Dia 09: Gratidão pela graça divina
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que, se você cresceu aprendendo sobre as bênçãos de Deus, tenha cuidado para não achar que elas estão garantidas.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Às vezes, é fácil, no nosso subconsciente, começar a sentir que merecemos o favor de Deus — que, de alguma forma, Ele nos deve essas bênçãos. Mas um coração humilde diz: "Eu não mereço isso."
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a Gratidão: Sua Jornada para a Alegria, na voz de Renata Santos
A gratidão terá um efeito incrível em seus relacionamentos. Essa é uma das coisas que vamos descobrir sobre Rute, ao continuarmos na série chamada "Rute: O poder transformador do amor redentor."
Nancy: Estamos continuando no capítulo 2 do livro de Rute hoje. Quero voltar a um versículo que lemos na semana passada, mas focar em uma pequena frase …
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth diz que, se você cresceu aprendendo sobre as bênçãos de Deus, tenha cuidado para não achar que elas estão garantidas.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Às vezes, é fácil, no nosso subconsciente, começar a sentir que merecemos o favor de Deus — que, de alguma forma, Ele nos deve essas bênçãos. Mas um coração humilde diz: "Eu não mereço isso."
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Escolhendo a Gratidão: Sua Jornada para a Alegria, na voz de Renata Santos
A gratidão terá um efeito incrível em seus relacionamentos. Essa é uma das coisas que vamos descobrir sobre Rute, ao continuarmos na série chamada "Rute: O poder transformador do amor redentor."
Nancy: Estamos continuando no capítulo 2 do livro de Rute hoje. Quero voltar a um versículo que lemos na semana passada, mas focar em uma pequena frase que eu acho que mostra outro aspecto da vida de Rute que precisamos ouvir como mulheres hoje.
No versículo 8, Rute entra no campo, e… - deixa eu voltar um pouco - Boaz chegou ao campo e perguntou ao seu servo: "Quem é essa mulher?" E o servo respondeu a Boaz: "Esta é Rute, a moabita. Ela veio para o campo e tem trabalhado desde de manhã."
“Então Boaz disse a Rute:
— Escute, minha filha, você não precisa ir colher em outro campo, nem se afastar daqui. Fique aqui com as minhas servas.”
Acho que a primeira frase desse versículo nos dá uma ideia sobre o caráter dessa mulher. "Boaz disse a Rute..." Quem iniciou esse relacionamento? Boaz. O homem é o iniciador. E quando Rute fala com Boaz, ela está respondendo à iniciativa dele.
Meu ponto aqui não é ser literal sobre quem fala a primeira palavra na conversa, mas ilustrar um ponto que a história de Rute mostra. Na verdade, isso aparece novamente no versículo 14, se você quiser pular para essa parte do texto.
“Na hora de comer, Boaz disse a Rute:
— Venha para cá e coma do pão. Molhe o seu bocado no vinho. Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe deu grãos tostados de cereais.”
Você vê aqui o homem sendo o iniciador. É claro que, neste momento, a última coisa na mente de qualquer um deles é romance ou casamento. Não é isso que eles estão pensando. Nós conhecemos a história. Sabemos que eles vão acabar se casando, então meio que lemos isso no contexto, mas acho que nesse momento não houve uma atração física entre os dois.
Rute está sendo fiel ao chamado de Deus em sua vida, e Boaz está sendo fiel ao chamado de Deus em sua vida. Deus está unindo suas vidas de uma maneira que eles não poderiam ter planejado ou orquestrado sozinhos.
Mas no meio dessa troca, esquecendo noivados, encontros e casamentos, Rute é discreta e permite que o homem — ele é o empregador; ele é o proprietário da terra; ele é o homem — ela permite que ele seja o iniciador. E ele inicia, e quando ele faz isso, ela sente a liberdade de responder de forma gentil e discreta à iniciativa dele.
Vivemos em uma cultura onde houve uma inversão extrema de papéis há tanto tempo que a maioria de nós nem consegue lembrar quando era diferente. Na verdade isso começa em Gênesis, capítulo 3, no Jardim do Éden. A serpente veio até a mulher, embora as Escrituras nos digam que o marido estava lá com ela.
A serpente simplesmente ignorou o homem, falou com a mulher, e toda essa troca em Gênesis nos mostra a mulher assumindo um papel de liderança e o homem meio que deixado nas sombras.
Essa é uma imagem do que se tornou muito verdadeiro em nossa cultura. Eu acho que uma das coisas mais comuns que ouço de mulheres, particularmente mulheres casadas, mas não apenas delas, é a reclamação sobre os homens serem tão passivos.
E eu entendo que isso é uma frustração. É uma frustração porque a verdade é que em toda a nossa cultura distorcemos os papéis e as responsabilidades que Deus deu aos homens e às mulheres, e ambas as partes têm culpa.
Acredito que, como mulheres, fizemos muito ao sermos tão agressivas, ao sermos as iniciadoras. (E deixe-me dizer, sei que isso pode me causar problemas com algumas pessoas. Já consigo ver os comentários chegando!)
Eu percebo que isso não é politicamente correto. Percebi que esse modo de pensar faz algumas pessoas ficarem furiosas, mas precisamos voltar ao modo de pensar de Deus e ver que realmente nos desviamos do caminho como mulheres ao sermos tão agressivas fisicamente, verbalmente, nas conversas, em nosso comportamento, em nossas ações.
Nós, de certa forma, temos emasculado os homens. Se quisermos ser mulheres de Deus, uma das coisas que precisamos fazer é deixar os homens liderarem. E sei que a resposta imediata das mulheres será: "Eles não vão liderar."
E minha resposta a isso é: em parte, a razão pela qual eles não vão liderar é resultado da queda, mas, em parte, é resultado de que não os deixamos liderar.
Fico me perguntando se nós, como mulheres, realmente nos afastássemos e dessemos aos homens a oportunidade de expressar seus corações, de assumir a liderança, se eles não se levantariam e seriam mais masculinos. Acredito que está no coração dos homens de Deus querer ser masculinos, querer ser homens, mas precisamos deixá-los fazer isso.
Nesta troca com Boaz, à medida que todo o relacionamento se desenrola, vemos uma discrição feminina. Vemos uma mulher que não se joga sobre os homens. Hoje isso é tão comum que, eu acho, mal reconheceríamos a discrição se a víssemos, porque se tornou tão habitual.
Falo agora para vocês, garotas mais jovens, mulheres e adolescentes. O que vocês estão vendo entre suas amigas, provavelmente, não é discrição. Algumas de vocês, mães com filhas pequenas e adolescentes, precisam ensinar isso às suas filhas: não é apropriado que, em conversas, comportamentos ou gestos físicos, nos joguemos sobre os homens, sermos nós as iniciadoras.
Isso significa que nunca falamos? Não. Eu tenho muitos relacionamentos com homens de Deus, e me sinto livre para compartilhar em conversas, mas isso significa que talvez eu não deva ser tão rápida para falar como gostaria de ser.
Ouço mulheres dizerem: "Meu marido simplesmente não se comunica. Ele não expressa o que está em seu coração." Bem, Provérbios nos diz que a sabedoria no coração humano é como águas profundas, e uma pessoa de entendimento a extrairá. (Veja Provérbios 20:5.)
A sabedoria que Deus colocou no coração do seu marido é como um poço profundo. Não emerge à superfície o tempo todo, e parte do seu papel como esposa e mulher é trazê-lo para fora, fazer perguntas e dar a ele uma chance de responder.
E quando ele responder, não seja a pessoa que sempre tem uma ideia melhor. Você descobrirá que, se estiver sempre interrompendo, sempre corrigindo, sempre melhorando a resposta dele, ele estará menos motivado a responder ou a se envolver na conversa.
Vemos aqui uma mulher que é discreta. Ela é feminina e permite que ele seja um homem. Ele é quem lhe oferece o pão para comer, quem a chama para a refeição.
E, novamente, eu não encorajaria que fôssemos legalistas sobre quem chama para a refeição ou quem passa a comida primeiro. Esse não é o ponto. O ponto é que procuramos maneiras de encorajar os homens a serem homens ao estarmos dispostas a recuar e permitir que eles tomem a iniciativa nas conversas e nos relacionamentos.
Deixe-me apenas acrescentar uma palavra de encorajamento para aquelas que são solteiras e que, talvez, nos próximos anos, estarão envolvidas em um relacionamento de namoro ou noivado. Isso também serve para vocês, mães, que estão ensinando seus filhos e filhas.
Se, na fase de namoro ou noivado, uma mulher está tomando a iniciativa — se ela é quem está ligando, se ela é quem está convidando, se ela é quem está assumindo a liderança — então não deveria ser uma surpresa que após o casamento o seu marido espere que ela continue assumindo a liderança.
Penso em um casal com quem servi no ministério. Deus fez uma grande obra em seus corações, mas houve uma verdadeira inversão de papéis nesse casal. Ela era quem estava liderando, quem tinha a influência espiritual. Eles perceberam que isso não deveria ser assim. Conforme nos conhecemos melhor, eles compartilharam que essa era a dinâmica deles desde que se conheceram. Foi ela quem propôs o casamento a ele. Essa era a forma como eles dirigiam sua casa e com os filhos chegando, isso resultou em muita confusão e caos.
Uma das coisas que esse casal fez em relação à liderança masculina foi voltar, agora com filhos crescidos, ele decidiu pedi-la em casamento novamente, com direito a anel e tudo. Eles fizeram uma pequena cerimônia de renovação dos votos, com ele assumindo a liderança.
Não é uma mudança fácil. Não acontece de repente. Eles ainda precisam trabalhar em algumas dessas questões porque há muitos hábitos envolvidos. Mas começaram um novo caminho e realmente tiveram que voltar a aqueles dias, mesmo antes de se casarem, e dizer: "Vamos tentar isso novamente."
Ela precisou aprender a esperar. Com sua personalidade mais intensa e a dele mais calma, ela teve que se esforçar para incentivá-lo como homem e líder. Mas, ao recuar e permitir que ele assuma seu papel, está começando a ver surgir as profundezas do coração dele.
Eu não sei onde você está em relação a tudo isso. Temos diferentes idades representadas aqui, diferentes fases da vida. Algumas de vocês estão criando filhos e estão ouvindo coisas hoje que talvez sejam um bom lembrete do que precisam ensinar aos filhos sobre quais tipos de mulheres devem ter cuidado e às filhas sobre como estabelecer relacionamentos adequados.
Algumas de vocês, mulheres mais jovens, estão ouvindo isso talvez pela primeira vez, porque isso não é algo que vocês ouvirão com frequência em nossa cultura. Mas onde quer que você esteja, pergunte a Deus:
- Existe em minha vida uma feminilidade, uma discrição?
- Estou adequadamente dando aos homens a liberdade de assumir a iniciativa?
- Estou criando um ambiente que torna mais fácil para eles assumirem a iniciativa?
- Estou agindo na minha vida, em geral, como uma receptora à iniciativa masculina?
Pode haver alguns ajustes que precisam ser feitos. Eu tive que fazer muitos ajustes no meu próprio estilo de me relacionar com homens com os quais trabalho, amigos homens, mas tem sido bom.
E o benefício para todas nós, a longo prazo, de ter liderança masculina piedosa em nossos ministérios, em nossos lares, em nossas igrejas, restaurando a ordem de Deus, será uma grande bênção e benefício não apenas para nós, mas para nossos filhos e netos por gerações.
Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth nos aponta para as Escrituras como nossa autoridade quando se trata dos papéis de mulheres e homens. Ela voltará em breve com a segunda parte do ensino de hoje. Ao conhecermos Rute, vemos que ela era uma mulher de caráter piedoso.
No episódio de ontem, Nancy examinou algumas qualidades específicas que a Bíblia revela sobre Rute. Se você perdeu, pode conferir esse episódio e o restante da série em avivanossoscoracoes.com ou encontrar no aplicativo Aviva Nossos Corações. E, como Nancy ressaltou hoje, Rute foi fiel ao chamado de Deus em sua vida.
Qual é o chamado que Deus tem para você hoje? Como você responde ao chamado Dele?
Não importa quão grande ou pequeno, você pode ser fiel com o que está diante de você hoje. Vamos voltar ao ensino de Nancy sobre Rute.
Nancy: Estamos lendo Rute capítulo 2, começando no versículo 8:
“Então Boaz disse a Rute: — Escute, minha filha, você não precisa ir colher em outro campo, nem se afastar daqui. Fique aqui com as minhas servas. Fique atenta ao campo onde forem colher e vá atrás delas. Eu dei ordem aos servos para que não toquem em você. Quando você ficar com sede, vá até as vasilhas e beba da água que os servos tiraram.” (Rute 2:8–9)
Quando Boaz diz a Rute: “Você não precisa ir colher em outro campo”, lembre-se de que ele não sabe o final da história e Rute também não. Esta interação não envolve um romance, é apenas fidelidade, generosidade e bondade — bondade oferecida e bondade recebida.
Ele diz a ela: “Eu quero que meu campo seja um lugar onde suas necessidades possam ser atendidas.” Ele vai além do que era exigido pela lei, que dizia que ele tinha que deixar o suficiente nas beiradas do campo para que os pobres pudessem colher.
Ele está dizendo: “Eu quero demonstrar o amor de Deus para os estrangeiros, para as viúvas, para os pobres e necessitados, e eu vou além do que lei diz para estender graça.”
Ao longo deste trecho, Boaz emerge como o personagem principal. Você verá que Boaz é uma bela imagem do coração de Cristo.
Ele diz a ela: “Você não precisa ir colher em outro campo”. Se pensarmos nesse campo como um campo de graça, ele está dizendo a ela: “Não vá a outro lugar para ter suas necessidades atendidas. Deus proverá para você bem aqui.”
É uma imagem da graça de Deus. Às vezes na vida existem tentações de procurar alternativas ao caminho da graça, mas ele está dizendo: “Há provisão aqui para você. Há abundância. Eu serei generoso com você, então por que você deveria ir a outro campo?”
E, no entanto, Satanás está sempre nos dizendo para ir a outro campo, para ir a outro lugar e tentar atender às nossas necessidades. Nós chegamos ao campo de Cristo, Sua graça e Sua provisão para nós, e o inimigo nos diz que há coisas que precisamos fazer, regras que precisamos cumprir, padrões de desempenho que precisamos atender para sermos aceitas por Deus.
Inevitavelmente, quando deixamos o campo da graça, onde Deus providenciou para as nossas necessidades, nos encontramos em um tipo de religião orientada por obras, tendo que passar por todos os tipos de obstáculos espirituais para desempenhar e tentar viver pela lei, que não pode nos salvar e, em última análise, satisfazer nossas necessidades.
Neste campo, o campo de Boaz, ele está dizendo: “Eu sei que você é pobre. Eu sei que você não pode atender às suas próprias necessidades, então fique aqui, e todas as suas necessidades serão atendidas.” É no campo da graça, aos pés da cruz de Cristo em nossas vidas, que tudo o que precisamos está disponível para nós como um presente.
Não é um presente para aqueles que se qualificam de alguma forma. É um presente para os pobres que conhecem sua pobreza espiritual e sabem que nunca poderiam pagar pelo que é oferecido naquele campo, que nunca poderiam arcar com o que é oferecido.
Rute não estava pagando pela cevada que estava colhendo ali. Ele disse que isso era um presente; receba. Com que frequência Deus estende Sua graça, Sua provisão a nós em nossa caminhada com Ele, em nossas vidas diárias e dizemos: “Não, eu sinto que preciso trabalhar por isso. Eu sinto que preciso fazer algo para merecer ou conquistar isso.”
Ele está dizendo: “Não vá para o campo da lei; não vá para o campo do esforço humano. Fique bem aqui, neste campo onde Eu atenderei às suas necessidades.” Boaz oferece a Rute proteção, e que imagem isso é do que temos em Cristo. Ele diz a ela: “Observe o campo onde os homens estão colhendo e siga as meninas.”
“Eu disse aos homens que não a toquem, não a incomodem.” Em um ambiente de trabalho que poderia ter sido perigoso para uma mulher que era destituída, que era viúva, que era de outra terra, ele diz: “Eu vou garantir que você esteja protegida.”
Ele oferece a ela provisão. Ele ministra à sua sede. Ele diz: “Sempre que você estiver com sede, vá e beba da água que os homens encheram.” Ele sabe que chegará o momento em que ela estará com fome.
O versículo 14 diz: “Na hora de comer, Boaz disse a Rute:
— Venha para cá e coma do pão. Molhe o seu bocado no vinho. Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe deu grãos tostados de cereais. Ela comeu até ficar satisfeita, e ainda sobrou.”
Assim, ele está dizendo: “Todas as suas necessidades serão atendidas. Apenas fique aqui. Deixe-me cuidar de suas necessidades.”
Estamos tão propensas a tentar fazer tudo sozinhas, a tentar viver essa vida cristã em nosso próprio esforço, nosso próprio impulso, nossas próprias habilidades, mas precisamos entender que não é possível.
Acho que um dos primeiros passos para realmente andar em liberdade em seu relacionamento com Cristo é perceber que jamais conseguirei viver a vida cristã por esforço próprio. Não posso atender às minhas próprias necessidades. Não posso me proteger. Não posso prover para as minhas próprias necessidades. Em última análise, sou totalmente dependente — todas nós somos — da graça de Deus para viver a vida cristã.
Eu acho que a resposta dela a Boaz e sua oferta e generosidade é realmente desafiadora para todas nós. O versículo 10 diz:
“Então Rute se inclinou e, encostando o rosto no chão, disse a Boaz:
— Por que o senhor está me favorecendo e se importa comigo, se eu sou uma estrangeira?”
Mais tarde, na conversa, ao pular para o versículo 13, você vê o mesmo espírito nesta mulher. Ela diz:
“— Meu caro senhor, você está me favorecendo muito, pois me consolou e falou ao coração desta sua serva, e eu nem mesmo sou como uma das suas servas.
Aqui está uma mulher com um coração humilde, e uma mulher que tem um coração humilde terá um espírito grato. Ela não reivindica seus direitos. Ela sabe que não tem direitos. Ela não insiste que ele lhe deva a vida, que ele lhe deva esse privilégio de colher em seu campo.
Acho que muitas de nós hoje, mesmo em nossa cultura cristã, vivemos com um peso nas costas. O mundo nos deve algo, e não temos o que vejo nesta mulher que é tão belo — especialmente em uma mulher — um coração humilde para dizer: “Eu não mereço isso.”
Ela não tinha expectativas. Ela simplesmente foi servir, e como resultado, Deus se certificou de que suas necessidades fossem atendidas. Como resultado de abrir mão de suas expectativas, quando ela recebeu uma bênção, ela foi grata. Ela considerou um grande privilégio.
Penso com frequência em como temos expectativas uns dos outros, especialmente em nossos lares. “Você deveria fazer isso por mim. Você deveria me servir. Você deveria atender às minhas necessidades.” E se começássemos a ter, dentro de nossos lares, um espírito grato? O coração humilde diz: “Eu não mereço isso, e é uma graça incrível que você ministre às minhas necessidades.”
Isso é uma expressão de uma mulher que tem o coração de Deus. Rute nunca esqueceu que era uma estrangeira, que era indigna de qualquer favor.
Eu penso em meu pai dessa maneira. Ele foi um homem que nunca se esqueceu da grandiosidade do fato de que Deus o havia salvo. Isso sempre o deixava maravilhado. Ele tinha plena consciência de seu passado e falava abertamente sobre isso quando estávamos crescendo. Ele não tinha um coração para Deus, era um jovem rebelde e desregrado, muito envolvido com apostas e em muita rebeldia. Porém, numa sexta-feira, 13 de outubro de 1950, Deus abriu seus olhos, mostrou-lhe Cristo, trouxe-o ao arrependimento e à fé.
Ele era um jovem na casa dos vinte e poucos anos na época. Ele ainda não tinha filhos naquela época, mas enquanto crescíamos, ele nos contava a história de como Deus o encontrou e o que Deus havia feito por ele. Isso trazia lágrimas aos seus olhos.
Ele ficava extasiado, mesmo anos depois, pelo que Deus havia feito por ele. Quando você perguntava ao meu pai: "Como você está?" Ele frequentemente respondia: "Melhor do que eu mereço." Essa era a atitude de seu coração. "Melhor do que eu mereço." Ele sabia que Deus não lhe devia nada. Ele sabia que se ele recebesse o que merecia, estaria sempre em apuros desesperadores, mas que Deus havia estendido graça a ele. Havia um espírito de humildade e gratidão em sua vida.
Penso na minha própria vida. Eu percebo que, crescendo naquele lar, nunca conheci nada além da bondade, do favor e da graça e misericórdia de Deus. Às vezes é fácil, inconscientemente, começar a sentir que mereço o favor de Deus, que Ele me deve essas bênçãos. Eu não diria assim, mas às vezes posso começar a agir como se sentisse isso.
Eu escrevi em meu diário há alguns anos, enquanto estudava o livro de Rute. Aqui está a oração que escrevi quando cheguei a este trecho, e talvez você queira torná-la sua oração também.
“Oh Deus, por favor, leve-me de volta para ver onde me encontraste e onde eu estaria hoje sem Ti. Clamo que me livre de minhas maneiras orgulhosas e exigentes, e me revista de mansidão, humildade e gratidão. Esvazie-me de mim mesma e encha-me com a doce e graciosa natureza do Senhor Jesus.”
Raquel: Você está vivendo totalmente dependente do Senhor? Está confiando em Sua graça? Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth nos lembrando de nossa necessidade desesperadora por Deus. Ela voltará para orar em um momento.
Se você tem acompanhado esta série, provavelmente já nos ouviu falando sobre o estudo da série Mulheres da Bíblia chamado Rute - experimentando uma vida restaurada. Encomende sua cópia ainda hoje para estudar no seu período devocional ou com um grupo de amigas. Visite o nosso site avivanossoscoracoes.com
Você já se sentiu como se ninguém notasse todas as maneiras como você serve em sua casa? Nancy ajudará você a saber como responder quando você não se sentir apreciada.
Aguardamos você amanhã aqui no Aviva Nossos Corações. Aqui está Nancy para nos conduzir em oração.
Nancy: Senhor, nós oramos para que nos leve de volta a lembrar onde estávamos quando nos encontrou e onde estaríamos hoje se não fosse pela Sua graça.
Venha nos despir de nossas maneiras orgulhosas, exigentes e centradas em nós mesmas, nos vestindo com mansidão, humildade e gratidão? Esvazie-nos de nós mesmas e encha-nos com a doce e graciosa natureza do Senhor Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.