Raquel Anderson: Deus chamou o Aviva Nossos Corações para espalhar a verdade que pode libertar mulheres, e cabe a Ele distribuir essa mensagem da maneira que Ele quiser. Às vezes, Ele usa as redes sociais.
Mulher: Sou da Uganda, África Oriental. Estou trabalhando no Líbano. Encontrei suas mensagens no YouTube. Pela primeira vez, vejo alguém ensinando sobre amar o Senhor, mergulhando na Palavra. Eu amo o ensino. Isso me leva de volta aos meus primeiros dias de salvação, amando o Senhor pelo que Ele é e não apenas pelas coisas que Ele provê. Obrigada, obrigada, obrigada. Eu sou tão abençoada.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Uau. Que dias incríveis em que vivemos, quando podemos preparar podcasts em Michigan nos Estados Unidos e saber que estão sendo descobertos por mulheres na Uganda, no Líbano e em todas as outras partes do mundo.
Estou muito grata que essa mulher tenha encontrado o Aviva Nossos Corações em inglês, mas estamos nos tornando ainda mais intencionais em compartilhar a verdade de Deus com mulheres em outras nações pelo mundo afora. Nosso time identificou diversos materiais, recursos e programas de rádio que compartilham o coração do Aviva Nossos Corações, nosso conteúdo principal. E estamos desenvolvendo uma estrutura digital para tornar muito mais fácil para mulheres em outros países traduzir esse material e compartilhá-lo em suas comunidades.
Atualmente, nossa transmissão diária e muitos de nossos recursos já estão disponíveis em espanhol e português, e estamos trabalhando no desenvolvimento de parte desse conteúdo principal em francês, japonês, italiano, alemão, turco e farsi, linguagem usada no mundo persa. Também estamos preparando o terreno para que esse conteúdo principal seja traduzido para mandarim, russo, árabe e outros idiomas.
E estamos descobrindo que, até nos lugares considerados mais difíceis do mundo, mulheres são muito receptivas a essa mensagem. Ensiná-las sobre seu valor como mulheres e uma perspectiva bíblica sobre a feminilidade é uma porta que abre seus corações para ouvir o evangelho de Jesus Cristo.
Conseguimos avançar nesse projeto de traduzir nosso conteúdo principal para diversos idiomas graças aos ouvintes que contribuem para tornar o Aviva Nossos Corações possível.
Raquel: Ore ao Senhor e peça que Ele te dê entendimento se este é o momento em que você poderia se envolver financeiramente com o Aviva Nossos Corações através de uma doação única de qualquer valor ou de um comprometimento em investir nesse ministério mensalmente. Para obter mais informações em como fazer a sua doação, acesse o nosso site www.avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Doações”.
Nancy: Obrigada por ser uma parte tão importante deste ministério enquanto compartilhamos a maravilha e o evangelho de Jesus Cristo com mulheres de todas as tribos, línguas e nações. Somos muito gratos pela sua parceria.
Raquel: Este é o programa Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes Adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.
Fevereiro é o “mês dos relacionamentos“, e queremos fazer tudo o que podemos para ajudar você a ter relacionamentos saudáveis. Há pouco tempo atrás, um grupo de mulheres veio até nossa sede no Michigan para fazer parte de nossa plateia no estúdio. Nancy ministrou a série que você ouvirá esta semana. Chama-se “Encorajando uns aos outros.”
Nancy: Em algum momento aqui no Aviva Nossos Corações, gostaria muito de fazer uma série completa, um estudo sobre alguns dos “uns aos outros” das Escrituras. Existem muitos deles, pelo menos trinta e dois diferentes “uns aos outros” que nos dizem como devemos atuar juntos como povo de Deus, como Corpo de Cristo.
Por exemplo:
- Vivam em paz uns com os outros (Marcos 9:50).
- Dediquem-se uns aos outros (Romanos 12:10).
- Honrem uns aos outros mais do que a si próprios (Romanos 12:10).
- Vivam em harmonia uns com os outros (Romanos 12:16).
- Aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou (Romanos 15:7).
- Sirvam uns aos outros (Gálatas 5:13).
- Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros (Efésios 4:32).
- Sujeitem-se uns aos outros (Efésios 5:21).
Será que você consegue adivinhar qual é o “uns aos outros” repetido com maior frequência nas Escrituras? Pelo menos quatorze vezes no Novo Testamento. Amar uns aos outros. Em 1 João, você o vê várias vezes. João 13:34 diz: “Amem-se uns aos outros”.
Você entende a ideia à medida que junta todos esses, e é verdade, realmente precisamos uns dos outros. Precisamos um do outro. O cristianismo, seguir a Cristo, não é um exercício solo. Não é um esporte solo. Não é algo que fazemos por conta própria. Fazemos em união e comunhão com Cristo mesmo, Cristo vivendo em nós, nossa esperança de glória. Mas também fazemos em união e comunhão uns com os outros. Somos um Corpo—muitos membros—um Corpo. Então, temos que cuidar uns dos outros, apreciar uns aos outros, perdoar uns aos outros porque erramos uns com os outros.
Esses “uns aos outros” das Escrituras são tão importantes, mas quero focar nos próximos dias em um “uns aos outros” específico das Escrituras. Ele é encontrado algumas vezes. Vamos olhar para alguns desses versículos, mas vou começar em Hebreus capítulo 3, versículo 13, que diz: “Encorajem-se uns aos outros”.
Agora, algumas de suas traduções podem dizer: “exortem-se uns aos outros”. Vamos ver que essa palavra, usada no grego muitas vezes no Novo Testamento, às vezes é traduzida como “encorajar”, às vezes como “exortar”, às vezes como “consolar”.
Vamos analisar essa palavra com mais detalhes, mas ela abrange tudo isso e mais. Encorajar uns aos outros. Exortar uns aos outros. Consolar uns aos outros.
Vamos olhar para: O que significa encorajar uns aos outros? Por que é tão importante? Que diferença faz se fizermos isso? Como fazemos isso? Como vivemos esse “uns aos outros” das Escrituras?
Encorajar uns aos outros é sobre fazer elogios às pessoas, dizer coisas agradáveis a elas, tentar fazê-las se sentir melhor consigo mesmas? Bem, como você vai ver, essa palavra engloba muito mais do que isso.
Esse ministério de encorajamento, eu acredito que seja um dos ministérios mais necessários na igreja hoje, e é um daqueles para a qual muitas pessoas nunca se inscrevem. Espero que com esta série muito mais pessoas se inscrevam no ministério de encorajamento, porque é algo que todas nós deveríamos fazer.
Encorajamento … É uma forma de dar e receber coragem uns dos outros — encorajar. É dar esperança, confiança e conforto no Senhor. Vamos falar distintamente sobre encorajamento bíblico. Como é isso? O que significa?
Agora, encorajamento para nossas almas é como oxigênio para nossos cérebros. É oxigênio. Encorajadores são pessoas que dão energia. E eu diria, por outro lado, que desencorajadores sugam a energia de um grupo, de um lar, da igreja. Eles são pessoas que drenam energia.
Algumas de vocês são esposas de pastores. Já viram alguns desencorajadores em sua igreja. Veem o que isso faz com seu marido, o que faz com os líderes da igreja, o que faz com toda a família da igreja?
Algumas de vocês têm um desencorajador em sua família — pode ser um filho ou uma pessoa na família estendida — e é debilitante, não é? Isso arrasta para baixo todo o ambiente, toda a atmosfera.
Mas quando você vê um encorajador — eles infundem graça, esperança, vida e conforto na atmosfera ao seu redor.
Agora, você pode conhecer alguém que parece muito otimista e esperançoso, e você pensa: Bem, eles não precisam de encorajamento. Todos precisam de encorajamento. Até mesmo o apóstolo Paulo, o grande apóstolo Paulo que fundou todas aquelas igrejas, que escreveu todos aqueles livros da Bíblia, que teve todas aquelas revelações de Deus, ele precisava de encorajamento humano.
Lembra-se do início de sua vida cristã — você lê sobre isso em Atos capítulo 4 — como ele estava enfrentando algumas pessoas que não podiam acreditar que ele realmente havia se convertido, e os cristãos estavam em dúvida. Estavam olhando para ele com ceticismo, e diziam: “O testemunho dele é real? Este é aquele que perseguiu os cristãos.”
Deus enviou um homem para junto dele — lembra qual era o nome dele? Barnabé — para se juntar a Paulo e encorajá-lo e encorajar outros sobre Paulo. Na verdade, Barnabé foi chamado de “O Filho do Encorajamento”. Esse é o nome que lhe foi dado.
Como você gostaria que as pessoas pensassem em você? Como “A Filha do Encorajamento, Uma Mulher do Encorajamento”? Não seria uma maneira incrível de ser conhecida? Conheci algumas pessoas assim. Ao preparar nesta série percebi que quero me tornar uma mulher assim, uma mulher de encorajamento.
Ao longo de sua vida e ministério, o apóstolo Paulo encontrou encorajamento, encontrou conforto em relacionamentos e amizades piedosas, em parcerias com servos do Senhor de mente semelhante. Eles se reuniram em torno de um objetivo comum, uma missão comum, um chamado comum.
Perto do final de sua carta aos Colossenses, Paulo envia saudações a um punhado de amigos queridos, incluindo estes três: Aristarco, a quem ele chamou de “meu companheiro de prisão;” João Marcos, a quem você se lembra que era aquele que anteriormente havia desertado Paulo em sua primeira viagem missionária, e ele envia saudações de João Marcos, um de seus amigos próximos neste momento; e então um homem que era conhecido pelo nome de Justo.
Ele diz em Colossenses 4, versículo 11: “Esses [esses três] são os únicos da circuncisão que são os meus cooperadores em favor do Reino de Deus. Eles têm sido uma fonte de ânimo para mim”. Há essa palavra. Algumas traduções dizem “um encorajamento para mim”.
João Marcos não havia sido um encorajamento no início, mas agora ele se tornara um encorajamento para Paulo. Ele precisava dessas pessoas ao seu redor.
Essa palavra “conforto” usada em Colossenses 4 é uma palavra um pouco diferente, mas é semelhante às outras vezes que lemos sobre conforto ou encorajamento. É a palavra que se parece com nossa palavra em inglês “paregórico”.
Você se lembra de paregórico? Há alguns de vocês são idosas o suficiente para se lembrarem. Entendo que voltou nos últimos anos, mas quando éramos crianças, este era um santo remédio. Era usado frequentemente para crianças que tivessem uma dor de estômago ou uma dor de garganta. É um remédio calmante. Ele acalma. Ele traz consolo. Ele ajuda irritações — um estômago irritado ou uma garganta irritada. Paregórico… você pode comprá-lo nas lojas hoje.
Isso é muito semelhante à palavra grega onde Paulo diz: “esses homens foram um conforto (um encorajamento) para mim (eles me acalmaram)”. Paulo tinha muitas coisas em sua vida que não o acalmavam — como ser apedrejado, naufragado, com fome, rejeitado e várias lutas diferentes. Mas ele disse que esses homens eram paregóricos para ele. Eles acalmavam seu estômago, coração ou sua mente agitada. Eles eram um encorajamento para ele.
Paulo muitas vezes se sentia sozinho no trabalho, e ele precisava de outros cristãos de mente semelhante para encorajá-lo. Em 1 Tessalonicenses capítulo 3, Paulo diz:
“Agora, porém, Timóteo acaba de chegar da parte de vocês, dando-nos boas notícias a respeito da fé e do amor que vocês têm. Ele nos falou que vocês sempre guardam boas recordações de nós, desejando ver-nos, assim como nós queremos vê-los. Por isso, irmãos, em toda a nossa necessidade e tribulação ficamos animados quando soubemos da sua fé.” (versos 6–7)
Aqui está Paulo enfrentando umas situações difíceis, mas ele recebeu notícias, ele recebeu esse relatório de Timóteo — falaremos mais sobre isso mais tarde nesta série — e ele diz: “Fomos confortados, fomos encorajados por causa de sua fé”.
Escute, você pode suportar circunstâncias angustiantes se tiver algumas pessoas ao seu redor que são encorajadoras, que trazem graça, que infundem coragem e fé e esperança em seu coração.
Veja 2 Timóteo, capítulo 4. Novamente, Paulo precisando desses encorajadores, diz a Timóteo: “ Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério.” (versos 9–11)
Você pensa no apóstolo Paulo como alguém que não precisava de outras pessoas. Quero dizer, ele é o grande pregador. Ele é o grande apóstolo. Deus lhe diz tudo o que ele precisa saber. Mas aqui está um homem que diz: “Preciso das minhas pessoas. Preciso de encorajadores. Tive algumas pessoas em minha vida — Demas foi um encorajador em um momento, mas ele decidiu que amava mais este mundo do que amava o reino eterno de Deus, então ele fugiu. Ele nos desertou. Essas outras pessoas se foram. Foram chamadas para outras tarefas. Apenas Lucas está comigo. Lucas é um amigo precioso, mas preciso de mais. Preciso de alguns encorajadores em minha vida”.
Paulo diz em Filipenses capítulo 2, versículo 19, “Espero no Senhor Jesus enviar-lhes Timóteo brevemente…” Timóteo é um nome recorrente entre os encorajadores de Paulo. Ele vinha até Paulo e o encorajava, e então Paulo o enviava para encorajar outros. Então Paulo diz, “Espero no Senhor Jesus enviar-lhes Timóteo brevemente, para que eu também me sinta animado quando receber notícias de vocês” (verso 19).
Então, todo mundo precisa de encorajamento. Você precisa. Eu preciso. Todas nós precisamos. Mas aqui está um segundo ponto: Todo mundo precisa ser um encorajador. Todas nós precisamos ser encorajadas e todas nós precisamos ser encorajadoras. Esta não é uma forma opcional de ministério.
Quero destacar que Deus é um encorajador. Se vamos ser como Ele, se vamos ser conformados à imagem de Cristo, parte disso é que nos tornamos mais encorajadores. Deus é chamado, em Romanos capítulo 15, o Deus de encorajamento e consolação (veja o v. 4). Ele é o Deus de encorajamento e consolação. [pesquisei esse versículo na Bíblia e não usa esses termos exatamente, é mais implícito]
Então, quando encorajamos os outros, estamos sendo como Deus. Estamos nos aproximando deles em suas vidas e os encorajando assim como Deus nos encoraja. À medida que Ele ministra Sua graça e encorajamento para nós, nos tornamos canais, condutos, instrumentos de Seu encorajamento e graça na vida dos outros ao nosso redor.
Eu sei que ao falar sobre um assunto como este, é fácil se sentir… Talvez você seja mais introvertida, e talvez esteja passando por coisas realmente difíceis, e talvez não tenha muitos amigos, e é fácil sentir, “Sim, espero muito que alguém esteja ouvindo essa mensagem porque eu preciso de um encorajador em minha vida.”
Bem, deixe-me dizer a você: não espere que os outros a encorajem. Torne-se uma encorajadora. E o que vai, volta. Provérbios diz que se você regar os outros, você será regado também. Colhemos o que semeamos. À medida que encorajamos os outros — mesmo quando sentimos que precisamos ser encorajadas — receberemos em troca o encorajamento que demos aos outros.
Estou pensando em uma mulher que conheci há alguns anos. Seu marido foi infiel. Ele deixou o casamento. Ele havia sido muito ativo no ministério cristão em tempo integral, era bastante conhecido em seus círculos de ministério, e foi algo muito público. Foi algo muito difícil. Foi de cortar o coração. Não houve arrependimento por parte dele. Mas aqui está uma mulher que se recusou a se afundar na autopiedade, mesmo quando seu mundo estava desmoronando.
Em vez disso, ela se aproximou dos outros em necessidade em alguns de seus momentos mais sombrios e se tornou uma ministra da graça de Deus. E no processo, Deus a infundiu com graça, coragem, confiança no meio de um tempo realmente difícil.
Robert e eu estávamos conversando ontem à noite. Eu disse: “Quem você conhece que é um encorajador?” Tínhamos algumas das mesmas pessoas em mente. E Robert disse: “Não há ninguém mais encorajadora toda vez que você fala com ela do que Joni Eareckson Tada.”
E pense nela por mais de cinquenta anos agora como uma quadriplégica, presa naquela cadeira de rodas. Mas você se encontra com Joni, e ela vai te encorajar. Ela é alguém que teria mais motivos, mais do que a maioria de nós jamais terá, para se desencorajar, ser desanimada, reclamar e se queixar. Mas você não ouvirá isso de Joni.
Isso não significa que sua vida seja fácil. Às vezes eu acho que pensamos, Se eu começar a encorajar os outros, eles pensarão que estou indo bem. Bem, sabe de uma coisa? À medida que você começa a encorajar os outros, você pode descobrir que está indo bem — não que suas circunstâncias tenham desaparecido — mas que Deus lhe deu coragem e confiança no meio de um lugar difícil.
Ao pensar sobre toda essa questão do encorajamento, há uma imagem que me vem à mente. Você pensa em um dia frio de inverno quando sai para ligar seu carro, vira a chave, e o carro não liga. A bateria está descarregada.
De alguma forma… Agora, eu não entendo nada sobre carros ou baterias, então talvez eu não diga isso exatamente certo, mas aqui está como parece para mim. De alguma forma, a energia foi drenada dessa bateria. Ela está fraca. Ela não consegue dar partida no próprio motor. Ela precisa de encorajamento.
Então o que você faz? Você pega outro carro com uma bateria mais forte. Esses carros precisam estar bem próximos um do outro. E então você pega um par de cabos auxiliares — fico feliz que meu marido saiba como fazer isso porque, se eu tivesse que fazer, acho que não saberia, mas já vi acontecer — e você conecta a bateria mais forte à bateria mais fraca. E o que acontece? Aquela bateria morta ou fraca é infundida com força da outra bateria que se aproximou da bateria fraca, e a bateria fraca é rejuvenescida até ser capaz de funcionar por conta própria.
E o seu carro liga. Você usa esses cabos auxiliares para transferir força ou energia de uma bateria forte para uma bateria fraca. Eu expliquei isso direito, Querido?
Robert Wolgemuth: Perfeito.
Nancy: Tudo bem. Deixe-me perguntar isso: Você já se sentiu como aquela bateria descarregada? Claro que sim. Para algumas de vocês, talvez tenha sido quando tinham crianças pequenas ou um recém-nascido. Para outras, foi quando tinham adolescentes. Talvez tenha sido quando você tinha que trabalhar dois ou três empregos para que as contas batessem no final do mês. Pode ser que você estava passando por circunstâncias em que as pessoas falharam com você. Seja quais forem as circunstâncias, você se sentiu como aquela bateria descarregada. Eu me senti assim MUITAS vezes.
No curso da vida cotidiana neste mundo pecaminoso, ficamos esgotadas. Ficamos desgastadas. Nossa bateria fica sem energia. Certo? Nos tornamos o que as Escrituras chamam de “desanimadas” — temerosas. Nosso coração fica fraco. Não conseguimos continuar.
O que precisamos? Precisamos de encorajamento. Precisamos nos conectar com os outros, chegar perto de outros que possam nos infundir coragem, com a graça que eles recebem do Senhor — força renovada para nos ajudar a seguir em frente. Eles se aproximam de nós. Eles nos encorajam. Eles nos dão força, ajuda, assistência, inspiração, graça para continuar. Eles nos abastecem. Eles nos rejuvenescem.
E não é a pessoa que está fazendo isso. É a graça de Deus por meio dessa pessoa que entra em nós enquanto eles se aproximam de nós e dizem: “Deixe-me chegar perto e ajudar a encorajar”.
Agora, mencionei essa família de palavras do Novo Testamento para encorajamento. Existem três palavras gregas frequentemente usadas que são muito semelhantes entre si. São palavras compostas, e todas começam com as letras “p-a-r-a” — para. Significa “vir ao lado”. É como aqueles cabos auxiliares. Aquele carro com a bateria forte se aproxima do carro com a bateria fraca.
E então essas três palavras gregas — duas são substantivos, uma é um verbo — são usadas em diferentes formas de discurso, mas todas significam “encorajar, exortar, confortar, vir ao lado, vir em auxílio de alguém”.
O Senhor Jesus é chamado de “nosso Consolador, nosso Intercessor, nosso Advogado”. Esta é a mesma palavra sendo usada aqui. Ele disse aos Seus discípulos: “Quando eu for para o céu, vou enviar a vocês um Consolador. (Quem é o Consolador? É o Espírito Santo.) Ele vai se aproximar. Ele vai consolar vocês. Ele vai exortá-los. Ele vai encorajá-los.”
E o que Jesus faz por nós como nosso Intercessor, como nosso Advogado, o que o Espírito Santo faz ao nos consolar e encorajar, é o que devemos fazer uns pelos outros — consolar e exortar e encorajar, nos aproximarmos uns dos outros e fortalecer uns aos outros em nossos pontos fracos.
E, a propósito, a palavra grega que fala sobre o Espírito Santo sendo um Consolador corresponde a um nome hebraico no Antigo Testamento dado ao Messias. Então vemos Deus do Antigo Testamento, Deus do Novo Testamento sendo um encorajador, sendo um consolador. E é assim que devemos ministrar uns aos outros — nos aproximarmos uns dos outros.
Você vê ótimos exemplos disso em toda a Bíblia. Falando do apóstolo Paulo no Novo Testamento, diz que Paulo enviou Tíquico (um de seus companheiros encorajadores) para se aproximar dos cristãos de Colossos. “Eu o envio a vocês precisamente com o propósito de que saibam de tudo o que se passa conosco, e para que ele lhes fortaleça o coração.” (Col. 4:8). Para que ele possa se aproximar de vocês e dar um impulso em seus corações, dar um “up”, porque vocês estão fracos, e ele trará força para vocês.
Você lê no livro de Atos sobre como Priscila e Áquila se aproximaram de Apolo, que era um cristão fervoroso, mas era jovem na fé. Ele precisava de ajuda com sua doutrina, então eles o discipularam, e ele se tornou um grande evangelista. Eles se aproximaram e o encorajaram, exortaram.
Você lê no Antigo Testamento — lembra como Moisés estava naquela batalha contra os amalequitas em Êxodo capítulo 17? A batalha estava se arrastando, e estava difícil. Moisés estava levantando suas mãos para que Josué pudesse lutar a batalha lá embaixo. Mas ele ficou cansado. Ele era um homem mais velho, e dois homens — quais eram os nomes deles? Arão e Hur se aproximaram de Moisés — literalmente — e seguraram suas mãos para que ele pudesse continuar nessa batalha de oração em que estava envolvido. Eles se aproximaram para encorajá-lo.
Jônatas, que era filho do rei Saul no Antigo Testamento, se aproximou de Davi. Jônatas deveria ter sido o herdeiro do trono, como os humanos entenderiam, mas Deus disse: “Não. Vai ser Davi.” Jônatas entendeu isso. Saul não entendeu. Então Saul estava tentando destruir Davi. E Jônatas, filho de Saul, se aproximou de Davi para encorajá-lo.
Amo este trecho em 1 Samuel capítulo 23. Deixe-me ler um pouco de contexto aqui.
“Davi permaneceu nas fortalezas do deserto e nas colinas do deserto de Zife. Dia após dia, Saul o procurava [Davi está fugindo por sua vida], mas Deus não entregou Davi em suas mãos. Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo. E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus.” (versos 14–16)
Algumas traduções dizem que ele “fortaleceu sua mão” — fortalecer, encorajar, infundir coragem e graça em alguém. Outra tradução diz que “Jônatas ajudou Davi a encontrar força” ou “o encorajou em sua fé” — o encorajou em Deus.
Como ele fez isso? Ele fez isso com palavras. Ele fez isso com sua presença. Ele foi um meio de encorajamento neste momento muito difícil em que Davi estava se sentindo ameaçado pelo rei Saul. E então Jônatas disse a Davi: “Não tenha medo”, disse ele, “meu pai não porá as mãos em você. Você será rei de Israel, e eu lhe serei o segundo em comando. Até meu pai sabe disso.” Então ele falou palavras encorajadoras. Ele deu a Davi uma visão para o seu futuro. Ele infundiu fé. “Os dois fizeram um acordo perante o Senhor. Então, Jônatas foi para casa, mas Davi ficou em Horesa” (versos 17–18)
As Escrituras dizem que Jônatas se aproximou de Davi — cabos auxiliares — e encorajou Davi em Deus.
Enquanto penso em Jônatas se aproximando de Davi, estou pensando em uma amiga cuja filha correu recentemente sua primeira maratona. A mãe foi acompanhar a rota da maratona — isso foi há apenas algumas semanas — e levou comida e refrescos e algumas coisas que sua filha poderia precisar no caminho. Em um ponto, ela percebeu que sua filha, que é uma coisinha pequena que nunca havia corrido uma maratona antes e nem mesmo tinha treinado muito para isso, ela olhou para a filha e soube que ela não ia conseguir.
Então minha amiga entrou na corrida faltando seis milhas e meia para o término. Minha amiga está em forma, mas ela não é uma corredora. Ela nunca havia corrido seis milhas e meia. Ela disse: “Eu só precisava me aproximar da minha filha.”
Ela estava entregando a ela, não sei o que você entrega para as pessoas quando estão desmaiando de tanto correr porque nunca estive lá — bananas ou o que quer que fosse — entregando algo para refrescá-la. Ela disse: “Eu precisava estar ao lado dela. Eu precisava encorajá-la.” E ela correu as últimas seis milhas e meia daquela corrida com a filha que chegou à linha de chegada.
Na verdade, vi uma foto quando terminaram. A menina que correu toda a corrida parecia que não tinha feito nada, e a mãe estava… o rosto dela estava totalmente vermelho. Ela disse que o médico disse: “Você está bem?” Ela precisava que alguém se aproximasse dela e infundisse força. Mas ela fortaleceu a filha para terminar a corrida.
É isso que Jônatas fez por Davi. Ele encorajou Davi no Senhor.
E aqui está mais uma coisa. Jônatas volta para casa, e Davi está agora sozinho. E você chega a 1 Samuel capítulo 30, um tempo depois, quando Davi está em um lugar difícil. O versículo 6 de 1 Samuel 30 diz: “Davi ficou profundamente angustiado, pois os homens falavam em apedrejá-lo; todos estavam amargurados por causa de seus filhos e suas filhas. Davi, porém, fortaleceu-se no Senhor, o seu Deus.”
Você vê, quando você fortalece alguém, seu objetivo não é fazê-los depender de você. Seu objetivo é fortalecê-los no Senhor, encorajá-los no Senhor, para que quando você não estiver lá na próxima vez, eles saibam como se fortalecer e se encorajar no Senhor.
Uma pergunta rápida: quem Deus colocou em sua vida? Eles estão desanimados na corrida. Eles estão lutando. Sua bateria está quase sem energia. Eles estão fracos. Eles não vão conseguir. Quem precisa que você se aproxime deles para encorajá-los e fortalecê-los no Senhor?
Oh, Senhor, mostre-nos nesta semana como fazer isso, para que possamos encorajar uns aos outros no Senhor? Eu oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: Esta foi Nancy DeMoss Wolgemuth em uma série chamada “Encorajando Uns aos Outros”.
Se você sente que precisa de encorajamento ou gostaria de encorajar outros, confira os desafios de 30 dias em nosso site, ReviveOurHearts.com. Enviaremos encorajamentos diários que o ajudarão a encorajar aqueles ao seu redor. Há o “Desafio de Encorajamento ao Marido por 30 Dias.” para as esposas e o desafio “Singular” para mulheres solteiras. Nossa esperança é que ao final de um mês, você tenha desenvolvido o hábito de ser um melhor encorajador. Novamente, você pode se inscrever para qualquer um desses desafios em ReviveOurHearts.com, ou nos ligue no 1-800-569-5959.
Amanhã Nancy continua nos ajudando a entender a importante tarefa de encorajar uns aos outros no Corpo de Cristo. Por favor, volte para Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
