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Incentivando os homens a serem cavalheiros

Publicadas: fev 07, 2022

Raquel Anderson: Carolyn McCulley aprendeu algo sobre homens e mulheres enquanto se preparava para ir à igreja.

Carolyn McCulley: Eu carregava umas caixas toda semana e meu pastor ao ver isso dizia: “Carolyn, ponha essas caixas no chão. Um dos rapazes irá carregá-las para você. Eu costumava pensar sobre a conveniência. Eu posso carregá-las. Na verdade, eu mesma coloquei elas no meu carro para trazê-las até aqui.

Não é uma questão de capacidade; é uma questão de permitir que um homem tome essa iniciativa e demonstre benevolência a você para honrá-la. Eu levei muito tempo para entender porque aquilo era uma honra e não uma inconveniência.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.

Nancy continua trabalhando o tema que começou na semana passada, Uma Visão para a Feminilidade Bíblica.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Nesta série vemos a visão complementar, que foi como Deus criou as mulheres e os homens para se complementarem em vez de competirem entre si. Nós temos examinado esse tema por vários ângulos diferentes. Vimos como Deus criou a mulher para ajudar seu marido e o marido para proporcionar uma liderança servidora e piedosa para sua esposa e família.

Vimos esse papel complementar entre homens e mulheres no contexto da igreja. Depois, na última sessão, falamos sobre alguns esforços necessários para que homens e mulheres vivam a sua masculinidade e feminilidade em relação uns com os outros, em outros relacionamentos fora da família e até mesmo fora do contexto oficial da igreja.

Hoje, estou com minhas amigas Holly Elliff, Kim Wagner e Carolyn McCulley.

Elas já estiveram aqui no Aviva nossos corações. Nós chamamos essas conversas de “mesa redonda”, quando nos reunimos após as sessões de gravação e conversamos sobre o que acabamos de falar e como podemos aplicar isso e aprofundar esses assuntos nas situações da vida real.

Vocês mulheres representam diferentes estações da vida. Duas de vocês são casadas. Carolyn e eu não somos. Podemos compartilhar como isso se aplica para mulheres solteiras e casadas. Hoje, porém, quero falar apenas sobre algumas maneiras práticas pelas quais podemos viver esses relacionamentos complementares, como podemos incentivar e afirmar os homens de maneira apropriada.

Deixe-me começar voltando a uma ilustração que dei na última sessão. Eu citei Peggy Noonan em seu artigo no Wall Street Journal, escrito logo após o 11 de setembro. Nele, ela falou sobre ser uma das mulheres que, décadas atrás, reagiu mal quando um homem a quis ajudar com sua bagagem, acho que em um avião.

Holly, você, Kim e eu participamos em uma conferência juntas e estávamos saindo do hotel com um carrinho cheio de bagagem. Tivemos uma experiência na qual você relembrou da sessão que eu tinha acabado de ensinar.

Holly Elliff: Foi realmente muito cômico, porque minha primeira tendência é a independência. Mas, quando estávamos colocando a bagagem para fora, havia um pastor local aqui da minha cidade que eu conhecia e ele e sua esposa estavam saindo do prédio também. Quando eu estava me preparando para colocar as malas na van, ele veio e disse: “Deixe-me ajudá-la”.

Depois de ouvir a Nancy recentemente, falando sobre a história da Peggy Noonan que disse “não” àquele homem que a queria ajudar e a toda a questão sobre ser complementar… Eu fiquei sentada por horas ouvindo esses ensinamentos e minha primeira tendência foi dizer: “Tudo bem, não preciso de ajuda”.

Virei-me para a Nancy e disse: “Eu acho melhor deixá-lo fazer isso”. Eu me virei e disse: “Cliff, seria ótimo se você pudesse nos ajudar a colocar as malas no bagageiro”.

Às vezes só é necessário uma resposta humilde para deixar um homem me ajudar, mesmo eu sendo perfeitamente capaz de colocar aquelas malas no carro.

Nancy: As malas não estavam superpesadas.

Holly: Não.

Nancy: A não ser a minha.

Holly: Eu não estava tendo dificuldade para colocá-las no carro. Mas tive que optar por ceder ao meu direito de carregar aquelas malas, porque ele havia se oferecido para ajudar. Foi respeitoso da minha parte simplesmente dizer: “Muito obrigada pela ajuda”.

Carolyn: Agora eu posso imaginar algumas pessoas te ouvindo e pensando: “Isso foi um ato de humildade? Não entendi. E o que há de errado com a independência?” Não e trata tanto da independência, mas sim desse sentimento de autossuficiência. Quando um homem percebe que outro ser humano precisa de ajuda, isso é maravilhoso. Estamos tentando encorajar que os jovens percebam as necessidades das pessoas.

Então, quando isso acontece, temos que agir de forma humilde e dizer: “Quero receber algo de alguém, não como um sinal de fraqueza ou dependência, mas como um sinal de que “foi me oferecido um ato de cortesia”.

Existe uma tentação constante de dizer: “Não, não, não quero incomodá-lo. Eu só quero fazer isso sozinha”. Porque às vezes é um pouco inconveniente ser servida. Às vezes, você precisa esperar para ser servida no momento mais adequado para a pessoa que ofereceu ajuda.

Agir dessa forma nos faz controlar nossas próprias tendências de sermos apressadas e impacientes e de querermos fazer as coisas no nosso tempo. Mas é um benefício permitir que as pessoas cresçam e principalmente permitir que os homens nos sirvam.

Nancy: Nós conversamos depois desse pequeno incidente lá. Estávamos no meio dessa série que tratava sobre ser complementar. Tínhamos acabado de gravar e discutir esse assunto e dissemos que era maravilhoso que esse homem estivesse vivendo uma masculinidade madura ao observar que havia mulheres carregando malas, colocando-as em uma van e tomar a iniciativa de dizer: Posso te ajudar? Posso te servir? E que como mulheres nosso papel de encorajá-lo como homem era dizer sim para a iniciativa dele.

Se tivéssemos sido rápidas em dizer: “Não, obrigada” ou “Nós damos conta”, com educação; poderíamos ter dito isso de forma educada, mas se tivéssemos rejeitado rapidamente a oferta dele, será que isso não poderia diminuir a sua motivação da próxima vez em que observasse uma necessidade e diminuir a sua motivação de tomar a iniciativa?

Então, você viu esta linda ilustração da capacidade de iniciativa masculina e da resposta feminina fora do contexto do casamento.

Kim Wagner: E embora ele estivesse nos servindo, colocando as nossas malas fisicamente na van, o que poderíamos ter feito (nós já havíamos feito isso na viagem de ida), nós o estávamos servindo, respeitando e honrando, permitindo que ele praticasse a sua masculinidade em nosso favor.

Carolyn: Para mim foi um esforço enorme aprender esse princípio. Lembro-me de meu pastor me vendo arrastar as caixas que usamos todos os domingos para levar os materiais da recepção, servimos um pequeno lanche depois do culto e eu sou responsável por prepará-lo.

Eu carregava essas caixas todas as semanas. E meu pastor me via todas as semanas e dizia: “Carolyn, ponha essas caixas no chão. Um dos rapazes virá ajudá-la. Eu sempre pensava no que era conveniente. Eu posso carregá-las. Na verdade, eu mesma coloquei elas no meu carro para trazê-las até aqui.

Não é uma questão de capacidade; era uma questão de permitir que um homem tomasse essa iniciativa e demonstrasse benevolência a você para honrá-la. Levei muito tempo para entender por que aquilo era uma honra e não uma inconveniência.

Nancy: Deixe que os homens sejam cavalheiros.

Holly: Creio que isso se relaciona ao raciocino de permitir que um homem seja quem Deus o criou para ser. Isso não significa que eu não possa fazer certas coisas; significa que eu escolho permitir que ele cumpra as iniciativas que Deus planejou para ele.

Nancy: Eu acho que um dos lugares importantes onde temos a oportunidade de demonstrar a feminilidade bíblica é no local de trabalho. Eu sei que, no caso da Kim e da Holly, seu local de trabalho é seu lar. A Carolyn e eu estamos em um local de trabalho fora de nossas casas.

Carolyn, você já escreveu e conversou bastante sobre isso e tem me ajudado a pensar em algumas maneiras pelas quais podemos demonstrar a feminilidade bíblica e, no processo, incentivar os homens em sua masculinidade, no local de trabalho, em relacionamentos não românticos.

Carolyn: Eu tive que aprender isso da maneira mais difícil. Acho que foi uma das lições mais importantes que aprendi quando comecei a trabalhar no Sovereign Grace Ministries. Eu achei que estava chegando para servir, para usar todas as minhas capacidades e habilidades. E Deus, creio eu, estava preparando aquele momento, aqueles primeiros anos, para me ensinar algumas lições difíceis sobre orgulho, justiça própria e feminilidade.

Antes de ir trabalhar lá, eu tinha um cargo em que eu era recompensada por agir com ambição egoísta, por ser insistente, por ser agressiva. Eu trouxe todas essas habilidades e tendências comigo e esperava ser aplaudida neste trabalho. E quando isso não acontecia, isso me chocava: “O que está acontecendo?”

Depois eu entendi que meus chefes queriam todas essas habilidades, mas eles queriam que eu as demonstrassem de uma maneira feminina. Recebi alguns feedbacks sobre como eu intimidava apenas por causa da força da minha opinião e por quão literal eu podia ser ao expressar essa opinião.

Fui servida por esses homens de forma fiel. Eles me mostravam repetidas vezes como eu poderia ser controversa. Bem, isso poderia ser algo desanimador, porque estando eu trabalhando em um ministério, eu não deveria ter asinhas e flutuar como um anjo, sem conflito algum?

Não, de forma alguma. Esse é um grupo de pecadores redimidos trabalhando juntos e por isso podemos fazer muitas advertências uns para os outros. E eu era uma das que recebia várias dessas advertências.

Então, meu chefe me mostrou que uma forma de ser útil para com sua liderança, seria apoiando suas decisões, especialmente durante reuniões de grupo. Costumávamos sair com os clientes para almoçar ou jantar e eu dava a minha opinião a respeito das minhas preferências por restaurantes e isso fazia o grupo inteiro olhar para nós dois e se perguntar: “De quem é a decisão afinal?”

Ele continuou comentando sobre isso comigo e eu não entendia direito porque eu pensava: “Bem, você não quer minha opinião? Você não quer saber o que eu penso?” Por fim, ele me mostrou qual era o impacto disso:
“Se você discordar de mim na frente de todas essas pessoas quando eu tomar uma decisão, vai parecer que estou passando por cima de você e que não me importo com a sua opinião ou que eu não sou capaz de liderar. Se você puder me dar a sua opinião em particular, isso seria muito melhor.

Não era uma questão de preferência pessoal dele ou de seu ego. Na verdade, tinha a ver com a dinâmica do grupo. Houve uma vez quando estávamos todos em uma conferência cristã. Todos nós íamos caminhando para o restaurante almoçar. Estávamos em Nova Orleans, que antes do furacão Katrina era sempre agradável em seus odores.

Nós viramos a esquina e sentimos o cheiro que vinha deste restaurante, era um cheiro de comida gordurosa e desinfetante Lisol de cereja. Realmente era bastante desagradável.

Kim: Que maravilha!

Carolyn: Sim. E meu primeiro pensamento foi: “Nossa, que cheiro ruim”. Então, o que saiu da minha boca foi: ” Nossa, que cheiro ruim”, sem nenhum filtro. Todos pararam imediatamente e olharam para mim como se dissessem “Bem, agora ela expressou a sua opinião sobre o lugar para onde estamos indo”.

Meu chefe apenas olhou para mim e gentilmente disse: “Ok, vamos encontrar outro lugar”. Naquele momento, percebi: “É exatamente isso. É isso que eu faço. Eu o coloco em uma situação incomoda e embaraçosa quando não apoio a sua liderança e quando faço isso em público”.

Eu poderia ter me aproximado dele e dito: “Eu acho que este lugar não é tão limpo assim. Há um cheiro estranho vindo de lá”. Eu poderia ter feito isso em particular e ter dado a ele a oportunidade de buscar outra opção. Mas, em vez disso, deixei escapar as palavras.

Essas são as dicas sutis que os homens percebem e as mulheres pensam: “Por que isso é tão importante?” Mas são nossos pequenos golpes e farpas verbais que fazem os homens pensarem: “Ela não está realmente apoiando a minha liderança”.

Kim: Nós podemos facilmente fazer os homens parecerem idiotas. Como mulheres temos a capacidade de fazer isso, sem nem mesmo percebermos. É por isso que temos que ter a intenção de honrá-los e respeitá-los.

Holly: Acho que precisamos aprender a ter um espírito de mansidão, porque isso não é natural em nós. E meu marido diz que isso significa força sob controle. Portanto, não é que eu não tenha opinião. Não é que eu não tenha capacidade de fazer certas coisas ou de tomar essas decisões. Mas eu escolho permitir que o Senhor controle o que sai da minha boca ou qual é a minha resposta porque assim posso honra-Lo mais ainda.

Nancy: Carolyn, deixe-me retomar algo que você disse agora de pouco. Você disse que quando não era cristã ou quando era uma recém convertida, você parecia intimidar os homens. Eles já te disseram isso alguma vez?

Carolyn: Sim. Na verdade, ouvi isso em várias ocasiões e, às vezes, em um contexto de namoro, o que acrescentava uma camada adicional de condenação e estranheza. Eu não entendia o que eles queriam dizer, porque eu pensava: “Bem, estamos conversando. Você expõe suas ideias. Eu exponho as minhas ideias e então negociamos”. Eu não fazia ideia de que para algumas pessoas esse é um ambiente estressante e controverso. Eu apenas pensava que estava afirmando a minha opinião.

Foi só quando eu tinha mais ou menos de seis a oito meses de convertida e fui visitar um casal casado; eu estava descrevendo uma conversa com meu namorado naquela época. Enquanto eu falava sobre ele com esse casal, a maneira como o descrevi foi severa, cruel e injusta. Eu nem estava tentando ser assim; eu só estava declarando os fatos como eram.

O marido se levantou e se afastou, depois voltou e disse: “Nossa, fico muito feliz por não ter conhecido você quando eu era solteiro”. Eu parei, olhei para ele e pensei: “O que eu acabei de dizer? Por que você acabou de dizer isso para mim?

Ele disse: “Sua língua é tão afiada. Eu teria fugido de você”. Foi quando comecei a me tocar de que há algo sobre a maneira como as mulheres falam, especialmente sobre como nós falamos de outros homens que os homens consideram intimidador. Essa foi a primeira de muitas lições ao longo de muitos anos sobre esse assunto e ainda hoje continuo aprendendo.

Nancy: Esse conceito todo seria perturbador para quem vem de uma formação mais feminista. O que você costuma ouvi-las dizer é que os homens são intimidados apenas por mulheres competentes ou bem-sucedidas. Mas segundo você, Carolyn, essa não é a essência do que os homens realmente acham intimidador. O que eles acham intimidador nas mulheres?

Carolyn: É esse espírito severo e crítico que é inflexível, que eles sentem como se tivessem batido de frente com uma parede de tijolos quando se deparam com você. Não é qualquer parede de tijolos, mas uma espécie de parede de tijolos espinhosa que provoca sangramento.
Não é uma questão de competência. É uma questão de arrogância.

Holly: Kathleen Parker, a colunista sindicalizada, fez um ótimo comentário há alguns anos, em um artigo. Ela disse: “Os homens não se afastam das mulheres inteligentes e bem-sucedidas porque são inteligentes e bem-sucedidas. É mais provável que tenham se afastado porque o movimento feminista que incentivou as mulheres a serem inteligentes e bem-sucedidas também as encorajou a serem hostis e arrogantes com eles”.

O próprio movimento feminista, a filosofia, na base dele, é o desejo de controlar, o desejo de seguir o próprio caminho, o egoísmo. O caminho de Cristo é o caminho da humildade. Portanto, quando queremos colocar em prática a nossa própria agenda, muitas vezes nós, como mulheres, fazemos isso da maneira que pensamos ser correta. Se for agredindo e atacando verbalmente os homens, se é isso que precisamos fazer para alcançar nossos objetivos, é o que fazemos.

Eu acredito que é muito importante para nós, mulheres, pedirmos ao Senhor que realmente nos dê uma perspectiva de como devemos nos relacionar com os homens que nos rodeiam, se o que sai de nós é gentil, encorajador e edificante ou, Carolyn, como você disse, se existe algo em nós, na maneira como nos comunicamos ou falamos, que faz os homens quererem se virar e correr.

Nancy: Eu sei, Carolyn, você e eu tivemos muitas conversas ao longo dos anos em nosso ambiente ministerial de trabalho, sobre maneiras de incentivar e encorajar os homens ao nosso redor com nossas palavras e atitude ou maneiras de desanimá-los e colocá-los para baixo.

Eu amo as coisas que você escreveu sobre esse assunto e as que você me ensinou sobre como fazer isso de maneira eficaz no ambiente de trabalho.

Carolyn: Eu acho que existem pequenos gestos que podemos fazer para incentivar a liderança masculina. Uma das maneiras pelas quais podemos fazer isso é perguntar em vez de fazer uma declaração ousada. E é isso que eu estava tentando falar ainda pouco.

Não é que meu chefe não queira saber a minha opinião sobre o restaurante. O problema era a forma como eu explicava e por fazer isso em público o que causava constrangimento a todos os envolvidos, que ficavam tentando descobrir qual decisão seguir.

Ao longo dos anos, aprendi a importância de fazer uma pergunta. Eu não sou boa nisso. Eu ainda estou tentando crescer nesse ponto. Mas há uma maneira de falar em que eu resumo algo e isso sai como uma ordem, como um comunicado real. E o que isso comunica é que eu pareço possuir todo o conhecimento e discernimento como se eu estivesse acima de tudo e todos.

Nancy: O efeito que isso pode provocar é fazer parecer que a opinião das outras pessoas não tem importância alguma.

Carolyn: Exatamente.

Nancy: É como se não houvesse outra alternativa. Não há discussão. Eu estou certa, é como se fosse a vontade de Deus e o que você vai fazer a esse respeito?

Carolyn: Ou você pode fazer uma pergunta para obter informações. De fato, você me falou sobre isso anos atrás, quando nos encontramos uma noite para jantar. Fiz muitas perguntas sobre como você age no ministério como mulher, porque eu havia acabado de passar por essa intensa fase que chamei de fogo refinador, na qual eu via o orgulho e justiça própria em grande parte do que eu estava fazendo.

Eu meditei muito no seu ensino e em suas orientações particulares para mim naquela noite. Foi você quem me ensinou a importância de fazer uma pergunta. E então os meus líderes de grupos na igreja continuaram a reforçar isso. Eu ainda posso dar uma opinião, uma ideia ou um conselho a um homem em uma situação, mas posso fazê-lo humildemente através de uma pergunta, ao invés de apenas falar de forma arrogante.

Uma pergunta real, não apenas uma declaração com um ponto de interrogação no final, mas um pedido real de informações pode comunicar o verdadeiro desejo de permitir que o homem lidere. Por exemplo, em uma situação no trabalho em que posso ter a responsabilidade por um determinado projeto e estou buscando a opinião dos homens com quem estou trabalhando, é muito fácil começar uma declaração dizendo: “Não, eu acho… Não, eu penso que deveríamos fazer dessa maneira”.

Por que o “não”? Por que não digo algo como: “Essa é uma ideia interessante. O que você acha de abordássemos isso desta maneira?” Fazer uma pergunta deve deixar espaço para o fato de que você pode estar errada, o que mostra humildade e também abre espaço para os homens liderarem e tomarem uma decisão, mesmo que você possa ter a responsabilidade por essa área.

Essa é uma dessas maneiras pelas quais podemos demonstrar o que o Dr. Piper estava se referindo anteriormente, as maneiras pelas quais você pode demonstrar feminilidade em diferentes relacionamentos, conforme apropriado.

Apenas incentivando e fazendo perguntas, ao invés de expressar a sua opinião com arrogância.

Holly: Se você é uma esposa ouvindo em casa agora, espero que não tenha desligado porque tudo o que a Carolyn acabou de dizer pode ser aplicado perfeitamente em seu relacionamento com seu marido e ao seu casamento, enquanto você tenta se aproximar dele e conversar. Muitas das coisas que dizemos fecha a porta antes mesmo da conversa iniciar.

Nancy: Vocês sabem muito disso; onde quer que o apliquemos; como mulher casada, solteira, no local de trabalho, na igreja, em casa, se refere a todo esse conceito sobre o qual lemos em Filipenses capítulo 2, versículos 3-8.

“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”

Para algumas mulheres, tenho certeza de que esse tipo de conversa parece um pouco com a morte. É uma morte para meus próprios modos de pensar, para meus próprios desejos. Mas sabemos, ao olharmos para Cristo, que Ele não ficou naquela cruz, que Deus o exaltou para além da cruz e deu a Ele um lugar elevado, o lugar mais elevado em todo o universo. O resultado final é que toda língua deve confessar que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai.

É a este caminho que a humildade sempre levará. Sim, às vezes ela nos leva a renunciar aos nossos direitos, a renunciar a posição, a estarmos dispostas a ser sensíveis às necessidades dos outros, a não ter que sempre ser a primeira a falar ou àquela que dá a última palavra. Mas qual é o resultado disso? Cristo é exaltado e Deus é glorificado. E isso vale tudo.

É isso que buscamos quando falamos sobre essa visão da masculinidade e da feminilidade bíblicas, complementando-se, não competindo entre si, extraindo o melhor um do outro. Então nós, como mulheres, somos abençoadas; os homens são abençoados. Nossos relacionamentos são saudáveis ​​e completos. E o mais importante de tudo, refletimos para o mundo a glória e a beleza e a maravilha do relacionamento redentor que o Senhor Jesus tem com Sua igreja. E é isso que glorifica a Deus.

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos mostrado uma imagem de como a feminilidade bíblica se aplica ao dia-a-dia. Ela estava conversando com algumas amigas: Carolyn McCulley, Holly Elliff e Kim Wagner.
Não deixe de ouvir o próximo episódio com o título ‘Os Papéis Realmente Importam?

Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth é um ministério de alcance do Life Action Ministries.

Clique aqui para ler a versão em inglês.