Dia 11: Um pedido
Raquel: Segundo a Bíblia o marido tem a incumbência de proteger sua esposa. Nancy DeMoss Wolgemuth diz que, mesmo quando ele não cumpre esse papel, a esposa ainda pode experimentar proteção.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Independente de quão bem seu marido cumpra ou não essa responsabilidade, você pode saber que tem refúgio sob as asas de Deus—que Ele é seu parente redentor.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as Mulheres Acreditam e a Verdade que as Liberta, na voz de Renata Santos.
Imagine se arrumar, se aproximar de um homem enquanto ele está dormindo e depois deitar aos pés dele. Parece bem estranho para a gente, mas era uma atitude apropriada para uma mulher de Deus na Bíblia. Nancy vai explicar isso neste episódio da série "Rute: O poder transformador do amor redentor."
Nancy: Finalmente chegamos ao capítulo três …
Raquel: Segundo a Bíblia o marido tem a incumbência de proteger sua esposa. Nancy DeMoss Wolgemuth diz que, mesmo quando ele não cumpre esse papel, a esposa ainda pode experimentar proteção.
Nancy DeMoss Wolgemuth: Independente de quão bem seu marido cumpra ou não essa responsabilidade, você pode saber que tem refúgio sob as asas de Deus—que Ele é seu parente redentor.
Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mentiras em que as Mulheres Acreditam e a Verdade que as Liberta, na voz de Renata Santos.
Imagine se arrumar, se aproximar de um homem enquanto ele está dormindo e depois deitar aos pés dele. Parece bem estranho para a gente, mas era uma atitude apropriada para uma mulher de Deus na Bíblia. Nancy vai explicar isso neste episódio da série "Rute: O poder transformador do amor redentor."
Nancy: Finalmente chegamos ao capítulo três do livro de Rute. Uma palavra que eu usaria como título para este capítulo é “Pedido.”
Chegamos ao ponto em que Rute faz um pedido a Boaz, que é seu parente próximo, aquele que está qualificado para agir como seu redentor—seu goel, você se lembra dessa palavra em hebraico? Ela faz o pedido para que ele cumpra essa função e continue a linhagem da família.
Ao caminharmos por este capítulo, você verá que no casamento que se aproxima entre Rute e Boaz, há uma linda e poderosa imagem do nosso relacionamento com o Senhor Jesus, que é nosso parente redentor, nosso Salvador, nosso goel, nosso protetor. Depois, vamos ver como nós, como mulheres, cumprimos o papel e as responsabilidades que Deus tem para nós em relação a outros homens e autoridades humanas. Vamos abordar essa passagem de várias maneiras diferentes.
Vamos começar no versículo 1, capítulo 3: “Noemi, a sogra de Rute, disse:
“Minha filha, não é verdade que eu devo procurar um lar para você, para que você seja feliz?”
A frase que está traduzida como “encontrar um lar” deveria ser traduzida como “encontrar descanso.” “Não devo tentar encontrar descanso para você?” Se você acompanhou nosso estudo, deve lembrar que descanso é uma das palavras-chave no livro de Rute.
Noemi tem buscado descanso o tempo todo. Ela é uma mulher inquieta, porque nossos corações realmente são inquietos, como disse um grande cristão, até encontrarem descanso Nele.
Quando leio esse versículo, me lembro do evangelho de Mateus 11:28, onde Jesus diz:
“Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei.”
Rute teve que aprender, Noemi teve que aprender, e nós também precisamos aprender que, no final das contas, o descanso para nossos corações não pode ser encontrado em nenhum marido, em nenhum homem, em nenhum amigo, em nenhum conselheiro, em nenhuma situação, em nenhum trabalho, em nenhum lugar geográfico. No final das contas, o descanso para nossas almas é encontrado no nosso relacionamento com Jesus Cristo, e vamos ver uma linda imagem disso aqui na última parte do livro de Rute.
Ao entrarmos no versículo 2, vamos ver uma cena que pode parecer um pouco estranha para nossos ouvidos modernos, porque vai se basear em uma cultura judaica antiga com a qual a maioria de nós não está familiarizada. Se as coisas que aconteceram neste capítulo acontecessem hoje, elas poderiam não ser apropriadas. Elas estariam fora do que seria certo. Mas, nesse contexto, vão ser absolutamente apropriadas.
Noemi está planejando que Rute peça a Boaz para agir por elas como um goel, um redentor—para assumir a situação e a perda da família como se fossem suas. Ao fazer isso, Noemi não está sendo uma mulher ardilosa e manipuladora. Ela está cumprindo o que era entendido naquela cultura como a responsabilidade dos pais de fazer arranjos para o casamento de seus filhos.
Eu creio que ela está agindo de maneira apropriada quando diz a Rute nos versículos 2-3: “E esse Boaz, na companhia de cujas servas você esteve, não é um dos nossos parentes? Eis que esta noite ele estará limpando cevada na eira. Lave-se, ponha perfume, vista a sua melhor roupa e vá até a eira.”
Ela está dizendo a Rute que ela deve se preparar como uma noiva se prepara para o casamento, acreditando que Deus trouxe um homem que pode agir como um redentor para a situação familiar que elas perderam.
Noemi tem fé para crer que Deus vai trazer esse homem para ser um marido; novamente, não em um sentido altamente romantizado, eu não acho, mas em um sentido de cumprir o plano e os propósitos de Deus para essa família.
E Rute dá esse passo de obediência, esse passo de fé—certamente foi isso—e, assim como fez em todos os momentos até aqui, ela faz o que é necessário. Ela dá o próximo passo. Ela é fiel à direção que recebeu, mesmo sem ver ou compreender qual será o resultado.
Continuamos no versículo 3:
“...vá até a eira. Mas não deixe que ele perceba que você está ali, até que ele tenha acabado de comer e beber. Quando ele for dormir, repare bem o lugar onde ele vai se deitar. Então vá, descubra os pés dele e deite-se ali. Ele lhe dirá o que você deve fazer.
Rute respondeu:
‘Vou fazer tudo isso que a senhora está me dizendo.’
Então Rute foi para a eira e fez conforme tudo o que a sua sogra lhe havia ordenado.”
Quando você é uma mulher que confia em Deus, como vimos que Rute fez—ela havia encontrado refúgio sob as asas de Deus—você pode confiar que Deus trabalha por meio das autoridades humanas e do conselho que Ele traz à sua vida. Você não precisa resolver tudo sozinha, mas pode ter confiança de que Deus está conduzindo e agindo em suas circunstâncias.
Versículo 7: “Quando Boaz terminou de comer e beber e estava já de coração um tanto alegre, foi deitar-se ao pé de um monte de cereais. Então Rute chegou de mansinho, descobriu os pés dele, e se deitou.”
Quando ela se deita aos pés dele, isso é uma imagem de humildade. Ela não vem como alguém que tem direitos, não como alguém que está no controle dessa situação, mas como uma mulher que diz: “Sou uma viúva pobre e necessitada, e Deus levantou você para ser nosso parente redentor.”
Ela vem para deixar claro que ele está em uma posição de atender à sua necessidade, mas ela se apresenta como alguém que pede, alguém que apela, e não como alguém que dá instruções ou direções.
Isso não é um caso de uma mulher iniciando um relacionamento, iniciando um casamento. É um caso de uma mulher respondendo à iniciativa que Deus tomou para prover suas necessidades como viúva naquela cultura específica.
Versículo 8: “Aconteceu que, no meio da noite, o homem se assustou e sentou-se; e eis que uma mulher estava deitada a seus pés.
Boaz perguntou: ’Quem é você?’
Ela respondeu: ’Sou Rute, a sua serva.’ (Novamente, vemos aqui o seu coração humilde.) Estenda a sua capa sobre esta sua serva, porque o senhor é [um goel] um resgatador.”
Ele era parente do falecido sogro e marido, e Rute está dizendo que está solicitando o casamento—não para si mesma, principalmente ou inicialmente, não para seu próprio benefício ou bênção. Não acredito que Rute esteja buscando aqui um marido para si, mas sim um herdeiro para seu falecido marido e a restauração das terras da família que haviam sido perdidas.
Não há nada impróprio nisso. Ela simplesmente está invocando a lei do goel, que era a provisão de Deus para os israelitas necessitados, e está pedindo que Boaz cumpra isso em seu nome. Ela está realmente apenas cumprindo seu dever, que é ajudar a manter a linhagem da família intacta.
É possível, como Boaz sugere mais tarde, que houvesse outros homens mais jovens que poderiam ter atraído Rute e que ela poderia ter ido atrás deles, mas ela diz: “Não, eu vou seguir a situação que ajudará a redimir a situação da minha família. Essa é a escolha que vou fazer.”
Ela pode ter sentido que estava realmente desqualificada, como uma viúva pobre, para ir e abordar esse proprietário de terras rico com seu pedido; mas é na verdade sua necessidade que a qualifica para ter um parente redentor.
E é nossa necessidade que nos qualifica para ir até Jesus e dizer: “Tu irá redimir minha vida? Irá me redimir da destruição? Irá redimir minha situação?” Satanás nos tenta a pensar que, se falhamos e cometemos erros, como todas nós fizemos, não somos dignas de nos aproximar d’Ele.
Mas somos dignas de nos aproximar do Senhor para que Ele seja nosso Redentor—mas esse é o ponto. É nossa indignidade que nos torna candidatas à Sua graça e à Sua provisão como nosso Redentor.
Voltamos ao versículo 9 e ouvimos seu pedido. Ela diz a Boaz: “Sou Rute, a sua serva. Estenda a sua capa sobre esta sua serva, porque o senhor é um redentor.”
O que Rute está pedindo a Boaz para fazer por ela é uma imagem do que Deus faz por nós quando Ele nos redime. Ela está dizendo: “Quero estar sob a sua proteção, sob o seu amparo, e deixar que você assuma toda a confusão da nossa família, toda a nossa situação como sua responsabilidade.” Esta era a responsabilidade de um parente redentor.
Quando nos aproximamos de Deus como pecadoras necessitadas, quando chegamos a Cristo nesse estado, estamos, na verdade, dizendo a Ele: “Eu me coloco sob Sua proteção. Permito que estendas Suas asas, Seu manto sobre mim e tomes para Si toda a minha vida — confusa, pecaminosa, quebrada e depravada — como Tua.”
Estamos vindo a Ele, nos aproximando d’Ele, pedindo a Ele porque Ele nos disse que devemos pedir a Ele que assuma nossa pobreza, nossas perdas e nossa necessidade como Sua responsabilidade. Mas precisamos estar dispostas a deixar que Ele seja responsável, e não tentar continuar gerenciando tudo sozinhas.
Quando Rute pediu a Boaz para espalhar sua capa sobre ela, lembrei-me da passagem em Ezequiel 16:8, onde temos uma parábola de Deus tomando Israel como Sua noiva. Deus diz: “Estendi sobre você as abas do meu manto e cobri a sua nudez. Fiz um juramento e entrei em aliança com você, diz o Senhor Deus; e você passou a ser minha.”
É disso que se trata a salvação, e é disso que se trata viver como uma pessoa salva. É vir sob a cobertura de Deus, sob Sua proteção, sob a cobertura das asas de Deus e do sangue de Jesus Cristo e de Seu nome. É dizer: “Não sou mais minha. Estou entregando a mim mesma, minha vida, toda a minha situação a Ti. O Senhor expressou Seu desejo de ter uma aliança comigo, de assumir minha responsabilidade, e vou deixar que faças isso.”
Assim, Rute esteve no campo da graça. Ela vem até Boaz agora, que vai agir como seu parente redentor, e ela nos mostra o que acontece quando chegamos ao Senhor Jesus e oramos a Ele, como eu fiz muitas vezes ao longo dos anos, tendo chegado a Ele inicialmente na salvação, mas agora percebendo minha necessidade diária de Sua cobertura e Sua proteção.
Eu digo: “Senhor, cobre minha cabeça indefesa com a sombra da Tua asa. Espalhe Tua capa sobre mim. Me receba hoje, neste momento, como Tua. Venho sob a Tua aliança, venho sob a Tua proteção, e lá sei que estou segura.”
Acredito que nesta história, por meio da aplicação, há algo mais que o Senhor quer que vejamos, e isso é que temos, nesta história, um poderoso princípio e uma visão sobre o relacionamento matrimonial—o casamento humano entre um marido e uma esposa.
É um pouco difícil separar isso da história da redenção porque, como aprendemos no Novo Testamento, o casamento na terra entre um marido e uma esposa deve ser uma representação terrena de uma realidade celestial, invisível e não vista de nosso relacionamento com Cristo como nosso esposo.
Não dá para saber exatamente, nas Escrituras, sobre o que está sendo falado. Às vezes, os dois se misturam. Eu penso em Efésios 5, onde Paulo fala sobre o casamento e, em seguida, fala sobre a Igreja. Ele diz que eles são realmente um e o mesmo, de certa forma. Existem algumas coisas que se aplicam a ambos.
Rute diz a Boaz: “Estenda a sua capa sobre esta sua serva, porque o senhor é um resgatador.” Ao dizer isso, ela está dando uma poderosa imagem visual do que o casamento deveria ser: uma representação do marido como protetor, como salvador (com "s" minúsculo)—não no sentido de salvação do pecado, mas como um marido que tem a responsabilidade de purificar sua esposa, atendendo suas necessidades e protegendo-a, e que tem a responsabilidade sobre sua esposa e sua linhagem familiar.
Mas, para que o marido possa cumprir sua responsabilidade, a esposa precisa estar disposta a deixar que ele a cubra. A esposa precisa estar disposta a dizer: “Estou me colocando sob sua proteção. Estou me colocando sob sua cobertura.”
Não é verdade que Satanás tem causado problemas hoje em dia para ambos, maridos e esposas, nessa área? Vemos maridos que não fornecem cobertura, que não atendem às necessidades físicas, materiais, emocionais e espirituais de suas famílias. E vemos esposas que não estão dispostas a deixar que seus maridos sejam provedores, protetores e responsáveis por elas.
Não adianta lançar pedras. Não adianta dizer: “Bem, se os homens fossem melhores líderes, teríamos uma postura melhor.” O padrão das Escrituras é que cada uma de nós, diante de Deus, deve assumir a responsabilidade pessoal por sua própria vida, por seu próprio chamado, por suas próprias escolhas.
Algumas aqui são casadas, algumas nunca foram casadas, e algumas já foram casadas anteriormente. Portanto, o que vou dizer se aplica de maneira um pouco diferente, dependendo da sua situação de vida.
Acho importante para algumas de vocês, mulheres mais jovens que nunca foram casadas, entender que, quando vocês se casarem, estarão se colocando sob a proteção e cobertura de seu marido. Estarão se colocando sob a cobertura de sua autoridade, de sua provisão, de sua liderança—e isso é uma bênção.
Rute não está cerrando os dentes aqui e dizendo: “Não sei se consigo suportar isso.” Ela está desesperada; ela está necessitada; ela sabe que isso é a provisão de Deus e está aproveitando o que Deus ofereceu. É uma oferta de graça.
Deixe-me dizer a algumas de vocês, mulheres mais jovens que nunca ouviram esse tipo de verdade, que a autoridade de um marido no contexto do casamento não é uma maldição. É uma bênção. É um benefício. É uma provisão da graça de Deus para atender suas necessidades como esposa.
Precisamos nos concentrar não tanto nas responsabilidades dos maridos, mas nas responsabilidades das esposas. A responsabilidade é simplesmente se colocar em uma posição onde seu marido possa cobri-la.
Li um artigo não muito tempo atrás de uma colunista bem conhecida que falava sobre toda essa questão da masculinidade e o que significa ser masculino; e, por implicação, o que significa ser feminina.
A autora dessa coluna é um produto da revolução feminista e não é cristã, até onde sei. Ela disse: “Eu sou, em parte, a razão pela qual os homens de hoje não agem como homens.” (Estou parafraseando.)
Ela disse: “Eu fui uma das mulheres que, há uma geração atrás, quando entrava em uma sala e um homem se levantava e me oferecia seu lugar ou queria abrir a porta, eu basicamente batia a porta na cara dele e provava minha independência dizendo: ‘Eu não preciso da sua ajuda. Não preciso do seu lugar. Não preciso que você abra a porta para mim.’”
Já ouvimos falar sobre esse tipo de resposta, e ela está dizendo: “Eu sou uma das razões pelas quais os homens de hoje são tão relutantes e assustados para serem homens.”
O que ela estava dizendo, de certa forma—não sei se ela conhece esse princípio bíblico—é: “Eu não estava disposta como mulher a me colocar em uma posição de ser protegida. Eu não estava disposta a me colocar em uma posição de ser coberta.”
Existem algumas maneiras, como mulheres, seja casadas ou solteiras, de permitir que os homens sejam homens, como discutimos em um episódio anterior; mas em nenhum lugar isso é mais importante do que no relacionamento de casamento.
Quando chegamos ao Novo Testamento, em 1 Coríntios 11, o apóstolo Paulo fala sobre essa questão dos véus para mulheres e como as mulheres na adoração pública deveriam ter um sinal de estar sob autoridade—que estavam em ordem, que estavam em seu lugar.
Teólogos debateram, e não vamos entrar nesta questão hoje, se isso significa que as mulheres devem usar um véu literal. Mas uma coisa sabemos: precisamos da cobertura espiritual e proteção que Deus nos fornece por meio da autoridade.
Autoridade não é uma palavra suja. Submissão não é uma palavra suja. Autoridade é uma palavra de bênção. Jesus disse em Mateus 28:18: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.” A mensagem é: “Porque eu tenho autoridade, eu vou cuidar de vocês. Eu vou atender às suas necessidades.”
Eu reconheço que não há marido humano que seja exatamente como Jesus, e há muitos maridos humanos—talvez você tenha sido casada com um ou esteja casada com um—que não cumprem o papel que Deus lhes deu como maridos. Há homens que não provêm, não lideram, não oferecem cobertura e proteção.
Deixe-me dizer isso: se você se colocar em uma posição onde acolhe a liderança, onde acolhe a autoridade, onde diz: “Estou disposta a me submeter à sua provisão, à sua proteção, à sua liderança,” então, se seu marido não lhe proporcionar isso, você pode ter certeza de que Deus fará isso por você.
Temos viúvas e mulheres solteiras nos ouvindo. Quem deve prover para essas mulheres? Deus. Ele oferece uma cobertura, um abrigo. As Escrituras dizem que Deus é um marido para a viúva. Portanto, não importa qual seja sua situação na vida, se você se deixar ser coberta, você estará coberta. Você pode ser provida.
Concordo que a situação fica muito difícil em um casamento onde ainda há um marido vivo que não está cumprindo essa responsabilidade. Mulheres, é tão importante que vocês não concentrem sua atenção em como seu marido precisa se arrepender.
Ele pode ter uma grande necessidade de arrependimento, assim como todas nós, mas geralmente somos muito mais conscientes das falhas dos outros do que de nossa própria responsabilidade.
O chamado de Deus para nós é dizer: “Qual é a minha responsabilidade?” Você criou em seu casamento um clima e um ambiente onde seu marido sente liberdade, motivação e desejo—por causa do seu coração—para fornecer essa liderança e essa proteção para você?
Se você nunca se aproximou dele nesta posição de precisar da cobertura e proteção dele, expressando isso a ele, pode não saber se ele faria ou não.
Se você tende a assumir o controle, a liderar e agir de forma independente no casamento, pode estar partindo do pressuposto de que seu marido nunca lhe ofereceria essa proteção. Mas você só saberá ao colocá-lo em uma posição que permita a Deus agir em seu coração, dando-lhe a chance de cumprir seu papel — independentemente de ele escolher fazê-lo ou não.
Os melhores maridos farão isso de maneira inadequada, assim como as melhores esposas também serão inadequadas e não estarão sempre à altura de tudo que Deus quer que uma mulher seja.
Mas, independentemente de quão bem seu marido cumpra ou não essa responsabilidade, você pode saber que tem refúgio sob as asas de Deus, que Ele é seu goel. Ele é seu parente redentor.
Eu me vi muitas vezes ao longo dos anos indo ao Senhor e dizendo: “Senhor, eu sou Tua serva. Estou aqui novamente. Podes espalhar a borda da tua capa sobre mim? Podes me cobrir? Pode cobrir minha situação? Eu não quero viver esta vida sem Ti. Eu preciso de Ti. Eu preciso da Tua autoridade. Eu me submeto a ela. Eu preciso da Tua proteção. Eu a recebo. Eu recebo Tua provisão de graça para minha vida; e tudo isso eu posso pedir com ousadia, porque Tu és meu parente redentor.”
Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth falando sobre nossa necessidade de Deus e Sua graça. E Nancy, obrigada por essa reflexão instigante sobre uma cena do Antigo Testamento que, sendo bem honesta, sempre me deixava meio confusa!
Nancy: Sim, se você está lendo essa passagem pela primeira vez com a visão do século vinte e um, é possível que você fique um pouco incomodada e diga: "Como assim?"
É preciso quebrar um pouco o seu paradigma para ver a beleza da submissão e da humildade. E já que estamos falando hoje sobre a beleza da submissão e da humildade, gostaria de enfatizar algo muito importante: toda vez que menciono submissão no contexto do casamento—uma esposa se submetendo ao seu próprio marido—quero enfatizar o seguinte: se seu marido está abusando dessa autoridade dada por Deus ou abusando de você, você não é chamada a se submeter ao tratamento pecaminoso dele.
Existem maneiras construtivas, apropriadas e piedosas de se colocar em um lugar seguro. Provavelmente você precisará da ajuda de um profissional, ou talvez um líder na sua igreja, talvez uma mulher mais velha temente ao Senhor. Alguém que possa ajudá-la a lidar corretamente com qualquer tratamento severo ou não saudável em seu casamento.
Deixe-me deixar claro: submissão no casamento não significa dizer: "Pode me bater, eu vou me submeter a isso." Não! Esse não é o plano de Deus. Como vimos hoje, essa não era a situação entre Boaz e Rute.
Ao ouvir isso, algumas mulheres podem pensar: “Se eu fosse casada com um Boaz, ou com alguém como os maridos da Raquel ou da Nancy, minha vida seria cheia de amor, lealdade, piedade e alegria.” Mas não é tão simples assim.
Deixe-me lembrar que o livro de Rute não nos aponta para um casamento perfeito; ele nos aponta para um Salvador perfeito—para Cristo, que é nosso Boaz celestial enquanto vivemos neste mundo imperfeito e caído. Podemos saber que somos amadas de forma perfeita, bela e plena por Ele, mesmo em meio às imperfeições em nossas vidas.
Raquel: Há muito a aprender com a vida de Rute e talvez você esteja pensando: “Eu quero me aprofundar um pouco mais.”
Um recurso que queremos compartilhar com você é o livro Mulheres da Bíblia chamado Rute - experimentando uma vida restaurada. Encomende a sua cópia ainda hoje no nosso site avivanossoscoracoes.com
Também gostaríamos de ressaltar que o ministério Aviva Nossos Corações é um ministério sustentado por doações de ouvintes como você, que se sentem abençoadas e ministradas através dos podcasts e outros recursos do ministério.
Esta é a última semana de janeiro, e se você aceitou o desafio da leitura diária da Palavra, tenho certeza que está sendo abençoada pelos devocionais diários.
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Nancy: Ao ler o livro de Rute, você verá como cada história é realmente a história de Deus, se conectando à sua.
Raquel: Bem, de onde você obtém sua coragem? As Escrituras sugerem que aqueles que respondem com mais ousadia à vida são frequentemente os mais necessitados. Saiba mais sobre isso no episódio de amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações. Agora, Nancy está de volta para orar conosco.
Nancy: Obrigada, Senhor, por nos dar imagens em Tua Palavra que nos ajudam a entender Teu coração e Teus caminhos. Neste trecho vemos uma poderosa imagem do plano de redenção, e vemos uma poderosa imagem do Teu plano para o casamento.
Ajude-nos, em qualquer estação da vida, a abraçar nosso chamado como mulheres e a ver na autoridade—Tua autoridade, ou a de um marido, ou a de um pai—ver nessa autoridade um dom de graça, uma provisão que Tu fizeste para nossa proteção.
Que possamos assumir nosso lugar e confiar não na autoridade humana, mas confiar em Ti. Tu sempre cumpres Teus propósitos. Tu és nosso parente redentor, e Te louvamos por isso. Em nome de Jesus, amém.
Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.
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