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Mentiras em que os homens acreditam – Dia 01: O zelo pela noiva

Publicadas: ago 08, 2024

Raquel Anderson: Eu sou a Raquel Anderson, a voz de Dannah Gresh. Nesta série, Dannah e o seu marido farão parte desse bate papo.

Dannah Gresh:  Imagina um casamento tradicional: A noiva caminha pelo corredor até o noivo que está lá na frente da igreja, esperando.

Quando Nancy Leigh DeMoss e Robert Wolgemuth estavam planejando o casamento deles, ele quis mudar essa tradição.

Robert Wolgemuth: Quero que você pare no meio do corredor, e eu vou até você. Não quero esperar. Não quero ficar ali parado e dizer, “Ok, vou ficar aqui passivamente esperando você chegar ao altar. Eu vou até você.”

Dannah: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mentiras em que as mulheres acreditam, e a verdade que as libertana voz de Renata Santos. 

Considerando a tendência generalizada dos dias atuais, é super importante pensar na verdade como relativa, que o mais importante é ser verdadeira consigo mesma, independentemente do significado que isso tenha para cada pessoa.

O livro da Nancy chamado “Mentiras em que as Mulheres Acreditam e a Verdade que as Libertam já vendeu mais de um milhão de cópias. Hoje vamos falar sobre o livro do seu marido, Robert, “Mentiras em que os Homens Acreditam e a Verdade que os Libertam”. Tenho que dizer: este é o livro que, por volta de 2008, meu marido me disse que precisava ser escrito. Por isso ele veio comigo hoje.

Nancy: Bem-vindo, Bob.

Bob Gresh: É bom estar aqui.

Nancy: É a sua primeira vez no Aviva Nossos Corações?

Bob: É minha primeira vez. É minha primeira vez até mesmo no estúdio.

Nancy: Uau! Vocês são nossos amigos de longa data.

Convidamos o Bob, marido da Dannah, para se juntar a nós. 

Como estamos falando sobre Mentiras em que os Homens Acreditam, achamos que precisávamos de mais homens por aqui. E claro, o autor do livro, meu querido marido também está aqui hoje.

Bob: É bom ser o marido da Dannah. Me abre um leque de oportunidades.

Dannah: Bob ficava sempre me dizendo, “Alguém precisa escrever Mentiras em que os Homens Acreditam, mas quem seria? Quem poderia se juntar à Nancy para escrever isso?”

Nancy: As pessoas nos perguntavam isso há anos. “Quando vocês vão publicar um livro para homens, equivalente ao Mentiras em que as Mulheres Acreditam?”

E eu respondia, “Bom, com certeza não serei eu autora desse livro!”

Dannah: E então veio o Robert. (risadas)

Nancy: Veio o Robert. Oi Querido!

Robert: Oi, Nancy. É sempre tão legal estar aqui com você!

Nancy: É mesmo!

Ao longo dos anos tivemos várias conversas sobre diferentes homens que poderiam escrever este livro e, por um motivo ou outro, nunca aconteceu. E então começamos a namorar.

Robert: Começamos a namorar e estávamos um dia fazendo compras.

Nancy: Você começou a ler “Mentiras em que as Mulheres Acreditam.

Robert: …para te conhecer melhor.

Nancy: E eu estava lendo um dos seus livros para te conhecer melhor.  Um livro sobre a família.  

Robert: Isso mesmo.

Nancy: Mas não sabíamos que estávamos lendo os livros um do outro.

Robert: Não sabíamos. Que conveniente ler um livro que sua futura noiva escreveu. E então, página após página, eu dizia, “Esta é uma mulher incrível!”

Nancy: E eu dizia enquanto lia o seu livro, “Este é um homem incrível!”

Na verdade, enquanto estávamos namorando, você perguntava sobre as mulheres que iam para as nossas conferências, que ouviam Aviva Nossos Corações e liam meus livros, você dizia, “E os maridos delas?”

Robert: Sim.

Eu ficava pensando no João que ficou em casa assistindo TV, talvez cuidando das crianças, e sua esposa volta de uma conferência Mulher Verdadeira, super empolgada com todas as informações maravilhosas que ouviu. Não seria ótimo se ele também tivesse acesso a um conteúdo tao rico? Então ela entra pela porta, e ele—sei lá—se levanta, a beija, para recebê-la—mas ela está toda empolgada, cheia de novidades do ensino bíblico que recebeu. 

Estávamos jantando em um restaurante italiano em Orlando, Flórida, e eu disse: “Alguém precisa escrever algo que os homens possam ler, que lhes daria uma ideia do que você está compartilhando com as mulheres nas conferências Mulher Verdadeira, o que você está transmitindo dia após dia no Aviva Nossos Corações.”

Nancy, acho que você disse: “Bom, alguém precisa escrever esse livro.” E eu levantei a mão… e o garçom veio e disse: “Sim, posso ajudá-lo?” (risadas)

Eu disse: “Não, não, eu estava apenas respondendo a uma pergunta que minha amiga, essa mulher linda sentada aqui, acabou de fazer.” E naquele momento, eu não me lembro de nunca ter pensado nisso antes, mas você está certa. Um homem precisava escrever este livro.

Sim, naquele momento, enquanto namorávamos, eu pensei, Não seria incrível escrever um livro que fosse o companheiro de Mentiras em que as Mulheres Acreditam? E Mentiras em que as Garotas Acreditam, e Mentiras em que as Meninas Acreditam. Tudo isso.

Que privilégio poder ter escrito este livro. Me emociona muito.

Nancy: É uma família de livros sobre Mentiras que foi crescendo. E, Dannah , você e eu estivemos envolvidas nisso por anos. Bob também fez parte do desenvolvimento desses diferentes livros sobre Mentiras. E agora ter o Robert como parte dessa família—e nós quatro sendo bons amigos.

Dannah: Sim.

Robert: Certo.

Nancy: Desenvolvemos muito o pensamento por trás do conceito de Mentiras, e, mais importante, da verdade que liberta as pessoas.

Bob e Dannah, vocês dois estiveram envolvidos, participando efetivamente da “cara” que esses livros teriam.

Dannah: E o que o Robert disse alguns momentos atrás, acho importante. Você disse que estava lendo Mentiras em que as Mulheres Acreditam para poder entender a Nancy.

Robert: Certo.

Dannah : Mas só porque ela é a autora, não significa que você é o único homem que tem o privilégio de entender a forma como as mulheres processam informações.

Robert: Essa é a mais pura verdade.

Dannah: Já ouvimos de muitas mulheres cujos maridos também leram o livro Mentiras em que as Mulheres Acreditam e disseram: “Muito bom!”

Nancy: Sim, eles disseram: “Isso me ajudou a entender melhor minha esposa, me ajudou a encorajá-la melhor, abençoá-la, servi-la.”

E você pergunta: “Por que estamos falando sobre Mentiras em que os Homens Acreditam neste programa para mulheres?” É porque achamos que não só os homens vão amar ler este livro—seu marido, pai, irmão, filho, amigo, seja lá quem for—mas também porque estou encorajando as mulheres a lerem.

Robert, ao ler o que você escreveu neste livro, eu disse: “Isso é muito útil para eu entender melhor como Deus fez os homens, como vocês são programados e como posso amar, encorajar e abençoá-lo como meu marido.”

Robert: Assim como ao ler o livro Mentiras em que as Mulheres Acreditam, gerou perguntas do tipo: “Isso é fato? É assim que você se sente? É assim que você vê esse assunto?” E conversávamos sobre aquele determinado assunto, penso que este livro possa ser um ótimo ponto de partida para uma discussão, o livro é perfeito para isso.

Minha esperança, sonho e oração é que as mulheres leiam esse livro com seus maridos, e tenham uma visão melhor de como seus maridos pensam e se sentem.

Dannah: Sim. É por isso que convidamos nossos maridos—ambos—para esta mesa hoje para discutir este livro com as mulheres, e queremos convidar você a ir atrás do seu marido agora mesmo. (risadas)

Nancy: Achamos que seria uma ótima conversa para casais ouvirem juntos.

Dannah: Sim. Esta é uma boa série para vocês ouvirem juntos. Convidamos os homens para o Aviva Nossos Corações hoje e nos próximos dias.

Robert: Vamos lá, pessoal.

Dannah: Robert, você tem uma competição muito grande. Este livro Mentiras em que as Mulheres Acreditam realmente superou as expectativas de todos.

Robert: Acho que chegou a um milhão de cópias.

Dannah: Um milhão de cópias!

Robert: E o número está subindo.

Dannah: A ECPA, Associação Evangélica de Editoras Cristãs,  concedeu o prêmio platina para o livro. Isso representa um milhão de mulheres cujas vidas foram mudadas por palavras impressas nas páginas de um livro.

Robert: Certo. É muito impressionante.

Dannah: Nancy, podemos falar sobre o fato de que basicamente, essas mulheres começaram com emoções que eram evidências de que talvez houvesse uma mentira profunda por baixo da superfície?

Nancy: Bem, é interessante quando você olha para o índice de conteúdo de qualquer um desses livros. Há quarenta mentiras em diferentes categorias, por exemplo: mentiras que as mulheres acreditam sobre si mesmas, sobre Deus, sobre o pecado. Existem categorias semelhantes no livro dos homens. E uma das coisas que ouvi de muitas mulheres ao olharem o índice de conteúdo e lerem essas mentiras foi que pensaram: “Eu não acredito nessas mentiras“.

Acho que muitas de nós diríamos a mesma coisa, “Não acho que acredito nisso”. Conscientemente não acreditamos em algo do tipo ‘Deus não é realmente bom’. Mas à medida que nos aprofundamos em nossos sentimentos, nossas reações e respostas à circunstâncias que estão além do nosso controle … vamos mais a fundo, descobrimos algo. E muitas dessas mulheres voltaram e disseram: “Enquanto lia este livro, percebi que realmente tenho acreditado em muitas coisas que não são verdadeiras. Eu não sabia disso”.

Acredito que uma das coisas que Deus fez com este livro foi usá-lo como um despertador. E acho que a mesma coisa vai acontecer com Mentiras em que os Homens Acreditam.

Dannah: Você diria, então, que as emoções que uma mulher sente e a maneira como ela age são evidências de que ela de fato acredita nessa ou naquela mentira descrita no livro, apesar de achar que jamais pensaria dessa forma?

Bob: Bem, uma das coisas que me surpreendeu no livro foi o conceito de ortopraxia—que seria uma ótima pergunta para um jogo de curiosidades.

Robert: Seria. (risadas)

Bob: E foi incrível para mim ler isso, e acho que é sobre isso que estamos falando. Certo, Robert?

Dannah: O que é ortopraxia?

Robert: Bom, vou ler diretamente do livro a definição para você: “Os teólogos às vezes sabem muito bem como transformar conceitos em uma só palavra. Eles diriam que não é bom o suficiente somente abraçar a ortodoxia — convicções certas —, mas que também precisamos cultivar ortopathos — sentimentos corretos. Isso nos leva exatamente ao que estamos encorajando: a ortopraxia – conduta correta. Por exemplo, Adão sabia o que Deus havia lhe dito (ortodoxia). No momento em que Eva lhe deu o fruto no qual ela já tinha dado uma mordida, ele provavelmente sentiu um conflito. Nesse momento, uma grande dose de ortopathos — sentimentos corretos integrados com pensamento correto – teria permitido que ele interrompesse o que estava acontecendo, impedindo que sua esposa questionasse o que Deus havia lhe dito e dito à serpente para onde ela deveria ir. Literalmente. Ortopraxia. Fim da aula.” (pg. 38)

Eu me diverti com essa palavra no livro. “Ortopraxia é demais!”, acho que esse é o nome daquela pequena seção.

Isso é verdadeiro. Você e eu processamos coisas, e tudo isso compõe como agimos, o que fazemos—pensar, sentir, fazer.

Bob: Então, como disse a Nancy: posso ler as mentiras e pensar, “Eu não penso assim“. Mas eu sinto dessa maneira… portanto essa é minha crença central.

Robert: Exatamente.

Nancy: Ou eu ajo como se isso fosse o que realmente acredito. Quero dizer, nenhum de nós se declara ateu, mas quantos de nós em uma situação difícil vivem como se realmente não houvesse Deus porque estamos dominados pelo medo.

Acredito que, para nós mulheres, às vezes – e não dá para generalizar – as mentiras podem surgir através das nossas emoções, do que sentimos. E acho, Robert, que enquanto você trabalhava neste livro, parece que para os homens o foco está mais em como eles pensam, no lado racional.

Robert: Sim. E das decisões conscientes que um homem toma—de desobedecer a Deus, de desobedecer ao que ele sabe ser verdade… Vamos voltar ao exemplo do Jardim do Éden. Na verdade, a capa do livro tem uma maçã com duas mordidas, o que foi divertido. Vocês, Dannah e Bob, nos ajudaram com esse design.

Nancy: Porque na capa do livro das mulheres só tem uma mordida.

Robert: Uma mordida—é isso mesmo. Então, tipo, “Quem deu a segunda mordida?”

O que você tem é uma pessoa—neste caso, um homem, Adão. Ele está bem ciente porque Deus falou com ele sobre o fruto. Deus tinha falado com Adão sobre a árvore e o fruto. Então, qualquer coisa que Eva soubesse sobre isso, ela teria aprendido com Adão. Com toda a certeza ele tinha ciência da lei de Deus. Ele sabia como seria se desobedecesse.

Mas de alguma forma, e acho que isso é uma coisa realmente importante para um homem entender—na verdade, para sua esposa também compreender. Ele vai tomar uma decisão de fazer algo que é errado, e lá no fundo de sua mente, ele dirá: “Vou resolver isso. Vou dar um jeito.” Em algum momento vou resolver esse problema que estou criando agora.

 Na verdade, há pouco tempo, sentei com um homem que estragou sua vida de uma maneira dramática, e em nenhum momento ele revelou para mim que não sabia o que estava fazendo quando fez o que fez. Você pensaria: Bem, por que você simplesmente não disse ‘não’? Porque um homem pensa consigo mesmo: Vou resolver.

Na verdade, conto a história de quando Nancy e eu estávamos namorando. Aqui está uma mulher de cinquenta e sete anos—deixe isso penetrar sua mente por um segundo—que viveu solteira, e agora esse homem está entrando em sua vida, e ela está juntando as peças. Nancy é uma pessoa muito ponderada e inteligente. Então ela está pensando: Ok, como vai ser a pia da cozinha? Como vai ser a pia do banheiro? E quanto à manhã e à noite? Ela é uma pessoa que rende à noite—vamos chamá-la de pessoa noturna.

Dannah: Sim, é verdade.

Robert: E eu sou uma pessoa da manhã—uma pessoa da manhã antes do amanhecer na verdade.

Dannah: Deixe-me esclarecer isso. Quando você acorda, isso não é de manhã. Ainda é noite. (risadas)

Robert: Podemos mudar de assunto? (risadas)

Dannah: É tipo muito, muito cedo.

Robert: Mas tivemos que descobrir isso.

Nancy: E eu me perguntando, “Como isso vai funcionar?”

E Robert sempre dizia, “Vamos descobrir.”

Robert: Vamos descobrir.

Nancy: E eu pensando, “Mas como isso vai funcionar?”

Robert: Agora, de certa forma, não há como você saber até acontecer de fato. Então o certo é dizer, “Vamos descobrir.”

Bob: Vocês descobriram?

Robert: Sim. Em alguns casos.

Nancy: Estamos descobrindo.

Robert: Em todo casamento, há coisas perpétuas que você visita toda semana em toda a sua vida como casal. Certo? Elas não desaparecem. Estão lá.

Por exemplo, ontem à noite, eu estava fora da cidade. Liguei para minha esposa, e ela adora fazer FaceTime.

Nancy: Posso contar que horas eram, querido?

Você tinha tido um dia longo.

Robert: Eu tinha tido um dia longo.

Nancy: Mas era tipo, 20h.

Robert: Era mais ou menos isso, eu estava super cansado—oito horas, sete horas à frente.

Nancy: Não fazia sentido fazer FaceTime porque você não conseguia abrir os olhos. (risadas)

Robert: Espere um minuto—isso se tornou uma saga. O que está acontecendo com essa conversa?

Nancy: Mas seu coração estava no lugar certo. Na verdade, eu disse, “Há algo que quero te contar, mas você está tão sonolento.”

E você disse, “Eu vou acordar!” Porque você queria ouvir.

Robert: Sim. Disse isso mesmo!

É algo que você continua trabalhando, porque é improvável que eu me torne uma pessoa noturna. Porém, Nancy vai confirmar o fato de que nos últimos três anos, muitas vezes fiquei acordado até bem tarde com amigos ou algum outro evento. Mas eu disse quando estávamos namorando: “Vamos resolver isso”, e acho que foi uma coisa boa.

Mas, se estou fazendo algo que sei que não deveria fazer, e uso essa desculpa, “Vou resolver isso. Eu vou dar um jeito. Um dia resolvo esse problema que estou criando agora. Quando chegar a hora eu dou um jeito.” Isso pode me meter em sérios problemas.

Eu olho para as vidas dos homens—e não estou julgando. Sou um pecador salvo pela graça. Mas vejo as vidas dos homens, homens proeminentes, pastores, quem quer que seja, líderes cristãos, que destroem completamente suas vidas… e você sabe que eles sabiam o que estavam fazendo.

Então, a primeira parte da mensagem de Mentiras em que os Homens Acreditam é, para os homens, quero que eles acenem enquanto estão lendo e digam, “Sabe de uma coisa? Isso é verdade. Eu não fui enganado sobre essa situação.”

Nancy: O que o apóstolo Paulo diz em 1 Timóteo, capítulo 2: “Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva. E Adão não foi enganado, mas sim a mulher que, tendo sido enganada,  tornou-se transgressora.” Ambos se tornaram transgressores, mas ela acreditou em uma mentira.

Dannah: Ela acreditou em uma mentira. Emocionalmente, ela estava caindo nessa armadilha.

Nancy: Mas o homem fez isso de olhos bem abertos. Satanás é um mentiroso e ele engana homens e mulheres.

Robert: Certo.

Dannah: Posso dizer que foi difícil para mim ler como esposa e como mulher? Eu precisava que você citasse essa Escritura em 1 Timóteo. E também, você fala sobre a vida e o testemunho do apóstolo Paulo, que é muito importante para mim porque você diz que ele enfrentou a mesma batalha que Adão enfrentou no Jardim. Que foi, de acordo com Romanos 7…

Robert: De certa forma, Romanos 7 é um capítulo reconfortante na Bíblia porque eu me identifico com esse cara, o apóstolo Paulo! Ele está dizendo, “As coisas que sei que devo fazer, não faço. As coisas que não devo fazer, essas faço”. Então ele dá o crédito onde é devido: “É o pecado que vive em mim.” Certo?

Mas a consciência do pecado de um homem é sistêmica para quem somos. Acho que é tão útil, será útil para uma esposa, para uma mulher na vida do homem, ler e entender isso. Ela não precisa necessariamente dizer, e nem deve, “Ok, então vá em frente, continue fazendo coisas estúpidas.”

Mas sabendo que o deslize que o marido comete é consciente. E o objetivo final é: Ele pensa que vai dar certo. E a verdade é que muitas, muitas vezes, a esposa precisa intervir e ajudá-lo a entender as consequências da decisão que ele tomou conscientemente.

Bob: Sabe, Robert, foi a primeira vez que ouvi esse ponto sobre Adão e Eva, e já ouvi muitas histórias sobre Adão e Eva. É a coisa principal. Fiquei meio surpreso com isso também, porque não percebia realmente até que ponto homens como eu simplesmente fazem coisas, sabendo que é pecado.

Eu sempre olhava para Adão como sendo um cara passivo. Mas talvez ele não fosse passivo. Talvez ele fosse como você disse: Ele sabia o que estava fazendo e pensava, Vamos resolver isso.

Sempre pensava: “Ahhh, se Eva não tivesse feito isso, Adão não teria pecado.” Mas talvez Adão estava apenas racionalizando… ele sabia que estava errado. Mas mesmo assim fez.

Dannah: Você acredita que Adão estava ali, ao lado dela, ouvindo a conversa entre a serpente e Eva?

Robert: Sim, acredito. Às vezes, é difícil desvendar os cronogramas nas narrativas bíblicas, mas a sequência da conversa sugere isso. E, em geral, os estudiosos concordam que Adão não estava longe da conversa quando Eva foi enganada pela serpente.

Na verdade, isso me lembra Lucas 15. Uma moeda se perdeu por causa da negligência de alguém. Uma ovelha se perdeu porque se afastou. Mas um jovem, um rapaz, foi até seu pai e, cara a cara, disse: “Tchau, estou indo embora”. Foi muito intencional. Não houve nada de enganoso nisso.

E você tem que acreditar que um garoto crescendo em um lar como aquele teria percebido que estava quebrando as regras, mesmo sendo o segundo filho e não recebendo tanto quanto o irmão mais velho na herança. Ele sabia muito bem que estava fazendo algo tolo.

Eu acho que isso poderia fazer os homens reconhecerem que — e isso é super importante — onde eles estão é resultado de suas próprias ações.

Nancy: É interessante quando chegamos ao livro de Romanos, falando do apóstolo Paulo. Ele coloca a responsabilidade totalmente em Adão, mesmo que tenha sido a mulher quem pegou o fruto primeiro. Há a responsabilidade ali, como o chefe daquele lar, e ainda assim, o ponto principal em Romanos é — porque isso poderia ser desanimador para mulheres e homens — “Onde o pecado abundou, a graça superabundou.”

Robert: Isso mesmo.

Nancy: Então, seja “mentiras em que as mulheres acreditam” ou “mentiras em que os homens acreditam”, seja por meio do engano ou simplesmente adiando as consequências, tudo nos leva de volta à verdade: Que é Cristo, que nos liberta e nos livra do cativeiro do pecado e da morte.

Robert: No decorrer de quase meio século, tive o privilégio de compartilhar ensinamentos na Escola Dominical. Embora não tivesse o título de pastor, desempenhava um papel pastoral, orientando e tendo muitas conversas significativas com pessoas, especialmente homens. O que é curioso é que, ao recordar essas interações, percebo que raramente um homem confessava imediatamente quando confrontado com a verdade sobre seu pecado.

Um homem não apenas entra conscientemente no pecado, mas ele também nega conscientemente. Em quase todos os casos, são necessárias mais de uma conversa cara a cara com um homem que diz: “Sabe de uma coisa? Eu sei o que você fez. Ouvi de pessoas que foram testemunhas oculares. Agora, me diga de novo: O que aconteceu? O que você fez? Pode soar como se eu estivesse julgando. Eu não estou. Estou fazendo o meu melhor para ser responsável.” Essa é uma palavra assustadora para muitos homens.

Dannah: Temos a oportunidade de olhar para Gênesis 3, e somos meio que testemunhas, pela palavra escrita, dessa interação entre Adão e Eva e a serpente. Robert, por que o homem não disse nada? Por que ele não fez nada?

Robert: Vai saber! Pode bem ter sido passividade… não sei se é considerado um pecado. Certamente é uma péssima desculpa para os homens viverem como vivem. Novamente, sem me gabar, eu prometo. Mas acho que em uma época em que você pode se entreter com o que está na palma da sua mão, você não precisa iniciar nada. Você pode ser uma pessoa passiva. Você não precisa agir.

Meus ancestrais eram todos fazendeiros. Bem, um fazendeiro não vai ficar sentado esperando alguma coisa. Esses caras estavam ocupados desde cedo até tarde da noite. Eles não eram tentados a serem passivos, nesse sentido, em termos de carreira.

Mas a passividade, eu acho, foi o primeiro erro de Adão.

Na verdade, quando Nancy e eu nos casamos . . . Posso contar essa história?

Nancy: Claro.

Robert: Estávamos planejando nosso casamento, e eu disse: “Sabe, querida?” Seu irmão Mark, que é meu amigo há muito tempo, a acompanhou até a metade do corredor. O pai da Nancy partiu para o céu em 1979, quando a Nancy tinha apenas vinte e um anos, então ele não pôde acompanhá-la até o altar. Eu disse: “Sabe de uma coisa? Eu quero que você pare.” Uau, ainda me arrepia, querida. É precioso. “Quero que você pare na metade do corredor, e eu vou te buscar. Não quero esperar. Não quero ficar parado lá e dizer, ‘Ok, vou ficar aqui passivamente esperando você chegar ao altar. Eu vou te buscar.'”

E isso, de muitas maneiras, é uma metáfora.

Nancy: Que imagem de Cristo.

Dannah: Uau, que lindo.

Robert: Nós o amamos . . . por quê? Porque Ele desceu.

Então, minha esperança é que este livro seja como se eu estivesse tomando um café com o leitor. Eu olho nos olhos dele e digo: “Sua esposa precisa que você dê um passo à frente. Sua esposa quer que você dê um passo à frente. Sua esposa quer que você assuma a liderança.”

Vivemos em uma época, infelizmente, em que os homens entendem mal isso ou o estereótipo disso é incrivelmente infeliz. Mas a maioria das mulheres ama uma liderança amorosa e servil que ainda é humilde, confiante — essas duas palavras juntas: pastoreando.

E então eu diria a um cara, durante um café: “Não tenha medo de dar um passo à frente. Não tenha medo.”

Há pouco tempo, eu estava conversando com um cara que está lutando com isso em seu casamento, e a tentação dele é ser passivo. A tentação dele é não se manifestar. Eu disse a ele: “Pergunte à sua esposa, em particular, se ela sente falta da sua participação nas conversas com as crianças. Pergunte a ela se ela se pergunta o que você está pensando quando não abre seu coração para ela. Pergunte a ela.” E acho que vocês sabem o que ela vai dizer, certo?

Nancy: Sim, querido. Acho que não há dúvida de que todas nós, como mulheres, diríamos: “Isso é o que queremos, e seríamos muito gratas por ter esse tipo de liderança amorosa e contribuição em nossas vidas.”

Amo o seu coração sensível. Sou muito grata por isso.

Bob: Quero dizer que depois de ler o livro, eu quis que minha esposa o lesse. E depois de ler o seu livro, vou ler Mentiras em que as mulheres acreditam porque simplesmente faz todo sentido para nós nos entendermos. Foi realmente esclarecedor para mim ler e pensar: “Sim, quero que Dannah saiba disso, e tenho a sensação de que ela não sabe.”

Dannah : Peça hoje mesmo uma cópia do livro “Mentiras que os homens acreditam, e a verdade que os liberta”. Visite o nosso site avivanossoscoracoes.com e clique na aba “Livros”

Nancy: Vamos retomar essa conversa amanhã com Bob, Dannah, Robert e eu, e, mais uma vez, convide seu marido, para se juntar a nós para essa conversa aqui no Aviva Nossos Corações. Até amanhã!

Raquel: O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.