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Lidando com Depressão e Dúvidas – Dia 2: Onde está Deus?

Publicadas: set 03, 2024

Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Já existiram momentos em sua vida quando, aparentemente, Deus não estava presente? Em sua mente você sabia que este não era o caso, jamais confessaria isso em voz alta, mas suas emoções gritavam: “Deus não está aqui. Ele se esqueceu de mim. Ele me abandonou.”

Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora do devocional A sós com Deus, na voz de Renata Santos.

Este é o segundo episódio da série chamada “Lidando com Depressão e Dúvidas.” Caso você tenha perdido o episódio de ontem, visite o nosso site e escute o episódio “Seca e afogamento” no www.avivanossoscoracoes.com 

Nancy: Esta semana, estamos examinando os Salmos 42 e 43,  os quais considero oferecer um verdadeiro encorajamento para aquelas entre nós que já experimentaram ou estão experimentando circunstâncias desesperadoras, difíceis e angustiantes.

Vimos que o Salmista, provavelmente Davi, sente que está em um tempo de seca, aridez, deserto, e também que está em uma fase da vida em que sente que está se afogando. Ele está sobrecarregado pelas circunstâncias da vida.

Ontem, começamos a analisar algumas das circunstâncias que o levaram a se sentir deprimido. Situações que o fizeram duvidar. Dúvidas em relação a Deus, dúvidas em relação a si mesmo, dúvidas sobre as coisas que ele acreditava serem verdadeiras.

Mencionamos que ele estava passando por um período em que estava separado da comunhão com as pessoas que conhecia e que haviam caminhado com Deus, e que ele estava obrigado a viver distante de Jerusalém. Por alguma razão, teve que se mudar para o norte da Palestina e não podia mais ir à Casa de Deus para adorar o Senhor. Ele estava profundamente afetado pela perda dessa comunhão com Deus e com os outros.

Mencionamos que às vezes Deus nos coloca em situações onde Ele sabe que não iremos depender das coisas que se tornaram símbolos de nossa fé, mas que não são Deus em Si mesmas.

Deus deseja levar o Salmista – e nos levar – a um ponto onde nossa esperança esteja completamente baseada na natureza de Deus e não em qualquer evidência visível da Sua presença em nossas vidas.

Hoje exploraremos algumas outras razões pelas quais Davi estava se sentindo deprimido, pois ele enfrentava dúvidas. 

Os primeiros três dias desta série podem parecer bastante sombrios. Confesso que não gosto de terminar cada dia com esse tom, mas grande parte deste salmo é o salmista clamando diante de suas circunstâncias angustiantes.

Talvez você diga: “Vamos passar três dias focando no aspecto negativo da história, mas não é assim que a vida é?” Seria ótimo apresentar nosso problema por dois minutos e depois resolvê-lo até o final do programa. É assim na televisão, mas a vida não é assim.

Os Salmos não são assim. As Escrituras não nos prometem que as circunstâncias que nos angustiam irão embora instantaneamente. Na verdade, algumas dessas circunstâncias não veremos resolvidas em nosso tempo de vida aqui na terra.

Você vai ter que escolher. Vou viver o resto da minha vida deprimida e em dúvida? Ou existem algumas escolhas que posso fazer que me permitirão, no meio das circunstâncias angustiantes da minha vida, andar pela fé?

Veremos mais adiante nesta série que há algumas escolhas que podemos fazer, mas quero que nos concentremos hoje em mais algumas das circunstâncias que o Salmista estava enfrentando.

Deixe-me ler novamente a partir do versículo 1 do capítulo 42 dos Salmos.

“Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?” (NVI)

Ou como outra tradução diz: “Quando poderei ver o rosto de Deus?” Isso é o que eu realmente quero.

“Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: “Onde está o seu Deus?” (versos 1–3)

Este versículo nos dá uma pista sobre algumas das circunstâncias que o Salmista estava enfrentando. Ele estava cercado por incrédulos. Eles estão zombando dele e estão insistindo que Deus o abandonou. “O tempo todo”… veja bem, isso não aconteceu apenas uma vez. O tempo todo, continuamente, eles estão zombando dele. “Onde está o teu Deus?” Veja o versículo 9: 

“Por que devo sair vagueando e pranteando, oprimido pelo inimigo? Até os meus ossos sofrem agonia mortal [ou são esmagados] quando os meus adversários zombam de mim, perguntando-me o tempo todo: “Onde está o seu Deus? “ (versos 9–10).

Ele está cercado de pessoas que não são pessoas de fé. Talvez o lugar onde você trabalha te venha à mente, talvez sua família. Seus amigos concluíram que Deus a abandonou. Isso apenas aumenta sua angústia e sua aflição. Eles tentam abalar sua confiança em Deus.

Penso em uma amiga que é uma das poucas cristãs em uma grande família de descrentes. Quando ela está com sua família em reuniões, encontros familiares ou eventos semelhantes, depara-se com todo tipo de profanidade e imoralidade ao seu redor. Eles não entendem sua fé, não compartilham dela, e isso cria um conjunto de circunstâncias desafiadoras para ela enfrentar.

Isso torna a celebração do Natal difícil e torna as férias desafiadoras. Ela sabe o que deve fazer, mas é natural sentir-se deprimida e duvidar quando está cercada por pessoas que não compartilham sua fé.

Então veremos no versículo 4 do capítulo 42 que o Salmista tem memórias de misericórdias e alegrias passadas. Ele lembra como era antes. Ele diz no versículo 4:

“Pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a multidão que festejava.”

Talvez você se lembre de uma fase diferente da sua vida. Houve uma época em que você desfrutava de uma comunhão cristã calorosa. Mas agora, tudo parece estar no passado. Tudo parece perdido. Tudo parece ter ido embora.

Essas memórias que poderiam te trazer alegria, na verdade, aumentam seu desespero porque tudo mudou. 

Talvez seja um sentimento de falta de esperança. “Nunca mais vou experimentar isso.” Deve ser isso o que o salmista estava sentindo.

Então ele percebe que não são apenas as pessoas que estão o oprimindo. Ele percebe que as tempestades realmente vêm de Deus. Isso, de certa forma, pode ser mais difícil de suportar.

Ele diz no versículo 7: 

“Abismo chama abismo ao rugir das tuas cachoeiras;

todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim.” 

Ele está neste pequeno barco como mencionamos ontem. A chuva está vindo do céu. Os céus acabaram de se abrir, e você diz: “São as torrentes de água de Deus.” Deus é quem controla essa chuva.

Então ele diz: “Todas as ondas e vagalhões que se abateram sobre mim vêm de Deus. Quem fez o mar? Quem agita a tempestade? Quem envia a chuva?”

Uma coisa é ter pessoas ou circunstâncias em sua vida que são avassaladoras. Isso é doloroso e grave, mas pelo menos você tem um “culpado” para aquilo que você está passando. De certa forma, isso traz um conforto.

Mas quando você dá um passo para trás e percebe que nada entra na vida do filho de Deus que não seja orquestrado e ordenado soberanamente pela mão de Deus, que realmente não existem segundas causas, é quando percebemos que nosso problema é com Deus.

Você diz: “Senhor, estou nesta dificuldade, nesta confusão, e não foi diretamente o meu pecado que me colocou aqui.” E você olha para trás e diz: “Senhor, Tu estás no comando disso.” Então você é tentada a ficar com raiva, ficar amargurada com Deus.

“Senhor, me deste um filho com uma deficiência física. Não foi o médico que fez isso. O Senhor poderia ter me dado um filho saudável.”

“Como permitiste que meu marido caísse nesse hábito viciante? O Senhor poderia ter mudado o coração dele, mas não mudou.”

“E esse filho que não consigo controlar! O Senhor poderia ter mudado minhas circunstâncias, mas não mudou.”

Então começamos a perceber que não são apenas os homens e as circunstâncias que nos pressionam; em última análise, é Deus quem está por trás de cada situação.

Isso pode criar um desespero ainda maior… até você dar um passo para trás e lembrar quem é esse Deus.

Um comentarista observa sobre este versículo que é importante lembrar que os sofrimentos não são causados por uma intervenção externa. O mesmo fato que nos causa angústia ao reconhecermos que é a mão de Deus por trás de nossas circunstâncias é também o que pode nos trazer conforto no meio delas.

Vamos ver isso conforme o salmo se desenrola. Então, no meio desta tempestade, é como se Deus o tivesse esquecido e abandonado. É assim que ele se sente.

Já existiram momentos em sua vida quando, aparentemente, Deus não estava presente? Em sua mente você sabia que este não era o caso, jamais confessaria isso em voz alta, mas suas emoções gritavam: “Deus não está aqui. Ele se esqueceu de mim. Ele me abandonou.”

Ele diz no versículo 9 do capítulo 42: 

“Direi a Deus, minha Rocha [meu firme, meu constante], ‘Por que te esqueceste de mim?’” 

Isso é o que suas emoções estão lhe dizendo.

Capítulo 43, versículo 2: 

“Por que me rejeitaste?” Deus, por que me abandonaste?

Não foi essa a angústia suprema que o próprio Senhor Jesus passou na cruz? Ele entrou em nosso desespero. Ele entrou em nossa tempestade. Ele tomou sobre Si toda a ira de Deus contra o nosso pecado, e ele chegou ao ponto de se sentir abandonado. Na verdade, Deus Pai teve que virar as costas para Seu Filho. O Salmista diz: “Isso me leva ao desespero. Isso me leva à depressão. Isso me leva à dúvida.”

Então, os problemas são implacáveis. Não parece haver fim à vista. Eles não estão indo embora. Versículo 3 do capítulo 42: 

Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: “Onde está o seu Deus?

O versículo 10 diz: 

“Meus adversários zombam de mim, perguntando-me o tempo todo: ‘Onde está o seu Deus?’”

Este não é apenas um problema que vem em uma pequena pancada na maré da vida. Esta é uma tempestade que fica. 

Então, o que o Salmista faz? Ele se depara com algumas escolhas, algumas atitudes que ele pode tomar que o ajudam e o acompanham durante esta temporada angustiante e deprimente da vida.

Quero que você veja que ele primeiro fala com Deus. Ele fala, mas antes de falar com qualquer outra pessoa, ele fala com Deus. Na verdade, no primeiro verso, 

Como a corça anseia [ou deseja] por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus.” (42:1)

Ele volta seu coração, seus olhos, ainda que marejados, para Deus.

Não somos tão propensas a querer falar com alguém primeiro? Queremos alguém em carne e osso para abrir o nosso coração. Então ligamos para uma amiga, ou marcamos uma consulta com um terapeuta, ligamos para o pastor. Graças a Deus pelos amigos; graças a Deus pelos pastores, graças a Deus pelos terapeutas.

No entanto, se você não buscar a orientação do Maravilhoso Conselheiro, não encontrará a graça definitiva que necessita. As pessoas que Deus coloca ao seu redor não serão capazes de oferecer tanta ajuda quanto poderiam se você não buscar a Deus em primeiro lugar. Então, o salmista fala com Deus.

Ele chama Deus no versículo 2 de “Deus vivo”. No versículo 6, ele O chama de “meu Deus”. No versículo 8, “Deus da minha vida”. Versículo 9, “Deus, minha Rocha”. E no versículo 2 do capítulo 43, “Deus da minha força”.

Nas circunstâncias deprimentes, angustiantes e desencorajadoras, ele lembra quem Deus é. Ele se volta e fala com o Deus que ele não consegue sentir que está lá, mas pela fé, ele sabe que Ele está lá. Ele conta a Deus seus problemas.

No versículo 1, ele diz: “Minha alma tem sede de Ti, ó Deus.” No versículo 3, ele fala sobre seus inimigos. “Eles continuamente me dizem: ‘Onde está o teu Deus?’”

No versículo 6 ele diz, “Oh meu Deus, minha alma está abatida dentro de mim”. Ele não vai contar a um amigo: “Estou deprimido”. Ele se volta para Deus e diz: “Deus, minha alma está prostrada. Está sobrecarregada com o que está acontecendo na minha vida”. Ele conta a Deus seus problemas.

E eu penso naquela antiga estrofe do hino:

Oh que paz perdemos sempre

Oh que dor no coração

Só porque nós não levamos

Tudo a Deus em oração.

(“O Grande Amigo” por Joseph Scriven)

Tenho uma pequena plaquinha na minha mesa que diz, “Você já orou sobre isso?”

Com que frequência me encontro aflita, agitada, sobrecarregada, falando com todo mundo sobre o estresse na minha vida, mas esquecendo de dobrar meus joelhos e dizer, “Senhor, deixe-me te contar sobre isso.” O salmista conta a Deus seus problemas.

Ele faz perguntas a Deus. No versículo 9, ele diz:

“Direi a Deus, minha Rocha: “Por que te esqueceste de mim? Por que devo sair vagueando e pranteando, oprimido pelo inimigo?” (42:9)

“Pois tu, ó Deus, és a minha fortaleza. Por que me rejeitaste? Por que devo sair vagueando e pranteando, oprimido pelo inimigo?” (43:2)

Ele é honesto com Deus.

Há alguns anos, minha família e eu nos despedimos de um irmão, meu irmão — o sexto de sete filhos — que faleceu em um acidente de carro. Eu nunca vou esquecer o culto memorial, um dos homens disse: “Não é errado perguntar a Deus o por quê,” como o Salmista faz aqui, “desde que nós perguntemos não com o punho cerrado, mas com um coração inquisitivo”.

Isso me ajudou a perceber que Deus pode lidar com minhas indagações. Porém, não creio que haja momentos apropriados para sacudir meu punho diante de Deus. Podemos sentir o impulso em certos momentos, quando nossas emoções nos dominam, mas Deus permanece sendo Deus. Ele é sempre soberano, e nós estamos sempre sob Sua autoridade. Somos Sua criação.

Mas eu acredito que Deus pode lidar com nossas perguntas; Ele pode lidar com nossas dúvidas. Eu já me coloquei diante do Senhor muitas vezes e de muitas maneiras diferentes e disse: “Eu simplesmente não entendo. Podes me ajudar a entender?”

Na verdade, uma das coisas que eu oro quase todas as manhãs antes de abrir a Palavra para ler no meu momento a sós com Deus, eu oro o Salmo 25, “Mostra-me os Teus caminhos, ó Senhor”. Eu estou, na verdade, dizendo, “Senhor, eu quero entender tudo que pode ser entendido sobre Ti. Eu sei que Tu és grande demais para eu entender, mas podes me mostrar os Teus caminhos?”

Eu não estou pedindo a Deus para responder todas as minhas perguntas, mas eu faço as perguntas sabendo que algumas delas Deus não responderá durante nossa vida, ciente de que Deus não tem que responder minhas perguntas.

Às vezes, parece que temos essa concepção equivocada de que, ao chegarmos ao céu, Deus fará uma apresentação em Power Point, baixará uma tela e simplesmente fornecerá todas as respostas para todas as perguntas que já tivemos sobre qualquer coisa que nos aconteceu nesta vida.

No entanto, sinceramente, não creio que será assim. Quando nos encontrarmos com o Rei, Ele será a resposta suficiente. Não teremos mais perguntas. Simplesmente saberemos: “Senhor, fizeste todas as coisas bem”.

Então agora caminhamos pela fé. Aceitamos pela fé o que mais tarde veremos. Mas nesta vida fazemos as perguntas. Nós dizemos: “Senhor, eu não entendo. Por favor, me ajude a entender Teus caminhos. Se houver algo que queira me revelar sobre Teu coração e Teus caminhos, por favor, mostra-me”. 

Não está errado perguntar a Deus o porquê, desde que perguntemos com um coração sincero.

Então, enquanto Davi está falando com Deus, ele pede a Deus para restaurar a comunhão da qual ele estava sentindo falta. A comunhão com Deus é seu objetivo supremo.

Ele diz no versículo 1 do capítulo 43:

Faze-me justiça, ó Deus, e defende a minha causa contra um povo infiel; livra-me dos homens traidores e perversos.”

Então ele diz no versículo 3, capítulo 43:

 “Envia a tua luz e a tua verdade; elas me guiarão.” 

Ele está pedindo a Deus, na verdade, para enviar uma equipe de busca e resgate. “Envie a Tua verdade; envie a Tua luz. Deixe-as me guiar.”

Ele está dizendo: “Eu perdi meu caminho; estou confuso. Eu não sei para onde ir; eu não sei para onde me virar. Me leve para casa”.

Na verdade, é isso que ele diz nos versículos 3 e 4:

“Envia a tua luz e a tua verdade; elas me guiarão e me levarão [agora observe a progressão aqui] ao teu santo monte [isso é Jerusalém], ao lugar onde habitas. Então irei ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha plena alegria.”

Você percebe o progresso? Primeiro, eu vou para Jerusalém, então eu vou ficar mais perto de Ti, Senhor, eu vou para o lugar onde Tu moras. E eu quero ficar ainda mais perto. Eu quero chegar ao Teu altar. E então o que eu realmente anseio, ele diz, é por Ti, somente a Ti. “Me leve para Ti, Deus da minha grande alegria.”

Eu me lembro de uma temporada na minha vida quando estava orando sobre uma decisão importante a respeito de direção e ministério, de qual ministério eu deveria fazer parte. Eu busquei o Senhor em oração sincera por cerca de cinco meses sobre essa decisão.

Isso envolveria uma mudança, uma grande mudança de ministério. Eu sentia que não havia uma direção certa. Eu simplesmente não tinha ideia do que Deus queria que eu fizesse. Orei sobre isso. Recebi conselhos piedosos. 

Finalmente, como eu não tinha paz para fazer uma mudança, eu disse: “Acho que isso significa que Deus quer que eu fique onde estou”.

Mas fiquei um pouco — na verdade, fiquei muito — desapontada. Enquanto refletia sobre isso, sobre esses cinco meses de busca tão sincera, por que Deus não me deu uma resposta clara?

De verdade, eu orei este verso, Salmo 43, verso 3 muitas vezes durante esse processo de cinco meses. “Envia a tua luz e a tua verdade. Deixe-as guiar-me.”

Então, meses depois, me veio a convicção de que Deus tinha respondido a essa oração. Ele não me guiou dizendo: “Você deve estar com este ministério ou aquele ministério. Você deve viver neste estado ou naquele estado”. O que Ele tinha feito era responder à verdadeira oração do meu coração, e essa era encontrar a presença de Deus.

Naqueles meses, eu fui obrigada a buscar a Deus, ao Seu coração e ao Seu rosto de uma maneira mais intensa do que jamais havia feito antes daquele ponto. Eu percebi que a vontade de Deus e o objetivo de Deus para aquela temporada da minha vida não era: “Onde devo morar; com que ministério devo servir?”. Essas eram questões secundárias.

O verdadeiro objetivo de Deus era me levar a Ele mesmo, e isso aconteceu. Eu percebi meses depois que Deus tinha respondido a essa oração. Ele tinha enviado a Sua verdade; Ele tinha enviado a Sua luz. Ele tinha me guiado—Ele me guiou a Si mesmo, minha grande alegria.

Esse deve ser o objetivo quando você fala com Deus; entrar na Sua presença. Conte a Ele seus problemas, faça a Ele suas perguntas. Então peça a Ele para atender sua necessidade. Peça a Ele para restaurar a comunhão da qual você tem sentido falta.

Perceba que ao pedir a Ele que te guie, você está realmente dizendo: “Senhor…” não apenas me tire dos meus problemas. Você não está dizendo: “Senhor, resolva meus problemas.” Você não está dizendo: “Senhor, conserte minha situação ou mude minha situação.” 

Em última análise você está dizendo: “Senhor, me leve a uma comunhão mais íntima contigo. Se para experimentar esse tipo de união e comunhão contigo, significa que devo permanecer bem no meio da tempestade — então eu aceito isso. Sim, pode doer. Sim, posso chorar, mas Deus, Tu és minha grande alegria. Meu objetivo na vida não são Teus presentes. Meu objetivo na vida não é facilidade ou liberdade de problemas ou conforto e comodidade. Tu és o meu único objetivo na vida — meu Deus, minha grande alegria”.

Pai, eu oro para que em cada uma de nossas vidas Tu envies a Tua luz e a Tua verdade e que Tu nos guie. Nos leve a Ti mesmo, pois Tu és Deus, nossa grande alegria. Tu és a nossa esperança. Tu és o nosso refúgio, nossa fortaleza, nosso libertador, Deus, nossa rocha. Nós te louvamos, em nome de Jesus, amém.

Raquel: Quando você mantém esse objetivo em mente, isso vai levantar seus olhos de situações desanimadoras. Essa mensagem de Nancy DeMoss Wolgemuth faz parte da série “Lidando com Depressão e Dúvidas.” É um estudo dos Salmos 42 e 43.

Quando você entra em tempestades, e quando começa a lidar com depressão e dúvidas, é tão útil conhecer as Escrituras com antecedência.  Queremos encorajá-la a memorizar as Escrituras.

Amanhã, descubra por que você deveria conversar consigo mesma. Nancy continuará a série “Lidando com Depressão e Dúvidas.” 

Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

 

Clique aqui para o original em inglês.