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Mentiras em que as famílias acreditam e a verdade que as liberta

Publicadas: out 11, 2024

Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus não é uma máquina de vendas divina . Dannah Gresh, na voz de Raquel Anderson, diz que sua vida de oração está começando a refletir essa verdade.

Dannah Gresh: Eu parei de tratar a Deus como um gênio da lâmpada. Parei de dar a Ele minha lista de afazeres todos os dias. Comecei a dizer, “Deus, o que Tu queres? Qual é Tua vontade? O que estás tentando me ensinar durante este tempo?”

Minhas orações têm começado a soar muito mais como as orações de Jesus—“Não a minha vontade, mas a Tua”.

Nancy: Vamos ouvir sobre maneiras de ajustar nosso pensamento com a verdade da Palavra de Deus. Você está ouvindo Aviva Nossos Corações. Eu sou Nancy DeMoss Wolgemuth na voz de Renata Santos.

Se você se sente no olho do furacão, é porque provavelmente está lá. Quando a família tem um excesso de atividades é fácil para qualquer uma de nós se sentir sobrecarregada. Muitas vezes é quase impossível dar conta de tudo o que temos para fazer.

E, se você for mãe, há todo o estresse normal relacionado à criação dos filhos misturados nesse “bolo” também. Tenho certeza que você sabe do que estou falando.

Dannah, refletindo sobre o ano de 2020, o ano da pandemia, podemos afirmar que foi um ano muito difícil para as famílias. 

Dannah: Com certeza foi. Vi que algumas amigas minhas tiveram que se adaptar ao ensino remoto em casa para seus filhos, e elas aprenderam muito nessa jornada.

As vi ajudarem seus filhos a lidarem com a decepção de não poderem participar de atividades extracurriculares que eram tão importantes para eles. E, devo acrescentar, que ajudavam a gastar sua energia.

Nancy: Sim. Uma de nossas netas estava no último ano do ensino médio e não pôde fazer muitas das coisas que ela estava esperando que fizessem parte de seu último ano escolar.

Além disso, lembro também de membros da família que não podiam visitar seus filhos ou netos, ou filhos adultos que não podiam ver seus pais idosos.

Aquele foi um momento difícil e estressante para muitas famílias. Mas, graças a Deus, Ele não nos deixou desamparadas na batalha.

Em 2 Coríntios capítulo 10, o apóstolo Paulo fala sobre as armas que Deus nos deu. Ele diz que essas armas não são segundo a carne, mas têm poder divino para destruir fortalezas. 

Portanto, nossas batalhas em família são primeiramente espirituais. Isso significa que seu marido, seus pais ou seus filhos não são o inimigo. Há uma batalha espiritual acontecendo.

A luta também está no domínio dos nossos pensamentos. As Escrituras falam sobre filosofias e formas de pensar. Diz que precisamos levar cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. E é aí que entra a Palavra de Deus.

Precisamos da verdade da Palavra de Deus para lutar contra as mentiras que estamos tão prontas para acreditar, porque as mentiras gritam por meio de nossas emoções e dizem, “Você não consegue fazer isso,” ou “Está tudo saindo dos trilhos.” 

Mas é aí que precisamos da verdade de Deus para aconselhar nossos corações.

Dannah, me lembro de você ter falado durante a pandemia em um evento online para pais e líderes de ministério infantil.

Dannah: Sim. O evento era o “Kidmin Mega-Con” que é uma conferência voltada aos ministérios infantis e é organizado por uma organização que amo, chamada Kids Matter.

Nancy: E, Dannah,  fiquei bastante animada hoje porque iremos transmitir uma das sessões que você fez naquela conferência.

Dannah irá nos mostrar algumas das mentiras em que as famílias facilmente podem acreditar, junto com a verdade que as liberta. Esta é uma palavra que todas nós precisamos em nossas famílias. Vamos ouvir a gravação desta conferência online que aconteceu durante a pandemia.

Dannah: Antes de lermos este trecho em Êxodo 33, deixe-me contextualizar para vocês. Moisés tinha estado no Monte Sinai, experimentado a majestosa presença de Deus e ouvido Sua voz poderosa. A montanha tremia quando Ele falava, e Moisés caiu de joelhos.

Enquanto isso, o povo estava lá embaixo, no vale. Acho que era tanto um vale literal como um declive ‘metafórico’, se é que me entendem. Eles decidiram que queriam ser como todo mundo e ter algo que pudessem ver para adorar. Queriam ser “normais”. 

(Ok. Preciso confessar aqui que eu também fico preocupada com meu próprio desejo por normalidade.)

Arão constrói para eles aquele bezerro de ouro. E quando Moisés desce do monte, ele os encontra festejando. Claro, como qualquer pai que se depara com uma festa de arromba dos filhos adolescentes quando volta de uma viagem de negócios, Moisés perde a cabeça. Ele derrete o bezerro, faz pó, põe na água e faz seus filhos pródigos beberem. (Um tanto quanto disfuncional, não é mesmo?)

Em muitos aspectos, a família israelita supera todas as nossas em disfuncionalidades. E olha que a família Gresh lida de forma ímpar com a disfuncionalidade. Não sei se a sua família faz isso, mas a nossa certamente faz.

Esses israelitas não são tão diferentes de nós, não é? E Deus fica irritado com eles. Ele diz a Moisés que não os acompanharia — estou citando o texto — “Mas eu não irei com vocês.” Ele estava retirando Sua presença.

E o que vamos ler aqui é a oração de Moisés por uma família altamente disfuncional. Vou ler Êxodo 33, começando no versículo 12. Leremos até o versículo 18 se quiserem acompanhar em suas Bíblias.

“Disse Moisés ao Senhor: Tu me ordenaste: ‘Conduza este povo’, mas não me permites saber quem enviarás comigo. Disseste: ‘Eu o conheço pelo nome e de você tenho me agradado’. Se me vês com agrado, revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti. Lembra-te de que esta nação é o teu povo”.

A essa altura, Deus já tinha dito, “Tudo bem, Moisés. Vou contigo porque você implorou.” Mas Moisés continua abordando a Deus e dizendo, “Não, não, não, não, de jeito nenhum! Disseste que estarias conosco. Disseste que éramos Teu povo.” E então Deus diz:

“Eu mesmo o acompanharei, e lhe darei descanso”. Então Moisés lhe declarou: “Se não fores conosco, não nos envies.”

Ok, Deus não acabou de dizer, “Eu irei contigo?” Ele decidiu, “Ok, eu sei que disse que não iria, mas vejo uma pessoa, uma pessoa santa, uma pessoa faminta, uma pessoa apaixonada. Então eu irei.” E Moisés diz:

“Como se saberá que eu e o teu povo podemos contar com o teu favor, se não nos acompanhares? O que mais poderá distinguir a mim e a teu povo de todos os demais povos da face da terra?” O Senhor disse a Moisés: “Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome”. Então Moisés disse: “Peço-te que me mostres a tua glória”.

Pois bem. Deixe eu te dizer o que Deus colocou no meu coração sobre estes versículos. Eu estive orando sobre o que compartilhar com vocês hoje, e estou profundamente preocupada com o estado das famílias cristãs. Eu já estava me sentindo assim desde antes da pandemia. E esse sentimento só aumentou durante e depois dela.

Não sei se você teve a sensação de que: “Talvez o Senhor vá usar isso para avivamento. Talvez o Senhor vá nos chacoalhar para que a família esteja verdadeiramente engajada no ministério, para que realmente vejamos as pessoas não apenas aparecendo para assistir à igreja, mas sendo a igreja”.

Deus continuou me trazendo de volta a este texto. É um texto no qual tenho ponderado há muito tempo. E vejo três mentiras que – não Moisés – mas os israelitas acreditaram, e que frequentemente nós também acreditamos.

A primeira mentira é esta — eu já a mencionei: precisamos ser normais.

Você já ouviu isso? Já ouviu isso em sua igreja? Ouvi pessoas dizendo muito isso na época da pandemia: “Só quero voltar ao normal.”

Os israelitas queriam ser como todo mundo. Queriam deuses — no plural — para adorar como todos os outros povos. Êxodo 32:1 diz que eles queriam ser como todo mundo. Olhe você mesma. Confira.

A imagem do bezerro que fizeram, ou que Arão fez para eles, provavelmente foi inspirada em Baal, ou Ba-al, um deus adorado pela fertilidade e em rituais sexuais. Claro, quem viu essa estátua deve ter pensado: “Ok, não me resta a menor dúvida de que somos uma cultura propensa a adorar através de rituais sexuais.”

Uma das grandes questões que discuto com adolescentes e universitários é que, se estão solteiros e não estão em um relacionamento, e não devem ter relações sexuais, pensam, “Então qual é a saída para meus impulsos sexuais?” Sentem que precisam ter uma alternativa, quando a Palavra de Deus nos diz, no Novo Testamento, que é melhor se formos solteiros porque somos livres para servi-Lo.

Isso deve significar que não vamos morrer se não tivermos relações sexuais. Até onde posso ver, não há registro de alguém morrendo porque não pôde ter relações sexuais. Mas nós amamos isso. Não somos tão diferentes dos israelitas, não é mesmo?

Nossos filhos assistem basicamente aos mesmos filmes, ouvem as mesmas músicas, têm os mesmos objetivos, vivem sob as mesmas agendas e, talvez mais tristemente, têm os mesmos influenciadores e modelos de vida do que o resto do mundo. E, francamente, às vezes nós também.

Talvez a razão pela qual não há diferença estatística no comportamento moral dos jovens que frequentam a igreja e os que não frequentam seja que, como os israelitas, acreditamos na mentira de que precisamos ser normais. Queremos ser como os demais. E às vezes acreditamos nisso para sermos relevantes. Mas somos? 

Será que realmente somos relevantes se não formos menos estressados, menos deprimidos, menos entediados, menos irritados, menos infelizes, menos medrosos?

Aqui está a verdade que precisamos: Deus nos diz em Sua Palavra que Ele quer que nos destaquemos. Ele não quer que sejamos normais. Ele quer que nos destaquemos, que pareçamos mesmo diferentes.

Moisés sabia que o resultado de pertencer ao único Deus verdadeiro deveria ser ter um estilo de vida distinto. Acabei de ler para você em Êxodo 33:16. Ele disse, “Que mais poderá distinguir a mim e a teu povo de todos os demais povos da face da terra?”

Então Moisés suplica a Deus por mais uma chance de parecer diferente. E eu suplico a você — eu imploro a você — sejamos diferentes.

Filipenses nos diz que devemos ser tão diferentes ao ponto de  brilharmos como estrelas no céu noturno. Devemos nos destacar. Devemos ser distintos.

Moisés sabia disso. O povo não. Eles acreditaram na mentira de que era bom ser normal. E Moisés entendia muito claramente que não era bom ser normal, que devemos nos destacar.

A segunda mentira — e quero que você preste atenção nesta porque tenho pessoas jovens muito próximas a mim que estão sendo devoradas por essa mentira, e isso pesa no meu coração. Talvez você também tenha. A mentira é esta: A dúvida é inimiga da fé. Você ouviu o que eu disse? Muitas vezes acreditamos na mentira de que a dúvida é inimiga da fé.

Os israelitas tinham perguntas. Tinham perguntas sobre Deus. Imagino algumas de suas perguntas. Quando Moisés subiu na montanha e desapareceu, talvez tenham perguntado: “Onde está Moisés?” Provavelmente uma de suas perguntas práticas. Certo?

Provavelmente estavam perguntando, “Quem é o nosso Deus?” Do contrário, por que pediriam um bezerro de ouro para adorar. Certo?

Posso imaginar que, durante uma jornada de quarenta anos, tenham perguntado uma ou duas vezes, “Já chegamos?” Como crianças irritadas e resmungonas no banco de trás de um carro.

E para ser justa, suas dúvidas evocam imagens de instabilidade da mente dúbia da qual Tiago nos adverte. Eles se tornaram instáveis.

Toda vez que permitimos que dúvidas e perguntas nos dominem e não sejam tratadas da maneira correta, nos tornamos instáveis. E é por isso que os vemos adorando e festejando de maneiras ímpias.

Talvez seja por isso que nós, às vezes — estou falando da Igreja — estejamos adorando e festejando de maneiras ímpias. Estamos automedicando nossa dor em vez de levá-la a Deus para ser curada.

Mas a dúvida pode ser uma boa ferramenta de aprendizado. Escutem bem: Se levarmos nossas dúvidas a Deus, se levarmos nossas perguntas a Deus, em vez de deixá-las nos afastar, elas nos aproximam Dele.

Mas não foi isso que os israelitas fizeram. Eles não levaram suas perguntas a Deus. Levaram-nas a Arão que, aparentemente, não era tão bom em orientá-los e direcioná-los à Deus, o que vemos Moisés fazendo muito bem e com frequência.

A pergunta que te faço agora é esta: Qual deles você é? Você é Arão? Ou é Moisés?

Quando alguém se aproxima de você, um adolescente, um pai, outra pessoa em sua equipe de ministério, vindo até você com suas dúvidas… Quando alguém chega a você com isso, você corre para acalmá-los com um bálsamo terreno como fez Arão: “Talvez se te mantivermos ocupada… Talvez se te oferecermos festas… Talvez você só precise mesmo é sair.”

Ou você diz: “Vamos ficar juntos nesta dor… Vamos conversar sobre esta dúvida… Mas vamos levar isso a Deus”! Porque isso é o que Moisés fez.

Qual deles você é? Você é Arão? Ou é Moisés?

Estamos perdendo nossos filhos, e estamos os perdendo em parte, eu acho, porque temos medo de suas perguntas. Se você pesquisar sobre a geração dos “Millennials”, uma das seis principais razões pelas quais relatam ter deixado a Igreja é que éramos “alérgicos” às suas perguntas. E eles têm perguntas muito reais e difíceis.

Eles me fizeram algumas dessas perguntas. Disseram coisas como: “A igreja não é meio que uma apresentação?” Isso é uma boa pergunta.

“Por que a igreja é tão passiva?” Isso é uma boa pergunta.

“Não deveria haver mais poder em minha experiência na igreja?” Uma pergunta muito boa.

Eles também fazem perguntas para as quais tenho certeza de que conheço a resposta.

“Como você sabe que Deus não criou este mundo através da evolução?

“Por que o casamento é somente entre um homem e uma mulher? Como você pode ter tanta certeza disso?”

Às vezes suas perguntas apontam para onde precisam crescer em sua fé e teologia, e às vezes suas perguntas apontam para  onde precisamos crescer em nossa fé e teologia. Posso ouvir um “Amém!”

Para começar entramos no diálogo com humildade e misericórdia. Você sabe o que o livro de Judas diz para aqueles que estão duvidando? O livro de Judas, (Leia, se não acredita em mim, é curto, não vai demorar.) nos diz que quando alguém vem até nós com dúvidas, devemos ser misericordiosos. Esta é a palavra — misericordiosos.

Você é misericordiosa quando alguém vem até você e diz: “Se Deus é tão bom, por que  permitiu que a pandemia acontecesse?”

“Se Deus nos ama tanto, por que algumas coisas que fazem as pessoas felizes são proibidas nas Escrituras?”

Você é misericordiosa quando essas perguntas surgem?

“Talvez Deus esteja tentando mudar a igreja porque estávamos fazendo tudo errado. É possível que isso tenha acontecido durante a pandemia?” Foi isso o que alguém me perguntou recentemente. E sabe de uma coisa? Talvez sim.

Aqui está a verdade que precisamos: Não importa qual seja a pergunta, Deus não tem medo das nossas perguntas. Ele pode lidar com elas.

Moisés era um grande questionador. Tinha muitas dúvidas sobre si mesmo, dúvidas sobre Deus, mas ele as levou a Deus. E essa foi a diferença entre ele e o restante de Israel.

Na sarça ardente, por exemplo: “Como eles saberão que Tu me enviaste? E se eles não acreditarem em mim? Quem vai falar?”

Você já se sentiu assim no ministério? Você sente um chamado de Deus tão grande, mas em seguida pensa: “Sim, mas quando eu for e disser a eles que é isso que devem fazer, como eles vão saber que veio de Deus? E se não acreditarem em mim?”

Você já se sentiu inadequada em seus dons? Sabe, os dons que Satanás ataca mais em minha vida são a minha fala e o meu ensino. Ele está fazendo isso agora mesmo.

Mas Moisés leva essas coisas a Deus. Ele as verbaliza. E agora, no trecho que acabamos de ler, quando Deus diz que não irá com eles, Moisés diz, “Como é que vai ficar Tua reputação diante do povo, Deus?” (Que pergunta audaciosa!) “As pessoas vão dizer que nos trouxeste aqui para nos matar. Não podes reconsiderar?” (Foi isso que Moisés disse ali.) “Não poderias simplesmente mudar de ideia e vir conosco?”

Precisamos seguir o exemplo de Moisés. Não sejamos alérgicas às perguntas. Na verdade, não sejamos alérgicas às dúvidas.

Alguns dos grandes homens e mulheres da Bíblia tiveram dúvidas, incluindo Moisés. E sabe quem mais teve? João Batista.

Em suas últimas horas, após passar a vida se destacando e sendo diferente — bem diferente aliás — e passando a vida proclamando a chegada do nosso Salvador; João Batista, na prisão, desanimado, com medo e assustado, envia uma mensagem a Jesus. Certamente não está cheia de fé e convicção. Ele diz, “És Tu realmente o Cristo?”

Deus pode lidar com nossas dúvidas e perguntas e, certamente, temos muitas delas agora. Não seja alérgico a perguntas.

E aqui está a mentira que acho que mais precisamos analisar hoje, e vou encerrar com isso. Mentira número três: (Ah, espero que não esteja acreditando nela, mas se você for como eu, em alguns momentos…) A mentira é que podemos liderar sem Deus.

Quando construíram aquele ídolo, estavam claramente dizendo, “Não precisamos de Deus. Não precisamos desse Deus. Precisamos de um deus. Vamos assumir o controle. Vamos assumir a adoração. Vamos assumir as decisões. Vamos assumir as regras.”

Estavam dizendo que precisavam de deuses, ouro, festas e sexualidade do seu jeito mais do que precisavam de Deus. Temos sido tão diferentes assim? Será que nosso desejo por normalidade talvez seja evidência de que há um pouco disso em nós?

O estado de nossa igreja é prova de que não somos tão diferentes. A ansiedade e a depressão em nossa igreja, o suicídio que tem acontecido em nossas igrejas são frutos disso. Temos que admitir e dizer: “Isso tem acontecido em nosso tempo. O que estamos fazendo?”

Estamos produzindo frutos de alegria, amor, paz, paciência, gentileza? Está sendo suficiente? Acredito que não há espaço para ansiedade e depressão quando essas coisas estão presentes.

Agora, por favor, entenda-me. Há membros na minha própria família que já lutaram muito contra a depressão, com uma causa fisiológica. Mas não é possível termos uma geração inteira lutando com isso e dizer que é apenas fisiológico. Há também componentes emocionais e espirituais. 

E mesmo com meus familiares que têm necessidades fisiológicas, que precisam de médicos para ajudá-los, quando tratam seu espírito com a verdade, ficam, sim, muito melhores.

Só estou dizendo isso: Não temos produzido frutos consistentes com o fato de permanecermos em Deus. Queremos nossos deuses, nosso ouro, nossas festas e nossa sexualidade mais do que queremos a presença de Deus. E isso é evidente em nossa vida de oração.

Quero te fazer uma pergunta: Você tem orado durante os tempos difíceis? Aposto que sim.

Durante este período de pandemia, Deus me deu um alerta. Eu estava orando assim: “Deus, pare a pandemia. Deus, proteja a economia. Deus, reúna nossas igrejas novamente. Deus, cuide da minha família. Deus, nosso ministério não tem meios de sustento.”

Até que eu parei de tratar Deus como o “gênio da lâmpada”. Parei de dar a Ele minha lista de afazeres todos os dias. Comecei a dizer, “Deus, o que Tu queres? Qual é Tua vontade? O que estás tentando me ensinar durante este tempo de dificuldades?”

Minhas orações começaram a soar muito mais como as orações de Jesus: “Não a minha vontade, mas a Tua.”

Esta é a verdade que precisamos: Estamos sentindo falta da presença de Deus.

Moisés já tinha recebido a promessa de que Deus iria com eles, e ele continuou suplicando. Ele já tinha mudado a mente de Deus, por assim dizer, e então Deus diz “Peça-me qualquer coisa.” 

Ele já havia dito: “Eu irei contigo.” E Moisés ainda estava “angustiado.” E Ele diz, “Ok, peça-me qualquer coisa.”

E Moisés pensa: “Deus vai fazer qualquer coisa que eu pedir.”

Você conhece aquele momento no filme  “A Princesa Prometida”, bem no começo do filme, onde o garoto camponês diz para a bela donzela: “Como desejar”, para qualquer coisa que ela pedir? Acho que é isso que Moisés ouve, “Como desejar. Como desejar.” Ele ouve: “Eu te amo.” É isso que o garoto camponês estava dizendo toda vez que dizia, “Como desejar.” Ele estava dizendo, “Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.”

E, o grande questionador, Moisés, decide ir em frente com mais uma pergunta. O que faz o pai de uma família disfuncional, esgotado, pedir a um Deus que diz, “Como desejar — qualquer coisa que você quiser”?

Será que ele diz, “Deus, me faça mais jovem para este trabalho? Essas tuas crianças estão acabando comigo!”?

Será que ele diz, “Deus, mate nossos inimigos. Eu os vejo chegando. O que faremos se eles se aproximarem”?

Será que ele diz, “Deus, faça essas crianças se comportarem! Elas estão me enlouquecendo!”?

Será que ele diz, “Deus, nos transporte direto para a Terra Prometida”?

Não. Moisés não trata Deus como um gênio da lâmpada. Ele pede a única coisa sem a qual não pode viver. “Mostre-me a Tua glória. Revele-se a mim. Mais, mais, Deus. Eu quero mais de Ti. Mostre-me algo de tirar o fôlego, algo que mexa com a alma, algo extraordinário de Ti.”

Eu gostaria que nossas orações fossem assim neste momento. Precisamos mais dele.

Esqueça o dinheiro para o seu orçamento.

Esqueça o desejo de tomar decisões em nome das crianças em um modelo de igreja que pensa mais nos adultos do que nas crianças.

Esqueça ter o melhor ministério do bairro e receber toda a atenção.

Esqueça o gerenciamento de sua imagem.

Não podemos fazer isso sem Deus. Não podemos viver sem Ti, Deus. Vamos orar.

Senhor, perdoe-nos por termos caído na armadilha de viver muito parecidos com a Tua nação, o Teu povo amado de Israel. 

Eu sei em meu próprio coração que tenho ansiado pela normalidade. Eu sei que não tenho feito as orações corretas. Não tenho pedido mais de Ti.

Mas pedimos agora: O que queres em nossas igrejas? O que queres em nossos ministérios paralelos? O que queres, Senhor?

Eu sei o que queremos. Se Tu nos livrares da dor, ótimo.

Se resolveres as divisões que causam tanta dor no mundo, oh, Senhor, eu oro para que o faça. Mas, é isso o que Tu queres fazer? Porque acho que precisamos querer a Ti mais do que querer essas coisas. E sei que não quero. Então, muda-nos, Senhor.

Oro em Teu santo nome, e oro para que usemos isso para mudar a forma como ministramos, em nome de Jesus Cristo, amém. Amém.

Nancy: Amém.

Essa foi Dannah Gresh falando para pais e líderes de ministério infantil na conferência “Kidmin Mega-Con” sobre “Mentiras em que as Famílias Acreditam e a Verdade que as Liberta”. Baseado nos livros da família “Mentiras em que as mulheres acreditam, Mentiras em que os homens acreditam, Mentiras em que as meninas acreditam.” Acesse o nosso site e saiba como adquiri-los.

Uma das maiores verdades que precisamos lembrar é que Cristo é Rei. O Salmo 103 diz: “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o que existe.” E que conforto essa garantia traz para nossos corações em meio a dias caóticos e confusos.

Dia 12 de outubro é o dia das crianças, e que presente maravilhoso é fortalecer nossas famílias, para que as crianças possam crescer em ambientes tementes ao Senhor, com segurança e paz. Nossa oração é que o Senhor abençoe as crianças da nossa nação.

Podemos trazer ensinamentos diários, como os que você ouviu hoje, graças ao apoio que recebemos de ouvintes como você. Então, obrigada por orar pelo Aviva Nossos Corações. Ficamos extremamente gratas por suas orações. Também agradecemos muito por contribuir financeiramente com o Aviva Nossos Corações. Caso queira fazer uma doação hoje, acesse o nosso site e clique na aba “Doações”.

Na segunda-feira iniciaremos a série “O Evangelho e as chaves de casa”. “Às vezes, tudo o que é preciso é uma mesa de jantar e o Espírito de Deus para mudar a vida de alguém para sempre.” É isso que ouviremos na próxima semana com nossa convidada, Rosaria Butterfield.

Tenho certeza que o Senhor vai te abençoar e te revelar muitas verdades bíblicas sobre a hospitalidade bíblica.

Aguardamos você na segunda-feira e desejamos um ótimo final de semana.

Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

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