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Habacuque – Passando do Medo para a Fé | Dia 3: Perguntando por quê

Publicadas: set 11, 2024

Raquel: Às vezes as dúvidas nos levam a questionar a Deus. Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Tudo bem perguntar a Deus por quê, contanto que você pergunte não com o punho cerrado, mas com um coração sincero. Há uma diferença entre essas perguntas sinceras e honestas que fazemos a Deus e chegar ao ponto de fazer acusações ou exigir de Deus que Ele nos dê respostas e as respostas que queremos, no tempo que queremos. Uma grande diferença.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Enfrentando nossos medos, na voz de Renata Santos.

Você já perguntou a Deus por quê? Se sim, você está na companhia de personagens bíblicos que questionaram a Deus: Moisés, Davi e o profeta sobre o qual vamos ouvir hoje. Aqui está Nancy para explicar.

Nancy: Algumas de vocês já me ouviram compartilhar isso antes, mas jamais vou esquecer. Muitos anos atrás fiquei tremendamente impactada, quando estava no culto memorial do meu irmão que na época tinha apenas vinte e dois anos, quando sofreu um acidente de carro, meu irmão que estava se preparando para entrar no ministério, ele havia aprendido a amar o Senhor e tinha um coração apaixonado por Cristo e pelas pessoas. Sua vida foi interrompida repentinamente. Na escolha, na vontade e na providência insondáveis de Deus, David se foi.

Lembro-me de estar sentada naquele culto memorial e ouvir um dos pregadores dizer: “Não é errado perguntar por quê, contanto que você pergunte não com o punho cerrado, mas com um coração sincero.” Não com um punho cerrado, mas com um coração sincero. Você pode dizer as mesmas palavras, mas somente Deus sabe se o seu coração está buscando ou está cerrado.

Ontem falamos sobre a história da Joni Eareckson Tada, e como ela enfrentou um acidente de mergulho que a deixou paralisada do pescoço para baixo. Nos primeiros dias após o acidente, ela enfrentou uma enxurrada de perguntas: Por que isso aconteceu? Por que comigo? Ela também experimentou uma intensa raiva em relação a Deus.

Joni depois escreveu:

“A maioria das perguntas que fiz nos primeiros dias da minha paralisia foram perguntas feitas com um punho cerrado, um desabafo emocional, um acesso de raiva. Eu não sei o quão sinceras as minhas perguntas eram para dizer a verdade. Eu simplesmente estava com raiva. Mas depois de muitos meses, essas perguntas de punho cerrado se tornaram em perguntas de um coração sincero, que buscava respostas. Eu honestamente queria encontrar respostas.”

Tudo bem perguntar a Deus por quê, contanto que você pergunte não com um punho cerrado, mas com um coração sincero. Há uma diferença entre essas perguntas sinceras e honestas que fazemos a Deus e chegar ao ponto de fazer acusações ou exigir de Deus que Ele nos dê respostas e as respostas que queremos, no tempo que queremos. Uma grande diferença.

Enquanto estudava o livro de Habacuque, me perguntei muitas vezes se Habacuque estava fazendo essas perguntas com um punho cerrado ou se ele as estava fazendo com um coração sincero. No primeiro parágrafo do capítulo 1, ele faz duas perguntas que todas nós frequentemente fazemos: “Ó Deus, até quando isso vai durar? Até quando, e não farás nada em relação às minhas orações? E Deus, por quê?” (v. 2, parafraseado).

Até quando? E por quê? As duas perguntas que todas nós fazemos. As duas coisas que queremos saber de Deus. Ele faz essas perguntas e continua fazendo algumas perguntas difíceis ao longo do primeiro capítulo.

Tentei entrar no coração de Habacuque e discernir se ele estava apenas fazendo perguntas sinceras e honestas ou se estava acusando a Deus. “Tu não ouvirás. Tu não salvarás. Não estás fazendo nada.” Ao ler alguns comentaristas, alguns têm certeza de que ele estava perguntando com raiva, e outros comentaristas têm igual certeza de que ele estava perguntando com um coração sincero.

Decidi que sei a resposta. A resposta é: Não sabemos. Não sabemos o que estava no coração de Habacuque. Eu não tenho como saber o que está no seu coração, e você não tem como saber o que está no meu coração quando fazemos essas perguntas.

Deus é aquele que examina nossos corações e Deus é aquele que sabe se:

  • Estamos perguntando com um punho cerrado?
  • Estamos bravas com Deus?
  • Estamos o acusando?
  • Estamos exigindo que Ele faça as coisas do nosso jeito?
  • Ou estamos perguntando de um modo humilde, sincero e honesto, buscando a Deus?

Sabemos que Habacuque, independentemente do que estava em seu coração nas primeiras perguntas, ao longo do livro, ele chega a um ponto de fé. Você vai ouvir essa palavra várias vezes nesta série. Fé. Há um ponto de virada neste livro onde a dúvida dele se transforma em fé. Seu medo se transforma em fé. Seus resmungos e suas preocupações se transformam em adoração. Adoração baseada na fé.

Não porque todas as suas perguntas foram respondidas, mas porque ele chegou ao ponto de confiar suas perguntas a Deus e dizer: “Eu não preciso saber as respostas, mas eu preciso conhecer a Deus. Eu quero conhecer a Deus.” O lutador (Habacuque significa “aquele que luta”) se torna o que abraça, aquele que se abraça firmemente a Deus dizendo: “Eu confiarei em Ti mesmo que não me dês as respostas.”

No episódio de ontem, à medida que começamos a analisar as circunstâncias e situação de Habacuque, vimos que ele está profundamente preocupado com a corrupção, a injustiça e a violência que estão ocorrendo no meio do povo de Deus.

Não era lá fora no mundo. Era no meio do povo de Deus. Ele não está tão preocupado com as nações pagãs. Na verdade, no início deste livro, Habacuque não tem nenhuma preocupação com o que está acontecendo nas nações. O que o preocupa é o que está acontecendo entre o povo de Deus.

Ele está perplexo com a aparente indiferença de Deus e a falta de resposta às suas orações. Ele diz: “Tenho orado por avivamento, orado pedindo que faças algo, orado para que traga convicção, orado para que mudes os corações das pessoas, mas nada está acontecendo.”

Temos a impressão aqui de que ele estava orando há muito tempo. Não foi como se ele tivesse orado de manhã e não tivesse recebido resposta até à tarde e ficado chateado com Deus. Não, isso estava acontecendo repetidamente, continuamente, há algum tempo.

Então ele diz no versículo 3 do capítulo 1: “Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade?” no episódio de ontem, analisamos a pergunta de quanto tempo. Hoje estamos vendo no versículo 3 a pergunta do por quê. É uma pergunta perene. Por quê? É feita três vezes neste capítulo. Por quê? “Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade?”

Pensando na frase “contemplar a maldade”, uma lembrança de anos atrás veio à tona. Eu estava viajando e tive uma conexão no aeroporto BWI (Aeroporto Internacional de Baltimore-Washington). Fui sentar-me em um dos pequenos restaurantes do aeroporto.

Naqueles dias eu tinha uma maleta, daquelas duras. Eu a coloquei no chão ao meu lado enquanto pegava algo para comer. Em certo momento durante minha refeição, um homem que estava sentado em uma mesa próxima, vestido com terno, se levantou da mesa, veio até onde eu estava, pegou minha maleta e saiu.

Claramente não era a maleta dele. Claramente era a minha. Estava bem ao meu lado. Bem, imediatamente, eu avaliei a situação e vi que havia um policial fardado sentado em uma mesa muito próxima. Olhei para o policial e disse: “Aquele homem acabou de pegar minha maleta.” O policial não fez nada.

Felizmente, a maioria dos policiais faz algo quando estão fardados e presenciam uma cena de roubo. Não quero dizer que isso é característico dos policiais, mas naquele momento, pelo que me lembro da situação, lembro-me de ficar tão surpresa que aquele policial, que estava em uma posição de autoridade, me ouviu dizer: “Aquele homem acabou de pegar minha maleta”, e ele simplesmente ficou sentado lá e não fez nada. Mesmo tendo passado vinte e poucos anos, pelo tom da minha voz você pode ver que isso ainda mexe comigo.

Quando penso em Habacuque dizendo a Deus: “Contemplas a maldade. Vês o que está acontecendo. Sabes da situação. Se não sabia, eu acabei de te contar, e ainda não estás fazendo nada a respeito.”

Bem, você provavelmente quer saber o que eu fiz com aquela maleta. Eu fiz algo que, em retrospecto, não posso acreditar que fiz. Foi muito tolo da minha parte. Fui atrás do homem por conta própria. Ele estava andando por um corredor comprido onde não havia muitas pessoas.

Fui até ele e disse: “Com licença. Acredito que essa maleta seja minha.” Ele simplesmente me devolveu, virou e saiu. Quando penso no que poderia ter acontecido, não sei se foi uma coisa inteligente a se fazer, mas se o policial não ia fazer nada, eu ia fazer algo a respeito.

Bem, há situações muito mais sérias na vida em que ouvimos falar de perigo ou de um crime sendo cometido e pessoas apenas observando, ninguém fazendo nada. Penso na mulher que escreveu recentemente para o Aviva Nossos Corações e compartilhou como, quando criança, seu pai a violava todas as noites por anos enquanto, da perspectiva dessa menininha, sua mãe assistia e não fazia nada.

Essa enorme sensação de injustiça. Por que contemplas a maldade? Deus, vês isso. Por que não estás fazendo nada sobre isso?

John Stott diz:

“A verdadeira dor do sofrimento não é a própria adversidade, nem mesmo a dor dela ou a injustiça dela, mas a aparente desconsideração de Deus por ela. A dor é suportável, mas a aparente indiferença de Deus não é.”

Aliás, não é essa uma imagem do que talvez Jesus tenha experimentado na cruz quando disse: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mateus 27:46). O sentido é: “Eu poderia suportar isso se ao menos soubesse que estavas aqui fazendo algo a respeito.”

Habacuque diz a Deus: “Me fazes ver o mal, Tu vês o mal, mas não fazes nada.” Ele está preocupado com a aparente passividade de Deus, Sua indiferença, Sua inatividade. “Não fique aí parado. “Faça algo, por favor! Por que observas passivamente o mal?”

E ele diz, “Destruição e violência estão diante de mim” (v. 3). Você verá a palavra “violência” seis vezes no livro de Habacuque. É um tema. É algo que o preocupa.

Isso está acontecendo entre o povo de Deus. Destruição e violência, contenda e discórdia surgem. No versículo 4:

“Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida.”

É importante perceber ao ler esses versículos que Habacuque está preocupado com a maldade e a injustiça que estão ocorrendo entre o povo de Deus e com a aparente inatividade e negligência de Deus diante da situação, mesmo diante das repetidas e sinceras orações de Habacuque. Tem algo de muito errado.

Destruição, violência, contenda. Os ímpios superam os piedosos na igreja, entre os chamados cristãos. Lei e ordem são negligenciadas. As pessoas que deveriam ter autoridade espiritual fecham os olhos para isso. Elas estão jogando a sujeira para baixo do tapete. Não estão fazendo nada a respeito. 

Não se engane pensando que as coisas que preocupavam Habacuque em seu tempo não estão acontecendo dentro das quatro paredes de nossos lares e igrejas cristãs hoje. Violência e injustiça prevalecendo. Você pergunta como? Divórcio. Se isso não é violento, se isso não é contenda e discórdia, então não sei o que é. Divórcio.

Não me surpreende nem me choca que os não cristãos se divorciem. Como eles conseguem manter um casamento? Você tem duas pessoas egoístas que não conhecem a Deus, mas o povo de Deus (assim chamados) que tem o amor de Cristo e são perdoados e perdoam mas não conseguem manter seus casamentos?

Discórdia e contenda. Rixas familiares. Rupturas na igreja. Disputas. Conflitos não resolvidos. Relacionamentos não resolvidos dentro do corpo de Cristo.

Nas últimas semanas, ouvi tantas histórias. Basicamente fico sentada no meu escritório a maior parte do tempo. Não saio muito. Mas, em meus breves encontros e conversas com as pessoas, estou ouvindo histórias sobre chamados cristãos fazendo coisas muito anticristãs. Algumas dessas pessoas estão ativamente envolvidas no ministério. Amargura, conflitos de longa data entre os cristãos.

Na semana passada, ouvi sobre dois professores universitários cristãos envolvidos em um relacionamento amoroso. A faculdade não sabia o que estava acontecendo, e eu me pergunto por que eles não sabiam? Ficamos sabendo de situações desse tipo. Você pensa que esses caras estão ensinando nossos filhos em uma faculdade cristã e, neste momento, estão mantendo um relacionamento adúltero.

Pornografia. Adultério. Conversas tolas. Profanidade. Danças lascivas. Linguagem sugestiva. Só nas últimas semanas ouvi de coisas que estão acontecendo entre o povo de Deus. E as pessoas justificando isso, defendendo isso, rindo disso às vezes, sendo entretidas por isso. Pessoas em posições de liderança. Você clama com Habacuque: “Oh Deus, até quando?! Por que permites que isso continue? Por que ficas aí sentado vendo isso e não fazes nada?”

Recentemente um amigo me contou sobre um chefe que ele tem que é um cristão professo. Ele é um membro ativo de sua igreja, proprietário de um negócio e admitidamente está fazendo uso de práticas ilegais em sua contratação, em sua ética de trabalho. E ele vai para a igreja. Ele está envolvido em grupos pequenos e liderança, mas no trabalho é uma pessoa totalmente diferente, driblando a lei, fazendo coisas que não são apenas marginais, mas totalmente ilegais.

Esse jovem que trabalha para ele está vendo tudo isso e confronta este homem. O homem reconhece que isso não está certo, mas continua fazendo. Por que Deus não faz algo? Você vê as pessoas no comando que não estão fazendo nada sobre isso e às vezes até participando disso. Você diz: “Deus, como podes observar isso calmamente?”

Você acha que estou preocupada e intensa agora? Essa é a atitude que você recebe de Habacuque ao refletir sobre essas coisas, ao ver essas coisas acontecendo. Você sente essa intensa preocupação com a condição espiritual e moral de Seu povo. Isso incomoda Habacuque.

Ao pensarmos sobre este texto, quero lhe perguntar: “Isso incomoda você?”

  • Te entristece ver o pecado, o pecado não arrependido, o pecado persistente, o pecado habitual, padrões de comportamento pecaminoso entre o povo de Deus?
  • Isso te entristece?
  • Isso parte seu coração?
  • Isso te choca?
  • Você fica agitada com isso?
  • Entristecida pelo pecado e pela violência entre o povo de Deus?

Acho que, infelizmente, a maioria de nós se acomodou em uma atitude complacente: “É assim que as coisas são. Meninos são assim mesmo!”, foi a resposta que uma autoridade deu a uma amiga minha quando ela expressou preocupação com o que os meninos de uma escola cristã estavam fazendo. “Meninos são assim mesmo! É assim que as coisas são. Somos apenas humanos. Você é uma perfeccionista. Você é legalista.”

Ou seja, se você expressar preocupação sobre algumas dessas coisas hoje, essa é a resposta que você vai receber. Uma amiga minha disse: “Quando eu levanto essas questões as pessoas me olham como se eu estivesse louca.” Ela me disse: “Estou louca por ficar perturbada com essas coisas?” 

Bem, essa é uma pergunta realmente triste para se fazer, não é? Você fica entristecida? Você fica agitada com as coisas que entristecem o coração de Deus?

Centenas de anos atrás, João Calvino escreveu um comentário sobre o livro de Habacuque. Ele disse:

“Este texto nos ensina que todos que realmente servem e amam a Deus devem arder com indignação santa sempre que veem a maldade reinando sem restrições entre os homens e especialmente na igreja de Deus. 

Não há nada que deva nos causar mais tristeza do que ver homens agindo com desdém profano por Deus e sem respeito pela Sua lei e pela verdade divina.”

Habacuque tornou isso uma questão de intercessão, uma questão de oração. Ele levou sua preocupação a Deus porque percebeu que não há outro lugar para levá-la. Não há mais ninguém que possa fazer algo sobre essa preocupação.

Mulheres, uma coisa é ficar chateada, conversar umas com as outras sobre como as coisas estão terríveis, lamentar juntas, escrever cartas, reclamar, gritar para a TV quando vocês veem coisas que as incomodam. A questão é: vocês oraram sobre isso? O que vocês veem acontecendo em suas famílias, em sua igreja, em nossa cultura, vocês oraram sobre isso? Isso é o que Habacuque faz.

Uma vez que o mal continua, apesar de suas orações, Habacuque conclui erroneamente que Deus não está fazendo nada, que Deus está ocioso. Lembre-se, Deus só está ocioso aparentemente, apenas do ponto de vista de Habacuque. Deus nunca está ocioso. Deus nunca está sem fazer nada. Deus sempre está fazendo algo, e vamos ver isso à medida que progredimos neste texto.

Enquanto pensamos sobre esse problema do mal que continua, deixe-me ler para você algumas passagens de escritores mais antigos, que têm me ajudado a refletir sobre este texto.

Primeiro, tenho lido recentemente de um dos meus escritores antigos favoritos:

“A única coisa que me deixa confuso é entender como permites que tanto mal esteja misturado ao bem.”

Ele está falando com Deus. Ele diz:

“Tu não podes criar o mal. Tudo o que fazes é bom. Como então a face da terra está coberta de crimes e miséria? Parece que o mal prevalece em todos os lugares sobre o bem. Criaste o mundo apenas para Tua glória, e somos tentados a acreditar que está se tornando para a Tua desonra. O número dos ímpios supera infinitamente o número dos bons, mesmo dentro da igreja.”

Isso foi escrito séculos atrás. Ele diz:

“Toda carne perverteu seu caminho… Todos sofrem. Tudo está em estado de violência… Por que esperas tanto, Senhor, para separar o bem do mal? Apresse-se. Glorifique Teu nome. Faça aqueles que blasfemam conhecer quão grande ele é. Tu deves isso a Si mesmo para chamar todas as coisas de volta à sua ordem.”

Então ele diz: “Mas oh meu Deus, como são profundos os Teus juízos”. Aqui é onde a preocupação se transforma em adoração. Aqui é onde o medo se transforma em fé. Ele diz:

“Teus caminhos estão muito acima dos nossos caminhos, como os céus estão acima da terra. Somos impacientes porque nossa vida inteira é apenas um momento. Pelo contrário, Sua longa paciência se baseia em Tua eternidade, para a qual mil anos são como o ontem já passado.”

Então, este lembrete de Oswald Chambers, um dos meus escritores favoritos, escrito em “Tudo para Ele“. Ele diz:

“Há momentos em que seu Pai pode parecer insensível e indiferente, mas lembre-se de que Ele não é. Se há uma sombra no rosto do Pai neste momento, confie que Ele acabará revelando a verdade e se justificando em tudo o que permitiu. Permaneça firme na fé, acreditando que o que Jesus disse é verdadeiro, mesmo que no momento você não entenda o que Deus está fazendo. Ele tem questões maiores em jogo do que as coisas particulares que você pede.”

Deus tem um propósito maior. Deus tem um plano maior.

Conforme avançamos nos próximos episódios, veremos que Deus não está em silêncio. Ele ouve a oração de Habacuque. Ele responde à oração de Habacuque. Ele não é passivo. Ele não é indiferente.

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth estará de volta para orar conosco. Ela acabou de dar uma prévia do que ouviremos amanhã durante nossa série atual chamada “Habacuque: Passando do medo para a fé“. Estamos analisando as sérias questões que Habacuque levantou e, à medida que a série avança, descobriremos por que Habacuque foi capaz de mudar seu foco e voltar a adorar a Deus.

Se você tem sentido medo, ansiedade ou dúvida, espero que esta série, baseada no livro de Habacuque seja de grande valor para você. E também espero que você obtenha uma cópia do livreto intitulado “Enfrentando Nossos Medos: Encontrando-o Fiel“. Este é um livreto escrito pela Nancy para ajudá-la a superar qualquer medo que você tenha ao entregar tudo a Cristo. Enfrentando nossos medos é o nosso tema agora no Aviva Nossos Corações. Você pode obter uma cópia deste livreto fazendo uma doação de qualquer valor para o Aviva Nossos Corações. 

Esta é nossa maneira de agradecer pelo seu apoio, que significa muito para este ministério. E se você nunca doou para Aviva Nossos Corações antes, agora é um ótimo momento para dar esse passo. Sua doação ajuda mulheres em todo o nosso Brasil e ao redor do mundo a florescerem em Cristo.

Visite avivanossoscoracoes.com para fazer sua doação, e solicite seu livreto pelo email contato@avivanossoscoracoes.com

Quando Deus responde à oração, os resultados podem ser muito diferentes do que você esperava. Foi isso que Habacuque descobriu, e é isso que discutiremos amanhã. Agora vamos orar com Nancy.

Nancy: Pai, eu te agradeço porque Tu és digno de confiança. A certeza que tenho, como resultado de anos caminhando contigo, é que Tu és um Deus fiel, sábio, amoroso e bom, independentemente de quão nubladas as Tuas providências possam parecer às vezes ou quão inescrutáveis sejam os Teus caminhos. Todas as coisas são conhecidas por Ti. Todas as coisas são claras para Ti.

É apenas a nossa finitude, nossa carne, nossa fraqueza que as torna misteriosas para nós. Mas obrigada, Senhor, porque um dia a fé se tornará visão. Tudo ficará claro, e todo o mundo adorará os Teus caminhos e afirmará que Tu fizestes todas as coisas bem. Então, até esse dia, Senhor, que não vacilemos na fé e que nos apeguemos a Ti, ainda que velado estejas. Nós adoramos, esperamos e nos entregamos completamente a Ti. Eu oro em nome de Jesus, amém.

Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.