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Maternidade Espiritual – Dia 2: Você pode ser uma mentora

Publicadas: Maio 07, 2024

Raquel: Como se dá o mentoreamento? Aqui está Susan Hunt com um exemplo prático. Isso é o que ela disse recentemente aos seus netos…

Susan Hunt: Eu adoraria ver vocês estabelecerem o hábito santo de ler a Bíblia, então que tal fazermos um grupo de mensagens e eu passo para vocês um trecho das Escrituras diariamente? 

Vocês leem e depois cada um manda para o resto de nós seu versículo favorito.

Bem, todos estavam abertos a isso, porque estivemos rindo juntos e brincando juntos.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Adornadas, na voz de Renata Santos.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Sou muito grata por termos um dia inteiro dedicado a homenagear nossas mães! O Dia das Mães está chegando, e por isso, temos alguns objetivos para esta semana. 

Em primeiro lugar, queremos ajudá-la a reconhecer as mulheres que investiram em sua vida e a expressar gratidão a elas. 

Em segundo lugar, queremos incentivá-la a olhar ao seu redor e a se questionar: Como posso contribuir para a próxima geração? Em outras palavras, como posso ser uma mãe espiritual para as mulheres ao meu redor?

Então, vamos ouvir uma conversa que gravei alguns anos atrás com minha querida amiga Susan Hunt. Susan é pioneira neste assunto de maternidade espiritual e esta conversa ajudará você a aprender novas maneiras de colocar esse conceito em prática. 

Minha primeira pergunta para ela foi como esse tópico havia se tornado tão importante para ela.

Susan: Eu estava aprendendo cada vez mais sobre o conceito por conta própria, em minha igreja local, como falamos ontem, e então comecei a falar sobre isso quando ia para outras igrejas e participava de conferências e retiros.

Eu fiquei surpresa com a reação das mulheres! Realmente não sabia como elas reagiriam, porque era algo que não era falado.

Nancy: E para aquelas que não ouviram o programa ontem, nos lembre como você definiria a maternidade espiritual… do que estamos falando aqui?

Susan: É quando uma mulher entra em um relacionamento acolhedor com outra mulher para encorajá-la e equipá-la a viver para a glória de Deus. 

Então, é um discipulado de “vida na vida”, compartilhando o evangelho e nossas vidas umas com as outras.

Nancy: E o Senhor te colocou em um ambiente de igreja onde havia mulheres mais velhas e mais jovens. Você tinha cerca de cinquenta anos na época.

Susan: Eu tinha.

Nancy: Então, você estava testemunhando o que estava acontecendo, e estava vendo o impacto que isso causava nas vidas daquelas mulheres.

Susan: Nas vidas das mulheres, mas também na vida de nossa igreja. Isso foi algo que me surpreendeu e me emocionou. À medida que as mulheres começaram a se conectar e viverem juntas de maneira comprometida — viverem relacionamentos que espelhavam nosso relacionamento com Jesus — o impacto na igreja como um todo foi tão doce e inesperado! Simplesmente transbordou para a corrente sanguínea da igreja.

Nancy: Como você viu isso?

Susan: Vi o calor, a abertura, a simpatia, o compartilhar de vidas em geral. Passamos a nos preocupar mais em compartilhar nossas vidas com nossas adolescentes, em amar nossa igreja. Era de maneiras que nem sempre podíamos listar, mas havia uma atmosfera lá — uma atmosfera de calor e de boas-vindas que era palpável.

Nancy: É realmente o amor de Cristo, transparecendo nesses relacionamentos.

Susan: É o amor de Cristo, sim. Então, comecei a falar sobre isso quando ia para outras igrejas, e a reação das mulheres me surpreendeu. Realmente não sabia como elas reagiriam.

Nancy: E, hoje, quando você fala sobre Tito 2, mulheres mentoreando mulheres, esse é um conceito super comum, mas não era há vinte e cinco anos.

Susan: Não era. Não tenho certeza como esse conceito foi se perdendo ao longo dos anos, mas perdemos. 

Então, era algo novo, mas as mulheres estavam respondendo bem. Alguns momentos que lembro tão claramente: eu estava falando sobre isso em um retiro no Colorado, depois de apresentado o conceito, nos separamos em pequenos grupos com mulheres mais velhas e mais jovens, e pedi que elas fizessem algumas perguntas umas às outras. 

Depois nos reunimos todas novamente e pedi para lerem suas respostas. Posso ver claramente, ainda. Uma mulher mais velha se levantou. Ela tinha por volta de oitenta anos e, na maior parte da sua vida, havia caminhado com o Senhor. 

Ela tinha sido missionária e agora era viúva. Ela disse o seguinte: “Em todos esses anos, esta é a primeira vez que uma mulher mais jovem me pediu para contar o que aprendi sobre Jesus.” 

Lágrimas escorriam pelo rosto dela. Ela estava radiante de gratidão e alegria.

Nancy: Uau.

Susan: Houve um silêncio sagrado na sala. E eu pensei, Senhor, o que estamos perdendo? O que estamos fazendo, ao não aproveitar esse tipo de recurso para instruir e libertar as mulheres mais novas

Esse foi um daqueles momentos transformadores para mim, Nancy. Eu ainda me lembro muito bem, e ainda sinto arrepios quando penso naquele momento.

Nancy: E foi o impacto, não apenas na vida dela, mas na vida daquelas mulheres mais jovens que puderam ouvir de sua vida.

Susan: Sim, sim… em todos os aspectos. Foi incrível. E então, outra vez, eu estava na Flórida, e no final do retiro, a jovem que me convidou olhou para mim e disse: 

“Me parece que temos a agenda para o ministério de mulheres para a próxima década!”

E novamente, eu fiquei chocada, porque naquele momento eu não pensava dessa maneira de jeito nenhum. Ainda estava tentando entender e desvendar tudo, e nunca pensei nisso como sendo a agenda para o ministério de mulheres para a próxima década e além… mas comecei a pensar dessa forma.

A propósito, essa jovem era Karen Grant, esposa de George Grant, que fez a oração de abertura no seu casamento, Nancy. E como foi doce.

Nancy: Foi ela quem teve a visão de que esse seria o tema para os ministérios de mulheres.

Susan: Ela viu e se tornou uma querida amiga e uma incentivadora para mim. Isso, novamente, foi um momento decisivo. 

Mais uma história. Não me lembro onde estava quando isso aconteceu. Eu havia falado sobre esse tema e depois dividido as mulheres em grupos pequenos. Elas tiveram um tempo, e então voltamos a nos reunir.

Uma mulher mais velha se levantou e estava literalmente dançando. Ela disse: “Isso é o que tenho feito toda a minha vida, e nem sabia o que chamar!” E agora ela tinha um nome para isso. 

E, novamente, foi apenas um daqueles momentos doces em que percebi: “Sim, as mulheres estão por aí fazendo isso, mas elas precisam entender que é isso que Deus nos chama para fazer. Elas precisam ver a base bíblica disso. Elas precisam aprender sobre isso. Elas precisam entender que isso é um mandamento de Deus para nós. É um imperativo do evangelho!”

Nancy: Tenho pensado sobre o que impede isso de acontecer. Por que não é mais um ritmo normal e natural na vida de muitas mulheres?

Eu me pergunto se parte do problema não está no fato de que, em muitas de nossas igrejas e relacionamentos, dividimos os pequenos grupos por idade, ou fase de vida em comum. 

Há claramente alguns benefícios nisso. Se você tem filhos no ensino médio e eles estão jogando esportes juntos, você vai se aproximar de algumas dessas mães que estão na mesma fase de vida. 

Se você é uma jovem mãe com crianças pequenas, é natural querer ter algumas amigas que estejam na mesma fase de vida. 

Porém, as igrejas se tornaram tão segregadas por idade e, às vezes, até nos cultos… você tem o culto dos mais velhos e o culto dos mais jovens. 

Isso parece ter sido um pouco de estratégia em algumas igrejas modernas — manter as coisas separadas demograficamente. E o que perdemos com isso foi essa convivência com múltiplas gerações.

Uma das coisas que amo na minha igreja local é que temos muitas pessoas em nossa igreja que são idosas. Não estou falando apenas de mais velhas. Temos pessoas na casa dos noventa anos. 

O homem mais velho vivo nos Estados Unidos morreu não faz muito tempo, aos cento e sete anos. Ele estava na minha igreja!

Mas também temos muitas famílias da minha idade; temos muitas famílias jovens; temos muitos solteiros e crianças. 

Eu amo estar na igreja e estar em conversas antes e depois dos cultos com essa grande mistura — essa ótima combinação de gerações!

Mas eu acho que, em muitos casos, as únicas amizades das pessoas são talvez pessoas na mesma faixa etária. Há uma riqueza única em se conectar com pessoas que estão em fases diferentes. 

À medida que aprendemos coletivamente, compartilhamos nossas experiências de vida e trocamos ideias, estamos proporcionando encorajamento, afirmação e ganhando perspectivas que podem não ser tão acessíveis na nossa própria fase de vida.

Susan: Mais uma vez, considero crucial retornar e basear isso nas Escrituras, ensinando não apenas às mulheres, mas ao nosso povo em geral. 

Não se trata apenas de Tito 2; Tito 2 está conectado à ideia mais ampla de uma geração compartilhando sabedoria com a próxima. 

Ao percorrer, especialmente, os Salmos, essa perspectiva é repetidamente destacada. Claro, o Salmo 78 expressa isso de maneira particularmente clara.

Nancy: Vamos ler esse trecho. Fico feliz que você tenha mencionado essa passagem, ela é maravilhosa. O salmista fala o seguinte no Salmo 78, versículos 4–7:

“Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez. 

Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem aos seus filhos, de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. 

Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos.” (Sl. 78:4-7)

Susan: Sim, e isso precisa ser ensinado. Porque, por natureza, temos a tendência de nos reunir com aqueles que são como nós: mesma idade, mesmos interesses

Precisamos entender que Deus nos chama para algo muito mais rico, e Ele nos providenciou aqueles que estão mais adiante na caminhada para que possam nos contar as glórias do Senhor por meio de experiências que ainda não vivenciamos.

Isso precisa ser um esforço de toda a igreja. Faz parte do discipulado de uma igreja, ensinar as pessoas sobre esse princípio e incentivá-las a aproveitar isso; a buscar homens e mulheres mais velhos que possam investir em suas vidas e estarem dispostos a investir na vida daqueles mais jovens do que eles.

Acho que é um princípio ainda mais amplo: precisamos de uma teologia das gerações, talvez, onde estejamos pensando nisso em nossas igrejas locais, encorajando e, em seguida, demonstrando isso. Acredito que precisamos ser exemplo.

Apenas como exemplo, em um evento do ministério de mulheres, ter um painel de perguntas com mulheres mais velhas e fazer as seguintes perguntas a elas: “O que você aprendeu sobre Jesus por meio das experiências de sua vida? 

O que você aprendeu sobre Ele através da experiência de ser uma viúva ou de ser uma mulher solteira que nunca se casou?”

Isso pode abrir tanto diálogo entre as mulheres quando começamos a fazer coisas assim. 

Então, acho que temos que ensinar a teologia disso, mas depois temos que demonstrar e mostrar como é, e dar oportunidades para que essa troca aconteça.

Nancy: E, é claro, sabemos que essa troca também deve acontecer na família — de uma geração para a próxima. 

Você sempre fala sobre isso, mesmo com a sua própria filha (claro, você estava investindo na vida dela, estava derramando na vida dela — você é a mãe dela, biologicamente), mas você compartilha como você ficou grata pelas pessoas (outras mulheres) que o Senhor trouxe para a vida dela para serem mães espirituais. 

Você não se sentiu ameaçada nem com ciúmes desses relacionamentos.

Susan: Sim, precisamos desejar que nossas filhas tenham mulheres mais velhas investindo nelas. 

E precisamos ter cuidado para não sermos tão possessivas com nossas filhas não permitindo que isso aconteça, e que não as estejamos encorajando a procurar esses relacionamentos, porque é um elemento importante do crescimento delas em Cristo. 

Acho que isso é algo sobre o qual também precisamos falar e ajudar as mulheres a verem.

Nancy: Ok, estou pensando na mulher que você disse que tinha oitenta anos e ninguém nunca havia perguntado a ela sobre seu relacionamento com Jesus. 

Temos algumas mulheres mais velhas ouvindo hoje, talvez viúvas, e mulheres que têm mais ou menos a sua idade, Susan (você está na casa dos setenta e poucos anos). Ninguém está perguntando a elas, ninguém mais jovem está se conectando com elas. 

Como elas começam a desenvolver um estilo de vida, um ritmo, de maternidade espiritual? Elas estão dizendo: “Não sou uma professora. Não tenho uma classe para fazer isso. Acho que não conseguiria fazer isso.”

Dê a elas algumas ferramentas para começarem. Para aquela ouvinte que é uma mulher mais velha, como ela pode colocar esse princípio em prática?

Susan: Comece exatamente onde você está, com os relacionamentos em sua própria família e em sua própria igreja, e comece a conversar com as mulheres jovens, com as garotas, e faça a elas algumas perguntas do tipo:

  • Como posso orar por você?
  • Me conte o que está acontecendo em sua vida agora.
  • Tem algo pesando em seu coração?

É incrível como, uma vez que você dá esse primeiro passo, elas começam a se aproximar de você, porque você está interessada nelas. Apenas vá até elas e as abrace. 

Diga a elas o quanto você se alegra em observá-las. Você está tão grata por elas estarem em sua igreja. Você está tão grata pela participação delas em sua igreja. 

Diga a elas as coisas que você nota nelas que te animam, e então elas começarão a responder. Não comece tentando ensinar uma lição a elas.

Nancy: Ou dizendo: “Deixa eu ser sua mentora?” Não precisa ser tão formal, certo?

Susan: Certo. Apenas comece amando-as e se aproximando delas, e talvez até convidando-as para sua casa para tomar um café. Onde quer que você esteja na vida, comece estabelecendo e cultivando esses relacionamentos

Nancy: E eu sei que uma maneira notável de fortalecer esses relacionamentos é demonstrar interesse pelas crianças dessas mulheres mais jovens. 

Torne-se uma espécie de avó adotiva. Muitas dessas famílias não contam com a presença de avós próximos.

Muitos dos meus relacionamentos com mães jovens aconteceram por causa do meu amor por seus filhos. 

Encontrei uma jovem mãe no supermercado outro dia. Ela tinha acabado de ter seu quinto filhinho. Ela é uma mãe preciosa, assim como toda sua família. 

Apesar de ser uma mãe excelente, obviamente ela estava exausta.

Ela está tentando fazer o ensino domiciliar com os mais velhos. Ficamos ali no supermercado por provavelmente vinte ou trinta minutos, apenas conversando. 

Acabamos orando juntas e eu pude ministrar algumas palavras de encorajamento na vida dela. Ela estava na verdade escapando, indo ao supermercado enquanto o marido levava os filhos para uma sorveteria.

Isso é mentoria; isso é amor; é encorajamento. Porque ela sabe que estou interessada em seus filhos e envolvida em suas vidas também, ela está faminta — ela é como uma esponja. 

Não estamos envolvidas uma com a outra em um pequeno grupo ou em um estudo bíblico (ela está envolvida nesse tipo de coisa), mas a natureza do nosso relacionamento é muito mais informal, “vida na vida”.

Na verdade, na igreja, eu chamo isso de meu “ministério no corredor”. É no corredor, antes e depois dos cultos, onde muitas dessas coisas acontecem na minha vida. 

Felizmente, estamos numa igreja onde temos pessoas mais velhas e mais jovens juntas.

Encontre as mulheres mais jovens, ou às vezes, para mim, uma mulher mais velha, para mostrar interesse, fazer perguntas, iniciar uma conversa. 

Acho que é tão importante estar disposta a tomar iniciativa.

Susan: Sim, eu realmente acho que precisamos fazer isso. Uma das coisas que tento fazer com as jovens que entram em nossa igreja é ir até elas e simplesmente dizer: 

“Obrigada por vir. Lembro-me de como é difícil preparar três pequenos e chegar na igreja de manhã. Obrigada por sua presença, isso me incentiva.” E realmente incentiva.

Isso imediatamente as encoraja, e elas são atraídas por alguém que não as está “julgando”, mas que as ama. Isso é o que podemos fazer, e então deixar que o Espírito lidere a partir daí.

Recentemente, com nossas três netas mais novas, passei o verão levando-as para todas as coisas divertidas para se fazer ao redor de Atlanta. 

Fizemos muitas coisas divertidas. Íamos ao Starbucks para tomar café (elas acham isso tão legal!).

E então, quando o começo do ano letivo chegou, eu disse: 

“Vocês gostariam de começar algo este ano? Eu adoraria vê-las estabelecerem o santo hábito de ler a Bíblia. E se fizermos um grupo de mensagens, eu posso enviar a vocês um trecho das Escrituras a cada dia. 

Vocês leem, e depois mandam para o resto de nós seu versículo favorito.” 

Bem, todas estavam abertas para isso, porque tínhamos estado rindo e brincando juntas o verão todo.

Nancy: E você está falando a língua delas, que é a mensagem de texto.

Susan: Mensagens de texto. Eu aprendi, porque eu sabia que precisava, para me comunicar com essas crianças. 

Toda manhã, eu envio a elas o trecho do dia, e logo recebo de volta delas o versículo favorito de cada uma. 

E elas me dizem: “Vovó, estamos adorando! Estamos amando ler a Palavra de Deus por conta própria!” 

Então, você pode fazer coisas simples assim.

Nancy: E um dia, elas serão a mãe ou a vovó, fazendo isso pelos filhos e netos delas.

Susan: Eu oro por isso.

Nancy: Essa é a visão: quando você estiver no céu, elas serão as mulheres mais velhas fazendo isso pelas mulheres mais jovens.

E este é um aspecto da maternidade espiritual, desempenhar um papel ativo dentro de sua própria família — até mesmo na vida de seus netos. 

Eu sei que, embora seus netos morem mais perto de você agora, houve um tempo em que eles não moravam tão perto. Ainda assim, você encontrou maneiras de investir nas vidas deles.

Susan: Sim. Quando os netos mais velhos não estavam morando perto de nós na época, tivemos o Acampamento dos Meninos e o Acampamento das Meninas. 

Todos os netos do sexo masculino vinham uma semana, e todas as netas vinham outra semana. Às vezes, os levávamos para passeios, e às vezes ficávamos na minha cidade e fazíamos coisas por lá.

E agora, quando me reúno com esses netos mais velhos, que já estão na faculdade ou já se formaram e estão trabalhando, muitas das conversas giram em torno desses momentos que passamos juntos. 

As conversas deles entre si, como primos, também giram em torno disso, porque tiveram essas experiências compartilhadas.

Sempre tínhamos um tema para o Acampamento dos Meninos e o Acampamento das Meninas, um versículo da Bíblia que memorizávamos e uma passagem que estudávamos ao longo da semana. 

Então, foi ótimo. Quer seus netos estejam na cidade ou fora da cidade, você pode encontrar maneiras de se comunicar com eles.

Com a tecnologia atual, você pode fazer muitas coisas com os netos, mesmo que estejam a uma grande distância.

Nancy: Você é uma vovó tão legal, Susan. Gente! Ouvir você compartilhar isso me lembra de um grupo de — eram cerca de cinco ou seis. 

Elas eram garotas jovens na minha vida, muitos anos atrás. Eram amigas entre si em nosso ministério, filhas de funcionários.

Cada ano nos reuníamos por um dia ou dois, às vezes passávamos a noite, e chamávamos isso de nossa “celebração de aniversário”. 

Os aniversários delas eram ao longo do ano, mas celebrávamos todos de uma vez. Eu às vezes as levava  para um hotel. Fomos a Chicago de trem uma vez. 

Fazíamos algo diferente. Era uma chance de estar com elas, honrá-las, abençoá-las, ministrar em suas vidas — mas não era estruturado. Isso foi uma grande alegria para mim e para elas.

Muitos anos depois, recebi uma carta de uma daquelas que agora é uma jovem mãe solteira em uma temporada difícil de sua vida. 

Ela escreveu para me dizer: “Feliz Dia das Mães! Você investiu na minha vida. Você orou por mim. Você me encorajou. E quero escrever para desejar um “Feliz Dia das Mães” para você.”

Bem, como você pode imaginar, isso foi profundamente comovente para mim, e fico pensando: O que eu fiz

Não foi realmente nada grande ou heróico, ou que exigiu muito tempo ou planejamento. Eu apenas me interessei em estar com elas, em investir em suas vidas, amá-las, encorajá-las, ser uma mãe espiritual para elas. Então, anos depois, pude ver o fruto.

Temos nos preparado para o Dia das Mães esta semana conversando com Susan Hunt. Pense no efeito a longo prazo que você poderia ter nas mulheres ao seu redor se você assumisse o desafio de se envolver, treinar, ensinar e encorajar do jeito que ela descreveu. 

Susan foi uma mãe espiritual para o Aviva Nossos Corações de uma maneira muito real. Ela começou a falar sobre um movimento de mulheres verdadeiras e a orar para que novas gerações abraçassem a feminilidade bíblica. 

Então Deus chamou o Aviva Nossos Corações para erguer essa bandeira também, e nos últimos quinze anos, impulsionadas por mulheres como Susan Hunt, temos convidado mulheres a se juntarem ao que chamamos de Movimento Mulher Verdadeira. 

Junte-se a nós nesse movimento e proclame as verdades do evangelho para as próximas gerações.

Raquel: Quando você sentir que falhou, aproveite o fato de que você adquiriu experiência para poder ajudar outras mulheres. Susan Hunt estará de volta para explicar como. Aguardo você amanhã, aqui no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.