da vida de uma mulher, sem dúvida a etapa mais exaustiva, que é a fase das crianças pequenas. 

Nesse momento, vocês estão exaustas, privadas de sono, e frequentemente enfrentam uma batalha espiritual, que pode envolver a vontade de seus filhos, a própria vontade e responsividade de Deus, além da fadiga.

Há uma guerra espiritual acontecendo, participar deste combate pode ter um efeito desgastante em nosso espírito. Jesus também participou de guerras espirituais ao expulsar espíritos impuros. Jesus continua a trabalhar dessa maneira através de nossas vidas. 

Onde quer que Jesus fosse, havia um impacto poderoso e transformador de suas ações ao enfrentar e superar a oposição espiritual.

O texto continua e o versículo 28 diz o seguinte:

“As notícias a seu respeito se espalharam rapidamente por toda a região da Galileia.”

Meu lema é: “Quem quer ser famoso é porque nunca foi” porque, assim que as pessoas descobrem que você pode ajudar a suprir suas necessidades, elas estarão enfileiradas em busca de ajuda. 

De repente, Jesus é notícia de primeira página no Estadão de Jerusalém ou na Folha de Cafarnaum!! Talvez a manchete dizia assim: “Um professor incrível com autoridade para expulsar demônios”. Ele virou manchete. De repente todos queriam uma entrevista com Ele, todos queriam que Ele falasse em seus eventos. 

Minha pressão arterial sobe só de pensar como isso deve ter sido para Jesus, em um nível humano. A fama se espalhou. Todo mundo quer um pedaço Dele. Ele era 100% humano e 100% Deus, mas estava em forma humana. 

Ele não tinha um dia mais longo do que você e eu temos em nosso dia, eram as mesmas vinte e quatro horas. Ele tinha que dormir à noite. Ele tinha que parar e comer. Ele tinha necessidades humanas. Sua fama se espalhou, e todo mundo queria um pedaço Dele. Você já se sentiu assim?

Bem, o próximo versículo diz assim:

“Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João à casa de Simão e André.”

E você pensa: “Ufa! Gente, foi um dia longo, um dia difícil, mas agora eu posso ir para casa, fechar a porta, colocar os pés para cima, assistir o jornal, relaxar e colocar o pijama.” Certo? 

Bem, mesmo na casa do anfitrião, há alguém com uma necessidade. Já aconteceu isso com você? 

Veja o versículo 30:

“A sogra de Simão estava de cama, com febre, e falaram a respeito dela a Jesus.”

Mais uma pessoa com uma necessidade. Você já desejou que todas as pessoas necessitadas simplesmente desaparecessem? Mas Deus continua colocando-as bem no seu caminho, mesmo quando você está cansada, mesmo no final de um longo dia de esgotamento e ministração, servindo em qualquer capacidade.

Veja o que o Jesus que conhecemos e amamos faz no versículo 31:

“Então ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se.” (São momentos assim em que sou tentada a dizer: “Você poderia voltar amanhã?” Mas Ele vai lá e atende à necessidade. A febre a deixou, e ela começou a servi-los.”

Há poder que sai. “Ufa! Agora tenho todas as pessoas na casa do anfitrião curadas, agora podemos relaxar, colocar o pijama, jantar e ir para a cama cedo.” Certo? Nem pensar! Veja o versículo 32:

“Ao anoitecer (mesmo dia), depois do pôr-do-sol (este é o dia de descanso, lembre-se. Não vi muito descanso no cronograma de Jesus), o povo levou a Jesus todos os doentes e os endemoninhados. Toda a cidade se reuniu à porta da casa.”

Não sei quantas pessoas moravam naquela cidade, mas parece muita gente para mim. Parece exaustivo! Você se sente assim às vezes? As pessoas descobrem que você pode atender às necessidades. Elas descobrem que você é uma conselheira talentosa, ou você é talentosa em aplicar a Palavra, ou seus filhos de alguma forma não estão se tornando rebeldes, mas os delas estão, e elas querem saber: “Como você faz isso?”

Ou elas descobrem que você tem o dom de servir, e assim estão na fila para dizer: “Você pode fazer isso? Você pode fazer aquilo?” Mães com crianças pequenas, não há um lugar onde você possa escapar da multidão, certo? Talvez você pense: 

“Há um lugar. Vou ao banheiro, vou trancar a porta e ter privacidade.”

Oh, não tem não. Estou certa? Os dedinhos vêm por baixo da porta, “Mamãe!”

E a sua vontade é dizer: “Meu nome não é Mamãe. Vá encontrar outra mamãe.” Certo? Há apenas esse cansaço. Queremos mandar as multidões embora. Será que sou a única pessoa que tem esses sentimentos? Por favor, diga “Não”. Obrigada.

Todos os doentes e oprimidos, e às vezes você sente que todas as pessoas que estão reunidas à sua porta estão doentes e oprimidas por demônios. E você pensa: “Todos eles têm problemas enormes.”

Bem, graças a Deus que Ele se importa. Deus através de Jesus, Deus em Jesus, Jesus sendo Deus e Jesus em nós se importa com os doentes e oprimidos com demônios reunidos à porta. Versículo 34:

“E Jesus curou muitos que sofriam de várias doenças. Também expulsou muitos demônios; não permitia, porém, que estes falassem, porque sabiam quem ele era.

Ao ler esse relato, sinto-me esgotada apenas ao imaginar. Reflito sobre minha própria vida e situações comparáveis, e me questiono: Como ele consegue? Como ele persiste? Ele faz tudo isso mesmo com um corpo humano.

Talvez você diga: “Ele é Deus.” Mas Ele está fazendo isso como um homem na plenitude e no poder do Espírito Santo, então sabemos que podemos viver essa vida pela graça Dele e pela maravilha de Sua vida em nós. Mas às vezes me sinto tão fraca, tão agitada e frenética. Como ele faz isso?

Bem, acho que a resposta está no próximo verso, versículo 35 de Marcos 1:

“De madrugada (no próximo dia), quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.”

Devo confessar que, depois de ter um dia como Jesus teve naquele sábado, um fim de semana esgotante, um dia inteiro de trabalho, lidando com e-mails e telefonemas e reuniões e lidando com pessoas e problemas, ou uma conferência de fim de semana derramando-se, confesso que a última coisa que quero fazer na manhã seguinte, muito cedo na manhã seguinte, quando ainda está escuro, é levantar-me.

Ele saiu de casa e foi para um lugar solitário onde ele orava.

Ele tirou um tempo longe da multidão e de manhã cedo era a única hora em que, de vez em quando, ele podia se afastar da multidão. Ele ia para um lugar solitário e se conectava com Seu Pai celestial, em um nível humano, recarregando as baterias.

Quantas coisas você precisa ligar à noite para recarregar – seu laptop, seu celular, seu tablet – porque se você não recarregar, eles ficam sem bateria. Certo? Bem, nossas baterias espirituais também precisam ser recarregadas.

Quero compartilhar nos breves momentos que temos aqui o quê na vida de Jesus e em nossas vidas é necessário fazer para recarregar as baterias. E, aliás, não foi cedo demais que Ele fez isso, porque, olhe o próximo versículo:

“Simão e seus companheiros foram procurá-lo e, ao encontrá-lo, disseram: “Todos estão te procurando!” (versos 36-37)

Isso soa como o que algumas de vocês mães experimentam em casa, certo? Ou às vezes na equipe você ouve: “Há uma necessidade. Você tem que vir fazer isso. Seu líder de equipe precisa de você. Seus filhos precisam de você; todos estão te procurando.”

“Jesus respondeu: ‘Vamos para outro lugar, para os povoados vizinhos, para que também lá eu pregue. Foi para isso que eu vim’.” (v. 38).

Por que sair agora? Ele estava se saindo tão bem. Todos estão querendo mais reuniões com ele, porém no auge da popularidade ali, Ele diz: “É hora de sair.” Como Ele sabia que era hora de sair? Porque Ele acabara de estar com Seu Pai, que lhe disse que era hora de sair.

“Então ele percorreu toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios”. (v. 39).

Ministério autêntico e eficaz sempre, sempre flui da união e comunhão com Deus. Então, se formos ser servas eficazes do Senhor, se quisermos ter algo a oferecer aos outros, precisamos cultivar e manter um relacionamento de amor íntimo, crescente e vital com Cristo. Não há frutificação sem união e comunhão com Cristo.

É por isso que estou tão preocupada com esse assunto, na minha vida e na vida de todas nós, sobre cultivar um relacionamento íntimo com Deus através de uma vida devocional pessoal. As pessoas têm nomes diferentes para esse tempo. 

Eu cresci ouvindo “tempo silencioso”, “devoções pessoais”, “hora sagrada”. Na verdade, não me importa como você chama, mas espero que todas nós compreendamos a importância de cultivar um relacionamento íntimo com Deus através de uma vida devocional pessoal. Eu quero tocar em várias áreas relacionadas a isso.

Primeiro, a prioridade de uma vida devocional; em seguida, o propósito. Quero passar a maior parte do nosso tempo nisso, e um pouco sobre a prática de uma vida devocional pessoal, e depois o produto.

Nos últimos doze anos, escrevi por volta de dezesseis livros. O primeiro foi sobre esse assunto. Sinto que se eu nunca tivesse escrito mais nada, essa seria a única mensagem que eu gostaria de dar às mulheres, porque acredito que essa prática fará a maior diferença na sua vida e na minha pelo resto de nossas vidas. 

Se você entender isso, não apenas na sua cabeça, mas na prática, Deus lhe dará o que você precisa para lidar com todas as outras áreas de sua vida em todas as outras fases da sua vida.

Talvez muitas aqui já tenham o hábito devocional consistente. Algumas talvez costumavam ter um, mas coisas do dia a dia simplesmente a afastaram. Você está ocupada, e isso caiu no esquecimento. 

E há ainda outras que nunca estabeleceram o hábito de uma vida devocional consistente.

Então, não sei em que fase da vida você se encontra, mas ao final desta meditação hoje, vou convidá-la – estou dando um spoiler aqui – vou convidá-la a fazer um compromisso, à medida que Deus fala ao seu coração, pelos próximos trinta dias, todos os dias, passar algum tempo sozinha com o Senhor em Sua Palavra e em oração.

É simples assim. Chamamos isso de desafio de trinta dias, e já o fizemos muitas vezes por meio do ministério Aviva Nossos Corações. Não vou estabelecer como deve ser, em que horário do dia ou quanto tempo. 

Apenas a convidarei a fazer um compromisso de que todos os dias, pelos próximos trinta dias, passaremos algum tempo sozinhas com o Senhor em Sua Palavra e em oração. 

Esta é a minha oração, que Deus toque cada um de nossos corações.

A prioridade de uma vida devocional. Vimos isso na vida de Jesus. As Escrituras nos dizem que Jesus frequentemente se retirava para lugares solitários e orava, Lucas 5, versículo 16.

Penso no salmista Davi no Antigo Testamento. 

O Salmo 27, versículo 4, é um dos meus versículos favoritos. Davi era rei, pastor, compositor, músico, estrategista militar. Havia tantas coisas que ele fazia bem, mas ele disse: “Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro”.

Uma coisa, Davi? Se você pudesse pedir a Deus apenas uma coisa, o que seria? Ganhar batalhas? Ser bom nisso ou naquilo? O que seria? “Uma coisa pedi ao Senhor, é o que procuro”. 

Isso é o que vou ser intencional em buscar. O que é isso, Davi? “Que eu possa habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e buscar a sua orientação no seu templo.”

Viver em Sua presença, contemplar Sua beleza e aprender com Ele, diz Davi, isso é o que importa mais para mim do que qualquer outra coisa no mundo. Se eu não conseguir fazer mais nada, essa é a única coisa que quero realizar no meu dia.

Lucas capítulo 10 fala sobre Maria e Marta na casa delas em Betânia, e como Maria sentou-se aos pés do Senhor e ouviu Seu ensino. Essa foi a escolha dela. Essa foi a prioridade dela.

E então temos Marta, que está distraída com muitos afazeres. Gente, essa sou eu a maior parte do tempo. É bom servir, mas ela está distraída porque seu copo não está cheio e não há como servir aos outros, então ela está correndo no vazio. Ela está correndo com o tanque vazio.

Maria está se enchendo para que possa ir e servir aos outros com o que recebeu de Cristo. A distração da ocupação, mesmo com coisas boas, coisas de ministério, pode nos impedir de sermos buscadoras do coração de Deus.

E então Jesus diz a Marta quando ela se torna exigente: “Senhor, diga à minha irmã para ir para a cozinha e me ajudar”. Quando você se encontra dizendo a Deus o que fazer, Jesus diz: “Marta, Marta, você está ansiosa e distraída com muitas coisas.” Você está estressada.

Acho que é necessário reconhecer um para conhecer o outro. Eu me identifico tanto com Marta. “Você está ansiosa e preocupada com muitas coisas.” Há muitas coisas na minha lista de afazeres todos os dias. Tenho lista das minhas listas. 

Mas Jesus diz a ela: “Uma coisa é necessária.” Uma coisa; uma coisa. “Maria escolheu aquela boa parte que não lhe será tirada.” (v. 42)

Mesmo que haja muitas tarefas a serem realizadas durante o dia, a única tarefa não negociável que sempre deve ser priorizada é passar tempo com o Senhor — estar em Sua presença, interagir com Sua Palavra e conectar-se por meio da oração. 

Minha oração é que essa seja uma realidade em suas vidas em que isso se torne a principal prioridade, mesmo que outras tarefas fiquem por fazer.

Tantas das nossas igrejas onde estamos servindo no ministério, tantos ministérios como o nosso estão cheios de servos estressados. Os olhos deles estão esbugalhados. Eles estão sem fôlego, correndo, ocupados. 

Precisamos chegar aos pés de Jesus. E isso requer, Jesus disse: “Maria escolheu essa boa única coisa.” Requer uma escolha consciente e deliberada de nossa parte.

Lembro-me de conversar há algum tempo com uma de nossas parceiras de ministério que tem seis filhos pequenos, incluindo trigêmeos! Sua vida estava uma loucura, como você pode imaginar. 

Eu perguntei a ela: “Como você faz?” Eu estava tentando ministrar na vida dela. E fiquei impressionada quando ela me disse: “Eu faço o que for preciso para começar o meu dia com Cristo.”

Eu faço o que for preciso. Esse é o compromisso do meu coração? É o compromisso do seu coração quando a sua caixa de entrada está transbordando, você tem coisas a fazer, pessoas para encontrar, lugares para ir? Eu faço o que for preciso para estar com Cristo no início do dia.

Eu sou muito abençoada e grata por ter crescido em uma casa com um pai que acreditava na prioridade de uma vida devocional pessoal. O nome dele era Art DeMoss. Alguns de vocês podem ter ouvido falar dele. 

Ele era um empresário, e não era pregador, embora tenha pregado muito. Ele amava o evangelismo e as almas e era muito ativo no ministério, mas ele era um empresário ocupado.

Ele só veio a conhecer o Senhor por volta dos vinte anos. No primeiro ano de sua vida cristã, alguém o desafiou a dar a Deus a primeira hora de todos os dias na Palavra e na oração. 

Ele aceitou esse desafio e, a partir desse ponto até o dia em que foi para estar com o Senhor, vinte e oito anos depois, ele nunca deixou de dar a Deus a primeira hora de todos os dias na Palavra e na oração.

Ele não era legalista, mas essa prática era mais importante para ele do que comer. Ele tinha um lema: “Sem devocional, sem café da manhã“. E nunca ler nada no dia antes de ler a Palavra de Deus. 

Era como se fosse tão importante para ele quanto respirar – talvez mais. Ele tinha um tapetinho para seus joelhos que ficava debaixo da cama. Ele desgastou vários deles ao longo dos anos.

Ele estava sempre na Palavra. Sua rotina quase não variava. Ele lia, pelo que me lembro, dois capítulos do Antigo Testamento, cinco Salmos, um capítulo de Provérbios e um ou dois capítulos do Novo Testamento, então ele estava sempre lendo ao mesmo tempo, o Antigo Testamento, o Novo Testamento, os Salmos e Provérbios.

E ele orava. Ele tinha uma lista de oração, uma lista de oração longa. Eu não sei se ele orava por todas aquelas pessoas todos os dias. Eu não sei exatamente como funcionava. Eu sei que ele orava por nós. E posso dizer às mães e pais e àqueles que serão pais um dia, vocês vão cometer muitos erros com seus filhos. 

Meus pais cometeram, e eles seriam os primeiros a lhe dizer isso. Mas há muita graça que será estendida aos seus filhos quando eles crescerem sabendo que há um pai naquela casa que começa o dia de joelhos, na Palavra e em oração, orando por sua própria alma e pelas almas dos outros.

Não importava o que ele tinha que fazer naquele dia, quão ocupado ele estava, quantas reuniões ele tinha. Não importava a que horas ele tinha ido dormir na noite anterior. Apesar de que ele fosse rígido em relação ao horário de ir para a cama à noite, acho que era dez horas da noite, acho que era por aí, para que pudesse estar de pé de manhã.

Nós rimos sobre o fato… meus pais fizeram muitas reuniões de ministério em nossa casa. Sempre tinha muita gente por lá. Mas às dez horas, por aí, ele dizia: “Boa noite a todos, apaguem as luzes e fechem a porta quando saírem.” E ele saía.

A razão pela qual ele não queria uma TV em casa, uma grande razão, é que ele sabia que muitas pessoas desperdiçavam horas da noite com entretenimento, entretenimento sem sentido, e depois não conseguiam se levantar de manhã para se encontrar com o Senhor.

Portanto, conhecer a Deus, andar com Deus e ter um relacionamento com Deus era mais importante, tão importante para ele que ele o tornou a prioridade número um do seu dia, e que impacto profundo isso teve na minha vida como filha. Eu gostaria de poder dizer que tive essa mesma fidelidade na minha vida, mas não chego nem perto.

Mas eu lhe digo que, quando estou propensa a começar o dia correndo – e eu luto com isso praticamente todos os dias – tenho uma imagem marcada na minha mente de um pai de joelhos, começando o dia na Palavra e na oração, se encontrando com Cristo. Essa é a prioridade de uma vida devocional.

Não devemos buscar substitutos para este momento devocional. Estamos falando de um tempo separado, para ficar em silêncio. Jesus estava ouvindo Seu Pai o tempo todo, mas Ele tirou esses momentos longe da multidão para ficar em silêncio, ouvir, comungar com Seu Pai.

Ter uma hora sagrada, um momento de silêncio, não é uma maneira de torná-la mais espiritual ou dissuadir sua culpa por não ser boa o suficiente. “Eu me sinto melhor se tiver meu momento silencioso.” Ter um momento silencioso não lhe rende pontos com Deus. Isso não faz de você inerentemente uma cristã melhor. É estar com Deus que a torna mais parecida com Jesus.

Só para garantir que estamos nos entendendo, fazer isso só por fazer talvez impressione outras pessoas, mas não estamos falando de uma atuação perante Deus. Estamos falando de ser intencionais, de cultivar um relacionamento íntimo com Deus por meio de momentos diários separados para ficar sozinhas com Ele em Sua Palavra e em oração.

Deixe-me falar por um momento sobre o propósito de uma vida devocional. E eu enfatizo isso mais do que o como fazer porque acho se você tiver decidida a aceitar o desafio, ficará motivada para descobrir e implementar os passos necessários para alcançar seu objetivo. 

Eu posso apresentar algumas ferramentas que a ajudarão com a logística, mas o mais importante é que você tenha convicção e diga: “Isso é algo que eu preciso ter. Isso é algo que eu quero ter.”

Posso lhe dar um monte de dicas de como fazer, na verdade eu escrevi um livro com algumas dessas dicas de como ter um momento devocional, vou lhe falar sobre isso, mas deixe-me falar por alguns momentos aqui sobre o propósito de uma vida 

devocional.

Podemos dividi-lo em duas categorias. Os quatro primeiros têm a ver com a nossa vida interior, os benefícios que colhemos em nossa vida interior, o propósito disso em relação à nossa vida interior. Os quatro últimos têm a ver com a nossa caminhada exterior.

Então, os quatro primeiros, o primeiro, e eu não sei se este é o mais importante, mas certamente está no topo da lista, o primeiro propósito de uma vida devocional é a comunhão com Deus, o relacionamento, a comunhão com Deus

Fomos criadas para o relacionamento, para a comunhão, para a amizade.

Quando o tabernáculo foi estabelecido no Antigo Testamento, Deus disse ao Seu povo: “Ali eu me encontrarei contigo e falarei contigo.” 

O Deus incrível e todo-poderoso do universo diz: “Eu vou me encontrar contigo.” Agora não precisamos ir ao tabernáculo. Ele vive em nós. Nós somos o tabernáculo. Nós somos o templo. Ele diz: “Eu falarei contigo.”

Moisés disse a Deus em Êxodo capítulo 33:13: “Revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti.” Uma evidência da salvação é se você tem um relacionamento íntimo com Deus. Como é isso? O que significa ter um relacionamento íntimo com Deus?

Você quer descobrir? Entre em comunhão com Deus através de um tempo diário em Sua Palavra e o conheça. Moisés fez isso. As Escrituras dizem: “O Senhor costumava falar com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo.” (veja Êxodo 33:11) 

Estamos falando de relacionamento aqui.

O propósito deste tempo silencioso é conhecer a Deus, desfrutar de Deus. É ter devoção. 

Perceba, há uma diferença entre devoção e devoções. Muitas vezes, já risquei as devoções da minha lista em muitos dias quando não tive devoção. Você sabe do que estou falando? 

Sim, você teve devoções, mas não teve devoção porque não experimentou relacionamento e comunhão com Deus. A comunhão com Deus é o primeiro propósito.

O segundo propósito é a purificação do meu coração e da minha vida. Este é o momento em que Deus pode lançar a luz de Sua Palavra nas fendas da minha vida, nos cantos do meu coração, e mostrar-me coisas que eu não vejo em mim mesma se Ele não me mostrar. 

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração.” Purifica-me. Lava-me. Coloco minha vida sob o sangue de Cristo. Recebo Seu perdão. Sou purificada. Deixo Deus purificar meu coração com a lavagem da água pela Palavra. Esse é o propósito de uma vida devocional.

O terceiro é a restauração da minha alma. “Ele restaura a minha alma.” Este mundo é tão barulhento, tão ocupado, tão ruidoso. Ele nos pressiona, e enquanto estamos servindo os outros, seja como for, nos esgotamos – como vimos que Jesus fez naquele sábado. Ficamos exaustas, e precisamos ser reabastecidas. 

Precisamos repor os recursos internos que foram esgotados pela multidão. É o tempo em Sua presença que acalma nossos corações, restaura nossas almas, acalma e aquieta nossos espíritos.

Aqui é onde renovamos forças e poder para sair e servir novamente. É onde obtemos uma nova perspectiva quando o mundo e o ministério nos espremem até a última gota. Entramos em Sua presença, e Ele restaura nossas almas.

O quarto propósito é a instrução nos caminhos de Deus – instrução nos caminhos de Deus. Amo aquele versículo no Salmo 103 que diz: “Fez conhecidos os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel” – Salmo 103, versículo 7. 

Os filhos de Israel conheciam os feitos de Deus. Eles testemunharam, viram Deus levá-los através do Mar Vermelho e providenciar o maná no deserto. Eles viram os feitos de Deus, mas Moisés conheceu os caminhos de Deus. Ele conhecia o coração de Deus.

Eu quero conhecer os caminhos de Deus. Eu não quero conhecer apenas os Seus feitos. Eu quero conhecer os Seus caminhos. Eu quero saber o que Ele pensa, como Ele se sente, o que Ele ama, o que Ele odeia. Eu quero conhecer os Seus caminhos.

Sabe como Moisés conheceu os caminhos de Deus? Sentado no topo de uma montanha longe do restante da comunidade, indo até a tenda de encontro fora do acampamento onde ele se encontrava com Deus, e ele saía, e seu rosto estava radiante com a glória de Deus. Isso não acontecia em uma multidão.

Há coisas, porém, que podemos aprender em comunidade, mas há alguns aspectos de conhecer a Deus e andar com Ele em Seus caminhos que só conseguimos quando estamos sozinhas com Ele em Sua Palavra, deixando que Seu Espírito ministre Sua Palavra e nos ensine os Seus caminhos.

E quanto à nossa caminhada exterior, alguns propósitos – não apenas em relação à nossa vida interior, mas à nossa caminhada exterior? O quinto é a submissão a Deus e à Sua vontade. É neste momento silencioso, neste lugar tranquilo, que meu coração e minha vontade se alinham com a vontade de Deus. 

Meu coração e minha vontade estão muito frequentemente fora de alinhamento com a vontade de Deus.

Cheguei à idade em que estou dando lucro à quiropraxia. Passo muito tempo curvada sobre um laptop, e meu pescoço e meus ombros às vezes ficam tão tensos. Algo está fora de alinhamento. Precisa de um ajuste.

Recebo esses ajustes espirituais enquanto tenho esse tempo na presença do Senhor, quando minha vontade se alinha com a vontade dEle, e eu entro nesse tempo, e vejo minha vontade se opondo à vontade dEle, e chego ao ponto de dizer: “Oh, Senhor, não a minha vontade, mas a Tua seja feita.” Isso acontece neste tempo com o Senhor.

Número seis: Eu recebo direção para minha vida, minhas responsabilidades, meus relacionamentos. Direção. Ouvimos tantas vozes nos dizendo o que fazer, para onde ir e como fazer. O mundo tem muitos conselhos. Os cristãos têm muitos conselhos. Mas há momentos em que precisamos apenas ouvir Sua voz. Dizemos: “Senhor, preciso de direção. 

Preciso de sabedoria. O que Tu queres que façamos nesta situação?”

É aqui que recebemos nossas atribuições para o dia – falar sobre direção – para saber o que está na lista de tarefas de Deus para minha vida naquele dia. O que Ele quer? O que é realmente importante para Ele?

Muitas vezes estamos tão estressadas tentando manter o malabarismo e com que frequência paramos e dizemos: “Senhor, todas essas bolas devem estar no ar? O que está na Tua lista de tarefas para mim?”

Nunca, nunca, nunca, nunca consigo chegar ao final do dia completando tudo que está na minha lista de afazeres. Na verdade, é impossível em qualquer período de vinte e quatro horas fazer tudo que está na minha lista de afazeres para esse dia. 

Na verdade, é impossível para mim fazer tudo nesse dia que está na lista de afazeres que todo mundo tem para o meu dia. Mas aqui está uma verdade realmente libertadora para mim: perceber que em cada período de vinte e quatro horas é possível fazer tudo o que está na lista de afazeres de Deus para minha vida naquele dia.

É por isso que temos que ir diante dEle e dizer: “Senhor, me dê minhas tarefas. Quais interrupções hoje devo dizer ‘não’ e quais devo aceitar?”

Há algumas interrupções em meu dia, algumas não planejadas, e há momentos em que você diz: “Não, eu devo continuar nesta direção”, e há momentos em que você para e deixa de lado seus planos. E Deus direciona nossos passos enquanto estamos vivendo em Sua Palavra e buscando Sua direção.

“Pois em ti está a fonte da vida;”, diz o Salmo 36:9. “graças à tua luz, vemos a luz.”Ele dá direção.

É possível fazer tudo o que está na lista de afazeres de Deus para minha vida hoje.

O sétimo propósito para o tempo tranquilo, é interceder em nome das necessidades dos outros

Devemos apresentar as necessidades daqueles que amamos, as necessidades daqueles que nos cercam que são tão grandes… 

Há necessidades em minha família agora, fardos pesados que estou carregando em relação a algumas questões. Há necessidades em nosso ministério. Há necessidades financeiras.

Há necessidades dos membros da equipe, coisas com as quais estão lutando, estão buscando o Senhor. 

Há inúmeras pessoas com quem conversei esta semana que derramaram o coração sobre algo com o qual estão lutando em seu relacionamento com o Senhor.

Eu não posso resolver essas necessidades. Não posso dar a minha irmã aqui, com quem estou conversando, a certeza da salvação dela ou como lidar com essa questão em sua vida. 

Mas posso levantá-las diante do trono da graça de Deus, onde podem encontrar misericórdia e graça para ajudá-las em seu tempo de necessidade. É onde podemos interceder pelas necessidades dos outros.

E então o oitavo, e talvez o meu favorito. É o que eu mais preciso com certeza. O propósito de uma vida devocional é que possamos experimentar a transformação em Sua imagem, a transformação em Sua semelhança.

Você se torna como as pessoas com as quais passa tempo. Certo? Na verdade, você já ouviu dizer que esses casais casados há muito tempo começam a se parecer um com o outro. Já notou isso? 

Algumas de vocês talvez fiquem assustadas, mas você se torna como as pessoas com as quais passa tempo.

Eu quero ser como Jesus. Acho que você também quer. Mas posso dizer que há tantas áreas da minha vida em que sou tudo, menos como Jesus. 

Vejo minha impaciência, meu egoísmo, meu orgulho, minha falta de autocontrole, minha falta de disciplina, meus pecados persistentes, minha falta de vitória em certas áreas da minha vida, e penso: “Senhor, quero ser como a Ti”.

Bom, você não se torna como Jesus passando tempo com todas as influências do mundo ao seu redor, lendo as revistas do mundo, vendo programas de TV e filmes, e música do mundo, absorvendo tudo isso em seu sistema abertamente. Você se torna como Jesus passando tempo com Ele.

Paulo disse assim em 2 Coríntios 3:18: “Nós todos, com o rosto descoberto, contemplando como num espelho a glória do Senhor (olhando para Ele, como Davi disse no Salmo 27) à medida que O contemplamos, somos transfigurados (é a palavra ali) à Sua semelhança de glória em glória, como pelo Espírito do Senhor.” (parafraseado).

Há esta incrível transfiguração, que não é apenas ser diferente por fora; é ser transformado de dentro para fora, para que você se torne uma pessoa totalmente nova como Jesus que habita em nós. Somos transfigurados à Sua imagem de glória em glória pelo poder do Espírito Santo – à medida que fazemos o quê? – à medida que O contemplamos.

É isso que fazemos quando abrimos a Bíblia. Ela é a Palavra escrita de Cristo, a Palavra Viva. Então, enquanto O contemplamos neste Livro, e Ele está em todas as páginas deste Livro, desde Gênesis 1 até o último versículo de Apocalipse 21. 

À medida que O contemplamos, algo está acontecendo dentro de mim, algo está sendo transformado em Sua semelhança.

Não sei quanto a você, mas eu quero isso. Preciso disso. E é por isso que tenho que ter esse tempo. 

Raquel: Esta é Nancy DeMoss Wolgemuth, lembrando-nos da importância de desenvolver uma vida devocional diária. Eu me pergunto que passos você está dando para aprimorar seu tempo com Deus nesse novo ano? 

Amanhã ouviremos a parte dois desta mensagem. Nancy vai se concentrar em nos ajudar a eliminar distrações. Eu não sei quanto a você, mas quando me sento para passar um tempo com Deus, de repente pensamentos aleatórios começam a pipocar em minha cabeça. Mais uma vez, realmente queremos ajudá-la neste mês a desenvolver o hábito de passar tempo com o Senhor todos os dias. Junte-se a nós amanhã, no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

 

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