Dia 07: Amargura
Raquel: Você se pega guardando um registro de todas as vezes em que seus direitos foram violados? Nancy DeMoss Wolgemuth diz que você precisa ficar atenta à amargura.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você não abrir mão dos seus direitos, vai viver como uma mulher amarga, brava, culpando os outros e infeliz. Mas você não precisa viver assim. A liberdade vem quando abrimos mão dos nossos direitos. Trocamos a amargura pelo perdão, pelo amor e pela gratidão.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do livro Escolhendo o Perdão, na voz de Renata Santos.
A amargura envenena seus relacionamentos, suas emoções e até a sua aparência física. Nancy tem nos dado uma visão sobre a vida de Noemi, uma personagem bíblica marcada pela amargura. Este é o sétimo episódio da série "Rute: O poder transformador do amor redentor".
Nancy: Finalmente chegamos ao final …
Raquel: Você se pega guardando um registro de todas as vezes em que seus direitos foram violados? Nancy DeMoss Wolgemuth diz que você precisa ficar atenta à amargura.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Se você não abrir mão dos seus direitos, vai viver como uma mulher amarga, brava, culpando os outros e infeliz. Mas você não precisa viver assim. A liberdade vem quando abrimos mão dos nossos direitos. Trocamos a amargura pelo perdão, pelo amor e pela gratidão.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do livro Escolhendo o Perdão, na voz de Renata Santos.
A amargura envenena seus relacionamentos, suas emoções e até a sua aparência física. Nancy tem nos dado uma visão sobre a vida de Noemi, uma personagem bíblica marcada pela amargura. Este é o sétimo episódio da série "Rute: O poder transformador do amor redentor".
Nancy: Finalmente chegamos ao final do capítulo um do livro de Rute, mas antes de encerrar, gostaria que voltemos e reflitamos por mais um tempo sobre a questão da amargura.
Quando Noemi chegou a Belém com Rute, as pessoas que a conheciam de anos atrás, mas que agora mal a reconheciam, disseram: "Essa não é a Noemi?"
Ao que ela respondeu: "Não me chamem de Noemi," que significa agradável. "Mas Mara," que significa amarga, "porque o Todo-Poderoso me deu muita amargura" (Rute 1:20).
Não é interessante como a amargura afeta nosso bem-estar físico, nossa expressão e nossa aparência? Às vezes, só de olhar para algumas mulheres dá pra perceber que elas são mulheres amarguradas.
Há linhas de dureza, raiva e amargura que, de alguma forma, acho que aparecem em nosso rosto como mulheres, mais do que nos homens.
Noemi estava quase irreconhecível. Ela havia se mudado há dez anos, mas era adulta quando saiu. Imagino que ela ainda seria reconhecível ao voltar, mas a sensação que tenho aqui é que a amargura a envelheceu muito mais do que esses dez anos. Ela passou por muita coisa. Ela havia sofrido muito.
Porém, o rumo das nossas vidas não pode ser definido pelo que nos acontece, mas pela maneira como respondemos ao que acontece.
Noemi sofreu muito. Ela perdeu o marido, perdeu os filhos. Ficou sozinha no mundo, apenas com sua nora viúva. Ela realmente passou por muitas dores.
Mas o resultado da vida dela, e o estado em que ela se encontrava quando voltou para Belém, não se deve tanto às perdas que ela sofreu, mas sim à visão que ela tinha de Deus e de como ela respondeu a essas perdas.
E hoje gostaria de analisar a questão da amargura: como ela nos afeta, afeta os outros e o que podemos fazer a respeito.
Muitas vezes nossa amargura é uma reação a pessoas ou circunstâncias que nos machucaram. Quando comecei a preparar minhas anotações para hoje, escrevi que "a amargura é causada por pessoas ou circunstâncias," mas depois voltei e corrigi. A amargura não é causada por nada que acontece conosco. Ela é fruto da nossa reação ao que nos acontece, à dor e à perda. E isso tem um efeito enorme, tanto em nós mesmas quanto nos outros.
Não só nossa aparência física e nossa saúde são afetadas quando nos tornamos amargas, mas também nossa estabilidade emocional. A amargura nos aprisiona, nos faz levantar barreiras e muros em nossos relacionamentos.
Quando Noemi voltou a Belém, ela não era mais uma mulher simpática. "Não me chamem de Noemi. Me chamem de Mara. O Todo-Poderoso tornou minha vida muito amarga." Veja, ela está reclamando, se lamentando.
Sempre que ensino sobre isso, geralmente alguém me diz: "Acho que você está sendo muito dura com Noemi."
Ela era uma mulher que sofreu muito, mas acredito que ela respondeu com amargura, e como resultado, ergueu barreiras e muros em seus relacionamentos com outras pessoas.
"Não se aproxime de mim. Eu fui machucada. Não estou disposta a correr o risco de me machucar de novo." Talvez você já tenha sentido isso quando perdeu amigos próximos ou quando eles se mudaram. Já se pegou pensando: "Não vou me aproximar de mais ninguém, porque assim que fico próxima de alguém, essa pessoa vai embora."
A amargura nos faz erguer esses tipos de muros. Com o tempo, a amargura transborda. Não conseguimos mantê-la guardada dentro de nós. Ela acaba saindo nas nossas palavras, assim como aconteceu quando Noemi falou com os moradores da cidade. Quando verbalizamos nossa amargura contra Deus e contra nossas circunstâncias, outras pessoas acabam sendo contaminadas e envenenadas pelo que está nos corroendo por dentro.
É por isso que o escritor de Hebreus diz: "Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos" (Hebreus 12:15, parafraseado).
Noemi voltou à cidade, e tudo que ela conseguia fazer era falar o quão terrível Deus tinha sido com ela. A maioria de nós não diria isso com essas palavras, mas como reagimos quando as pessoas perguntam: "Como você está? Como foi o seu dia?" Você é daquelas pessoas que faz um "relatório médico"? Fala de cada órgão, cada dor, cada problema?
Não é agradável estar com alguém assim. Frequentemente me pergunto ao ler essa passagem: "Será que eu sou uma dessas pessoas que está sempre tendo um dia ruim?" Isso faz com que as pessoas não queiram ficar perto da gente. Acabamos contaminando os outros.
Como podemos nos livrar dessa raiz de amargura? Tenho três sugestões:
Primeiro, precisamos parar de olhar para fora, de culpar os outros. Não há ninguém a quem culpar. Precisamos parar de dizer: "Eu sou assim porque fulano fez tal coisa comigo," ou "Eu não seria assim se… não tivesse me casado com aquele homem, ou se eu não tivesse tido aquele pai, ou se meu chefe não tivesse feito aquilo comigo."
Pare de olhar para fora em busca de alguém para culpar.
A segunda coisa é olhar para dentro. Precisamos chegar ao ponto de reconhecer que estamos realmente amargas.
Isso é difícil de admitir. Não nos importamos em dizer que fomos machucadas, porque isso sugere que outra pessoa fez algo para nos ferir; somos vítimas. Não somos responsáveis.
As mulheres costumam me dizer: "Estou machucada. Estou ferida." Mas quase nunca ouço uma mulher dizer: "Eu sou uma mulher amarga." Por quê? Porque a amargura sugere que fizemos algo errado. Que reagimos de maneira errada.
Precisamos chegar ao ponto de assumir a nossa responsabilidade. Sabe, é fácil ver isso nos outros. Muitas vezes conseguimos perceber: "Aquela pessoa é tão amarga," mas é muito difícil enxergar a nossa própria amargura.
É difícil até mesmo saber quando realmente nos tornamos amargas. Como você pode saber se está amargurada? Bom, acho que duas perguntas são úteis:
- Existe alguém a quem eu ainda não perdoei completamente?
- Existe alguma pessoa ou circunstância na minha vida pela qual eu ainda não consegui agradecer a Deus?
Essa é difícil. Existe alguma pessoa ou circunstância da qual você sente ressentimento em vez de conseguir agradecer a Deus? Não agradecer pelo pecado, mas agradecer a Deus por ter permitido essa determinada pessoa ou circunstância em sua vida, para que, de alguma forma, você fosse abençoada e trouxesse glória para o nome de Deus, e assim sendo ainda mais abençoada.
Depois de olhar para dentro e reconhecer a amargura, preciso aceitar a responsabilidade pelas minhas ações e atitudes. Talvez Noemi não pudesse controlar o fato de que seu marido levou a família para Moabe, onde todas essas catástrofes aconteceram.
Mas ela teve que chegar ao ponto em que não estava mais culpando o marido, nem Moabe, nem os médicos que talvez não souberam como cuidar dos seus filhos, que ficaram doentes e morreram.
Acho que ela teve que perceber que não podia controlar as circunstâncias, mas podia controlar suas reações. Ela teve que assumir a responsabilidade por sua raiva e por suas culpas.
Não queremos olhar para fora. Precisamos olhar para dentro e, mais importante, olhar para cima, para Deus. Quando estamos feridas e amarguradas, esse pode ser o último lugar onde queremos fixar nosso olhar, mas deveria ser o primeiro.
O que fazer quando olhamos para cima? Primeiro, confessamos nossa amargura a Deus como pecado. Sem desculpas, sem culpar os outros. Arrependemo-nos. Dizemos: "Senhor, estou amargurada. Pequei contra Ti com minha amargura. Por favor, me perdoe."
E depois, ao olhar para cima, perceber o quanto Deus nos ama e que Ele se alegra em nós. Quando Ele permitiu determinadas circunstâncias em sua vida, essa não era uma punição. Ele estava trabalhando em seu favor para mostrar Sua misericórdia e Seu amor.
Fixando nossos olhos para o alto e conhecendo mais a Deus, chegamos ao ponto de confiar que Deus tem um propósito em tudo o que passamos, e confiar que Ele sabe qual é esse propósito, mesmo quando não conseguimos ver ou entender.
Deixe-me ler alguns versículos do Salmo 119 que têm ministrado ao meu coração. O salmista está falando sobre o quanto a Palavra de Deus é preciosa. E é fácil dizer que amamos a Palavra de Deus, mas quando enfrentamos aflições, nem sempre temos certeza se queremos olhar para ela.
O salmista diz: "Antes de ser afligido, eu andava errado, mas agora guardo a tua palavra." (Salmo 119:67). Ele está dizendo: "Senhor, Tu tinhas um propósito nessa aflição. Estavas usando isso para me ensinar, para me dar um coração e uma fome pela Tua Palavra e pela obediência que eu talvez nunca teria se não tivesse sido afligido."
Ele prossegue dizendo: "Foi bom que eu tivesse passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.” (Salmo 119:71). Ele está dizendo que situações da vida são oportunidade de crescimento. Essas aflições são como provas surpresa, exames de final de semestre.
E é importante para mim que eu passe por essas provações. Uma coisa é olhar para trás e ver quais eram os propósitos de Deus, mas recitar esse versículo quando estamos em meio à provação é um desafio. "É bom para mim ser afligido, porque assim aprendo as Tuas leis, como aprendo os Teus caminhos."
Ele continua: "Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste" (Salmo 119:75). Com fidelidade, Tu me afligiste.
Ouvi muitas mulheres compartilharem histórias preciosas de como Deus usou a aflição como uma ferramenta de ensino em suas vidas. Lembro-me de uma mulher que compartilhou comigo, há cerca de uma semana, algumas questões familiares dolorosas que ela havia enfrentado — problemas com seu casamento, com seus pais, com seus filhos.
Ela disse: "Eu me senti tão solitária no último ano. Tem sido tão difícil, mas tem sido tão precioso. Acho que se não tivesse passado por essas circunstâncias, particularmente no meu casamento este ano, não teria conseguido ficar a sós com Deus, em Sua Palavra, com meu coração humilhado diante d'Ele para receber o que Ele queria me ensinar sobre Seu coração e Seus caminhos."
A verdade é que, se você e eu estamos sendo afligidas de alguma forma, é por causa da bondade e da fidelidade de Deus. "É bom para mim ser afligido." E a liberdade da amargura virá quando concordarmos com essa verdade. "Eu sei, Senhor, que os Teus juízos são justos, e que com fidelidade me afligiste."
E, ao aceitarmos os propósitos de Deus, também podemos perceber que Ele tem uma provisão de graça para cada necessidade.
Uma mulher parou para me contar sobre um conjunto desesperador de circunstâncias em sua vida. E ela disse, entre lágrimas: "Deus tem sido tão fiel comigo. Deus tem sido fiel à minha família durante tudo isso. Deus tem uma provisão de graça para cada necessidade."
É tão importante que entreguemos nossos direitos — entregar o direito de ficar com raiva, de ser amarga, de ser amada, de ter uma vida fácil, de ter as coisas do nosso jeito.
Se você não abrir mão de seus direitos, viverá como uma mulher desagradável, amarga, zangada, e sempre culpando os outros. Você não precisa viver assim. A liberdade vem quando entregamos nossos direitos. E substituímos a amargura por perdão, amor e gratidão.
É isso que Paulo diz em Efésios capítulo 4: "Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, assim como de toda malícia. Sejam bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo" (Efésios 4:31, parafraseado).
Então, recapitulando: "Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz." (Rute 2:1)
Noemi é a esposa. Elimeleque é o marido. Eles levaram seus dois filhos para a terra de Moabe durante um tempo de fome em Belém. Agora, Elimeleque morreu. Os dois filhos se casaram com mulheres moabitas e morreram. Noemi ficou viúva. Ela perdeu seus dois filhos. É difícil até imaginar a dor, a agonia, a angústia que essa mulher deve ter passado.
Mas Deus a trouxe ao ponto de voltar para Belém. Ela está acompanhada de sua nora Rute, que disse: "Quero te seguir. Quero seguir seu Deus e seu povo." Sua nora se converteu. As duas mulheres voltam para Belém, e é o tempo da colheita da cevada.
As Escrituras inserem apenas esta pequena nota que nos conta algo que sabemos, como observadores e leitores, mas Noemi ainda não sabia. Isso nos dá uma pequena pista sobre o que está acontecendo nos bastidores.
Às vezes, se você vai a uma peça de teatro, só sabe o que está acontecendo no palco, mas não sabe o que está acontecendo nos bastidores, atrás da cortina.
Temos um Deus que sabe tudo o que está acontecendo — não apenas no palco, não apenas o que podemos ver, mas que conhece todas as partes e peças que estão acontecendo nos bastidores.
O capítulo 2 diz: "Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens [ele era um homem rico, um proprietário de terras], da família de Elimeleque [seu falecido marido], o qual se chamava Boaz." (2:1)
Na verdade, o capítulo continua e por enquanto não diz mais nada sobre Boaz.
Apenas coloca este pequeno versículo aqui para nos dizer que Deus tem um plano em mente. Precisamos voltar antes de avançar para o restante do capítulo e entender um pouco sobre a cultura e as leis judaicas para nos ajudar a entender por que é significativo que haja um parente rico de Noemi e seu marido que estava em Belém.
Isso nos leva a uma lei no Antigo Testamento que é muito importante para entendermos a nossa própria fé. É a lei do parente redentor.
Essa frase, parente redentor, traduz uma palavra hebraica, a pequena palavra goel. É uma palavra que significa essencialmente "protetor". Esta é uma disposição de proteção.
Como dissemos nas últimas semanas, havia duas coisas vitais que precisavam ser protegidas na cultura judaica — duas coisas que Deus disse ao Seu povo que eram muito importantes. Uma era o nome da família; a segunda era a terra da família, a herança ou posses da família.
O goel era um homem que redimia seu parente da dificuldade ou da perda, que fornecia proteção e restauração, seja do nome da família ou das terras da família.
Deixe-me mostrar como isso funcionava. De acordo com a lei de Moisés, o parente mais próximo tinha tanto a responsabilidade quanto o direito em relação a um parente necessitado ou empobrecido.
Agora, para ter um parente redentor, um goel, você precisava ter uma necessidade. Você precisava estar empobrecido. Se tudo na sua vida estivesse indo bem — você tinha seu cônjuge e seus filhos e suas terras — você não precisava de um redentor.
Mas se você perdesse algumas dessas coisas que eram importantes proteger, Deus fez uma provisão para um redentor. No que diz respeito às terras da família, se um homem tivesse que vender suas terras familiares por causa da pobreza, o parente mais próximo, o parente masculino mais próximo, tinha o direito de redimir essas terras, comprá-las de volta e restaurá-las àquele que as havia perdido.
Ele era o goel. Ele era o parente redentor. Quando se tratava do nome da família, e vimos isso no capítulo um, um homem tinha o dever, quando seu irmão morria sem filhos, de tomar a viúva como sua esposa e gerar filhos para seu irmão, que então levariam o nome de seu irmão. Os filhos herdariam as terras do irmão.
Portanto, era um sacrifício ser um goel. Você tinha que estar disposto a pagar por essa terra. Você tinha que ter bens para pagar pela terra. Você tinha que estar disposto a tomar essa viúva como sua esposa, mas os filhos não seriam seus filhos. Eles legalmente continuavam sendo os filhos de seu irmão.
Essa era a forma de Deus, uma provisão graciosa, ajudar os judeus empobrecidos ou necessitados a manter suas terras familiares e o nome da família. Deus não fez isso apenas por causa deles, mas lembre-se, Deus tinha algo maior em mente.
Deus tinha um plano maior, uma imagem maior. Havia um Messias vindo. Havia um Redentor vindo, um Salvador do mundo. Esse redentor das terras familiares e do nome da família apenas possibilitou que essa herança judaica piedosa continuasse até a época de Cristo.
Esse goel tornou-se uma imagem incrível de Cristo, que veio à terra para nos redimir de nossas perdas. À medida que a história se desenrola, veremos como Ele fez isso.
Mas ao olharmos para este primeiro versículo no capítulo 2, tudo o que nos é dito é que "Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz.."
Aqui está Noemi, que está empobrecida. Ela perdeu sua família. Não há esperança de que uma linha familiar continue. Ela está prestes a perder suas terras. Ela volta, e, a partir de sua pobreza, terá que vender suas terras apenas para sobreviver.
E, no entanto, ela tem um parente que é um dos homens mais ricos da terra. Embora, neste momento, ela nem saiba que tem esse parente e não veja conexão entre esse parente rico e sua grande necessidade.
Não é assim que acontece muitas vezes? Deus tem uma provisão. Deus fez uma provisão para nós através de Cristo. Deus faz provisões através de Sua graça para nossas vidas todos os dias, para nos encontrar em nosso ponto de necessidade. Ele tem a provisão em vigor, mas muitas vezes não conseguimos vê-la. Não sabemos que ela está lá. Então, o que fazemos? Temos que confiar. É para esse ponto que Deus estava tentando trazer Noemi, onde ela confiaria que Deus realmente tinha uma provisão e um plano.
A história de Rute realmente tem um enredo incrível. É uma grande história, e a coisa que mais amo é a lembrança de que Deus vê todas as peças. Que Deus sabe onde todas aquelas peças do quebra-cabeça estão.
Eu gosto muito de montar quebra-cabeças, e quando estou tentando montá-los, geralmente, chego a um ponto em que penso: "Devem estar faltando algumas peças desse quebra-cabeça." Mas sempre estão todas lá.
Quando estão espalhadas na mesa de forma desordenada e bagunçada, não consigo ver como elas se encaixam. Mas temos um Deus que já montou o quebra-cabeça. Na verdade, ele nunca foi desmontado na mente Dele. Ele sabe como tudo se encaixa. Ele vê todas as peças. Não há mistérios no céu. Agora, deste lado do céu, há toneladas de mistérios.
Eu creio que temos que chegar ao ponto em que estamos dispostas a viver com mistério — a viver com algumas coisas que não podem ser explicadas.
Eu não sei por que Deus levou o marido da minha amiga Jenny e a deixou com quatro meninos pequenos. Eu sei que ela abraçou a vontade de Deus em seu coração e confiou em Deus. Mas sei que ela não tem todas as respostas e nunca terá nesta vida.
Mas eu também vi em Jenny uma mulher que está confiando em um Deus que fez provisão. Isso não torna as coisas fáceis. Isso não significa que não haja lágrimas. Isso não significa que não haja muita solidão e um sentimento de perda. Mas eu vi de longe uma mulher que está se utilizando dos recursos de Deus para atender suas necessidades.
Acho que nos contam sobre Boaz neste primeiro versículo do capítulo 2 para que, mais tarde, quando Rute realmente conhece Boaz, veremos que ela pensa que é um encontro puramente incidental. Mas o leitor saberá que não há coincidência aqui. Não foi à toa que ela parou naquele campo de Boaz. Deus a direcionou para lá. Deus colocou aquele homem ali, e Deus a enviou para aquele campo.
Isso me mostra que por trás de situações que parecem acontecer só por acaso em nossos encontros diários, em nossas vidas e experiências diárias, na verdade não são coincidência. Está tudo sob a Providência de Deus.
O conhecimento providencial de Deus, decreto, o amor e o cuidado — tudo isso está sob o controle Dele. Muitas vezes digo, e com a idade chegando, mais isso faz sentido para mim, que amo viver sob a Providência. Eu amo!
Claro, nem sempre amo tudo o que isso significa para mim. Nem sempre amo não saber o que Deus está fazendo, mas quando eu me afasto e adoro e reflito sobre quem Deus é e vejo o que Ele fez, recebo fé para crer que para os mistérios que estou vivendo agora, para as coisas que não consigo compreender ou entender, Ele é providencial.
Ele é soberano. Ele se importa. Ele está construindo. Ele está orquestrando e entrelaçando as peças da minha vida para fazer uma grande história redentora.
Não conseguimos ver o final da história. Não sabemos como tudo vai se encaixar. Mas vai! Deus nos dá esses pequenos vislumbres, esses pequenos indícios, por assim dizer.
"Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz." Não sabemos mais do que isso ainda, mas à medida que a história se desenrola, veremos que esse comentário casual está realmente cheio de significado, cheio de providência e faz parte do plano de Deus.
Portanto, se você está carente hoje ou vivendo em mistério, vivendo na confusão ou na dor ou na incerteza das circunstâncias que estão acontecendo em sua vida, anime-se.
Seja encorajada. Há um Redentor nas proximidades, um Homem de destaque, um Homem rico, um Homem de influência, um Homem que tem o direito, o poder e a disposição de redimir você e suas perdas. Ele conhece sua necessidade. Ele ama você. Ele está comprometido com você, e Ele pretende restaurá-la.
Raquel: Noemi e Rute se encontraram em uma fase de necessidades, e Deus provê através de um parente redentor. Acabamos de ouvir Nancy DeMoss Wolgemuth explicar como essa imagem reflete a provisão de Deus para nós através de Cristo, nosso Redentor supremo. Mesmo quando você está em um lugar desesperador ou a vida parece fora de controle, Deus está orquestrando as peças para contar sua história.
A história de Rute é um lembrete de que Deus vê o quadro geral da vida, e Ele é o autor de nossas histórias. Para se aprofundar e ver os detalhes da provisão de Deus para Noemi e Rute, confira nosso estudo chamado Rute- experimentando uma vida restaurada. Encomende a sua cópia ainda hoje no nosso site. www.avivanossoscoracoes.com
O que significa se sentir como um refugiado? Vamos considerar isso amanhã quando Nancy retomar nosso estudo sobre Rute. Ela está aqui para orar.
Nancy: Se você não abrir mão dos seus direitos, você vai viver como uma mulher desagradável, amarga, raivosa, culpando os outros. Mas você não precisa viver assim. A liberdade vem quando abrimos mão dos nossos direitos. E substituímos isso por perdão, amor e gratidão.
Obrigada, Pai, por nos dar apenas pequenos vislumbres das intrínsecas partes do Seu plano. Nossa visão e entendimento são tão limitados, mas confiamos que o Senhor está no controle e que o Senhor é soberano.
O Senhor está entrelaçando uma história redentora incrível. Não se trata de nós. Trata-se de Ti e do Teu plano de redimir este mundo. Obrigada por esse plano. E quando não conseguimos ver, ajude-nos a confiar. Obrigada pela promessa de que, quando um dia nos encontrarmos face a face contigo, olharemos para trás e diremos: “O Senhor fez todas as coisas bem.” Em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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