icon-newsletter

Habacuque – Passando do Medo para a Fé | Dia 22: Respostas reais de um Deus real

Publicadas: out 08, 2024

Raquel Anderson: Se você já se sentiu consumida pela ansiedade, vai se identificar com o que a Kathy compartilhou.

Kathy Helvey: Tem um versículo no Salmo 94 que diz assim: “Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma. (v. 19). Para mim, consolo é o que Ele diz, o que Ele promete.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos.

Na maioria das vezes, quando a Nancy ensina para o Aviva Nossos Corações, ela faz isso na frente de uma plateia, no estúdio. 

E para quem está na sala ouvindo a Nancy, geralmente há uma oportunidade de responder e compartilhar o que Deus tem mostrado a eles em Sua Palavra. Hoje vamos ouvir um pouco do que foi compartilhado.

Nas últimas semanas a Nancy esteve no livro de Habacuque. Não foi um estudo rico? E agora, como parte dessa série, vamos ouvir Nancy conversando com Kim Wagner, Holly Elliff, Maria Johnson e Kathy Helvey, que agora está com o Senhor. Elas fizeram parte da plateia durante toda a série. Aqui está a Nancy para começar.

Nancy: Quais foram os pontos principais que vocês destacariam nesta série?

Holly Elliff: Tenho que confessar, enquanto eu estava lendo o livro de Habacuque e durante este estudo, creio que a partir do capítulo 2, onde você começou a falar sobre Habacuque subindo na torre de vigia para esperar por Deus. Eu tive essa visão de mim mesma tentando subir na torre e todos meus filhos agarrando meus tornozelos e dizendo: “Mamãe, espera, espera, espera.” (risos)

 Tenho um monte de filhos. Fiquei pensando literalmente, “Será que eu conseguiria subir naquela torre e dizer que vou ficar aqui até Deus falar?” 

Então pensei, Bom, talvez eu consiga fazer isso tipo às 2 ou 3 da manhã. Estaria quieta o suficiente. Chegou a ser cômico eu me imaginar tentando subir essa torre.

Nancy: … de ouvir o Senhor e esperar por Ele.

Holly: …dizendo que vou ficar aqui até Deus responder. Eu sei que Deus tem um jeito para que eu consiga ouví-Lo, mas a imagem que passou por minha mente foi bem engraçada.

Nancy: Diga para nós, como mãe, como você consegue ficar a sós com o Senhor? Como você consegue ficar quieta e deixar Ele falar com você?

Holly: Para mim, tem vezes que é literalmente às 2 ou 3 da manhã, quando tudo finalmente está em silêncio e sei que há uma boa chance de ninguém acordar por um tempo. É quando consigo chegar até Ele.

Recentemente compramos bicicletas. Eu pego minha bike e a minha pequena Bíblia e saio por alguns minutos quando é seguro. 

Descobri que posso ouvir muito do Senhor enquanto pedalo ao redor do quarteirão por alguns minutos, longe da lavanderia, longe da minha cozinha bagunçada ou das tarefas escolares ou da crise do momento. 

Isso me ajuda a me reequilibrar. Descobri que uns poucos minutos no meio do meu dia fazem uma enorme diferença.

Nancy: A propósito, qualquer uma de vocês sinta-se à vontade para se juntar a essa conversa. Eu sei, Kim, que seus dias são muito ocupados. Estávamos conversando sobre como você está numa fase da vida em que seus dias são muito cheios. Como você encontra tempo para ouvir ao Senhor?

Kim Wagner: Eu tenho que ter esse tempo. Tenho que arrumar esse tempo. O Senhor me ensinou isso vários anos atrás, que se eu não me encontrasse com Ele primeiro… 

É o meu sustento. Encontrar com Ele logo de manhã é a única maneira de eu poder funcionar o restante do dia. 

Eu sei que o tempo da Holly é tarde da noite. Para mim, tenho que me encontrar com o Senhor logo de manhã.

Holly: Na verdade, o meu é mais cedo de manhã do que o seu.

Kim: Exato! O meu é mais ou menos duas horas depois do seu. Mas eu disse às minhas amigas, vocês não querem estar perto de mim até que eu tenha me encontrado com o Senhor porque Ele precisa lidar comigo logo cedo.

Na verdade, esse é o momento mais doce do meu dia, ir a Ele, expor meu coração diante Dele, buscá-Lo, perguntar a Ele:

O que há em meu coração que precisa da Tua mão? 

Em que área preciso me render a Ti? 

E interceder por outros que Ele está trazendo ao meu coração e mente enquanto O busco antes de mergulhar um tempo na Palavra.

Provavelmente, nos primeiros dez anos, sendo esposa de pastor, meu tempo silencioso com o Senhor era bem típico da maioria dos cristãos. Fazia um dia e não fazia no outro. 

Lembro-me de fazer um diário enquanto estávamos nos mudando de um pastorado para outro.

Ao vasculhar as caixas de mudança, encontrei um dos meus diários espirituais. Lembro de folheá-lo e pensar, “Nossa, isso aqui é bom. O Senhor me encontrou aqui em 24 de outubro. Que boa palavra! Interessante.” 

Vou para o dia seguinte, 25 de outubro, e então percebo, 24 de novembro? O que aconteceu entre 25 de outubro e 24 de novembro?

O Senhor usou isso para me convencer de que havia vários dias faltando ali. Em todo o diário, eu podia perceber que o meu tempo de encontro com o Senhor era muito esporádico. 

Comecei a me perguntar, Pai, o que querias me dizer naqueles dias em que eu não parei para me encontrar contigo? O que querias me ensinar e eu perdi?

Isso não foi suficiente para me convencer. Acho que ainda levou cerca de um ano. Na época, estávamos morando em Indiana. Estava indo para Indianápolis para ministrar a alguém no hospital. 

Enquanto dirigia tranquilamente para servir a Deus, o fiel Espírito Santo falou comigo e disse, “Você vai ministrar a alguém, mas não se encontrou comigo esta manhã. Você não buscou a minha face primeiro.”

Eu, de maneira orgulhosa, arrogante e descuidada, disse, “Estou me encontrando contigo, Deus. Estou ouvindo Adrian Rogers no rádio agora.” 

Deus falou comigo claramente e fielmente, “Não, você não buscou a minha face esta manhã. Você não se encontrou comigo esta manhã.”

Deus usou isso. Foi um tempo de real quebrantamento na minha vida, para me levar a um lugar de… 

Eu sei que é sério fazer um voto ao Senhor, mas acho que sou tão mimada que tenho que tomar medidas drásticas para garantir que eu cumpra o que devo cumprir. Eu disse, 

“Prometo, meu Pai, que nunca, nunca mais passarei outro dia sem me encontrar primeiro contigo e permitir que me quebrante.

Me identifico muito com o que Holly está dizendo. Há tanta coisa acontecendo em nossas vidas que tudo se torna agitado, com crianças, responsabilidades, pessoas que precisam de ministração. 

Podemos deixar todas essas coisas sufocarem a mais importante. Sou tão grata por Lucas 10, um exemplo de Maria que, sim, se encontrava numa situação onde havia muita agitação acontecendo.

Martha estava fazendo muitas coisas boas, muitas coisas necessárias. Os homens precisavam comer, mas Maria estava fazendo a coisa mais importante. Para mim, não estou dizendo que é o mesmo para todas, mas para mim, Deus mostrou que devo começar com isso logo no início do dia.

Maria Johnson: Para mim, é um pouco diferente, porque a vida nem sempre é tão organizada se você está acordada a noite toda com uma criança doente ou algo similar. Amo a manhã. É o meu momento favorito, antes do sol nascer. 

Saio com uma xícara de café, envolvida num cobertor. 

Lá estão as estrelas, e é você e o Senhor. Esse é o meu momento favorito.

Com quatro filhos e seis netos, fora a agenda de trabalho do meu marido, nem sempre posso fazer isso, às 5 ou 4h30 ou 6 da manhã, não quando estive acordada duas ou três horas com uma criança ou neto doente.

Então o que o Senhor começou a me mostrar no Salmo 16:11 era que eu era muito consistente com aquele tempo silencioso pela manhã, e acabei me tornando orgulhosa disso. “Na tua presença há alegria plena.” 

Ele começou a me mostrar que eu precisava viver cada momento em Sua presença. Cada momento.

Então, seja com uma criança doente ou ajudando meus filhos casados com seus filhos ou um vizinho na igreja, seja lá qual for a necessidade, é naquele momento que percebo que Deus está presente, e Ele fez provisão para Sua glória independente da circunstância.

Isso não quer dizer que o tempo com o Senhor em Sua Palavra não seja importante, mas é algo que vai além. Onde podemos fugir da Sua presença? Em lugar algum.

Lembro-me de estar num metrô em Boston, virar para minha prima e dizer, “Olhe todas essas pessoas, todas essas nacionalidades. Não suporto pensar que elas vão morrer e queimar no inferno.” Eu disse, “Você precisa orar todos os dias ao entrar e sair desta cidade.”

E ela disse, “Nunca me ocorreu isso.”

Eu passei vários anos aprendendo a viver na presença de Deus. Às vezes quero dizer, “Pare, Senhor, pare. Não suporto isso.” É perceber que Sua presença está em toda parte e que na Sua presença há plenitude de alegria.

Meu lugar favorito, claro, é diante Dele em Sua Palavra no silêncio. Mas em todo lugar Ele quer que o vejamos, e em todo lugar Ele fez provisão para Sua glória, seja apontando pessoas perdidas ou necessitadas, ou ministrando, ou simplesmente se divertindo desenhando com giz na calçada com as crianças.

Em todo lugar Deus fez provisão para Sua glória. É lembrar disso e lembrar que estamos sempre em Sua presença. Sempre. Sempre.

Desde cedo aprendi sobre a importância do tempo silencioso pela manhã. E segui à risca. Me diga o que fazer, e seguirei aqueles três passos. Há um certo orgulho nisso. Mas Deus disse, “Não, é mais do que isso. Eu estou sempre presente, e fiz provisão para a Minha glória em todos os lugares onde te coloquei.”

Fazer quebra-cabeças com as crianças pequenas, ensinar mulheres. Não importa. Deus está presente. Nosso propósito, meu propósito é glorificá-Lo.

Kathy Helvey: Nancy, você mencionou algo, estava procurando em minhas anotações aqui e não consigo encontrar, sobre a Palavra de Deus. 

Se realmente acreditássemos nela e a vivêssemos, então nossas vidas seriam transformadas. Seria tão diferente. 

Penso naquela passagem em Romanos que diz: “transformem-se pela renovação da sua mente” (Romanos 12:2)

Já que estamos falando sobre momentos silenciosos e tempo com o Senhor, à medida que fui envelhecendo, tive que caminhar para fazer exercícios e manter o peso. 

Uma coisa que me motiva a sair todos os dias e caminhar é algo que comecei a fazer há alguns anos, que é memorizar Salmos porque é como poesia. Flui.

Então comecei a memorizar diferentes Salmos. Eu me motivava a caminhar levando minhas fichas pautadas pelo caminho. 

Eu os recitava várias vezes. Enquanto caminhava, havia aquele pequeno jingle ou corinho que diz: “Fica, Senhor, já se faz tarde. Tens meu coração para pousar. Faz em mim morada permanente. Fica, Senhor. Fica Senhor, meu Salvador.” Foi isso que começou a acontecer.

Comecei a ter, e ainda tenho, os melhores momentos silenciosos com o Senhor quando estou caminhando sozinha. 

Sou muito egoísta com essas caminhadas. As pessoas pedem: “Deixa eu caminhar com você?”

Eu respondo: “Não. Preciso fazer isso sozinha. Não caberia na minha agenda.”

Nancy: Diga a eles que você já tem um Parceiro para caminhar.

Kathy Helvey: Isso mesmo, e eu amo o Senhor. Então, enquanto caminhamos e Ele fala comigo, é sempre uma surpresa muito boa.

Maria: Acho que aquilo que C. S. Lewis escreveu no livro, Surpreendido pela Alegria, foi meio que o que aconteceu comigo em minha caminhada um dia.

Eu estava falando com Deus sobre uma determinada situação e comecei a recitar este pequeno Salmo da minha fichinha. Acabei orando essas palavras diretamente a Deus. 

Antes se tratava apenas de uma memorização mecânica, mas tornou-se parte de quem eu era, da situação em que estava, sobre o que queria dizer ao Senhor e o que Ele queria me dizer.

Minha vida mudou muito por meio da memorização da Palavra de Deus. 

Quando eu era muito pequena, me ensinaram, em uma Escola Bíblica de Férias, como é importante memorizar a Palavra de Deus, mas eu não fazia ideia. 

Agora tenho muitas fichas pautadas, e simplesmente caminho e recito. A Palavra de Deus se torna uma oração para Ele, e isso é emocionante.

Nancy: Também tenho experimentado isso durante o estudo do livro de Habacuque. 

Enquanto meditava no livro e o estudava, acabei memorizando-o. Aquela última passagem, “O SENHOR, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos.” (Habacuque 3:19)

Me vi precisando tanto da força do Senhor, mas tirando forças das Escrituras que agora estão em meu coração e dizendo, pela fé: “Deus, o Senhor é a minha fortaleza. Senhor, Tu és a minha fortaleza. Fazes meus pés como os do cervo. Fazes-me andar em lugares altos.”

Entrar nesta sessão de gravação — este é um ponto alto para mim, um momento difícil. Está exigindo mais resistência do que tenho. Está exigindo mais sabedoria do que tenho. 

As Escrituras se tornam algo pessoal dessa maneira e, por fim, não é apenas Habacuque dizendo isso. Não é apenas eu sabendo isso em minha mente. Torna-se parte da minha caminhada real com o Senhor.

Kathy: Quando pergunto como está o tempo delas com o Senhor, muitas pessoas dirão … porque muitas vezes a maioria das mulheres com quem converso estão enfrentando algum tipo de problema, e direi, “Bem, como está o seu tempo com o Senhor?”

Elas dizem, “Bem, eu oro o tempo todo.”

Então minha próxima pergunta é, “Bem, isso é ótimo, mas quando você ouve?”

É sobre isso que você está falando. As fichas pautadas — você não está apenas falando com o Senhor. 

Você está ouvindo porque Ele está falando de volta com você por meio de Sua Palavra. É assim que Ele fala conosco e nos direciona, nos corrige, por meio de Sua Palavra, então é uma forma interessante de fazer duas coisas ao mesmo tempo.

Há um versículo no Salmo 94 que diz, “Quando a ansiedade já me dominava no íntimo.” Outra versão diz, “Quando os meus pensamentos dentro de mim se multiplicam …” (Salmos 94:19).

Nancy: Sim, todas nós conhecemos esse versículo!

Kathy: E a segunda parte é, “o teu consolo trouxe alívio à minha alma.” 

Para mim, consolo é o que Ele diz, o que Ele promete. Se eu não estiver lá para saber o que Ele está dizendo, então quando meus pensamentos ansiosos se multiplicam e os estresses e medos da vida vêm e os demônios das trevas aparecem no meio da noite me acordando e estou com medo, se eu não conhecer a Palavra de Deus, não a esconder em meu coração por meio da memorização, então estou perdida.

Kim: Não há nada para combater essas mentiras se você não tiver essa verdade guardada.

Kathy: Se não ancorar minha vida nela, não consigo ter mudança de vida. Não dá para confiar em mim mesma. 

Não leia a Palavra de Deus apenas, mas a memorize.

Kim: Medite nela.

Kathy: Se a memorizarmos, acho que a promessa de Deus é que ela voltará para nós.

Holly: Concordo, Kathy. Muitas das mulheres com quem converso nem sequer pegaram suas Bíblias e não entendem por que não estão recebendo o que precisam do Senhor. “Deus simplesmente não está me ouvindo.”

Pensei sobre Habacuque sendo tão determinado. Ele foi muito honesto com Deus. Disse a Ele quais eram suas perguntas. Mas depois ele estava determinado a chegar a um lugar onde pudesse ouvir Deus.

Acho que, se não tomarmos cuidado, colocamos toda a culpa em Deus e não aceitamos a responsabilidade pelo fato de que a Palavra de Deus está prontamente disponível. 

Gente, me desculpem, mas todo mundo pode encontrar tempo em algum momento para chegar até Deus.

Eu sei que há momentos de crise em que é incrivelmente difícil, mas a menos que você esteja no leito de morte de um ente querido, ou está internada no hospital, ou simplesmente enfrentando um momento de crise, há tempo na maioria das nossas vidas.

Nancy: Na verdade, são nesses momentos de crise que muitas pessoas realmente chegam até Deus.

Holly: Sim, daí você lembra que Ele está lá.

Nancy: Certo.

Holly: Mas somos tão despreparadas, até para quando essas coisas acontecem, porque no meio de nossas vidas cotidianas, esquecemos. Não é que esquecemos. Sabemos. 

Apenas não estamos desesperadas o suficiente para ouvir o que Deus tem a dizer, o que significa, como Nancy mencionou, que somos dependentes de nós mesmas, e o que temos é o que temos longe dele. Isso me assusta muito.

Kathy: Somos tão orientadas por sentimentos, especialmente como mulheres. 

O que me chamou a atenção durante toda essa sessão foi que Nancy frisava que é uma escolha. Alguém uma vez escreveu um livro chamado: A Fé Não É um Sentimento. Pensei, Ok, a fé não é um sentimento.

Às vezes, estamos tão consumidas com nossos sentimentos por causa da dor ou do sofrimento, seja qual for a situação em nossas vidas, que gosto de pensar agora como uma escolha contrária. 

Tenho que ir contra tudo o que sou quando estou numa  situação difícil. 

Isso é difícil de fazer a menos que eu tenha investido enquanto estava tudo bem. Estou caminhando de perto com o Senhor.

Querido Habacuque, eu te amo. (risos) Porque fiquei pensando, esta é uma dúvida de Habacuque. É isso aí. Ele está confuso. Está furioso. Está perdido. Sente que foi abandonado, rejeitado. Onde Tu estás, Deus?

Todas nós já estivemos lá. Quero seguir esse homem. Assim como neste pequeno livro, quero ser um Habacuque e ir além da minha dúvida até a fé.

Quero ser um Habacuque e ir alem da minha dúvida para onde terminamos neste pequeno livro — a fé.

Holly: Bem, estou aqui pensando, ao conversar com outras mulheres porque não vemos mulheres fazendo isso. Por que as mulheres não fazem essa escolha?

Conversei com uma moça algumas semanas atrás. No decorrer da conversa, ela mencionou talvez umas dez outras mulheres para as quais já havia compartilhado o que estava acontecendo em sua vida. 

Quando finalmente perguntei, “Você teve tempo de colocar isso diante de Deus?” “Não.” Ela realmente não tinha. Ela achou tempo para ir até todo mundo. 

Acho isso tão perigoso, colocar uma quantidade suficiente de bálsamo na ferida para não precisarmos ir até Deus como Habacuque fez.

Maria: No entanto, isso vem tão naturalmente quanto ser independente. Você não ensina uma criança a dizer, “Eu consigo fazer isso sozinha.” Você ensina a compartilhar. Acho que isso faz parte. É uma das coisas, como Kathy disse, que gostei neste livro é o quão real Deus é com Sua Palavra. Ele é tão prático.

As emoções são reais, e nós, como mulheres, sabemos disso. Mas o que faremos com essas emoções? Ele teve medo. Teve perguntas, tenho certeza. Habacuque teve dúvidas. Ele perguntou “por quanto tempo” e “por quê”? 

As emoções são reais, mas não podemos sufocá-las, negá-las, ignorá-las ou medicá-las. Temos que aprender a correr para Deus.

Tenho visto repetidamente, Ele permite essa pressão para nos lembrar de que precisamos Dele porque tendemos a ser tão autossuficientes. Posso fazer isso sozinha. Acredito que é uma atitude com a qual nascemos. Você tem uma quantidade enorme de coisas acontecendo em sua vida e começa a perceber que precisa dEle.

Houve uma fase em nossa família em que, durante um período de oito anos, o tempo mais longo que ficamos sem uma grande crise foi de seis meses. 

Estou falando de morte, hospitalizações, acidentes graves, um filho quase morrendo três vezes dentro de seis meses. O período mais longo, em oito anos, que tivemos paz foi seis meses.

Ainda assim, eu não trocaria esses oito anos por nada no mundo porque no meio disso tudo aprendi a correr para o Senhor. Toda nossa família fez isso. 

Você tem um vislumbre de Deus quando nada dá certo, nada ajuda, nada satisfaz. Você precisa de respostas reais. Você precisa de um Deus real, e Ele está lá.

“O SENHOR assentou-se soberano sobre o Dilúvio, o SENHOR reina soberano para sempre.” (Salmo 29:10) 

Essa foi a passagem que o Senhor me deu ao lado do meu filho de dezessete anos que estava irreconhecível. Ninguém sequer sabia se era realmente ele, exceto eu e o pai dele; ele estava tão desfigurado. Eu fiquei parada no tempo ali, e essa foi a passagem que o Senhor me deu.

Esse foi o início de oito anos seguidos. Uma pausa de seis meses. Grandes acontecimentos. Muitas mortes, cirurgias, acidentes, perdas financeiras. Por quanto tempo, Senhor, e por quê? Ele estava lá, e Ele foi suficiente.

Existem algumas experiências assim na vida e podemos cantar com Habacuque no final. Há temporadas assim. Não foi uma única vez. Mas você passa por uma longa fase nessa situação e começa a perceber que Deus é suficiente. Ele não se importa com essas perguntas honestas.

Uma vez estávamos esperando, mesmo antes dessa fase, pois sentimos que Deus nos guiou para adoção, apesar dos nossos dois primeiros filhos terem treze e quinze anos. 

Todos pensavam que éramos loucos, mas realmente sentimos que Deus disse que havia crianças específicas. Não foi porque queríamos um bebê ou porque não tínhamos um filho ou uma filha ou porque queríamos isso ou aquilo.

Estávamos esperando. Levou dezoito meses, e são apenas nove meses para ter um bebê biológico. Foi um tempo longo demais. As assistentes sociais ficavam mudando.

Bem, uma corajosa amiga minha me levou para almoçar um dia e lá estava eu reclamando, como você disse, lamentando e choramingando. Ela se inclinou para mim e disse: 

“Maria, você não está esperando por uma assistente social, e não está esperando crianças aparecerem, nem está esperando vender sua casa e poder comprar uma casa maior porque você vai ter mais filhos”. Ela disse: “Você está esperando pelo Senhor.”

Estávamos em um restaurante com garçons. O que faz um garçom? Ele espera você sinalizar, acenar com a cabeça, fazer um gesto para ele vir até você. Essa foi a imagem que o Senhor me deu naquele segundo, que eu deveria esperar como uma serva do Senhor. 

Ele acenaria com a cabeça, faria gestos quando quisesse que eu fosse, ficasse, virasse à esquerda ou à direita. Nunca vou esquecer isso. Estamos esperando pelo Senhor. Foi isso que Habacuque fez. Ele esperou até Deus respondê-lo.

Raquel: Essa é Maria Johnson. Também ouvimos Kim Wagner e Holly Elliff. E ouvimos Kathy Helvey, que agora está com o Senhor.

Essas senhoras ouviram enquanto Nancy DeMoss Wolgemuth ministrou a série chamada “Habacuque: Passando do medo para a fé.” A conversa de hoje explorou como esse ensino se parece na prática, no dia a dia.

Uma ouvinte nos escreveu sobre esta série. Ela disse:

“Sinto que Deus falou comigo por meio de cada uma de vocês em algum momento. Acabei de começar a me levantar cedo e passar tempo com o Senhor, e descobri o quanto é mais fácil orar ao longo do dia. As coisas simplesmente não me incomodam quando me volto primeiro para Deus. Obrigada a todas e obrigada por este estudo sobre Habacuque.”

No Aviva Nossos Corações estamos comprometidas em lidar corretamente com a Palavra de Deus e mostrar como vivê-la de maneira prática. O ministério é possível graças a ouvintes como você, que investem no ministério através de suas doações.

Quando você apoia o ministério do Aviva Nossos Corações com uma doação de qualquer valor, você participa do que Deus tem feito em todo o Brasil. Alcançando mais e mais mulheres para experimentar a liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Você pode fazer sua doação diretamente no nosso site www.avivanossoscoracoes.com 

Esperamos que perguntas e respostas andem sempre juntas. Mas às vezes as perguntas ficam sem respostas, e isso também pode ser muito bom. 

Descubra o porquê amanhã, quando ouvirmos novamente um grupo de amigas no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.