Dia 06: Compromisso acima do conforto
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth está aqui com uma lembrança cheia de esperança.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Quando eu volto para Deus como uma pecadora vazia, carente, quebrantada, assumindo a responsabilidade pela minha própria vida, pelas minhas escolhas, me torno candidata à provisão graciosa de Deus. À provisão daquele que tem o direito de redimir tudo.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
As empresas gastam milhões de reais nos dizendo que seus produtos nos proporcionarão conveniência e conforto. O problema é que, muitas vezes, a conveniência e o conforto nos impedem de fazer o que realmente precisamos fazer. Hoje, vamos ouvir a história de uma mulher que escolheu o compromisso em vez do conforto. Estamos na série chamada "Rute: O poder transformador do amor redentor." Se você perdeu alguma parte até agora, pode ouvir …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth está aqui com uma lembrança cheia de esperança.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Quando eu volto para Deus como uma pecadora vazia, carente, quebrantada, assumindo a responsabilidade pela minha própria vida, pelas minhas escolhas, me torno candidata à provisão graciosa de Deus. À provisão daquele que tem o direito de redimir tudo.
Raquel: Esse é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Buscando a Deus, na voz de Renata Santos.
As empresas gastam milhões de reais nos dizendo que seus produtos nos proporcionarão conveniência e conforto. O problema é que, muitas vezes, a conveniência e o conforto nos impedem de fazer o que realmente precisamos fazer. Hoje, vamos ouvir a história de uma mulher que escolheu o compromisso em vez do conforto. Estamos na série chamada "Rute: O poder transformador do amor redentor." Se você perdeu alguma parte até agora, pode ouvir o áudio e ler as transcrições no site avivanossoscoracoes.com. Aqui está a Nancy com um resumo.
Nancy: Estamos estudando o livro de Rute, capítulo 1, começando no versículo 8: “Então Noemi disse às suas duas noras: ‘Voltem cada uma para a casa de sua mãe.’” As moças disseram a ela no versículo 10: “Nós iremos com a senhora para junto do seu povo.” No versículo 11, Noemi disse: “Não, fiquem aqui. Não há como, se vocês voltarem comigo para Belém [estou resumindo aqui], não há como vocês terem um futuro ou uma esperança” (parafraseado). O versículo 14 nos conta que “Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela.”
“Veja,” disse Noemi, “A sua cunhada voltou para o povo dela e para os seus deuses. Vá você também com ela. Porém Rute respondeu [com aquelas palavras imortais]: ‘Não insista para que eu a deixe nem me obrigue a não segui-la! Porque aonde quer que você for, irei eu; e onde quer que pousar, ali pousarei eu. O seu povo é o meu povo, e o seu Deus é o meu Deus. Onde quer que você morrer, morrerei eu e aí serei sepultada. Que o Senhor me castigue, se outra coisa que não seja a morte me separar de você.” (versos 15–17)
Vejo na declaração de Rute um lindo retrato do que significa viver sob o senhorio de Cristo. Ao olhar para as opções que Rute tinha diante de si e as opções que sua cunhada tinha, vejo que existem realmente dois caminhos na vida. Mesmo depois que chegamos à fé em Cristo, temos duas maneiras diferentes de viver.
Uma é o caminho da conveniência e do conforto, representado por permanecer em Moabe. A outra é o caminho do compromisso e da compaixão. São duas estradas muito diferentes.
Para Rute, ficar em Moabe significaria seguir o caminho da conveniência e do conforto. Lá ela tinha segurança. Sim, ela era viúva, mas pelo menos conhecia as pessoas de lá. Tinha parentes, e talvez a esperança de um dia ter outro marido, de ter filhos. Lá ela tinha uma casa, aceitação e estava familiarizada com a cultura. Retornar para Moabe seria confortável e conveniente.
Como foi que ela deu as costas a tudo isso e disse: "Não vou seguir o caminho da conveniência e do conforto. Vou escolher outro caminho—o caminho do compromisso e da compaixão"?
O que Rute enfrentaria ao ir para Belém? Bem, primeiro, ela não fazia ideia. Ela nunca tinha ido a Belém antes. Mas havia a possibilidade de enfrentar insegurança, de se sentir solitária como estrangeira, principalmente vindo de uma nação que era desprezada por muitos judeus.
Sua sogra agora era uma mulher amargurada e difícil de conviver. E ainda assim, ela disse: "Vou ficar com essa mulher." Isso não parecia ser a melhor maneira de querer passar o resto da vida e, por tudo que ela sabia, sua vida poderia ser apenas isso—vinculada ao compromisso de estar com essa sogra ferida e enlutada.
O caminho do compromisso raramente é o caminho da conveniência. Muitas vezes, é desconfortável. E vemos que nossas escolhas, seja qual for o caminho que tomamos, influenciam outras pessoas por gerações.
Sou muito grata que Rute escolheu o caminho do compromisso e da compaixão, em vez do caminho da conveniência e do conforto, porque ela se tornou uma das ancestrais do próprio Cristo. Através da fé dela, ao dar esse passo para o desconhecido, simplesmente porque era a coisa certa a fazer, somos abençoadas hoje.
Isso me faz pensar: talvez, gerações futuras sejam abençoadas se eu estiver disposta, hoje, a escolher o caminho do compromisso e da compaixão, em vez do caminho da conveniência e do conforto.
Para Rute, seguir o caminho do compromisso e da compaixão exigiu uma escolha consciente e deliberada. “Eu vou para Belém.” Não dá para simplesmente deixar a vida te levar nesse caminho. Você precisa tomar uma decisão.
Foi uma escolha de deixar seu povo, deixar seus deuses, queimar todas as pontes e cortar todos os laços. Foi um compromisso de se apegar a Deus, ao Seu povo e aos Seus caminhos. E essa escolha não foi baseada em emoções. Foi baseada na fé, e de bom grado.
Não escolhemos o compromisso e a compaixão por um acaso. Essas são escolhas difíceis, deliberadas, que não fazemos com base no que estamos sentindo.
Vou te dizer uma coisa... Quase todos os dias da minha vida, se eu seguisse o que as minhas emoções me dizem para fazer, eu invariavelmente faria a escolha errada. Eu não teria saído da cama hoje. Estaria tomando várias decisões pensando apenas no meu conforto e conveniência pessoal. Eu passaria o dia na frente da TV. Comeria o que quisesse, na hora que quisesse. Não estaria aqui gravando este podcast. Estar aqui não faz parte do caminho da conveniência e do conforto.
Se eu fizesse o que minhas emoções me mandam, faria apenas o que me faz sentir bem. Eu nunca escolheria o caminho do compromisso e da compaixão a menos que estivesse disposta a andar pela fé.
Seguir o caminho do compromisso e da compaixão é uma escolha firme e determinada. É uma escolha permanente, para a vida inteira. É dizer: "Não vou voltar atrás. Já decidi, vou seguir o caminho de Deus, o caminho que é altruísta, e não egoísta." É uma escolha total.
Para Rute, ela não poderia enviar parte dela para Belém e deixar outra parte em Moabe. Era tudo ou nada. Tudo na vida dela teria que mudar—o ambiente, os amigos, os relacionamentos. Tudo foi influenciado por essa escolha. Sua vida jamais seria a mesma. Foi uma escolha custosa. Exigiu que ela carregasse o fardo de cuidar de sua sogra viúva e estivesse disposta a viver uma vida de sacrifício.
Ao ler essa história, eu me pergunto, e pergunto a você: nós estamos escolhendo, diariamente, o caminho da conveniência e do conforto—fazendo o que é mais fácil, o que parece natural, o que nossas emoções dizem para fazer—ou estamos escolhendo o caminho do compromisso e da compaixão?
Essa é uma decisão que eu e você enfrentamos várias vezes ao dia. Quase todas as decisões que tomo ao longo do dia, seja em assuntos pequenos ou grandes, se resumem a: qual desses caminhos eu vou escolher?
Por exemplo, isso afeta meus valores. Se estou escolhendo o caminho da conveniência e do conforto, vou buscar ganho pessoal e felicidade pessoal. Mas, se estou escolhendo o caminho do compromisso e da compaixão, vou viver uma vida de doação, uma vida de sacrifício, dedicada a atender às necessidades dos outros. Não vai ser sobre "o que eu ganho com isso?", mas sim, "como posso ser uma doadora?"
Isso também afeta como uso meu tempo, meu dinheiro, meus bens. Se estou andando no caminho da conveniência e do conforto, vou acumular coisas para mim mesma. Vou proteger meu tempo livre. Se estou vivendo o caminho do compromisso e da compaixão, vou investir nos outros sacrificialmente. Vou usar meu tempo para ministrar às pessoas, para servir, para ser uma bênção para viúvas e outras pessoas necessitadas.
Se estou no caminho da conveniência e do conforto, minha casa será só minha, reservada para mim, e farei nela o que me fizer feliz. Mas, se estou vivendo o caminho do compromisso e da compaixão, minha casa será sua casa. Minha casa estará aberta para compartilhar e abençoar outras pessoas. Serei uma mulher hospitaleira, permitindo que minha casa seja um refúgio e uma bênção para os outros.
Se estou seguindo o caminho da conveniência e do conforto, serei preguiçosa. Vou desperdiçar tempo e satisfazer os desejos da carne; enquanto o caminho do compromisso e da compaixão me levará a ser diligente, a ter domínio próprio e autocontrole.
Se estou vivendo no caminho da conveniência e do conforto, vou viver pensando na aposentadoria. Vou encarar o trabalho como um fardo. Mas, se estou vivendo o caminho do compromisso e da compaixão, vou encarar a velhice como uma fase para me dedicar à oração, ao serviço e ao amor pelas mulheres, assim como Ana fez no templo.
Os relacionamentos familiares também são afetados pelo caminho que escolhemos. Se seguimos o caminho da conveniência e do conforto, vamos rejeitar os pais que podem ter nos magoado ou falhado conosco. O caminho do compromisso e da compaixão nos leva a honrar os pais, mesmo quando eles não são sempre honráveis.
Há mães que estão deixando seus filhos crescerem com a TV como a principal babá. Esse é o caminho da conveniência e do conforto.
Eu sou tão grata que minha mãe, que teve seis filhos nos primeiros cinco anos de casamento, decidiu que não iria deixar a televisão criar seus filhos. Por isso, não tínhamos TV em casa. Hoje, ao observar mães com filhos pequenos, penso em como teria sido fácil para ela ter uma TV em casa para ter mais tempo para si mesma. Mas ela escolheu o caminho do compromisso e da compaixão, protegendo os corações de seus filhos.
O caminho da conveniência e do conforto leva as mulheres a dizerem: “Eu quero ter “X” número de filhos.” Mas o caminho do compromisso e da compaixão diz: “Estou disposta a ter os filhos que Deus planejou para mim, conforme a vontade dEle, para que as vidas que eu trouxer a este mundo contribuam com o Seu Reino.”
Nos relacionamentos familiares, se seguimos o caminho da conveniência e do conforto, evitamos aqueles familiares difíceis. No caminho do compromisso e da compaixão, nós estendemos a mão para eles e procuramos atender suas necessidades.
Isso se aplica a todas as áreas da vida. Estamos vivendo no caminho da conveniência e do conforto em relação aos pais idosos? Quando somos feridas, nos protegemos?
Queremos estar perto de pessoas que são como nós. Esse é o caminho da conveniência e do conforto. Mas quando escolhemos o caminho do compromisso e da compaixão, estamos dispostas a ser fiéis, mesmo quando os outros não são. Estamos dispostas a amar e perdoar sem limites, mesmo quando fomos machucadas e injustiçadas.
Estamos dispostas a sermos vulneráveis, a amar sacrificialmente. Estamos dispostas a sair da nossa zona de conforto para nos aproximarmos de pessoas diferentes de nós, pessoas de outros contextos, pessoas que estão sofrendo e necessitadas, que não podem nos retribuir.
Todas as áreas da minha vida são afetadas e determinadas por um desses caminhos que estou escolhendo. E a pergunta que surge no meu coração é: qual desses caminhos estou seguindo com mais frequência? Tendo decidido seguir a Cristo, continuo a segui-Lo?
Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). O que Ele está dizendo? Se você quer ser meu discípulo, não pode viver apenas no que é conveniente e confortável. Seguir a Jesus é uma vida de entrega.
Na verdade, Jesus disse que, se tentarmos preservar as nossas vidas, vamos perdê-las. Mas, se a entregarmos e escolhermos o caminho do compromisso e da compaixão, como Jesus fez por nós, pensamos que estamos abrindo mão de nossos direitos, do nosso conforto e da nossa conveniência, mas na verdade, ainda não começamos a viver de verdade até que digamos “não” à nossa própria vida.
Quando o Senhor me desafiou pela primeira vez com a possibilidade de iniciar este ministério, meus primeiros pensamentos estavam muito relacionados ao custo. E não falo do custo financeiro, mas do custo para minha privacidade, minha vida pessoal, meu tempo, minha reputação. Fiz uma lista para o Senhor das coisas que senti que isso me custaria. A resposta dEle veio tão rápido: “De quem é essa vida? Não é mais sua. Você entregou sua vida. Você não é mais dona dela.”
A pergunta simplesmente se tornou: "O que Jesus quer?" Ele é o Senhor. Qual é o caminho do compromisso e da compaixão?
Quando escolhemos esse caminho, pensamos que seremos infelizes, que ficaremos sobrecarregadas, mas não há alegria maior. Há um certo peso ligado ao caminho do compromisso e da compaixão. Mas não há bênção maior. Não há liberdade maior do que a que encontramos ao escolher o caminho do compromisso e da compaixão.
Raquel: Como vimos na vida de Rute, Deus tem o poder de nos guiar nessa jornada de compromisso. Nancy DeMoss Wolgemuth estará de volta com a segunda parte do ensino de hoje.
Primeiro, quero te perguntar: com que frequência você se vê escolhendo conforto e conveniência em vez de compromisso? Enfrentamos essa escolha quase todos os dias, de uma forma ou de outra. Até enquanto digo isso, já me sinto desafiada.
Às vezes, o conforto e a conveniência podem ser o que nos impede de mergulhar na Palavra de Deus. Queremos te encorajar a mergulhar nas Escrituras, aprender mais sobre quem Deus é e permitir que a Palavra dEle habite em você. Com os estudo bíblico sobre o livro de Rute - Experimentando uma vida restaurada, você se aprofundará ainda mais nesse tópico e sem dúvida, crescerá nesta área. Encomende a sua cópia ainda hoje, no nosso site avivanossoscoracoes.com.
Vamos voltar à Nancy, que continua no livro de Rute.
Nancy: Chegamos aos versículos 19-20 do capítulo 1.
“Então ambas se foram, até que chegaram a Belém. E aconteceu que, ao chegarem ali, toda a cidade se comoveu por causa delas. E as mulheres perguntavam:
— Essa não é a Noemi? Porém ela lhes dizia:
— Não me chamem de Noemi, mas de Mara, porque o Todo-Poderoso me deu muita amargura.”
Aqui há um jogo de palavras. O nome Noemi, como algumas de vocês sabem, significa "agradável." Ela está dizendo: "Não me chamem mais de agradável.
Me chamem de Mara," que significa "amarga," "porque o Todo-Poderoso tornou minha vida muito amarga." Ela continua: "Parti de mãos cheias, mas o SENHOR me trouxe de volta vazia. Por que me chamariam de Noemi? O SENHOR me afligiu; o Todo-Poderoso trouxe desgraça sobre mim" (v. 21).
Você acha interessante ela dizer que partiu de mãos cheias? Lembra por que Noemi, seu marido e seus filhos deixaram Belém? Por quê? Havia uma fome. Eles aparentemente estavam em uma situação desesperadora para que decidissem sair de sua terra natal e ir para Moabe.
Agora, à luz do que ela experimentou desde que partiu, Noemi está dizendo que as coisas eram bem melhores naquela época, relativamente falando. "Achávamos que estava ruim, mas depois de tudo o que aconteceu por causa das nossas escolhas, vejo agora que naquela época estávamos cheios, embora na época não pensássemos assim."
Agora ela volta sem nada, ao seu ver. Ela saiu de Belém por causa da falta de comida e agora retorna com uma fome na alma. E essa fome interior é, na verdade, a mais grave.
Ela volta a Belém e as terras da sua família foram negligenciadas. Aparentemente, estão tomadas pelo mato. Agora, como uma viúva pobre, ela terá que vender a herança da família. Não há nada que ela possa fazer, segundo seu entendimento, para recuperar sua herança perdida.
Enquanto vemos a história da pobreza de Noemi e o que ela enfrenta ao voltar como viúva a Belém, me lembro de que os efeitos do pecado em nossas vidas são irreversíveis, exceto pela graça de Deus.
Se não fosse pela graça de Deus, essa história teria um final muito triste. Mas é a graça de Deus que vai restaurar as consequências e os efeitos causados pelas escolhas que ela e seu marido fizeram.
Muitas vezes percebo que só nos aproximamos verdadeiramente do Redentor quando estamos desesperadas. Por isso, é um Deus amoroso que nos priva das coisas que achamos tão importantes, das coisas que pensamos que não podemos viver sem, para que, em nossa pobreza, em nossa necessidade, clamemos a Ele, que é o único capaz de preencher de verdade nossas almas.
No versículo 20, Noemi diz que sente que tanto ela quanto Deus foram mal nomeados. "Não me chamem de agradável. Me chamem de amarga. Meu nome já não combina comigo." Imagino que, em algum momento, ela realmente tenha sido uma mulher agradável, mas agora certamente não é.
Ela sente que não apenas seu nome não combina mais com ela, mas que o nome de Deus também não. Ela usa dois nomes diferentes para Deus nesse parágrafo. Ela fala sobre o SENHOR — Jeová. Esse é o nome pessoal de Deus, o Deus da aliança, o Deus que vem ao encontro de Seu povo no ponto de necessidade. Noemi está dizendo que Ele não parece ter feito isso por ela.
Ela diz que o Todo-Poderoso tornou sua vida muito amarga. O Todo-Poderoso trouxe desgraça sobre ela. Esse é o nome El Shaddai, que fala de Deus como o todo-suficiente, que se derrama na vida de Seus filhos cristãos e supre todas as suas necessidades. Ela está se referindo a esses nomes de Deus, mas sente que Ele não fez jus a esses nomes em sua vida.
Você já se sentiu assim, como se Deus não estivesse fazendo jus ao Seu nome na sua vida? Talvez você observe algumas situações e pense: “Ele faz isso na vida de todos os outros, nos livros de teologia e nos sermões de domingo, mas no dia a dia, na realidade da vida, não parece que Ele tem sido o Todo-Poderoso. Não parece que Ele está agindo em favor de Seus filhos."
Bem, no final das contas, vemos que toda amargura é dirigida a Deus. Noemi diz que sua vida se tornou amarga, e foi o Todo-Poderoso que tornou sua vida amarga. O SENHOR a afligiu. O Todo-Poderoso trouxe desgraça sobre ela.
Há um versículo interessante em Provérbios 19:3 que diz: “A tolice de uma pessoa perverte o seu caminho.” Outra tradução diz: “A loucura do homem perverte o seu caminho.” Uma pessoa age de forma tola, depois experimenta consequências catastróficas. E o que acontece? Seu coração se revolta contra o Senhor.
Eu encontro muitas mulheres hoje que estão com raiva de Deus por causa de suas circunstâncias — um casamento doloroso, por exemplo. Mas a verdade vem à tona, e descobrimos que, em alguns casos, elas se casaram fora da vontade de Deus; não tiveram a bênção dos pais, ou não se casaram com um cristão, ou não houve um relacionamento moralmente puro antes do casamento.
Não estou dizendo que, em todo casamento ruim, a mulher fez algo errado, mas em muitos casos, semeamos sementes de tolice, colhemos o que plantamos e depois nos irritamos com Deus. Nossos corações se revoltam contra Ele, e é isso que está acontecendo com Noemi aqui.
Você percebe que Noemi tinha uma visão distorcida de Deus. Quando temos uma visão errada de Deus, isso afeta todas as outras áreas da nossa vida. Ela não vê suas circunstâncias como uma expressão do amor de Deus. Ela vê Deus como seu inimigo. Noemi diz: "A mão do Senhor se voltou contra mim. O Todo-Poderoso trouxe esse infortúnio sobre mim. Ele tornou minha vida muito amarga."
De fato, ela está certa, em parte, ao dizer que Deus estava conectado às suas circunstâncias, porém, Deus não era seu inimigo, e Ele não é o seu inimigo. Se você é filha Dele, Ele te redimiu. Ele te ama,te valoriza. Quando Deus traz circunstâncias dolorosas à sua vida, Ele está buscando restaurar, disciplinar, treinar e refinar você, para que sua vida se torne ainda mais frutífera.
Noemi não enxergava os propósitos de Deus em seu sofrimento, então culpava Deus, o que gerou ressentimento e amargura. Ela confundiu os propósitos e as motivações de Deus.
Séculos atrás, John Wesley disse que nossa tarefa é dar ao mundo uma opinião correta sobre Deus. Ao ler esse trecho, me pergunto como minhas reações e respostas ao cotidiano e às crises da vida mostram ao mundo quem Deus é.
Se a única coisa que as pessoas ao meu redor soubessem sobre Deus fosse baseada em como eu reajo quando estou sob pressão, o que elas pensariam sobre Ele?
Ao refletir sobre essa passagem, percebo que, muitas vezes, minhas respostas aos desafios e demandas do ministério fazem parecer que servir a Deus é um fardo. Quando, na verdade, é uma dádiva incrível, um chamado e uma bênção.
Eu sei disso no meu coração, mas sob pressão, muitas vezes reajo de maneira que, se as pessoas olharem para minha vida, pensarão que servir a Deus não é divertido. Que é uma dor de cabeça, um peso. Essa é a opinião que, às vezes, acredito que minha vida transmite.
E você, enquanto cuida dos seus filhos, o que sua resposta à maternidade diz ao mundo sobre o tipo de Deus que você tem? Será que parece que ter filhos é um fardo? Ou será que mostra que receber os presentes e o chamado de Deus é uma bênção e uma alegria?
Isso não significa que devemos fingir que tudo é fácil, que não há dificuldades ou que não temos necessidades. Devemos sim carregar os fardos umas das outras.
Mas, no final das contas, precisamos continuar dizendo umas às outras: "Sim, estou passando por essas circunstâncias. Estou exausta com tantas demandas da vida, mas a verdade é que Deus ainda é bom! Deus é fiel, e Ele está suprindo minhas necessidades."
O que as pessoas pensam sobre Deus com base em suas respostas aos desafios e circunstâncias da vida?
Nesse ponto da história, Noemi já se arrependeu. Ela voltou para casa, mas ainda não passou pelo processo de restauração. Ainda há um caminho pela frente, assim como para todas nós. Esse processo dura até o céu. Um caminho de ser conformada à imagem de Cristo.
No último versículo desse capítulo, lemos: "Foi assim que Noemi voltou da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita. E chegaram a Belém no começo da colheita da cevada." (v. 22). Esse capítulo, que teve tanta tristeza e sofrimento, termina com esperança. É tempo de colheita. Um tempo de frutificação, de bênçãos e gratidão.
Na verdade, a história que estamos lendo fala sobre a transformação de vazio em plenitude. Noemi e Elimeleque estavam vazios quando deixaram Belém por causa da fome, dez anos antes. Eles achavam que encontrariam plenitude em Moabe, mas, em vez disso, encontraram mais dor, mais tristeza, mais perdas.
Agora, depois de se arrepender, o coração de Noemi está verdadeiramente vazio e triste. Ela tem muitos motivos para sentir dor e pesar, mas agora está voltando ao lugar onde Deus pode abençoá-la. Isso não significa que Deus vai fazer todos os seus problemas desaparecerem. Não significa que, de repente, sua vida será fácil.
Não significa que sua vida vai se tornar fácil de uma hora para outra quando você se coloca sob o senhorio de Cristo e começa a viver em arrependimento. Mas existe uma luz de esperança no final deste trecho.
Estamos vendo que, mesmo sem saber, Deus já havia providenciado para restaurar a vida de Noemi, para devolver o que ela perdeu. Ela não enxergava isso ainda, não fazia ideia, mas de volta em casa está aquele que é o seu redentor. Alguém que Deus preparou para resgatar suas perdas. É justamente sua pobreza, sua necessidade, que a torna candidata a esse redentor.
Ao ler essa passagem, meu coração entende que não preciso continuar vazia. Quando eu volto para Deus como uma pecadora vazia, carente, quebrantada, assumindo a responsabilidade pela minha própria vida, pelas minhas escolhas, me torno candidata à provisão graciosa de Deus. À provisão daquele que tem o direito de redimir tudo.
Bem perto de nós—mais perto do que imaginamos—está aquele que pagou o preço para recuperar todas as perdas causadas pelos nossos desvios e pecados. Ele é o nosso Redentor.
Obrigada, Senhor, porque mesmo em meio aos nossos erros e caminhos tortuosos, o Senhor sempre está chamando nossos corações de volta para casa. Quando retornamos, há esperança. Obrigada porque em nossas vidas há tempo de colheita. Há esperança. Há um Redentor. Mesmo sem saber como o Senhor vai resolver nossas circunstâncias ou problemas, sabemos que estamos seguras em Ti. Há esperança de que haverá frutos e restauração.
Senhor, continua nos dando o dom do arrependimento, nos mantendo no caminho da restauração, de buscar a Ti e de voltar para Ti. Enche nossos corações de fé, sabendo que o Senhor está agindo e cumprindo Seus propósitos. Oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Senhor está redimindo e restaurando, mesmo quando não enxergamos. Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos mostrado o plano de Deus para restaurar a vida de Noemi, mesmo que ela não tenha percebido na época.
Você se encontra numa situação desesperadora, sem esperança para o futuro? No episódio de hoje, vemos uma imagem de Cristo nos restaurando e trazendo redenção. O evangelho é a melhor notícia para este mundo sem esperança, e é por isso que o Aviva Nossos Corações se dedica a declarar essa esperança para mulheres em todo o lugar.
O desafio da leitura da Bíblia todos os dias durante esse mês de janeiro continua a todo vapor. Estamos juntas lendo o livro de Atos e descobrindo as pérolas da Palavra de Deus. Caso você não tenha participado até agora, não perca mais tempo e junte-se a nós!
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Você sabia que a amargura pode acabar com a sua alegria? Será que a amargura entrou na sua vida? Amanhã, Nancy vai nos guiar por essa reflexão. Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.
O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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