Dia 08: Encontrando refúgio
Raquel: Você sabia que as pequenas escolhas que você faz têm um grande impacto no resto da sua vida? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth:Se eu não estiver disposta a deixar Deus guiar minha vida nas áreas de alimentação, uso do tempo e maneira de trabalhar—se não houver disciplina nessas áreas, sustentada pelo Espírito de Deus—então o que me faz acreditar que, sob pressão, terei disciplina moral?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo o Perdão, na voz de Renata Santos.
Muitas pessoas acham que adoração é algo que fazemos no domingo, e o trabalho é algo que somos obrigados a fazer e, às vezes, tememos a segunda-feira. Hoje, vamos ouvir uma perspectiva diferente. Vamos continuar analisando a vida de Rute. Como uma viúva pobre, ela teve que trabalhar arduamente para alimentar sua família, mas não ficou ressentida. Vamos …
Raquel: Você sabia que as pequenas escolhas que você faz têm um grande impacto no resto da sua vida? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.
Nancy DeMoss Wolgemuth:Se eu não estiver disposta a deixar Deus guiar minha vida nas áreas de alimentação, uso do tempo e maneira de trabalhar—se não houver disciplina nessas áreas, sustentada pelo Espírito de Deus—então o que me faz acreditar que, sob pressão, terei disciplina moral?
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo o Perdão, na voz de Renata Santos.
Muitas pessoas acham que adoração é algo que fazemos no domingo, e o trabalho é algo que somos obrigados a fazer e, às vezes, tememos a segunda-feira. Hoje, vamos ouvir uma perspectiva diferente. Vamos continuar analisando a vida de Rute. Como uma viúva pobre, ela teve que trabalhar arduamente para alimentar sua família, mas não ficou ressentida. Vamos nos juntar a Nancy nesta série chamada Rute: O poder transformador do amor redentor.
Nancy: Hoje, chegamos novamente ao capítulo 2 em nosso estudo do livro de Rute. A palavra que se destaca para mim neste capítulo é "refúgio." Vamos ver que Rute encontra um refúgio. A graça de Deus se torna seu refúgio, mesmo sendo viúva e estrangeira na terra de Israel. Ela voltou com sua sogra, Noemi, para Belém, vindo da terra de Moabe.
Mas ela está muito sozinha. Ela tem uma sogra amargurada e frustrada com quem está vivendo. E ela se sente muito sozinha como viúva e estrangeira nesta cultura. As Escrituras nos dão uma pequena pista do que está por vir e nos dizem que "Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque [Elimeleque era seu marido], o qual se chamava Boaz." (v. 1)
Lembrando que a lei do parente redentor era a provisão de Deus onde um parente ajudaria seus parentes empobrecidos. Vamos entender mais sobre isso conforme avançamos nos capítulos restantes do livro de Rute.
Mas aqui, somos informados como leitores de algo que Rute e Noemi não sabem até este momento. Embora sejam uma das pessoas mais pobres da terra, elas têm um parente rico—Noemi tem—que na verdade se tornará seu redentor.
E quão frequentemente, nas circunstâncias da vida—quando nos sentimos presas, sozinhas e empobrecidas, seja literalmente ou no nosso espírito—sentimos que não temos para onde ir. O que não sabemos é o que Deus sabe, e isso é o restante da imagem, o restante da história: que Deus tem uma provisão em mente, e que à Sua maneira e no Seu tempo, Ele trará essa provisão para nossas vidas.
À medida que começamos no capítulo dois, vejo algumas coisas em Rute neste capítulo. Não ouvimos muito sobre Rute no primeiro capítulo; nos concentramos um pouco mais em Noemi. Mas, para mim, Rute se torna um verdadeiro contraste em relação a Noemi em vários aspectos. Vamos ver que Rute tinha uma visão muito diferente de Deus do que Noemi tinha.
Vimos que Noemi via Deus como seu inimigo. Ela disse repetidamente no capítulo um: “O Todo-Poderoso me afligiu. Ele trouxe infortúnio para a minha vida. Sinto que Deus não foi justo comigo, que as circunstâncias que vieram para a minha vida são culpa de Deus. Se Ele realmente estivesse atento, não teria deixado essas coisas acontecerem comigo.”
Nós nunca diríamos essas palavras, mas às vezes somos tentadas a nos sentir assim e a pensar que talvez esse seja o caso. Porém, nos próximos dias veremos no livro de Rute uma visão totalmente diferente de Deus ao estudarmos juntas o capítulo dois.
Como resultado de sua visão de Deus, ela tinha um espírito muito diferente de Noemi. Não vemos em Rute um pingo da amargura e do ressentimento que vimos saindo da vida de Noemi nos últimos dias. Vemos porém uma liberdade, uma doçura, uma plenitude e um alívio em sua vida. Vemos uma beleza nela. Isso é o que faz uma mulher verdadeiramente bonita.
Vamos ver nesta mulher as qualidades da virtude. Na verdade, muitas das qualidades que veremos na vida de Rute são as mesmas que estão listadas em Provérbios 31, sobre uma mulher virtuosa.
Os judeus acreditam que o rei Salomão escreveu Provérbios 31 depois de ser orientado, quando jovem, por sua mãe—e quem foi a mãe de Salomão? Bate-Seba—talvez pela mãe dele, Bate-Seba, sobre sua ancestral Rute, que seria a bisavó de Salomão. Talvez ela estivesse descrevendo essa mulher para seu filho, ensinando a ele quais qualidades ele deveria procurar em uma esposa.
Você verá um retrato neste livro de uma mulher bela e temente a Deus. Vemos nela o fruto da conversão. Mulheres, se nós realmente nos convertermos, haverá fruto. Haverá evidência. Haverá resultados.
Isso não significa que no dia seguinte à nossa conversão, de repente, parecemos com Jesus. Há um processo. Isso se chama santificação. Fico feliz em ver algumas meninas do ensino médio que puderam se juntar a nós hoje e ouvir o que algumas de nós, mulheres mais velhas, gostariamos de ter sabido - anos atrás—vejo muitas cabeças acenando por aqui—e poder aprender essas coisas como jovens é uma benção.
Gostaria de encorajar vocês, jovens. Façam desse tipo de mulher sua heroína. Não busquem a visão de feminilidade nas mulheres da TV, nas mulheres da revista Caras, nas mulheres que são as heroínas da nossa cultura. O que vocês verão no mundo é justamente o oposto do que verão nesta mulher.
Minha oração por vocês, jovens, é que se tornem “Rutes”, que tenham esse tipo de espírito. Este é o fruto do Espírito produzido na vida de Rute.
Eu posso ler esta história e começar a me sentir tão longe, tão diferente do espírito que vejo em Rute. E sou lembrada de que o mesmo Espírito que veio sobre Rute no Antigo Testamento vive em mim. Cristo em mim é a minha esperança de glória. Ele é quem está me moldando e transformando, e Ele vai produzir essas qualidades, esse fruto, na minha vida.
Vamos ler Rute capítulo 2 e ficar neste capítulo pelos próximos dias. Eu gostaria de destacar algumas das qualidades que vemos na vida de Rute e que queremos que sejam verdadeiras em nossas vidas como mulheres de Deus.
“Rute, a moabita, disse a Noemi:
— Deixe-me ir ao campo para apanhar espigas atrás daquele que me permitir fazer isso.
Noemi respondeu:
— Vá, minha filha!
Ela se foi, chegou ao campo e apanhava espigas atrás dos ceifeiros.” (2:2–3)
Muitas de vocês estão familiarizadas com o conceito de deixar espigas na colheita no Antigo Testamento. Mas, para aquelas que talvez não conheçam, vamos lembrar que isso era uma provisão do Antigo Testamento para os pobres. Era o sistema de assistência social divino. Era a provisão de Deus para as necessidades dos pobres e desamparados. Refletia uma preocupação com os mais carentes.
A lei exigia que os ceifadores, na época da colheita, não tentassem pegar todo o grão em cada canto do campo. Eles deviam deixar alguns grãos para trás, para que os pobres da terra pudessem vir e pegar o que havia sido deixado pelos ceifadores.
Vemos aqui que Rute toma a iniciativa. Quando ela e Noemi chegaram de volta a Belém, era época de colheita, portanto era tarde demais para plantar seu próprio grão e colhê-lo. Elas chegaram sozinhas à cidade em situação precária e sem uma figura masculina para sustentá-las.
Muitas pessoas em tempos de necessidade esperam que os outros forneçam para elas: “Alguém deve suprir minhas necessidades agora.” Mas é interessante que Rute aqui, e ao longo do capítulo, nunca reivindica direitos. Ela percebe que não tem nenhum. Ela é uma pobre viúva moabita. Estava disposta a tomar a iniciativa e a trabalhar no que era considerado um trabalho humilde e de pouco prestígio.
Ela, porém, não está reclamando, se queixando ou resmungando. Eu sei que não nos contam a história toda, mas li essa história muitas, muitas vezes ao longo dos anos. E vejo aqui uma mulher que está em paz, que está tranquila, que está disposta a trabalhar duro—e, eu acho, uma mulher que via o trabalho como um privilégio.
O trabalho é sagrado se é um trabalho que Deus lhe deu para fazer. A maioria de nós não vai para a roça e faz um trabalho pesado. Mas temos muito trabalho árduo a ser feito em nossas casas. Esse trabalho pode ser realizado com um coração amoroso. Rute não estava fazendo isso apenas por si mesma; ela também estava cuidando de sua sogra viúva. Ela não se esquivava do trabalho, mas acredito que provavelmente considerava o trabalho um privilégio.
O trabalho pode se tornar um ato de adoração. Existem aspectos do meu trabalho que eu amo. Sentar aqui e ter essas sessões—eu amo fazer isso. O que eu não gosto tanto é todo trabalho duro que acontece para que essa parte aconteça. Essa é a parte desafiadora, às vezes até humilhante, difícil e desgastante.
Eu amo ter um lar onde posso mostrar hospitalidade, usá-lo para ministrar aos outros. O que eu não amo, na verdade, é o que você precisa fazer para deixar uma casa apresentável para receber visitas. Não gosto de limpar, lavar louças e cortar frutas e vegetais para receber pessoas para um jantar. Essa é a parte desgastante. É a parte pela qual você não recebe muito agradecimento. É a parte que talvez ninguém mais veja.
Mas vejo em Rute uma mulher que vê o trabalho como um privilégio porque é feito por amor. Isso se torna um ato de adoração e devoção.
Ela diz que quer ir aos campos atrás “daquele que me permitir fazer isso.” Então lemos esta pequena frase: “Por casualidade entrou na parte do campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.” (v. 3)
Alguns comentários aqui: Em primeiro lugar, lembramos do primeiro versículo do capítulo dois que Boaz era um proprietário de terras rico e parente do falecido marido de Noemi. Rute e Noemi não percebem a importância desse fato no momento.
Assim, do ponto de vista delas, quando Rute vai trabalhar na terra de Boaz, isso é totalmente por acaso. A frase aqui é “por casualidade.” Acho que algumas traduções dizem: “E aconteceu de encontrar o campo de Boaz.” Eu amo a maneira poética de uma versão, que diz: “e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque.” Essa é uma maneira antiga de dizer que, da perspectiva dela, isso foi sorte.
Nós sabemos, como aqueles que vivem sob a soberania de Deus, que não existe tal coisa como acaso. Não existe isso de “acontecer” de entrar em um campo ou em uma certa circunstância da vida.
Sabemos que Deus controla cada circunstância de nossas vidas e que não há coincidências com Ele—que até mesmo nossos encontros aparentemente acidentais estão sob Seu cuidado.
Eu tento lembrar disso ao longo do meu dia, à medida que surgem interrupções. Tento ser sensível ao fato de que Deus está orquestrando os encontros da minha vida. Na verdade, posso olhar para toda a minha vida e ver decisões que tomei sem ter ideia de onde elas me levariam, ou pessoas que conheci sem saber qual influência elas teriam na minha vida, ou as decisões que elas tomariam por mim ou ao meu redor.
Eu não tinha ideia de como Deus estava orquestrando todas aquelas peças para reunir o que ainda é, em grande parte, um mistério para mim, porque ainda não estou na presença dEle. Mas o que agora confio verdadeiramente não é circunstância, não é acaso, mas é a soberania de Deus controlando os eventos da minha vida.
O versículo 4 nos diz: “Eis que Boaz veio de Belém e disse aos ceifeiros:
— Que o Senhor esteja com vocês!
E eles responderam:
— Que o Senhor o abençoe!”
Eu gosto dessa saudação que Boaz dá aos seus trabalhadores. Isso nos dá a primeira visão do seu caráter. Já vimos que ele era um homem rico e que era parente de Elimeleque. Mas até este ponto, não havíamos visto nada do seu coração. Vamos ver que ele é um homem de Deus. Ele é um homem sábio. Ele é um homem com um coração voltado para Deus.
Eu amo a forma como, mesmo ao cumprimentar seus empregados—cumprimentando seus trabalhadores, seus ceifeiros—ele relaciona Deus à conversa, aos relacionamentos e à vida cotidiana. Esta é uma ilustração de como uma conversa natural pode incluir a discussão sobre o Senhor, sobre assuntos espirituais.
É surpreendente para mim quantos cristãos professos acham difícil falar sobre o Senhor. Tenho que confessar, acho isso um pouco difícil de entender. Quando você tem um relacionamento com Cristo que é a sua vida—não apenas um compartimento da sua vida—creio que o transbordamento disso, em toda a vida, será trazer Deus para a conversa.
Não seria demais, mesmo entre cristãos, quando nos encontramos, se trouxéssemos o Senhor para a conversa? Há um versículo maravilhoso nos profetas do Antigo Testamento que diz que aqueles que amavam o Senhor falavam frequentemente dEle entre si.
É assim que deveria ser na família de Deus—não deveríamos ter um compartimento onde somente nas manhãs de domingo falamos sobre Deus, mas sim durante toda a semana, quando Deus está presente em todas as nossas circunstâncias e situações.
Parece-me também que, ao cumprimentar os ceifeiros dessa forma—“que o Senhor esteja com vocês... que o Senhor os abençoe”—esse proprietário de terras e seus empregados estão se lembrando uns aos outros de sua dependência de Deus. A colheita não é algo que podem considerar garantido.
Versículo 5: “Depois, Boaz perguntou ao servo encarregado dos ceifeiros:
— De quem é essa moça?’”
Por alguma razão, aquela mulher chamou sua atenção. Ela não estava lá antes. Ela era obviamente uma mulher estrangeira. Ele a notou e perguntou ao seu subordinado: “Quem é ela?”
Versículos 6–7: “O servo respondeu:
— Essa é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe. Ela me pediu que a deixasse recolher espigas e juntá-las entre os feixes após os ceifeiros. Assim, ela veio e ficou aqui desde a manhã até agora. Só parou um pouco para descansar no abrigo.’”
Deixe-me parar aqui e destacar mais algumas características dessa mulher cujo retrato está sendo pintado para nós. Parece que Rute era uma trabalhadora dedicada. Ela era uma mulher diligente. Ela era habilidosa. Lemos isso sobre a mulher virtuosa em Provérbios 31. Ela é uma mulher que trabalha duro.
Rute foi ao campo logo de manhã. Ela trabalhou até o final da noite. Dê uma olhada no versículo 17: “E assim Rute esteve apanhando espigas naquele campo até de tarde. Depois debulhou o que havia apanhado, e foi quase vinte litros de cevada”. Portanto, ela obteve uma boa colheita naquele dia apenas trabalhando com as mãos. Mas ela começou cedo pela manhã e trabalhou até tarde da noite, com breves intervalos.
Fiquei convencida, enquanto estudava essa passagem, de quão importante é, como mulher, ser uma trabalhadora árdua. Frequentemente, eu me pego, em meu trabalho, em meu estudo, tão distraída e, às vezes, fazendo mais pausas do que realmente trabalhando. O Senhor usou essa passagem para me mostrar a necessidade de maior diligência e trabalho árduo na minha própria vida.
Isso pode ser na limpeza de nossos lares, ou pode ser na criação de filhos, no treinamento de seus filhos. Em algumas dessas questões diárias de trabalho duro, podemos deixar as coisas escaparem. Mas não vamos ter os frutos e a bênção e a grande colheita para levar de volta conosco se não estivermos dispostas a fazer o trabalho.
Deixe-me colocar um parêntese neste ponto e dizer que há outra qualidade de Rute que eu acho que se encaixa bem com essa. Eu a encontro no verso 14. Ela não era apenas disciplinada em seu trabalho, mas o verso 14 nos diz que ela era disciplinada em seus hábitos alimentares. Isso é algo que também falou muito comigo de uma maneira prática nesta passagem. Ela é uma mulher que tinha autocontrole—o que, como você sabe, é um fruto do Espírito.
O verso 14 diz: “Na hora de comer, Boaz disse a Rute:
— Venha para cá e coma do pão. Molhe o seu bocado no vinho.’” Isso soa estranho para nós, mas era um tipo de molho que teria sido costumeiro na cultura oriental. “Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe deu grãos tostados de cereais. Ela comeu até ficar satisfeita, e ainda sobrou.” Outra tradução diz: “Ela comeu e ficou satisfeita, e guardou um pouco.”
Aqui está uma mulher que, mesmo nas questões muito práticas da vida, é disciplinada. Ela tem autocontrole. Na verdade, poderíamos obter muitos insights sobre hábitos alimentares aqui. Eu noto que é uma dieta rica em carboidratos, que ela se senta para comer e que come nas horas das refeições. Há algumas coisas realmente práticas ali.
E nós rimos, mas quando peço às mulheres que apresentem pedidos de oração e cartões de oração em nossas conferências por todo o país, uma das questões mais comuns que surgem como pedidos de oração que as mulheres compartilham comigo é uma que eu entendo, que é toda essa área de uma prisão em relação à comida. As mulheres estão dizendo: “Sinto-me tão controlada pela comida.” Para algumas, é comer demais. Para outras, é não comer o suficiente.
A propósito, você não pode olhar para a aparência física de alguém e necessariamente saber se essa é uma área de prisão para ela. Existem algumas mulheres que parecem magras e que têm problemas com alimentação e que querem controlar suas próprias vidas, mas ainda assim não se rendem ao controle do Espírito Santo.
Não sei por que isso é um problema tão grande para nós, particularmente como mulheres. Talvez tenha alguma coisa a ver com o Jardim do Eden em Gênesis capítulo 3. Mas vejo aqui uma mulher que, embora jovem em sua fé, estava disposta a se submeter, até mesmo aos seus hábitos alimentares, ao controle do Espírito Santo.
Não quero super espiritualizar o texto aqui—e realmente estou apenas fazendo algumas aplicações—mas é incrível como a Palavra é prática em se aplicar às nossas vidas. Vejo uma mulher que comeu até ficar satisfeita e depois parou de comer.
Enquanto estudava essa passagem, me peguei pensando na hora das refeições e me perguntando: “Você está comendo agora porque não comeu o suficiente ou está comendo apenas porque gosta de comer? Se você já comeu o suficiente, pare de comer.” Isso é uma expressão de controle.
Você pode perguntar: “Qual é o grande problema?” Eu descobri, na minha própria vida, que se não estou permitindo que o Espírito controle todas as áreas da minha vida—mesmo naquelas pequenas áreas, aquelas áreas diárias, aquelas áreas que não são tão visíveis para outras pessoas—que eu vou me tornar mais vulnerável à falta de controle em outras áreas mais significativas.
Deixe-me dar um exemplo. Eu tenho um voto de vida diante do Senhor de ser moralmente pura, de viver uma vida que agrada ao Senhor na área da moralidade. Mas se não estou disposta a deixar Deus controlar minha vida nas áreas do que eu como, no uso meu tempo e de como faço meu trabalho—se não sou disciplinada nessas áreas, disciplinada pelo Espírito de Deus—então o que me faz pensar que sob pressão serei moralmente disciplinada?
Eu percebo isso porque as Escrituras dizem que qualquer uma de nós pode ser vulnerável ao pior tipo de pecado, falha e queda. É por isso que acredito que é tão importante fazermos escolhas nas pequenas questões cotidianas da vida, até mesmo em relação ao que comemos.
Preciso dizer que eu não gosto de falar sobre isso porque, frequentemente, as áreas em que realmente desafio outras mulheres e foco no ensino são as áreas em que me encontro mais provada. E não estou ansiosa por provas nessa área.
Mas preciso dizer isso porque preciso viver dessa maneira. É fácil para mim ser disciplinada e para você ser disciplinada quando estamos todas nesta sala umas com as outras e nos encorajando mutuamente. Mas é outra coisa quando estamos em casa, sozinhas, tarde da noite, cansadas, solitárias, tristes.
Alguém já disse: “Quando você está com fome, zangada, solitária ou cansada, pare.” É nesse momento que você está mais propensa a ser vulnerável. E Rute certamente tinha motivos para estar vulnerável devido às suas emoções e às circunstâncias de sua vida. Mas encontramos aqui uma mulher que não está sob o controle de seus próprios pensamentos e emoções, mas sob o controle do Espírito de Deus. Isso, no final, faz dela uma mulher bela e atraente.
Raquel: Uma mulher bela e atraente sob o controle do Espírito de Deus. Você está se tornando esse tipo de mulher? Durante esta série sobre o livro de Rute, Nancy DeMoss Wolgemuth está explicando as qualidades que tornaram essa jovem tão notável. Nancy, sabemos do seu compromisso com jovens mulheres para ajudá-las a se tornarem como Rute.
Nancy: Sim, e com a idade chegando, mais sinto esse compromisso, de ver jovens mulheres crescendo hoje e serem encorajadas pelo exemplo de Rute, suas qualidades de caráter e sua obediência ao Senhor. Há muito que todas nós podemos aprender com Rute, mas minha esperança é que o Espírito Santo comece Sua obra cedo nos corações e vidas dessas mulheres mais jovens enquanto elas crescem.
Na verdade, tive uma conversa preciosa recentemente com uma mulher que estava prestes a completar trinta anos. Ela compartilhou sua gratidão pelo ministério Aviva Nossos Corações, que sua mãe lhe apresentou quando ela era adolescente. Depois, quando essa jovem estava na faculdade, começou a caminhar com o Senhor. Foi quando ela voltou ao Aviva Nossos Corações. Ela falou sobre como, ao longo desses últimos dez ou doze anos, foi discipulada e encorajada em seu caminhar com o Senhor.
Ao pensar sobre essa conversa, essa mulher é como uma jovem Rute. Ela é bonita e atraente por dentro e por fora. Ela está desenvolvendo esse tipo de coração e ver isso acontecer através deste ministério é o nosso desejo e chamado.
Raquel: Eu amo isso. O que eu realmente amo é que ela começou a ouvir o Aviva Nossos Corações quando era adolescente. Os hábitos que aprendemos quando somos jovens são super importantes quanto a como conduziremos nossas vidas quando nos tornamos adultas. Na verdade, fiquei encantada com uma jovem que nos escreveu recentemente, contando o seu testemunho e como o Senhor está trabalhando na vida dela de muitas maneiras.
Ela é uma estudante universitária de vinte e um anos e queria nos contar o quanto a frase “o céu reina” impactou sua vida. Claro, isso é algo que você diz com tanta frequência que eu chamei de “uma frase da Nancy”!
Nancy: Não vou receber o crédito por isso porque, na verdade, essa frase vem de Daniel 4. Ela se tornou uma frase tão preciosa e encorajadora para mim. É por isso que realmente tento compartilhá-la. Fiquei animada em saber que essa jovem está tornando essa frase um alicerce em sua vida.
Raquel: De fato, ela queria que soubéssemos que, neste ano de mudanças repentinas, essa frase lhe deu confiança, apesar das dificuldades, e lhe deu ousadia para proclamar a bondade de Deus.
Nancy: Eu amo isso, e amo o que ela disse a seguir em sua cartinha para nós. Ela escreveu:
“À medida que o novo ano começa, espero que talvez o Aviva Nossos Corações faça uma série sobre a importância de ler a Palavra de Deus! Como jovem do século XXI, eu sei quantas distrações existem para as adolescentes e jovens adultos consumidas pelas redes sociais, grudadas em seus celulares de forma hipnotizante. Sei que elas estão se sentindo vazias.”
Raquel: E não é que é verdade? Estudos mostram uma correlação direta entre o tempo gasto nas redes sociais e a depressão. Ela continuou escrevendo:
“Espero que 2025 possa ser usado para lembrar a todos de levar Deus a sério e nos tornarmos alunas disciplinadas e restauradas pela Palavra de Deus, apesar da correria da vida. A vida é simplesmente curta demais para ser desperdiçada em intermináveis séries de TV, Instagram, Facebook, Snapchat e TikTok. Todas essas atualizações e mudanças no mundo não são nada novas embaixo do sol. Satanás tenta nos fazer desperdiçar tempo e perder a chance de ouvir Seu amor.”
Nancy: Bem, mal sabia essa jovem que, na época, nosso plano era desafiar nossas ouvintes a se aprofundarem na Palavra de Deus no mês de janeiro.
Raquel: Isso mesmo! Começamos o desafio de leitura da Palavra diariamente no dia 1o de janeiro. Estamos lendo juntas o livro de Atos, e se você ainda não se juntou a nós, corra que ainda dá tempo. Mergulhe na Palavra de Deus. Permita que as palavras habitem em você. E deixe a Palavra de Deus satisfazer sua alma. Não é tarde demais para fazer isso!
Nancy: Uma das maneiras de incentivá-la a fazer isso é através de um estudo da série Mulheres da Bíblia. Chama-se Rute - experimentando uma vida restaurada, a qual a ajudará a se aprofundar na Palavra de Deus, como estamos fazendo nesta série.
Você conhecerá melhor o Senhor ao ver Sua provisão para Rute e Noemi, e, em última análise, a maneira como Ele está fazendo uma obra restauradora em cada um de nós. Encomende a sua cópia através do nosso site ainda hoje.
Raquel: Espero que você esteja de volta para ouvir mais sobre o livro de Rute amanhã. Para encerrar nosso programa hoje, vamos orar com Nancy.
Nancy: Pai, agradeço-Te pela forma prática como a Tua Palavra se aplica às áreas da vida cotidiana. Oro para que me ajudes e nos ajudes a sermos Suas mulheres, mesmo nesses assuntos tão detalhados de como fazemos nosso trabalho, como usamos nosso tempo e como nos alimentamos.
Tua Palavra diz que, seja que comamos ou bebamos ou façamos qualquer outra coisa, devemos fazer tudo para a Tua glória. E assim, Senhor, que não sejamos apenas ouvintes da Palavra, mas que também sejamos praticantes.
Oro para que as coisas que dissemos não coloquem as pessoas sob o jugo de tentar agir, tentando viver isso pela própria força. Que possamos nos entregar ao controle do Teu Espírito e, ao sairmos deste lugar, que sejamos sensíveis ao que Tu estás dizendo a nós. Que possamos confiar em Ti para nos dar o poder de sermos mulheres de Deus nessas áreas de disciplina. Oro em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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