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Encorajando uns aos Outros – Dia 4: Encorajando outros a correr a corrida

Publicadas: jul 19, 2024

Raquel Anderson: Você encoraja os outros através de suas palavras e ações… mas também pelo seu exemplo.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Quem será encorajado ao correr sua própria corrida, lembrando de como corremos a nossa?

Raquel: Este é o programa “Aviva Nossos Corações” com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de “Buscando a Deus“, na voz de Renata Santos. 

Esta semana, Nancy tem nos ensinado numa série chamada “Encorajando uns aos outros“. Ontem, ela explicou por que precisamos ser encorajadoras e gentis, mesmo (ou talvez especialmente!!) quando estamos postando nas redes sociais. Vamos ouvir enquanto ela retoma essa série.

Nancy: Quero te falar sobre uma mulher chamada Brenda; ela é um dos maiores exemplos de uma encorajadora que conheço. Brenda trabalha como treinadora em uma academia próxima e é uma das doçuras encorajadoras na minha vida!

Este é um campo onde realmente preciso de MUITO encorajamento! Tá certo que tudo (bem, quase tudo) que ela me faz fazer quando vou à academia (tento ir uma ou duas vezes por semana quando estou na cidade) é algo que eu poderia fazer sozinha em casa.

Ela não usa muitas máquinas — basicamente você está trabalhando com o próprio corpo — e você sabe o que tem que fazer. A principal razão pela qual vou à academia e pago para ela me ajudar com isso de resume em uma palavra, e é a palavra “encorajamento!” Brenda me ajuda a superar minha inércia. Eu detesto ir. Não anseio por isso, mas sempre me sinto bem melhor depois de ter ido. Ela me levanta e me faz ir. Ela me ajuda a superar meu cansaço, as dores musculares.

Tenho pensado em Brenda em relação a toda essa questão de encorajamento, e que imagem ela nos dá de como precisamos encorajar uns aos outros na vida cristã. Deixe-me te contar algumas das coisas que ela diz e faz que eu acho encorajadoras.

Primeiro, ela me disse que diz a alguns de seus clientes: “Se você entrar por essa porta, prometo que farei você fazer coisas que você não achava que podia fazer.” E ela faz isso! Estou fazendo coisas hoje que há um ano não conseguia nem pensar em fazer. Tipo, não quero que você entenda errado; não sou levantadora de peso ou um rato de academia, mas ela me força fazer coisas que eu achava difícil fazer. Ela também é muito boa em apontar o quanto avancei, e ainda tenho um longo caminho a percorrer! — deixe-me dizer isso.

Mas ela diz coisas como: “Sua forma está melhorando. Você está ficando mais forte. Você tem mais resistência.” Ela é uma encorajadora. Ela me ajuda a perseverar quando sinto impossível fazer mais três repetições do que estamos fazendo. Ela continua contando, e às vezes ela faz o exercício comigo.

“Um, dois, três…” Ela me diz quantas vamos fazer, e nas últimas três — ela não para — ela continua. Eu teria parado há muito tempo, mas enquanto ela ainda está contando, eu sigo em frente.

Ela muitas vezes me mostra como fazer isso ou aquilo; ela corrige minha forma. Ela diz: “Agora, se você fizer assim (e ela me mostra como é feito), então esses músculos terão mais exercício” — etc.

Às vezes ela me dá um “toca aqui” no final de um treino e diz: “Você fez um ótimo trabalho hoje!” Estou me sentindo tipo, “Vou morrer! Mas ela me incentiva dizendo que fiz um ótimo trabalho hoje!” Sou encorajada por Brenda!

Às vezes ela pergunta coisas como: “Como está sua alimentação?” Ela me ajuda a perceber o valor prático de passar por alguns desses movimentos. Você está pensando: Onde nessa vida terei que usar isso?

Ela diz: “Olha, se seu marido ou você cair, você vai precisar ser capaz de se levantar, e você pode estar…” Ela me mostra qual é o valor prático desses exercícios pelos quais estamos passando. “É por isso que você precisa disso, pode ser útil nessa ou naquela situação.”

Ela vai além daquela sessão na academia, faz outras perguntas e contribui com coisas que me encorajam em toda a área a fim de tornar meu corpo um templo do Espírito Santo e ter a força que preciso para fazer o que Deus me chamou para fazer.

Ela adapta o treino às minhas necessidades e habilidades. Na verdade, ela tem em um quadro branco na parede uma lista do grupo que vem antes de mim às quartas-feiras. Eles são chamados de “Guerreiros da Quarta-feira”. Acho que não vou participar da aula dos Guerreiros da Quarta-feira por um bom tempo. Ela lista tudo que precisam fazer e quantas repetições. Da última vez que estive lá, foram 100 de cada uma dessas oito ou dez coisas diferentes! Eu olho para aquilo e penso: “Você só pode estar brincando comigo! Acho que conseguiria fazer seis dessas coisas!”

Então ela adapta o treino. O treino deles ela adapta para eles; o meu treino ela adapta para mim. Ela não espera que eu seja uma Guerreira da Quarta-feira. Ela espera que eu faça o que posso fazer, e ela me ajuda a saber o que isso é.

Ela me desafia um pouco além do que penso que consigo fazer, então nem é muito fácil e nem é muito difícil. Pode ser feito, mas é desafiador, é estimulante — estica esses músculos. Ela me incentiva a fazer mais e ir mais longe, e ela me ajuda a acreditar que realmente é possível!

E uma das coisas que Brenda faz — eu a tenho observado enquanto trabalhamos juntas há cerca de um ano — ela me dá uma visão para o futuro. Ela não me diz apenas o quanto avancei, ela me ajuda a fazer o que estou fazendo agora, mas também me dá uma visão do futuro que me mantém voltando. Ela me dá uma visão do que serei capaz de fazer no futuro, fisicamente, se continuar avançando.

Brenda é uma grande incentivadora, e enquanto a observo, penso que todas nós poderíamos aprender algumas lições com Brenda — não apenas sobre treinar nossos corpos fisicamente, mas sobre treinar nossos corações, nossos relacionamentos e nossas palavras para serem incentivadoras.

Nesta série, falamos sobre como o encorajamento bíblico é estar ao lado de alguém e oferecer exortação, incentivo e conforto. Às vezes, o encorajamento se parece com: “Ah querida, você…” É simpatia; é encorajamento.

Às vezes soa como [firmemente], “Você precisa lidar com essa questão em sua vida!” Às vezes, é assim que o encorajamento se parece. Pode ser exortação ou conforto. Podemos nos aproximar de alguém de muitas maneiras, fortalecendo-os com a força que obtemos do Senhor, ajudando-os ao mesmo tempo que os encorajamos. 

O encorajamento bíblico reflete no passado — de onde você veio. Como é bonito dizer a este jovem cristão: “Olha, eu sei que você não sente que está muito adiantado, mas no último ano vi um crescimento tão grande em sua vida. Vi você desenvolver-se nessas áreas específicas.” Isso é encorajador!

E o encorajamento bíblico dá uma perspectiva fresca e necessária sobre o presente: “Você está aqui; você precisa disso; talvez você pode corrigir isso ou aquilo. Estas são algumas coisas com as quais você pode trabalhar. Mas nesse momento você está aqui.”

Há uma perspectiva do passado, uma perspectiva do presente. E deixe-me dizer, encorajamento não é apenas animação. Pode ser isso, mas escutem, o evangelho é uma boa notícia. O que as pessoas precisam quando estão para baixo, estão em pecado, estão frustradas, ou se sentindo derrotadas — elas precisam de boas notícias!

Quando você traz essa boa notícia, nem sempre será: “Ah, você é muito querida!” Não vamos agir como se nada estivesse errado. Isso não é fingir que está tudo bem quando não está. Se você quiser encorajar alguém, vai mostrar onde estão.

Escute, minha treinadora sabe onde estão minhas fraquezas físicas, e ela trabalha nelas. Ela me ajuda a trabalhar nelas. Ela não pode fazer por mim, mas me encoraja enquanto me disponho a fazer isso. Ela não está apenas torcendo, não está dizendo às pessoas o que elas querem ouvir, mas está dizendo o que elas precisam ouvir.

Você tem pessoas em sua vida — como eu tenho na minha — que estão brincando com fogo. Elas estão em uma “casa em chamas”, e se você não for até lá com algumas dessas coisas difíceis às vezes, você não as ama de verdade.

Você realmente não vai encorajá-las se disser: “Deixe a casa queimar. Deixe sua vida ir cair no poço. (Você está nesse modo de autodestruição.)” Se eu disser apenas: “Ah querida, tenha um ótimo dia” — isso não é ser uma boa incentivadora.

É por isso que o encorajamento bíblico é tão robusto. Ele é completo. Ele diz: “O que essa pessoa precisa para ajudá-la a se tornar mais como Jesus?” Não é apenas dar, mas também é receber … estar disposto a receber críticas construtivas, exortações, pessoas ministrando a Palavra 

Portanto, reflete sobre o passado, dá uma perspectiva sobre o presente. E o encorajamento bíblico dá uma visão para o futuro. “Assim será quando vermos Jesus. Esse é o objetivo — ser como Cristo. Esse é o meu objetivo para o seu casamento. Esse é o meu objetivo para você como mãe.” Dá esperança de que isso realmente pode ser verdade — não por esforço próprio, não se esforçando mais na vida cristã, mas pela graça de Deus e pelo poder do Espírito Santo que vive em nós. Dá às pessoas a esperança de que “Minha vida realmente pode ser diferente!”

Mencionei nos últimos dias umas jovens universitárias que vieram até mim recentemente — situações diferentes — e disseram: “Aqui está o que está acontecendo em minha vida, e preciso conversar com alguém. Pensei que talvez você pudesse ajudar.”

E temos conversado, trocado mensagens de texto e e-mails. Ambas tomaram algumas decisões erradas, mas Deus as levou ao ponto em que querem lidar com isso. Elas têm muito trabalho pela frente. Há um caminho difícil em alguns aspectos porque houve muitos danos em alguns relacionamentos. Não será fácil, e eu disse isso a elas.

Como minha treinadora Brenda diz para mim: “Isso não vai ser fácil. Não vou mentir para você! Se você quiser ficar em casa e comer bolo, é um programa diferente. (risos) Se quiser ficar em forma e forte, este é o programa que você terá que fazer.”

E eu disse a essas jovens: “Isso não vai ser fácil, mas vale a pena!” Eu dou esperança a elas, porque pode haver um grande sentimento de vergonha, de culpa, de fracasso, e elas podem simplesmente dizer: “Olha, acabou para mim! Estou acabada! Deus nunca poderá me usar novamente. Nunca terei um casamento saudável…” — ou qualquer coisa assim. Esse diálogo interno pode ser tão destrutivo.

Estou tentando compartilhar com elas palavras de Deus e palavras bíblicas e dizer: “Olha, o evangelho é para pecadores. Você pecou; eu pequei. Você tem esses ídolos relacionais. Eu tenho esses ídolos na minha vida, e Deus tem lidado comigo dessa forma. Eu quero que você saiba que há esperança para você amar ao Senhor Deus de todo o seu coração, alma, mente e força. Eu quero que você saiba que há um futuro para você, de relacionamentos saudáveis com Deus e com os outros. Se você se dedicar a isso agora, se o Senhor tiver um marido para você, você estará muito mais à frente nesse relacionamento conjugal porque lidou com isso agora.” Dou uma visão para o futuro.

Eu tive pessoas que fizeram isso por mim. Tive um pai que fez isso por mim. Tive amigos que me ajudaram a ver: “Por mais difícil que seja este caminho agora, vai valer a pena! Há recompensa e ganho futuro se você se dedicar a isso.”

Acabei de gastar os primeiros dez minutos e meio aqui na minha primeira página de anotações, então estou bem atrasada! Mas pensei que isso poderia ser uma perspectiva útil. Quero ilustrar isso a partir de um livro da Bíblia, principalmente, nesta sessão de hoje (e talvez algumas outras passagens).

À medida que encerramos esta série, quero que você olhe para o livro de 1 Tessalonicenses comigo. Existe algo que eu nunca havia notado antes em 1 Tessalonicenses. Na semana passada, durante meu devocional e enquanto eu  trabalhava nesta série sobre encorajamento,  pensei, este é um livro de encorajamento! Está por todo o livro. Me acompanhe. Vou dar um pouco de contexto enquanto você está procurando Tessalonicenses…

Tessalônica era uma cidade de cerca de 200.000 habitantes nos dias de Paulo. Era a capital da Macedônia. Em Atos capítulo 17, Paulo viajou para lá em sua segunda jornada missionária, junto com Silas e Timóteo. Havia judeus e gentios convertidos, e uma nova igreja foi plantada muito rapidamente quando Paulo começou seu ministério lá.

Os judeus, invejosos de todas essas pessoas que estavam se voltando para Yeshua — o Messias —, fizeram com que Paulo e seus companheiros fossem expulsos da cidade. A estadia de Paulo ali não durou muito. Mas Paulo ainda estava preocupado com o novo rebanho — então ele enviou Timóteo de volta algum tempo depois para ver como esses jovens cristãos estavam indo.

Você pode ler sobre isso em 1 Tessalonicenses 3. Quando Timóteo deixou Tessalônica e se reuniu com Paulo em Corinto, ele deu um bom relatório sobre como esses jovens cristãos estavam indo. Paulo escreveu 1 Tessalonicenses em resposta ao relatório de Timóteo.

Havia vários propósitos para esta carta, mas entre eles, ele queria encorajar esses jovens cristãos em sua fé, e queria responder a algumas perguntas e preocupações que haviam levantado. Ele queria exortá-los sobre algumas questões que haviam surgido onde eles precisavam de discipulado e santificação. Ele queria confortá-los enquanto enfrentavam a perseguição. Vejam, o tema de encorajamento e exortação é recorrente ao longo da epístola.

Olhe, por exemplo, para o capítulo 2 de 1 Tessalonicenses, verso 11. Paulo diz (falando sobre seu próprio ministério lá em Tessalônica):

“Pois vocês sabem que tratamos cada um como um pai trata seus filhos, exortando [ou algumas traduções dizem “nós encorajamos”], consolando [ou “confortamos”—as traduções usam essas palavras “exortar, confortar e encorajar”—elas as trocam entre si… “nós os encorajamos, nós os exortamos, nós os confortamos”] [ou imploramos a vocês] e dando testemunho, para que vocês vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o seu Reino e glória.” (versos 11–12 NVI)

Paulo estava dizendo: “Fomos como um pai para vocês. Assim como um pai encoraja seus filhos, os exorta, os conforta e às vezes implora e os cobra, nós fizemos tudo isso por vocês para que vocês vivam vidas dignas de Deus, que tem um futuro para vocês em seu reino e em sua glória.” Ele está criando uma visão para eles.

E então, 1 Tessalonicenses capítulo 3, verso 6. Eu amaria que, um dia, vocês lessem todo esse livro (apenas cinco capítulos) com tudo isso em mente. Mas estou selecionando agora esses versículos específicos.

“Agora, porém, Timóteo acaba de chegar da parte de vocês, dando-nos boas notícias a respeito da fé e do amor que vocês têm. Ele nos falou que vocês sempre guardam boas recordações de nós, desejando ver-nos, assim como nós queremos vê-los, Por isso, irmãos, em toda a nossa necessidade e tribulação [Paulo está falando sobre o que ele está passando]  temos bom ânimo [ou fomos encorajados, confortados] a seu respeito, por sabermos da sua fé.” (versos. 6–7)

Ele está mostrando a eles que mesmo no meio de perseguições e aflições, Deus pode dar a você encorajamento e conforto para ajudá-lo a continuar avançando.

Agora, um dos temas recorrentes em 1 Tessalonicenses é o retorno de Cristo. Você lê isso várias vezes, e alguns dos cristãos em Tessalônica haviam morrido desde que a igreja foi fundada. E aqueles que ficaram para trás… Quer dizer, Paulo tinha estado lá por pouco tempo, e eles não tinham aprendido todas essas coisas teológicas ainda. Eles não entendiam o que acontecia com os cristãos quando morriam, e não entendiam o que aconteceria com esses cristãos falecidos quando Jesus retornasse.

Eles pensavam que talvez fossem ficar para trás, esses que tinham partido antes, então estavam confusos. Estavam aflitos e se sentiam sem desesperançosos. Paulo escreveu este livro, em parte, para esclarecer seu pensamento e para encorajá-los sobre seus entes queridos que haviam morrido e para lhes dar esperança sobre seu próprio futuro.

Então chegamos a 1 Tessalonicenses capítulo 4, verso 18, onde Paulo fala (começando no verso 13) sobre a segunda vinda de Cristo. Ele está ensinando a eles como isso vai acontecer. Aqueles que morreram antes se levantarão para encontrar o Senhor no ar.

Ele explica a eles esse ensinamento familiar que você muitas vezes ouve lido em funerais (apropriadamente), mas eles nunca tinham ouvido essas coisas antes. Então ele diz a eles depois de explicar o que vai acontecer, olhe para o verso 18, 1 Tessalonicenses 4, “Consolem-se uns aos outros com essas palavras”as palavras sobre o retorno de Cristo; ele está falando com eles sobre uma esperança futura.

“Você não precisa ficar arrasado quando seu ente querido morre; eles não vão perder a oportunidade de estar com Jesus. Eles estarão com Jesus, você estará com Jesus — então consolem-se uns aos outros com estas palavras!”

Quando estamos passando por momentos difíceis — pela morte, pela perda, pela dor, por circunstâncias difíceis — precisamos nos concentrar em nossa esperança futura em Cristo e nos encorajar mutuamente com estas palavras. Precisamos lembrar que este momento não é tudo!

Isso não é eterno; nossos problemas não durarão para sempre; Jesus está voltando! Encoraje uns aos outros com estas palavras. Estou ficando encorajada só de pensar nisso! Espero que você também esteja.

Chegamos ao capítulo 5 — apenas uma rápida visão geral de 1 Tessalonicenses aqui — e Paulo dá mais garantias a esses cristãos de Tessalônica que estavam ansiosos sobre os detalhes da segunda vinda.

Ele falou com eles sobre o que acontece com os cristãos quando Jesus volta, mas então também os lembrou de que aqueles que não estão em Cristo estão destinados a experimentar o julgamento e a destruição cataclísmica! Essa é uma parte importante da mensagem. Ele diz,

“Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas … Vocês todos são filhos da luz …  Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por nós para que, quer estejamos acordados quer dormindo, vivamos unidos a ele.” (versos 4–5, 9–10)

Ele está dizendo “Se você está em Cristo, você não enfrentará a ira de Deus, o julgamento de Deus. Você foi destinado à salvação — salvação eterna — por meio de Jesus Cristo!” E no verso 11,

“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo.” (v. 11)

Consigo vê-lo como um treinador aqui, dizendo: “Continuem fazendo o que estão fazendo! Vocês estão encorajando uns aos outros. E aqui está apenas mais uma razão para vocês continuarem fazendo isso.”

Ele os encoraja a continuarem encorajando uns aos outros pintando esse quadro de seu futuro em Cristo. E, nos versículos 12 e 13, ele lhes dá mais exortação. Mas desça até o verso 14, capítulo 5 de 1 Tessalonicenses.

“Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos [uma versão diz “advertir os desordeiros”], confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos.”

Parte do encorajamento é ter um senso de discernimento sobre o que as pessoas precisam.

Alguém que é desordeiro, que é ocioso, que é duro de coração — eles precisam ser admoestados. Às vezes você precisa confrontar alguém — e às vezes precisamos que alguém nos confronte — dizendo: “Olha, você está errado. Seu estilo de vida não está emulando o de Jesus.”

Mas às vezes as pessoas são fracas e desanimadas e precisam ser encorajadas e ajudadas. Aquela palavra “desanimados” é uma palavra composta em grego que literalmente significa “de alma pequena”. Sua alma encolheu; eles se tornaram medrosos, fracos, tímidos e frágeis.

Você não chega a essa pessoa com palavras fortes de exortação; você chega a essa pessoa com encorajamento, conforto e ajuda — aqueles que estão desanimados ou com o coração abatido — você os encoraja.

Bem, essa foi uma rápida viagem por 1 Tessalonicenses! Vou voltar em apenas alguns momentos para outro verso em 2 Tessalonicenses. Mas antes de fazer isso, deixe-me mencionar mais duas passagens que acho importantes sobre todo esse assunto de encorajar uns aos outros.

Primeiro — e vou apenas dar as referências; você não precisa procurar — mas gostaria de ler alguns desses versículos para você. Quero que você lembre que Deus nos encoraja para que possamos encorajar os outros.

Recebemos o Seu encorajamento — e o que Ele nos dá através dos outros — para que possamos nos tornar um instrumento e um canal, um canal de encorajamento, para outros. Você lê sobre isso em 2 Coríntios capítulo 1 [no transcript do ROH o trecho está errado, corrigi], onde Paulo diz: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdias Deus de toda consolação.” (v. 3).

Encorajamento. É a mesma palavra sobre a qual estivemos falando nesta série toda. A bateria forte que vem ao lado daquela bateria fraca. Você a impulsiona; você a energiza, para que ela possa continuar.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação [ou encorajamento], que nos consola [ou encoraja] em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar [ou encorajar] os que estão passando por tribulações.” (2 Coríntios 1:3–4) 1 [no transcript do ROH o trecho está errado, corrigi] .

Agora isso é muito conforto e encorajamento nesses poucos versículos. Mas você vê aonde ele quer chegar? Deus nos dá — quando precisamos — conforto e encorajamento para que possamos ser encorajados em nossas aflições, mas não apenas por esse motivo. Também é para que possamos nos tornar um canal de encorajamento e conforto para outros que estão passando por aflições. Então Paulo continua a dizer nos próximos versículos lá: “Quando sofremos, é por causa de vocês, porque queremos que vocês possam ser consolados com o consolo e o encorajamento que recebemos de Deus” (veja v. 7, paráfrase).

Deixe-me dizer isso pra você: Quando você estiver sofrendo, passando por um momento difícil, lembre-se que isso não é apenas sobre você. É sobre algo que Deus quer fazer em você, para você, mas, acima de tudo, por meio de você para trazer conforto e encorajamento para outros que estão sofrendo.

Só mais um trecho aqui enquanto pensamos sobre correr a corrida da vida cristã. O escritor aos Hebreus (nós olhamos para Hebreus nesta série), fala no capítulo 12 sobre estar cercado por uma grande nuvem de testemunhas.

Ele diz: “Olhe ao redor!” Essas testemunhas são aquelas do capítulo 11 — os homens e mulheres de fé que correram a corrida antes de nós e agora se foram, eles morreram na fé sem receber tudo o que esperavam. Mas nós devemos focar no fim, no objetivo. E estamos cercados por eles, então olhe ao redor. Eles correram a corrida deles, eles suportaram, eles perseveraram, então seja encorajada enquanto você corre a sua corrida! E nesse meio tempo, “livremo-nos de tudo o que nos atrapalha, e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta.” (Hebreus 12:1)

Agora, isso é pra nos encorajar enquanto olhamos ao redor e vemos aqueles que foram antes de nós. Eu penso sobre meu pai. Eu penso sobre os pais do Robert, que eu nunca tive o privilégio de conhecer, mas ouvi tantas histórias sobre suas vidas. Eu penso sobre meu irmão David, cuja corrida terminou aos vinte e dois anos. Eu penso sobre como eles correram essa corrida. Eu vejo como Deus os encorajou e como eles terminaram a corrida bem. E isso me dá encorajamento para querer correr e terminar minha corrida bem!

Mas também me diz — daqui dez anos, cem anos, mil anos — quem será encorajado ao correr sua própria corrida, lembrando de como corremos a nossa?

Você vê, um dia desses — em breve — nós estaremos naquela grande nuvem de testemunhas. Seus filhos, seus netos, mulheres mais jovens que você mentoreou e discipulou, outros que estão vindo atrás de você, eles vão pensar na sua vida e como você correu aquela corrida e que você correu bem e terminou a corrida? Isso vai encorajá-los enquanto eles correm a corrida deles daqui a anos?

Nós olhamos ao redor, mas também olhamos para Jesus.

“Tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem.” (Hebreus 12:2–3)

Olhe para Jesus para que você não desanime, para que você não jogue a toalha na sua corrida. Não fique cansada ou desencorajada! E, enquanto você corre a corrida, olhe ao redor para encorajamento; olhe para cima para o seu encorajamento final em Jesus — que correu aquela corrida e está esperando por nós na linha de chegada!

Raquel: Essa é a Nancy DeMoss Wolgemuth na série chamada “Encorajando Uns aos Outros”. Hoje é o último dia da série, mas se você perdeu alguma das aulas, pode ouvir em avivanossoscoracoes.com.

Quando estiver em nosso site, você sabia que pode ler as transcrições de todos os nossos programas e podcasts? É verdade. E se encontrar as transcrições desta série, um dos recursos relacionados que verá é um livro do Aviva Nossos Corações intitulado “Vivendo os mandamentos uns com os outros nas Escrituras” É uma exploração mais profunda de muitas das exortações do Novo Testamento, como “Perdoem uns aos outros” ou “Ame uns aos outros”. Novamente, você pode encontrar um link para esse livro na transcrição do programa de hoje.

Só restam alguns dias em fevereiro. Então, se você estava pensando em obter uma cópia do livreto da Nancy, “Beleza quebrantamento“, agora é um ótimo momento! Vá em frente e entre em contato conosco com sua doação de qualquer valor e solicite o livreto da Nancy sobre humildade. Nós o enviaremos como agradecimento pelo seu apoio. O título completo é “Beleza no quebrantamento: Como a Humildade Muda Tudo“, por Nancy DeMoss Wolgemuth. É nosso presente para você como um agradecimento por sua doação. Para contribuir, acesse avivanossoscoracoes.com.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.