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A Beleza da Mansidão – Dia 04: Pense antes de reagir

Publicadas: jul 25, 2024

Raquel Anderson: Você quer aprender mansidão? Nancy DeMoss Wolgemuth diz para se preparar para alguns relacionamentos desafiadores.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus usa aquelas pessoas que nos ofendem, que nos machucam, que nos desafiam, que nos confrontam, que nos incomodam, que nos irritam. Deus usa essas pessoas, ou Ele quer usar, para nos moldar, corrigir e nos transformar.

Raquel: Este é o programa Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.

Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos mostrado a beleza da mansidão. Estamos explorando como uma atitude de mansidão se parece diante de Deus. Mas para a maioria de nós, a mansidão se torna mais difícil quando outras pessoas estão envolvidas.

Um comunicado importante. Nancy está prestes a enfatizar a importância de suportar pacientemente quando somos injustiçadas. E isso é fundamental! Mas é crucial saber que se você está em um relacionamento abusivo, mansidão não significa que você fica em silêncio permitindo que o abuso continue. Ok? 

Existem maneiras piedosas, bíblicas e amorosas de você envolver outras pessoas em uma situação difícil sem violar esse comando de ter um espírito manso e tranquilo. Se você precisa de aconselhamento, procure ajuda ainda hoje. Gostaríamos de deixar muito claro que o ministério Aviva Nossos Corações é completamente contra qualquer tipo de violência, seja emocional ou física. 

Agora, vamos nos juntar a Nancy enquanto ela continua nesta série, “A Beleza da Mansidão“.

Nancy: Vivemos numa época em que não é nada raro as pessoas processarem outras por algo pequeno ou até frívolo.

Li sobre alguns desses casos recentemente no Associated Press em um jornal de Detroit. Esse era o título: “Funcionária de Detroit Processa a Cidade por Perfume de Colega, Alegando que o Cheiro Forte Atrapalha Seu Trabalho.” Eu sei que algumas pessoas são sensíveis a fragrâncias, mas, sério? Processar a cidade de Detroit? Isso parece um pouco demais para mim.

No LA Times, este título apareceu: “Mulher Processa por Falta de Abacate no Patê.” Se tratava de um tipo específico de patê que foi anunciado como patê de abacate e, em seguida, ela percebeu que quase não tinha abacate. O produto não alegava ser de abacate, dizia apenas que tinha um sabor de abacate, mas, como não tinha a palavra sabor no anúncio, então ela está processando a empresa.

A Associated Press de Pitsburgo publicou um artigo dizendo que uma mulher processou a loja Kmart por supostamente cobrar um imposto estadual de 7% em um item não tributável – um pacote de doze rolos de papel higiênico. “Fulana de tal [não vou dizer o nome dela] alega que uma das lojas da rede Kmart no subúrbio de Monroeville, em Pitsburgo, coletou indevidamente o imposto sobre um item de $3,99, cobrando dela $4,27 – ou vinte e oito centavos a mais,” então ela está processando a rede Kmart.

Não é apenas em questão de processos. Vemos esse tipo de expressão de raiva em diferentes situações dia após dia.

Aqui está outro título de um jornal da Geórgia: “Mulher Irada Se Vinga no McDonalds.” Como a publicação começou: “A polícia está procurando por uma cliente insatisfeita do McDonald’s que atropelou duas outras clientes com seu carro depois de uma discussão sobre quem estava na fila.” 

Malinda Ann Thomas, trinta e quatro anos, e Linda Ann Thomas, cinquenta e um anos, estavam em uma fila grande por volta das 7h30 de sábado enquanto esperavam para pedir café da manhã, relata a polícia. O caixa abriu uma nova fila e elas se apressaram para entrar nela, uma ação que irritou outra cliente que também estava esperando para pedir. De acordo com o relatório, a mulher não identificada começou a gritar com elas e ameaçou matá-las. Testemunhas disseram à polícia que a mulher saiu do restaurante antes das outras duas e ficou no estacionamento sentada em seu Jeep Cherokee azul-marinho. 

Quando as outras duas saíram e caminharam em direção ao seu carro, as testemunhas disseram que a mulher saiu de sua vaga no estacionamento, acelerou em direção às mulheres, atingindo-as com o lado do passageiro do Jeep.”

Ao ler um relato assim, me pergunto quantas de nós estamos fazendo coisas semelhantes em nossos corações em relação às pessoas que “cortam à nossa frente” ou atrapalham nosso caminho.

Estamos falando sobre mansidão. É algo que não se encontra em grande escala em nossa cultura ou nesta era. Vimos que a mansidão afeta nossa atitude em relação a Deus, nossa submissão à Sua Palavra – recebemos Sua Palavra com mansidão – e nossa atitude em relação às circunstâncias que Ele traz para nossas vidas sobre as quais não temos controle.

A mansidão diz: “Eu aceito minhas circunstâncias. Eu não as ressinto nem resisto. Se é algo que não pode ser mudado, então assumo que Deus tem um propósito para isso, e eu aceito.” Isso é mansidão diante de Deus.

Agora queremos mudar de direção e falar sobre como a mansidão afeta nossos relacionamentos com os outros.

Uma referência bíblica que usei ao examinar esse assunto de mansidão disse que:

“A mansidão é demonstrada para com o próximo que nos maltrata, nos insulta, nos trata com injustiça, no sentido de que aquele que está sendo ferido suporta pacientemente, sem nenhum espírito de retaliação às provocações que lhe são impostas.”

É impossível viver neste mundo sem passar por provocações. É um fato da vida.

A pergunta não é: As outras pessoas te provocam? As outras pessoas entram na sua frente? As outras pessoas atrapalham seu caminho? As outras pessoas te fazem coisas erradas?

A pergunta é: Como você responde?

A mansidão capacita os filhos de Deus que estão sendo injustiçados a responder com um espírito de mansidão, por Cristo viver neles.  Capacita a suportar a injustiça pacientemente e sem nenhum espírito de retaliação diante dessas provocações.

Tenho citado ao longo desta série um livro de um velho amigo meu, Matthew Henry. Estou ansiosa para encontrá-lo quando chegar ao céu. Ele era um pastor puritano e comentarista. Ele escreveu este livro fabuloso que minha amiga Kim Wagner diz que é um dos melhores livros que já leu. Eu diria que é um dos melhores que eu já li. Chama-se A Busca pela Mansidão e Tranquilidade de Espírito, e estou seguindo algumas de suas ideias nesta série. Estou tentando trazer a nós uma compreensão do que é a mansidão.

A mansidão, segundo Matthew Henry, lida com e se relaciona com nossos sentimentos de raiva. Mansidão tem a ver com como lidamos com esses sentimentos de raiva. Ele diz que “não erradica totalmente a raiva porque às vezes há ocasiões justificadas pela Bíblia para a ira, mas a função da mansidão é direcionar e controlar nossa raiva para que possamos sentir raiva e não pecar, como nos diz em Efésios, capítulo 4.” Efésios 4:26: “Quando vocês ficarem irados, não pequem.”

Então, é a mansidão que coloca uma rédea em nossa raiva e nos ajuda a ficar com raiva de maneiras apropriadas sem que isso se torne pecado.

Henry aponta em seu livro que “a mansidão nos capacita a governar ou controlar nossa raiva quando somos provocados por outros.” Nesse sentido, a mansidão é como uma rédea.

Como isso funciona?

Um espírito de mansidão nos faz parar e pensar antes de reagir.

Agora, o problema com muitas de nós, e certamente eu sou assim, é que tendemos a reagir antes de parar e pensar. É aí que nos metemos em encrenca. É aí que machucamos e ferimos tantas pessoas e tantos relacionamentos, mas a mansidão nos faz parar e pensar antes de reagir. Ela nos desacelera.

Matthew Henry diz:

“Deixe a mansidão ficar de sentinela [deixe-a ser uma guarda sobre seu coração e sua língua em suas respostas], e quando uma provocação aparecer, [quando somos provocados], examinemos com quem estamos prestes a ficar com raiva e por quê. Quais são os méritos da causa… quais são as consequências prováveis de nossos ressentimentos e que mal há em sufocarmos esses ressentimentos e não os deixarmos avançar?”

Ele está dizendo que a mansidão fica como uma sentinela. Antes de você deixar tudo sair, antes de você explodir, antes de você dizer as palavras para seu marido ou seus filhos: “Por que você…? Por que não pode…? Eu não posso acreditar que você…!” Antes de qualquer coisa do tipo sair, você para e pensa: “Com quem estou falando? Este é meu marido. Ele não é meu inimigo. Este é meu filho que Deus me deu. Eu amo esse filho,” ou “Esta é uma pessoa que foi criada à imagem de Deus.” Você pára e pensa, “Com quem estou prestes a falar?” E também pensa, “O que essa pessoa fez?”

Agora, no calor do momento, o que eles fizeram pode parecer totalmente intolerável. Mas muitas vezes, se apenas pararmos e pensarmos e colocarmos as coisas em perspectiva, percebemos: Sabe, realmente não é tudo isso. Vale a pena eu perder minha alegria, minha paz e meu relacionamento com essa pessoa para dizer a ela que estou chateada porque ela sujou o chão da minha cozinha?

Ou seja, vale a pena?

  • Vale a pena se exaltar?
  • Vale a pena soltar palavras que ferem o coração daquela criança ou daquela amiga só para desabafar minha raiva ou minha reação naquele momento?
  • Qual é o dano causado por eu deixar essas palavras atingirem o coração daquela pessoa como flechas? Quanto dano eu poderia causar?
  • Faria mal se eu não dissesse o que estou pensando, se apenas suprimisse?

Há equilíbrio em tudo isso porque há coisas que sufocamos que precisaríamos dizer, e há coisas que dizemos que deveríamos sufocar. O discernimento e o controle do Espírito nos ajudam a distinguir. Há algumas coisas que deveríamos estar dizendo, que não estamos, e há algumas coisas que não deveríamos estar dizendo, que estamos. É aí que precisamos da mansidão que nos faz parar e pensar.

Matthew Henry continua dizendo que:

“O trabalho da mansidão é acalmar o espírito para que a paz interior não seja perturbada por nenhuma provocação externa.”

Posso afirmar que a maioria de nós é reativa. Talvez eu esteja falando apenas da minha experiência aqui. Se você me cutuca, eu pulo! Temos reações e reflexos muito rápidos. É como o médico te dando uma batida com o martelinho no joelho e sua perna levanta. É mais ou menos assim que vivemos a vida. Alguém nos cutuca, nós reagimos.

Ele diz que a mansidão coloca uma tampa nisso. Colocamos uma rédea, e percebemos que nossa paz interior não precisa ser perturbada por essas provocações externas. Há um lugar onde Cristo habita dentro de nós onde podemos estar livres de sermos perturbadas por essas coisas que outras pessoas fazem.

Henry continua, dizendo:

“Não deixe seu desagrado pelas injustiças de outro acelerar sua alma. A mansidão é a graça que preserva um homem no controle de si mesmo.”

É isso que te mantém no controle, sob o controle do Espírito Santo de Deus.

Quando alguém perturba sua paz, faz algo que te irrita, que te incomoda, você reage. Você diz o que está pensando. Você explode. Somos mais cuidadosas, porém, com os convidados e com os amigos que não conhecemos tão bem. Somos menos graciosas com as pessoas que conhecemos bem. Relaxamos.

Muitas vezes explodimos com aqueles que vivem em nossos lares. Dizemos certas coisas e acabamos sendo controladas pelo comportamento das outras pessoas em vez de deixar o Espírito Santo controlar nossas respostas, pensando: “Não sei se ele quis dizer isso ou não – ele provavelmente não quis – mas mesmo que ele tenha, não vou deixar isso arruinar meu dia. Não vou deixar isso me transformar em uma pessoa rabugenta. Não vou deixar isso perturbar minha paz.”

A mansidão nos faz parar e pensar antes de reagir.

Em seguida, Matthew Henry aponta que, “A mansidão domará a língua e manterá a boca como com uma rédea quando o coração estiver fervendo.” Quando nosso coração está inflamado dentro de nós, e isso não significa que estamos espiritualmente fervorosas, significa que estamos com raiva, a mansidão serve como uma rédea para manter nossa língua e nossa boca longe do pecado, de deixar algo escapar em uma ou outra situação.

Ele diz, “Mesmo quando somos chamados a repreender outros com rigor” – e às vezes somos chamadas a fazer isso. Veremos isso mais tarde nesta série. Mesmo quando somos chamadas a repreender alguém por fazer algo errado, “ainda assim a mansidão proíbe toda a fúria e indecência de linguagem, e tudo o que soa como gritaria e maledicência.”

Às vezes precisamos falar em determinadas situações. Às vezes você precisa dizer ao seu filho: “Isso é um comportamento inaceitável. Isso é errado.” Pode ser apropriado às vezes falar uma verdade assim na vida do seu parceiro. Mas ele está dizendo que quando você fala a verdade, como é chamada a fazer pelo Senhor, a mansidão te ajudará a fazer isso sem um coração zangado e sem dizer coisas degradantes, sem discurso indecente, sem palavras profanas, sem coisas pelas quais você certamente se arrependerá depois.

A mansidão te ajuda a parar e pensar antes que algo saia e ela te impede de começar a gritar e ser maldizente quando provocada.

Ele diz que:

“A mansidão é para a língua como o leme é para o navio, não para silenciá-la, mas para guiá-la, dirigi-la sabiamente, especialmente quando o vento está alto.”

Quando somos provocadas, a mansidão nos ajuda a lembrar que nós também somos pecadoras e precisamos da misericórdia de Deus. É por isso que a mansidão e a humildade andam de mãos dadas. O coração humilde é um coração manso; o coração manso é um coração humilde. 

Quando estamos sendo provocadas, estamos muito mais inclinadas a estar conscientes dos pecados dos outros do que dos nossos. Na verdade, essa é a natureza humana.

Você não está mais consciente das falhas de seu marido, de seus filhos, de seus colegas de trabalho, de seus pais, de seu pastor do que de suas próprias? Tendemos a ver as falhas uns dos outros por um microscópio e as nossas através de um telescópio, certo? A mansidão nos faz perceber que nós também somos pecadoras e que precisamos desesperadamente da misericórdia divina.

Um livro de referência bíblica diz que, “Aquele que é verdadeiramente manso se reconhecerá pecador entre pecadores.”

Perceba que é mais difícil explodir, maldizer e ficar zangada em nosso discurso em relação a outros pecadores se pararmos e lembrarmos que também somos pecadoras.

“Aquele que é verdadeiramente manso se reconhecerá como pecador entre outros pecadores, e esse conhecimento de seu próprio pecado o ensinará a suportar pacificamente as provocações com as quais podem provocá-lo.”

É mais fácil responder com compaixão, ternura e gentileza a uma pessoa se percebermos que ela não é a única pecadora na sala. Eu posso não ter pecado nesta situação, mas sou uma pecadora que precisa desesperadamente da graça, da misericórdia e do perdão de Deus todos os dias da minha vida.

Na verdade, no livro: A Busca pela Mansidão e Quietude do Espírito, Matthew Henry nos desafia a pensar sobre isso. Ele diz: “Pense então, se Deus ficasse tão irritado comigo por cada provocação quanto eu fico com aqueles ao meu redor, o que seria de mim?” Algo para se pensar, não é mesmo?

“Se Deus ficasse irritado comigo por cada provocação [cada vez que eu pecasse contra Ele, cada vez que O provocasse] tanto quanto eu fico com aqueles ao meu redor, o que aconteceria comigo? Temos necessidade de que os outros tenham paciência conosco. Por que então não podemos ter paciência com eles?”

É a mansidão de espírito que nos permite pensar dessa maneira. É a mansidão de espírito que nos permite ver a mão de Deus na provocação e ver que aquele que nos provoca é instrumento nas mãos de Deus. Veja, pensamos que estamos com raiva da pessoa que nos provoca, mas não estamos percebendo que essa pessoa é um instrumento nas mãos de Deus para moldar e santificar minha vida. Se estou com raiva, estou realmente com raiva de quem está segurando o instrumento – que é Deus. É a mansidão que me faz pensar nisso.

Matthew Henry diz:

“Os insultos dos homens são repreensões de Deus, e quem quer que seja que me ofenda, devo ver e declarar que através deles meu Pai me corrige.”

Deus está tentando lidar com minha vida. É por isso que seus filhos são o “esmeril” de Deus. Você diz: “Olha, é um esmeril de alta qualidade que Ele tem usado aqui!” Sabe o que isso significa? Significa que há rebarbas mais afiadas, mais ásperas que precisam desse alto grau de esmeril. Deus sabe exatamente do que precisamos em nossa vida, e Ele usa aquelas pessoas que nos ofendem, que nos ferem, que nos desafiam, que ficam na nossa cara, que nos irritam. Deus usa essas pessoas, ou Ele quer usar, para nos moldar e nos corrigir.

Um comentarista disse: “A mansidão para com as pessoas más significa saber que Deus está permitindo as dores que elas nos causam; que Ele as está usando para purificar Seus eleitos e que nos libertará em Seu tempo.” O que isso significa? Se você é filha de Deus, pode saber que Deus está usando até mesmo pessoas más, e que Deus está permitindo suas feridas. Ele está permitindo que eles causem essas feridas, e Ele os usa para purificar os cristãos. No tempo de Deus, Ele nos livrará dessa aflição.

Precisamos ser lembradas de que qualquer provocação pode ser usada por Deus para nosso bem se estivermos dispostas a recebê-la e aprender com ela. Deus pode transformar isso para o bem; Ele pode usar isso para o bem em nossas vidas. Citando Matthew Henry:

“É bem possível que possamos ser iluminados ou humilhados ou reformados, que possamos nos aproximar de Deus ou sermos “desmamados” do mundo, possamos ser abastecidos com recursos para o arrependimento ou oração ou louvor pelas injúrias que nos são feitas. E podemos avançar muito mais em nosso caminho para o céu através do que foi destinado originalmente como um insulto ou uma provocação.”

Alguém pretendia te provocar. Eles fizeram isso de propósito. Se o recebermos da mão de Deus, Deus pode usar isso para nos adiantar em nosso caminho para o céu, para nos preparar para o céu, para nos moldar na imagem de Cristo.

  • Como você responde quando provocada por outros?
  • Como você responde quando eles te entendem mal? Quando alguém te critica injustamente?
  • Como você responde quando alguém insulta ou entende mal seu filho ou seu cônjuge? (Talvez um professor na escola ou outro pai e você sabe que, no caso, não foi seu filho que fez isso ou aquilo.)

A provocação pode ter sido intencional ou não, mas como você responde? Você rapidamente diz palavras de raiva, irritação ou frustração? Você se defende rapidamente com: “Bem, você deveria ver o que seu filho fez. Seu filho também não é nenhum anjo.”

Talvez você apenas pense nessas coisas. Lembre-se, a mansidão é em primeiro lugar uma questão do coração, e depois se manifesta em nossas palavras e em nossas ações.

  • Como você responde quando seus planos são arruinados pela insensibilidade de alguém? (A falta de planejamento deles arruinou seus planos.)
  • Como você responde quando sua autoridade é desafiada?

 

  • Como você responde quando um subordinado ou funcionário não faz o que deveria? Ou quando são incompetentes?

 

  • Como você responde quando, como uma mulher que escreveu recentemente para nós em Aviva Nossos Corações, seu marido esquece o seu aniversário? Ela estava sentindo um pouco de autopiedade por isso, mas se aconselhou com um espírito de mansidão, lembrou-se do quanto ele é um homem ótimo, o quanto ele a ama, quantos anos já passaram juntos, e ela tomou a decisão consciente: “Não vou fazer disso um campo de batalha.”

 

  • Como você responde quando sua filha de catorze anos lembra às 10 da noite que ela precisa levar alguma coisa para a festinha na escola amanhã, e você não tem ingredientes em casa e terá que ir ao supermercado àquela hora. Como você responde?

“Se você tivesse pensado antes… se você tivesse planejado…” Talvez você precise orientar seus filhos sobre como pensar e planejar. A questão não é: “Este é um momento para instruir?” A questão é: “Qual é o seu espírito ao fazer isso?” É porque seus planos foram arruinados, sua noite foi arruinada? Você estava pronta para ir à cama. Você não tinha a intenção de fazer bolo naquela noite, e você poderia ter feito isso à tarde. Você ficaria feliz em fazer isso se… Você vê o espírito ali? Alguém além de mim já reagiu assim?

  • Como você responde quando seu chefe te corrige por um erro que outra pessoa cometeu? Você sente que precisa apontar isso, que precisa se defender?
  • Como você responde quando outra pessoa recebe crédito por uma grande ideia que você teve?
  • Como você responde quando alguém comete um erro que lhe custa caro.

Tenho uma amiga querida lidando com uma situação de casa agora, uma situação muito custosa. Eles investiram muito dinheiro, e provavelmente vão perder cerca de quinhentos mil reais porque a empresa que eles contrataram para reformar a cada deles abriu falência após ser contratada para a reforma. Obviamente, toda a família deles foi afetada por isso. Foi um grande golpe. Ainda não acabou. Eu não sei como vai terminar, mas tenho observado o espírito de mansidão deles em responder.

A casa está construída, mas eles não podem entrar lá. Fomos até essa casa e oramos sobre a situação, e ouvi essa amiga dizer aos seus filhos: “Precisamos agradecer ao Senhor por termos uma casa na qual moramos agora. Temos um teto sobre nossas cabeças, e se Deus nunca nos der esta casa, está tudo bem.” Que fique claro que não estão sendo passivos sobre isso, mas estão sendo mansos em seu espírito em relação a essa provocação, esse insulto, essa lesão.

  • Como você responde quando alguém te corta no trânsito? Raiva no trânsito.
  • Ou a pessoa na fila expressa do supermercado que tem trinta e sete itens em seu carrinho. Como você responde? Êita!

Podemos responder suspirando, revirando os olhos. Sabemos como reagir de forma não mansa. A maioria de nós é bastante experiente nisso, mas e quanto à resposta mansa?

  • Como você responde quando alguém se aproveita de você, te engana financeiramente?
  • Como você responde quando não recebe um aumento que sente que merece?
  • Como você responde quando uma autoridade toma uma decisão que você considera ruim ou imprudente, e isso afeta você e sua família?
  • Como você responde quando alguém toma uma decisão que afeta você e nunca pede sua opinião; nunca consulta você sobre isso?
  • Como você responde quando alguém pega emprestado algo seu e devolve quebrado?

Quero que você peça ao Senhor para revelar, “Que tipo de resposta eu tenho? Minha resposta é mansa? Ou minha resposta é irritada? Estou recebendo essas provocações que outros trazem para minha vida como sendo da mão do Senhor para o meu bem e para Sua glória? Ou estou reagindo de forma ressentida ou com raiva? Há mansidão em meu espírito?”

Raquel: Da próxima vez que alguém te irritar, e isso pode acontecer antes do final deste dia, espero que você lembre desta mensagem de Nancy DeMoss Wolgemuth que faz parte de uma série chamada, “A Beleza da Mansidão”.

Nancy recentemente conversou com uma ouvinte do Aviva Nossos Corações que tem aprendido a exibir a beleza da mansidão.

Mulher: Vivíamos e ministrávamos na área central da cidade, no coração da cidade, com mulheres que cresceram em lares sem pai, com mães solteiras. A maioria de nós é latina ou afrodescendente. Crescemos em lugares muito difíceis, então fomos ensinadas a ser fortes e independentes e a tomar a frente.

Ouvir uma mensagem de que Deus quer que sejamos “brandas”, “conduzíveis”, e “receptivas”. Permitir que um homem nos guie e nos proteja foi difícil porque não era algo com que estávamos acostumadas.

Na nossa igreja, falamos muito sobre dar honra aos homens na igreja e permitir que eles assumam o papel que Deus lhes deu – permitir que liderem, não tirar isso deles.

Muitas mulheres em nosso ministério pegaram isso e aplicaram em seus casamentos, em seus lares, e até mesmo com seus filhos – suas filhas. Isso realmente mudou a cultura de nossa igreja.

Nancy: Fiquei muito encorajada ao ouvir como Deus estava ensinando a essa esposa a beleza e o poder da mansidão.

Raquel: O livreto da Nancy “Uma bondade mais profunda” nos ajuda a viver de forma sábia em um mundo onde todos têm uma opinião forte sobre todos os assuntos. Nancy nos lembra como podemos mostrar a bondade de Cristo aos outros. 

Estamos ouvindo de muitas ouvintes como Deus está usando este livreto para encorajar seus corações e desafiar seus pensamentos. Gostaríamos de enviar o PDF deste livreto para você como nossa forma de dizer “obrigada” quando fizer uma contribuição de qualquer valor. Acesse o nosso site para informações bancárias e a chave de PIX. Após efetuar sua doação, envie uma mensagem com a cópia do comprovante para contato@avivanossoscoracoes.com e solicite o seu livreto.

Pense sobre isso: Você exibe mansidão enquanto está online? Seja enviando e-mails, ou postando um comentário no Instagram, Twitter, Facebook? Sempre podemos fazer isso com uma maior medida de mansidão. O próximo programa abordará essa questão. Ouça esta discussão prática sobre mansidão, no próximo episódio no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.