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Habacuque – Passando do Medo para a Fé | Dia 18: Provações que revelam o seu coração

Publicadas: out 02, 2024

Raquel Anderson: Ninguém gosta de dificuldades. Mas Nancy DeMoss Wolgemuth diz que Deus tem um propósito por trás das coisas difíceis que enfrentamos.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus usa o sofrimento para fazer nossos corações se desapegarem das coisas que são menos que Deus — das coisas e pessoas, bens, prazeres, coisas que só nos satisfazem até certo ponto. 

Deus usa esse sofrimento, ao sermos despojadas e desapegadas dessas coisas terrenas, para ligar nossos corações àquele que pode nos satisfazer profundamente e eternamente, para nos tornar centradas em Deus.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, coautora de Você pode confiar em Deus para escrever a sua história, na voz de Renata Santos.

Você se lembra do maior furacão já registrado? Foi o Furacão Katrina. Ele atingiu Nova Orleans, Louisiana, em 2005 e devastou toda a região. Quando desastres naturais acontecem, o povo de Deus pode ter esperança quando ninguém mais tem. Aqui está Nancy, refletindo sobre o Furacão Katrina enquanto continua na série “Habacuque: Passando do medo para a fé“.

Nancy: Uma das histórias que achei particularmente emocionante foi a de Chuck Kelley. Como resultado do furacão, ele se viu sem-teto com apenas alguns pertences. E ainda assim, através dessa crise, pela graça de Deus, sua fé permaneceu intacta. Permaneceu forte, e ele disse o seguinte logo após o furacão:

“Quando chegarmos ao fim dessa história, o último parágrafo será um testemunho da grandeza e glória do nosso Deus, que é capaz de fazer todas as coisas bem e de prover todas as necessidades.”

Ele havia acabado de sofrer uma perda significativa – não tudo, mas muitas das coisas que o mundo considera preciosas e valoriza. Apesar de ter perdido sua casa e a maioria de seus pertences, sua fé em Deus o impulsionava a acreditar que há mais por vir, e ele dirigia seu olhar para o futuro, concentrando-se no último parágrafo da história.

Bem, chegamos hoje ao último parágrafo do livro de Habacuque. Tem sido uma longa jornada, mas estamos chegando! Quando chegamos ao fim dessa história, o último parágrafo é um testemunho da grandeza e glória do nosso Deus, que é capaz de fazer todas as coisas bem e de prover todas as necessidades.

Vamos voltar um pouco aqui para o verso 16 de Habacuque capítulo 3. Este capítulo é uma oração ao Senhor. E nesta oração vemos intercessão, petição, e reflexão sobre o que Deus fez na história de Israel e como Ele salvou Seu povo, mas também como Ele julgou os ímpios.

Diante de tudo isso, Habacuque dirigiu-se ao Senhor com reverência: “Ouço as Tuas narrativas. Ouço sobre a Tua história. Ouço o que estás realizando, e meu ser estremece. Meu corpo treme, meus lábios vacilam ao pronunciar. A contemplação do que está por vir, mesmo quando confio em Tua bondade, mesmo quando reconheço Tua divindade, mesmo quando deposito minha confiança em Ti, é simplesmente avassaladora. É intimidante, e sua importância é imensa. É incrível ponderar sobre o futuro.”

Em seu tom, percebe-se a gravidade da situação que envolve a nação de Israel. Habacuque compreende a seriedade dos tempos em que vivem, e isso o leva a tremer. Ele expressa: “Meus lábios tremem ao proferir as palavras; a agonia penetra em meus ossos; minhas pernas vacilam sob mim.” No entanto, mesmo assim, tendo desvendado a chave dessa narrativa e a chave de sua própria história – que os justos viverão pela fé – Habacuque declara: “Escolho caminhar pela fé.”

Ele demonstra essa fé de duas maneiras. Primeiro, ele diz: “Eu vou esperar silenciosamente.” Eu esperarei pacientemente, “o dia da desgraça que virá sobre o povo que nos ataca.” (v. 16) “Eu vou esperar e não vou me preocupar, não vou ficar tenso com Deus e não vou ficar frenético, não vou tentar consertar todo o universo ou a minha parte dele.”

“Eu vou esperar silenciosamente para que Deus faça o que Ele prometeu fazer. Eu sei que vai afetar todos nós. Eu sei que todos vamos sofrer. Eu sei que haverá momentos de sofrimento.”

Escute, temos irmãos e irmãs em igrejas ao redor do mundo que experimentaram dor e sofrimento intensos do tipo que jamais nos afetaram neste país. Eles descobriram que isso é um instrumento purificador, fortalecedor e avivador de Deus em suas mãos. Então, por que deveríamos pensar que deveríamos chegar ao céu sem problemas e que deveríamos experimentar as bênçãos que Deus tem para nós sem ter que passar pelo mesmo caminho que nosso Salvador percorreu? Esse é o caminho do sofrimento.

Talvez você pense no que isso pode significar para você ou para seus filhos ou netos, e isso te faz tremer. Porém, ao exercitar a fé, diga: “Eu vou esperar silenciosamente. Eu sei que Deus fará todas as coisas certas. Eu sei que Ele vai vindicar a justiça. Ele vai corrigir todos os erros. Eu vou esperar silenciosamente”, e é isso que Habacuque faz como uma expressão de fé.

Enquanto espera que os propósitos de Deus e as promessas de Deus se cumpram, embora ainda não possa ver o fim da história, ele expressa fé de que Deus vai cumprir Suas promessas. Como expressão dessa fé, ele espera. Ele porém, faz algo além de esperar que eu acho absolutamente surpreendente. É de deixar a mente atordoada, e está neste último parágrafo de Habacuque que queremos explorar o que isso tem a dizer, o que Habacuque faz como expressão de fé.

Vamos passar com calma por esses versículos porque quero que você sinta o peso e o impacto de como a fé de Habacuque se expressa. Versículo 17:

“Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim…” (17-18a)

No verso anterior, ele disse: “Eu tremo, mas esperarei em silêncio”. Aqui ele fala sobre a devastação que está por vir. Ele imagina como será, o que poderá ser. No verso 18, ele diz novamente: “ainda assim…”

“eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.”

Sei que esses versículos são muito familiares. Você os vê em peças decorativas na livraria. Gostaria de compartilhar que meditar sobre esses versículos nos últimos meses tem sido um grande desafio para minha própria fé e um fortalecimento, bênção e avivamento para o meu coração.

Ele descreve aqui uma situação no verso 17, “Embora a figueira não floresça;” não é apenas uma coisa que dá errado. Veja, todas nós passamos por algum tipo de desastre ou catástrofe. 

Poderíamos nomear quais são, mas aqui está uma temporada da vida que Habacuque está antecipando onde não é apenas uma coisa que dá errado, mas tudo dá errado — tudo!

Ele diz, “Embora a figueira não floresça,” isso é algo quase que garantido que vai acontecer, “nem haja fruto nas videiras, e a safra de azeitonas falhe e os campos não produzam alimento, e no aprisco não haja ovelhas, e no curral não haja bois.” Ou seja, é uma calamidade após a outra. Isso lembra a história de Jó e como ele ouviu uma notícia após outra. É tipo: Desgraça pouca é bobagem. Às vezes isso realmente acontece na vida das pessoas, e é uma calamidade após a outra.

O que está sendo tirado dele não são luxos. São necessidades básicas da vida. As coisas que ele lista aqui, a safra de azeitonas, por exemplo, para as pessoas daquela época era sua fonte de óleo. Era como a manteiga hoje. É algo que você não pode viver muito tempo sem, e ele está falando sobre toda evidência visível de sustento e provisão sendo tirada. Toda evidência visível de apoio, toda evidência visível de minhas necessidades sendo atendidas, tudo é tirado. 

Embora minhas necessidades básicas não sejam atendidas, sejam elas físicas e materiais, mesmo que o Senhor não me forneça as necessidades básicas da vida — essa é a situação que ele está prevendo.

Isso me lembra de Jó, “ainda que Ele me mate, nele esperarei.”

Todas nós dizemos se todas essas dificuldades entrarem em nossa vida, espero continuar fiel ao Senhor. Mas realmente não podemos imaginar algo tão desesperador acontecendo, até acontecer.

Neste caso, Deus disse a Habacuque que isso iria acontecer. Os babilônios realmente estavam vindo. E eles eram ferozes e terroristas. Eles iam dominar o país, e Judá seria levada para o cativeiro.

Não era uma ameaça vazia. Ele acreditava em Deus. Quando Deus disse que o julgamento estava chegando, o castigo estava chegando, Habacuque sabia que era verdade. E ele começa a imaginar como seria se todas essas coisas fossem tiradas.

O que acontece quando você é despojada de coisas essenciais, coisas que você considera básicas para a vida? Algumas de nós já estivemos nessa situação. Talvez você conheça alguém que realmente tenha passado por uma situação de desamparo. Há momentos em que podemos ter um vislumbre de situações desesperadoras.

Recebi um e-mail de um amigo recentemente cuja esposa está passando por muita dor nas costas e alguns problemas que não conseguem resolver. O marido escreveu: “Tem sido difícil para minha esposa ficar confinada em casa” (com essa dor severa nas costas e no quadril). “Mas Deus está nos ensinando muito através disso.” Depois ele disse esta frase, “Às vezes, Deus nos leva de volta ao básico, mas é aí que você descobre o que realmente está em seu coração.

Quando você diz, “Cristo é tudo o que eu preciso”, ou você canta isso e depois chega ao ponto em que Ele é tudo o que você tem, você está de volta ao básico. Meu amigo, Dan, disse que é aí que você realmente descobre o que está em seu coração, no que você realmente confia, onde está sua fé, do que você é feita.

Habacuque diz: “Eu confiarei.” Os justos vivem como? Pela fé. “Eu confiarei no Doador mesmo quando Ele não me der nada. Se eu passar fome, me alegrarei Nele.”

Talvez você não consiga imaginar uma situação extrema de fome — mas pense em outras áreas de sua vida, pense em seu casamento, quando recebe mínimos afetos que você sente que precisa.

Pense em amizades ou no trabalho ou em vários outros aspectos da vida em que emocionalmente você se sente exaurida, drenada, solitária, vazia, como se ninguém se importasse. 

Talvez você tenha acabado de se mudar para uma nova área e não conhece ninguém. Você talvez sinta que ninguém se importa, ou não consegue encontrar uma igreja. Você se sente emocional e relacionalmente despojada de coisas que são importantes para você, coisas que são significativas — relacionamentos e se encontra não tendo com quem conversar.

Estava conversando com alguém esses dias sobre uma situação em que alguém perdeu ambos os pais e todos os irmãos, e esta pessoa era a única membro sobrevivente da família. Ela estava compartilhando sobre o desafio emocional, uma dificuldade, um sentimento de estar realmente sozinha, muito, muito sozinha.

Acho que Habacuque está abordando todas essas situações com esse parágrafo. Embora tudo o que importa para mim, que é significativo para mim e me dá calor, amor, ajuda, cuidado e encorajamento — embora tudo isso seja tirado, independentemente das circunstâncias, não questionarei a bondade de Deus, mas terei alegria. Escolherei alegria.

Penso em algumas coisas sobre as quais reclamamos ao ler este texto. Se o ar condicionado quebrar no meu carro, isso é um grande problema, especialmente em um verão quente em São Paulo; ou uma dor de cabeça que dura o dia todo; ou não conseguir encontrar uma boa vaga de estacionamento. Acho que precisamos de tão pouco para ficarmos resmungando e reclamando porque somos mimadas.

Não fique escandalizada comigo como se você não se identificasse com isso, porque eu sei que você se identifica. Todas nós fazemos isso. Estamos propensas a deixar as circunstâncias alimentarem nossas emoções. Nossas emoções ditam nossas respostas, e acabamos sendo vítimas das circunstâncias e das nossas emoções, em vez de permitir que o caráter inalterável de Deus e Suas promessas ditem nossas respostas.

É por isso que precisamos conhecer as promessas de Deus e, não apenas conhecê-las, mas confiar nelas — que o que Deus diz é verdade — e levá-las a sério. Somos boas em ter conhecimento teórico e péssimas em colocar esse conhecimento no laboratório da vida, onde realmente vivemos.

Na verdade, esses momentos de resmungo e reclamação são evidências de uma falha em viver pela fé. “O justo viverá pela fé”. Os justos, aqueles que são retos, vivem à luz de quem Deus é, em vez de à luz de nossa perspectiva finita, falha e limitada. Habacuque diz que, embora seja despojado de todas essas coisas que importam, todas essas coisas que pensamos serem importantes, essas coisas das quais pensamos que não podemos viver sem, “ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.” (v. 18)

Primeiro, ele disse: “Esperarei em silêncio que Deus cumpra Seus propósitos”. Agora ele diz: “Vou fazer algo mais do que esperar passivamente; não apenas esperarei passivamente; vou me alegrar ativamente — me alegrarei ativamente. 

Enquanto estou esperando, vou me alegrar.” Ele está dizendo: “Não apenas sobreviverei a este desafio. Pela fé e pela graça de Deus, vou prosperar.”

Preciso dizer que o que estou prestes a dizer aqui trouxe uma tremenda convicção para mim, porque eu confesso que muitas vezes não vivo dessa maneira. É fácil para mim viver assim quando estou sentada no meu escritório ou ensinando este texto. Mas quando encaro a realidade da vida e no que vai acontecer mais tarde hoje ou amanhã ou depois de amanhã ou no que aconteceu ontem ou anteontem, simplesmente caio nessa descrença, agindo e respondendo como se não houvesse Deus. Mas há um Deus! Fui chamada para viver e andar pela fé, e Deus usa circunstâncias para me mostrar quando não estou andando pela fé.

Sidlow Baxter escreveu aquela visão clássica das Escrituras chamada “Examinais as Escrituras“. Quando ele chega a este texto, ele diz:

O literal aqui, “Me alegrarei no SENHOR. Exultarei no Deus da minha salvação”, a tradução literal é, “Saltarei de alegria no Senhor; Rodopiarei com prazer em Deus.”

Aqui está a hilaridade da fé — alegria no seu melhor, com circunstâncias no seu pior!

Esse é o tipo de experiência que a maioria de nós conhece muito pouco.

Isso não é como, “Ok, vou aguentar firme.” Isso é, “Eu me alegrarei ativamente em Deus.” Habacuque não está apenas resignado às coisas sobre as quais não tem controle. Ele se alegra em meio às circunstâncias, e isso porque sua relação com Deus é a única coisa que ele sabe que nunca poderá ser tirada dele.

Posso perder as figueiras, os frutos, a safra de azeitonas, os campos não produzirem alimentos, o rebanho ser cortado do redil e não haver gado nos estábulos, mas ainda tenho Deus, meu relacionamento com Ele. Quando tudo mais falha, Deus ainda será fiel.

Ele está falando sobre alegria diante da calamidade, alegria apesar das circunstâncias, baseada no fato de que Deus não mudou, mesmo que tudo ao meu redor tenha mudado e esteja falhando.

Ouvi a história de uma mulher que estava com seu marido no hospital. Ele partiu para estar com o Senhor, mas em parte, seus problemas foram devido a um erro médico. Aquela esposa, ao lado da cama do marido no hospital, sabendo que o estava perdendo —virou para aqueles ao seu redor e disse: “Isso é uma falha médica mas não é uma falha na bondade de Deus.”

“Isso não é uma falha na bondade de Deus,” e não é mesmo. Deus ainda é bom, e Habacuque, que começou este livro com intensas perguntas, talvez até dúvidas sobre Deus — mergulhou profundamente nos temas difíceis, nas perguntas difíceis e, no processo, encontrou Deus de uma maneira completamente nova.

Tendo encontrado Deus, visto Deus como Ele é, como resultado de lidar com essas questões, Habacuque, o lutador, se torna Habacuque, o abraçador — do medo à fé, da luta ao abraço em Deus, se agarrando a Ele. Todo esse processo exaustivo da fé dá uma virada e, neste parágrafo final, irrompe em fontes de alegria.

O processo de luta, o processo de lidar com os problemas, o ter que abandonar suas dúvidas e pegar o escudo da fé o fez não apenas sobreviver, mas é como se houvesse um reservatório subterrâneo de fontes de água viva que brotaram e irromperam em hilaridade, em alegria, em coisas que o mundo não pode entender — alegria no Senhor.

Você já enfrentou seus problemas e suas dúvidas para chegar a esse tipo de alegria? Deixe-me fazer uma observação que tenho visto sobre a vida aqui. Realmente acredito que nossa capacidade de experimentar alegria está diretamente relacionada à nossa disposição de experimentar e abraçar a tristeza e a dor — o processo de quebra, o processo de perda, o processo de dúvida. Na medida em que estamos dispostas a experimentar e abraçar a dor, teremos a capacidade de nos alegrar.

O problema hoje é que não queremos experimentar dor. Temos em nossa cultura e em nossa sociedade tantas maneiras de eliminar a dor, que não falamos sobre o quebrantamento. Não falamos sobre o arrependimento. Não falamos sobre o juízo de Deus e, em seguida, eliminamos os baixos da vida fugindo deles, medicando-os, escapando deles, evitando-os, fazendo qualquer coisa para não sentir dor.

Como resultado, encontro muitas mulheres que não experimentam baixos profundos porque estão encontrando maneiras de escapar dos baixos, mas também não experimentam essa alegria eruptiva. Elas simplesmente estão apáticas. Não experimentam nada. 

Se você quer ter capacidade de experimentar esse tipo de alegria, precisa estar disposta a enfrentar e experimentar os momentos difíceis também. Como Habacuque chega a essa alegria?

Bem, está claro neste texto. É resultado da vida dele estar centrada em Deus. Nos versículos 18 e 19, você vê a evidência dessa vida centrada em Deus. “Exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação. O SENHOR, o Soberano, é a minha força.” É uma vida centrada em Deus.

Vemos que Deus usa o sofrimento para fazer nossos corações se desapegarem de coisas que são menos que Deus, de coisas e pessoas, bens, prazeres, coisas que só podem nos satisfazer até certo ponto. Depois, Deus usa esse sofrimento, quando somos despojadas e nos desapegamos dessas coisas terrenas, para anexar nossos corações àquele que pode nos satisfazer profundamente e eternamente, para nos tornar centradas em Deus.

Quando somos despojadas do nosso emprego, perdemos posses, perdemos saúde, perdemos reputação, ou perdemos um membro da família, o que acontece quando não temos mais para onde ir? Não é quando muitas vezes nos voltamos para o Senhor?

É triste que às vezes tenha que chegar a esse ponto para nos fazer olhar para Ele, mas Deus usa o sofrimento para nos verticalizar, para nos tirar do campo horizontal, de culpar e lutar com nossas circunstâncias, e levantar nossos olhos, mesmo que estejam cheios de lágrimas, e fixá-los Nele. A alegria é encontrada em uma Pessoa. Não é uma coisa, e não é uma pessoa com letra minúscula; é Pessoa com letra maiúscula.

Deixe-me dizer a você, se você não está encontrando alegria no Senhor agora, em meio a qualquer circunstância em que esteja vivendo; se está buscando coisas ou pessoas para te fazer feliz; se sua alegria não está baseada, enraizada, fluindo de seu relacionamento com o Senhor; se são outras coisas que você busca para trazer alegria, então quando perder essas outras coisas, terá dificuldade em encontrar verdadeira alegria.

Não espere até que a figueira deixe de florescer e não haja frutos nas videiras para dizer, “Onde está a minha alegria?” Se não está encontrando alegria agora no Senhor, terá maior dificuldade em encontrá-la quando encarar os desafios.

Matthew Henry diz sobre este texto, “Aqueles que, quando cheios, desfrutavam de Deus em tudo, quando estão vazios podem desfrutar de tudo em Deus e podem sentar-se sobre um melancólico monte de ruínas e, mesmo assim, cantarão para o louvor e a glória de Deus.”

Talvez você diga: “Não estou vivendo neste estado de destituição agora.” Tudo bem. Esse dia pode chegar de uma forma ou de outra, mas encontre sua alegria agora no Senhor. Se você se alegrar e desfrutar por meio Dele e por causa Dele e para Ele das coisas boas que Ele traz para sua vida, então, quando for despojada dessas coisas, descobrirá, como Henry diz, que pode se sentar sobre um melancólico monte de ruínas e, mesmo assim, cantar para o louvor e a glória de Deus.

Obrigada, Pai, pelo exemplo deste teu servo que soube enfrentar de frente a perda, a privação e a carência e dizer, “Não importa o que aconteça, eu confiarei em Ti. E como expressão de confiança, não apenas sobreviverei, mas prosperarei escolhendo ativamente a alegria no Senhor.”

Obrigada, Senhor, por dar alegria como fruto do Teu Espírito, que Teu reino é de alegria e paz no Espírito Santo, e há poços de alegria, poços de água viva que Tu queres fazer brotar dentro de nós mesmo em meio a uma grande perda.

Faz-nos encontrar nossa alegria em Ti agora para que, quando perdermos essas coisas e pessoas que nos são preciosas, possamos encarar essa perda de frente e dizer, “Independentemente disso, me alegrarei no Senhor. Me regozijarei no Deus da minha salvação.” Eu oro no nome de Jesus, amém.

Raquel: Você pode estar passando por uma temporada de sofrimento agora. A inflação está tornando as palavras ensinadas por Nancy hoje muito apropriadas. As prateleiras do supermercado estão um pouco mais vazias do que estamos acostumadas, e nossas contas bancárias mal conseguem se esticar para comprar o que gostaríamos ou precisamos. Espero que leve as palavras de Nancy DeMoss Wolgemuth com você na próxima vez que for ao supermercado. Ela ofereceu uma perspectiva importante sobre confiar em Deus nestes tempos difíceis.

Uma mulher fez um comentário sobre esta série, “Habacuque: Passando do medo para a fé“. Ela escreveu:

“Meu marido e eu estamos passando por um momento realmente difícil nos últimos seis meses. Perda de emprego, doença, dificuldades financeiras, tudo isso surgiu em nosso caminho. No entanto, no meio disso, consigo encontrar a alegria de Deus em meu coração. Muitas vezes começo a cantar louvores. Obrigada, Nancy, por ensinar que é possível no nosso Senhor.”

Adoramos ouvir como Deus está trabalhando por meio de mensagens como essas.

Alegria! É algo que você e eu precisamos, não importa quais nuvens estejam pairando sobre o dia. Descubra como cultivar esse tipo de alegria amanhã no Aviva Nossos Corações. Aguardamos você.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.