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O Céu Reina – Ep02: Quando você precisa de coragem (Daniel 1)

Publicadas: abr 02, 2024

Raquel: Você precisa ser lembrada de olhar para sua vida com uma visão mais ampla? Nancy DeMoss Wolgemuth oferece essa perspectiva.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus vê, Deus sabe; Ele está trabalhando. Quando você precisa tomar decisões difíceis, Deus vai te dar os dons, a sabedoria que você precisa nesses momentos.

Raquel: Este é o podcast Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu Reina, na voz de Renata Santos. Sou a Raquel Anderson.

Se alguma vez você enfrentou uma difícil decisão ética, você sabe o quão complicado isso pode ser. Hoje, Nancy vai nos levar à Palavra de Deus para ver onde Daniel e os seus amigos encontraram coragem. Pegue sua Bíblia para seguirmos lendo em Daniel capítulo um. Aqui está Nancy.

Nancy: Tive o grande privilégio, enquanto crescia, do jardim de infância ao ensino médio, de frequentar uma escola cristã. 

Sou muito grata por isso, e também por frequentar igrejas que pregavam a Bíblia, na escola dominical, nos cultos da família- tantas formas em que a Palavra foi imbuída na minha mente e no meu coração enquanto eu crescia.

Mas lembro-me distintamente de uma aula que tive no primeiro ano do ensino médio. Chama-se “Culturas do Mundo”, e o professor era um homem chamado Roy Parmelee. 

Ele também era o treinador de basquete masculino, e os rapazes o chamavam de “Coach” Parm. Naquela aula com o Sr. Parmelee, estudamos a ascensão e queda das nações ao longo da história do mundo.

O Sr. Parmelee, Coach Parm, ajudou-nos a ver que esses eventos mundiais visíveis não eram apenas acontecimentos naturais e terrenos, mas que acima e além e ao redor de tudo o que podíamos ver nos livros de história, havia um Deus invisível, sábio e soberano que supervisionava tudo que estava acontecendo aqui na Terra.

Sou tão grata por aquela aula e pela perspectiva que me deu. Não foi uma perspectiva nova, porque tive pais que desde a minha infância mais tenra me lembravam que Deus é grande, Deus é bom, e podemos confiar nele para escrever a nossa história. Mas ver isso de forma tão vívida naquela aula de cultura mundial foi um marco muito significativo na minha vida.

Abram suas Bíblias no livro de Daniel. Iniciamos esta série chamada “O Céu Reina” ontem, e hoje vamos começar a nossa jornada pelo livro de Daniel. 

Vamos  estudar apenas um capítulo por dia pelo tempo que for preciso para percorrer o livro de Daniel, e estamos à procura de vislumbres de Deus. Estamos à procura de evidências de que o Céu reina.

Por isso, quero encorajar vocês a marcar em suas Bíblias, colocando um pequeno CR na margem quando virem algo que indique que o Céu reina. Vemos todo tipo de coisas acontecendo na terra, mas quais são as evidências, os lembretes, de que Deus está no comando, de que Deus “tem o mundo inteiro nas Suas mãos”?

Vamos ler estes capítulos. Os trechos no livro de Daniel, na maior parte, falam por si mesmos. Vou parar pelo caminho e lançar luz adicional sobre o texto, apenas algumas das percepções que o Senhor tem me mostrado. 

Mais uma vez, quero lembrar que não vamos fazer uma análise profunda do livro de Daniel. Há muitas outras coisas que poderíamos estudar, mas estamos apenas à procura desta visão abrangente de que o Céu reina.

Ó Senhor, oro para que, ao abrirmos a Tua Palavra, Tu abras os nossos olhos, abras os nossos corações, abras a nossa compreensão para ver e saber até ao âmago do nosso ser que o Céu realmente reina. 

Não só governaste nos dias de Daniel, há 2700 anos, mas governas hoje nos nossos dias, e sempre o farás. Louvamos-Te e adoramos-Te em nome de Jesus, amém.

Daniel 1, versículo 1:

“No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia veio a Jerusalém e a sitiou.” 

Isso foi por volta de 605 a.C. Essa invasão já havia sido profetizada anos antes pelo profeta Jeremias. Vamos parar aqui. “No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia veio a Jerusalém e a sitiou.” 

Quero que repare que neste trecho há sempre duas perspectivas.

Tal como o Coach Parm nos ensinou na aula de Culturas do Mundo no primeiro ano do ensino médio, há a visão da Terra. Esta é a realidade visível. São as coisas que podemos ver. São as coisas que podem ser escritas nos livros de história. Essa é uma perspectiva. 

Mas também há sempre a perspectiva do Céu. Isto é o que apenas Deus vê e sabe. E esta perspectiva é tão real. É até mais real do que o que está acontecendo aqui na Terra. É tão real, mas é invisível aos olhos humanos.

Portanto, do ponto de vista da Terra, havia dois reinos: Judá e Babilônia. Havia dois reis: Joaquim, rei de Judá, e Nabucodonosor, rei da Babilônia. Um sobrepujou o outro. O rei Nabucodonosor invadiu e tomou Jerusalém no reino de Judá.

Quando você vê o que está acontecendo aqui na terra, na Bíblia, quando lê um noticiário ou vê as notícias, o Jornal Nacional ou lê um capítulo num livro de história, tudo se trata de coisas que estão acontecendo aqui neste mundo.

Há realidades geopolíticas, existem reis, existem nações. Eles vêm, eles vão. Eles sobem, eles caem. Existem batalhas, existem guerras. Isso acontece o tempo todo no nosso mundo. É disso que as notícias falam – o que está acontecendo aqui na Terra, essa perspectiva.

Vemos isso acontecer não apenas entre nações, mas às vezes entre membros de uma família, colegas de trabalho, amigos ou dentro de diferentes comunidades. 

Será que não temos visto uma cultura polarizada e dividida nos últimos anos – ainda mais nos nossos dias – com a qual podemos relacionar este texto? Existem conflitos. Existem tensões. Existem diferenças. Existem disputas. Essa é a realidade visível.

Então, voltando ao versículo 1: “O rei Nabucodonosor da Babilônia veio a Jerusalém e a sitiou. (Versículo 2: Ele capturou) o rei Joaquim.”

Vou pular para o final do versículo 2 porque quero voltar a outra parte em apenas um minuto. “[Ele capturou] o rei Joaquim… junto com alguns utensílios da casa de Deus. 

Nabucodonosor levou-os para a terra da Babilônia, para a casa do seu deus, e colocou os utensílios na tesouraria do seu deus.”

Aqui temos este rei ímpio, Nabucodonosor, que saqueia Jerusalém, captura a cidade, destrói o templo e leva os seus objetos sagrados para colocar no templo do seu deus pagão. 

Precisamos nos lembrar que isso foi uma tragédia humilhante e devastadora para os judeus

Com certeza, esta não é a história que o povo de Deus teria desejado para a sua nação, para a sua cidade santa e para o templo onde a presença de Deus habitava. 

Dizer que o povo de Deus estava enrascado seria um eufemismo.

Mas… aqui está o que encoraja os nossos corações ao lermos este trecho: percebemos que Deus não estava ausente da cena.

Acabamos de ver a perspectiva terrena visível. Mas fiquem no versículo 2. Agora vemos a realidade oculta e invisível. No versículo 2,

“E o Senhor  [Adonai – é um nome de Deus que mencionamos ontem] entregou Joaquim, rei de Judá, nas suas mãos [nas mãos de Nabucodonosor].”

Não é isso que as notícias da época diziam. Não é isso que está registrado nos livros de história. Eles diziam que o rei Nabucodonosor fez isso. Mas a Bíblia diz que o Senhor entregou o rei Joaquim de Judá a Nabucodonosor. O Céu reina.

Quem entregou o Rei de Judá ao Rei da Babilônia? Quem fez isso? Deus fez isso! O Senhor fez isso! 

Do ponto de vista dos judeus, parecia que era Nabucodonosor que estava fazendo isso. E, de fato, ele estava, mas ele não era a causa final. 

Ele era apenas o instrumento que Deus usou para cumprir os Seus propósitos para o povo de Judá. Deus fez isso.

Parecia que o rei Nabucodonosor estava ditando as regras. Mas se os judeus pudessem ver o que estava acontecendo da perspectiva do Céu, teriam percebido que Nabucodonosor não estava, em última instância, no comando. Deus estava. 

Deus é soberano sobre nações e reis. Ele está sempre trabalhando nos Seus propósitos neste mundo para a glória do Seu nome.

Neste caso, havia múltiplos propósitos. Um, claramente, vemos no livro de Daniel, Deus queria se revelar ao rei babilônico que não acreditava nele. 

O rei tinha o seu próprio deus – os seus próprios deuses. Deus queria tornar-Se conhecido por Nabucodonosor – e isso acontecerá no livro de Daniel.

Mas Deus também estava disciplinando o Seu povo que tinha afirmado que Ele era o seu Deus, mas o tinham  abandonado

O saque do templo às mãos de Nabucodonosor apenas simbolizava o que já tinha acontecido nos corações do povo de Deus. Eles tinham seguido outros deuses. Por que deveriam importar-se quando os utensílios do seu templo foram entregues a esses outros deuses falsos?

Vemos que Deus é soberano sobre governantes, sobre nações, sobre assuntos geopolíticos no nosso mundo. Essa é a imagem macro. Essa é a imagem geral. Deus é grande. Deus está no comando de tudo.

Mas eu amo o que vemos no livro de Daniel também, que Deus é soberano sobre os eventos, acontecimentos e detalhes nas nossas vidas individuais. Essa é imagem micro

É verdade mesmo quando o roteiro se desenrola de maneira muito diferente do que teríamos escrito se a caneta estivesse nas nossas mãos.

Olhem para o versículo 3, Daniel, capítulo 1:

“Então o rei [Nabucodonosor] ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza; 

jovens [os comentaristas acreditam que tinham talvez catorze anos – jovens adolescentes,homens jovens]  sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios. 

O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho da própria mesa do rei. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir o rei.” (versos 3-5)

Nabucodonosor então convoca alguns dos melhores jovens de Israel para servirem em seu palácio. Eles eram brilhantes. Eles eram talentosos. Eles eram bonitos. Eles eram fortes. Eles eram saudáveis. Eles eram de origem aristocrática. 

Ele os colocou em um programa de treinamento intensivo de três anos (um MBA na Babilônia). Ele lhes forneceu a melhor comida e bebida possíveis, tudo em preparação para servi-lo no império babilônico.

Pensemos um pouco sobre isso. Deve ter sido algo empolgante para esses jovens serem elevados e honrados dessa forma. Eles eram brilhantes. Eles eram talentosos. Eles eram bonitos. Eram fortes. Eram saudáveis. Eram de origens aristocráticas. 

Pensem sobre isso, deve ter sido algo inebriante para esses jovens serem elevados e honrados dessa forma. Acho que para muitos e talvez para a maioria dos jovens hebreus – não eram apenas quatro; houve outros – eles consideraram a oportunidade dessa carreira brilhante que estavam ingressando. 

Talvez isso tenha diminuído qualquer sensação de perda que pudessem ter sentido ao serem levados de sua terra natal.

Mas não foi assim para Daniel e os seus três amigos. Estes quatro jovens se destacaram por serem diferentes. Olhem para o versículo 6:

“Entre esses [entre todos esses homens capazes e talentosos],   estavam alguns que vieram de Judá: DanielHananiasMisael e Azarias  O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego.”

O que ele estava fazendo? Ele estava tentando assimilar esses homens na cultura babilônica. “Deixem sua terra natal, seu legado, sua história, suas culturas. Deixem tudo para trás. Há um novo xerife na cidade. É um novo dia. E vocês agora vão tornar-se babilônios.”

Então, os nomes hebraicos que trouxeram consigo, que lhes foram dados ao nascer, cada um desses nomes refletia a sua fé no Deus dos hebreus. Vejam, dois deles terminam com as letras “el” – Daniel, Misael – isso é El, Deus, Elohim. Isso é uma referência ao Deus de Israel. 

Os nomes dos outros dois terminam com “as” – Hananias e Azarias – isso está relacionado com Jeová, Yahweh. Estes eram nomes que refletiam a fé dos seus pais no Deus de Israel.

Então, os servos do rei disseram: “Nada do Deus de Israel para vocês.” Os nomes que lhes deram, os novos nomes, estavam todos ligados aos deuses babilónios. 

Beltesazar – Bel era um dos deuses da Babilônia que Nabucodonosor adorava. Então, eles estavam sendo informados: 

“Vocês vão mudar. Toda a sua cultura vai mudar. Toda a sua vida vai mudar. Vocês vão ser reprogramados para pensar como babilônios e adorar como babilônios.”

O que parecia ser um processo de seleção aleatório, tipo loteria, na verdade não tinha nada de aleatório. Era a mão de Deus, a intervenção de Deus em nome de Daniel e dos seus amigos.

À medida que pensava sobre isso, percebi que também era a maneira de Deus levantar uma testemunha nesta terra pagã nos níveis mais elevados. Deus escolheu estes homens. Eles pensavam que tinham sido escolhidos pelo rei, mas na verdade foi Deus que os escolheu.

Estes quatro homens, como veremos ao longo do livro de Daniel, destacaram-se pela sua lealdade à sua herança, pela sua coragem em permanecerem fiéis ao seu Deus – mesmo quando isso exigia que se opusessem às ordens do rei da Babilônia. 

Eles estavam dispostos a nadar contra a corrente. Foram motivados pela devoção ao seu Deus, o Altíssimo. Nunca O esqueceram. 

Bel não é o deus mais elevado. Jeová, Elohim, Adonai, Ele é o Deus Altíssimo. E a sua lealdade suprema era para com Ele, acima de qualquer autoridade terrena.

O versículo 8 nos diz que:

Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles.”

O fato de o Céu reinar não significa que podemos simplesmente relaxar e viver vidas descuidadas e indulgentes. Daniel tinha uma responsabilidade aqui, e ele a assumiu. Ele determinou que não se contaminaria.

Assim, à medida que ele fazia essas resoluções, e os seus três amigos juntamente com ele, vemos a mão de Deus protegendo-o, guiando-o, e aos seus amigos também, enquanto navegavam pelos desafios e as complexidades de viver neste mundo pecaminoso e caído. 

Eles teriam de tomar algumas decisões difíceis. Iriam ser colocados em situações difíceis. Como fariam isso?

Bem, vejam a mão sobrenatural de Deus! Aqui está outro vislumbre de que “O Céu reina” no versículo 9 de Daniel 1:

E Deus fez com que o homem fosse bondoso para com Daniel e tivesse simpatia por ele.”

No meio das exigências do rei, aqui está um homem que olha com favor para Daniel e seus amigos. Por quê? Porque Deus o fez fazer isso. Deus o moveu.

Deus moverá o céu e a terra e fará o que for necessário para atender às suas necessidades quando Ele souber que você precisa de proteção ou direção. 

Mas você tem que escolher permanecer firme, ser corajosa, ser leal a Deus, ser devota a Ele. Depois, verá Deus fazer o que for necessário para atender às suas necessidades naquela situação.

O mesmo Deus que entregou Judá ao Rei da Babilônia também estava trabalhando nos detalhes da vida de Daniel… primeiro dando ao seu supervisor uma atitude bondosa para com ele e tornando-o aberto ao apelo de Daniel.

O que nos diz Provérbios 21, versículo 1? “O coração do rei está na mão do Senhor.” 

Mesmo reis que não reconhecem a Deus, reis que resistem a Deus, reis que odeiam a Deus, reis que adoram deuses estrangeiros e falsos deuses, o coração desse rei está na mão de Deus, e Deus move o seu coração como as correntes de água, da maneira que Deus quiser.

Nabucodonosor não estava no comando. O “fulano de tal” não está no comando. Você pode colocar o nome de qualquer outro rei, governante, presidente ou chefe no seu local de trabalho ou no governo do seu país, você pode colocar o nome deles no lugar do “fulano de tal”. Eles não estão no comando. Deus está no comando.

Mesmo assim, o fato de Deus estar no comando e ter mudado o coração do seu supervisor a vida de Daniel não foi nada fácil. Nem tudo se encaixou imediatamente. Olhem para o versículo 10:

Apesar disso, ele [aquele supervisor] disse a Daniel: “Tenho medo do rei, o meu senhor [Nabucodonosor]., que determinou a comida e a bebida de vocês. E se ele os achar menos saudáveis que os outros jovens da mesma idade? O rei poderia pedir a minha cabeça por causa de vocês.”

Daniel disse então ao homem que o chefe dos oficiais tinha encarregado de cuidar dele e de Hananias, Misael e Azarias:

“Peço-lhe que faça uma experiência com os seus servos durante dez dias: Não nos dê nada além de vegetais para comer e água para beber. Depois compare a nossa aparência com a dos jovens que comem a comida do rei, e trate os seus servos de acordo com o que você concluir”. Ele concordou e fez a experiência com eles durante dez dias. (versos 10-14)

Por que você acha que o supervisor concordou com isso, sabendo que sua vida poderia estar em jogo? Claro, ele sentia simpatia por Daniel e seus amigos, mas tinha medo de que o rei o matasse se isso não desse certo. Por que ele concordou com isso? 

Porque o Céu reina O coração do rei está nas mãos do Senhor. O coração deste servo estava nas mãos do Senhor. Então, ele concordou com isso.

Você pode confiar em Deus para escrever a sua história, certo? Deus está sempre trabalhando.

Bom, o versículo 15 nos diz que,

“Passados os dez dias eles pareciam mais saudáveis e mais fortes do que todos os jovens que comiam a comida da mesa do rei. Assim o encarregado tirou a comida especial e o vinho que haviam sido designados e em lugar disso lhes dava vegetais.” (versos 15-16)

Há muito mais que poderíamos dizer sobre Daniel e seus amigos, e talvez um dia faremos uma série sobre isso, mas quero que você veja aqui que Deus honrou a coragem desses jovens. 

Deus agiu em favor deles de tal maneira que suas consciências pudessem estar limpas diante de seu Deus e os objetivos do rei pudessem ser cumpridos.

A cada passo do caminho, à medida que a história se desenrolava, Deus estava com eles. Deus estava escrevendo a história deles. Deus os equipou e capacitou para esta missão como jovens hebreus transportados, transplantados para a Babilônia e servindo sob um rei pagão.

Olhe para o versículo 17 – aqui está outro avistamento de Deus, outro “O Céu reina”:

“A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência.” 

É importante saber que não foi a dieta a razão pelo que isso aconteceu. Comida saudável fará com que você pense com mais clareza. Mas é Deus. 

Está claro nessa passagem que Deus lhes deu conhecimento e entendimento da cultura e da ciência.  “Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos.” (v. 17)

O Céu reina! Marque isso na sua Bíblia. Deus fez isso! Deus deu a Daniel e seus amigos esses dons para um propósito. Eles enfrentariam situações em que precisariam dessas habilidades, dessa sabedoria incomum, dessa capacidade de entender visões e sonhos de todos os tipos. Veremos isso no próximo capítulo.

A providência de Deus é o que vai adiante de nós. Ele faz provisão para o que está à nossa frente. Deus sabia do que eles precisariam antes mesmo deles saberem, antes mesmo de chegarem lá. “Pro” – antes. “visão” – para ver. 

A providência de Deus – Ele vê. Ele sabe. Ele está orquestrando tudo o que está por vir, e Ele faz provisão para você antes mesmo de você chegar lá.

Você pode contar com Deus para dar-lhe o que você precisará para oportunidades, circunstâncias e desafios que estão à sua frente e que você nem consegue começar a ver neste momento – mas Deus vê. 

Deus sabe o que vai acontecer com a sua saúde, com a sua família, com as suas finanças, com o seu emprego, com este país, com este mundo e tudo o que está acontecendo neste mundo, Deus vê e Deus sabe. Ele está trabalhando.

Quando você precisar tomar algumas decisões e precisar fazer algumas escolhas difíceis, Deus vai te dar os dons, a sabedoria de que você precisa e que você precisará naqueles momentos – Ele já deu.

Olhe para o versículo 18 em Daniel, capítulo 1:

“Ao final do tempo estabelecido pelo rei para que os jovens fossem trazidos à sua presença, o chefe dos oficiais os apresentou a Nabucodonosor. O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir o rei. 

O rei lhes fez perguntas sobre todos os assuntos nos quais se exigia sabedoria e conhecimento, e descobriu que eram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores de todo o seu reino.” (versos 18-20)

Esses são jovens que ainda estão na adolescência, e eles são dez vezes mais sábios, mais inteligentes, mais capazes e têm melhores respostas do que os caras que passaram a vida toda estudando para fazer todas essas coisas. 

Por quê? Porque Deus lhes deu conhecimento e entendimento. O Céu reina.

Daniel permaneceu ali até o primeiro ano do rei Ciro, o rei da Pérsia. (v. 21)

Portanto, desde o momento em que Daniel e seus amigos foram levados de Judá para a Babilônia até o momento em que o texto se refere ao reinado do rei Ciro, passaram-se quase setenta anos – desde que ele era um adolescente até o momento em que este texto se refere ao reinado do rei Ciro.

Durante esses anos, reis e reinos surgiram e caíram, e Daniel superou a todos eles. Daniel serviu fiel e eficazmente em um ambiente pagão porque Deus foi fiel a ele.

  • Deus providenciou.
  • Deus protegeu.
  • Deus dirigiu.
  • Deus sustentou.
  • Deus livrou seus amigos da fornalha ardente, sobre a qual vamos ler.
  • Deus fechou a boca de leões famintos.

Daniel e seus amigos foram invencíveis pelo tempo que Deus quis mantê-los aqui na Terra e usá-los. Os reis não eram invencíveis. Deus os tirava de cena quando era hora deles partirem. Mas Deus manteve Daniel e seus amigos servindo neste lugar influente, representando Jeová, o Deus dos céus e da terra.

Foi Deus quem dotou Daniel e seus amigos com conhecimento superior, entendimento e habilidades. Foi Deus quem os elevou a posições de influência – não para benefício próprio, não para que pudessem se vangloriar, mas como parte da história maior que Deus estava escrevendo nas vidas de Seu povo e nas vidas desses reis sob os quais Daniel serviu e nos eventos mundiais que estavam por vir. O Céu reina!

Deus se move. Ele move reis. Ele move circunstâncias. Ele age em nossas vidas, muitas vezes de maneiras misteriosas, invisíveis e incompreensíveis, sempre trabalhando para cumprir Seus propósitos em nós e através de nós em nosso mundo. O Céu reina.

Voltando para aquela aula de Culturas Mundiais do primeiro ano do ensino médio, aquele foi um ano significativo para mim. Mesmo enquanto estava sentada naquela aula como uma adolescente ouvindo do Coach Parm sobre como Deus governa, Deus reina, Deus é soberano sobre reis e eventos. 

Estudamos as guerras mundiais e diferentes ascensões e quedas de diferentes reinos e nações – mas ele continuava nos lembrando que O Céu reina, que Deus estava escrevendo uma história que aa pessoas não podiam ver e não sabiam.

Bem, foi isso que estava acontecendo na escola em minha vida naquele ano, mas também havia outras coisas acontecendo em minha vida. 

Uma noite antes do início das aulas, em setembro do meu décimo ano, nossa casa pegou fogo durante a noite. Todas as vidas foram poupadas. Todos nós saímos. Tivemos que deixar aquela casa. Fomos enviados para viver em diferentes casas ao longo dos meses seguintes enquanto colocávamos as coisas em ordem.

No final daquele ano letivo, minha mãe passou por uma cirurgia para retirar um tumor cerebral que ameaçava sua vida. 

E ao longo daquele ano, os negócios do meu pai estavam sob um enorme ataque. Estava sendo ameaçado, e ele quase perdeu totalmente a empresa que havia passado anos construindo. Sua empresa havia sido muito bem-sucedida. Durante aquele ano, sua empresa perdeu dinheiro de forma constante.

Então, havia muita coisa acontecendo em nossa família naquele ano. Eu estava sentada em uma aula de Culturas Mundiais do décimo ano, aprendendo que O Céu reina – O Céu governa. 

Sou a mais velha de sete filhos e eu estava vivendo em uma casa com pais que, independentemente do que estava acontecendo em nossas vidas, estavam constantemente nos lembrando: Deus sabe o que está fazendo. Deus é bom. Deus é fiel. Deus é confiável. O Céu reina.

Eu digo a você: eu sabia disso teologicamente antes de chegar ao primeiro ano do ensino médio, porque isso havia sido gravado em mim desde que eu era muito, muito pequena. 

Mas eu aprendi de uma nova maneira naquele ano. Olho para o primeiro ano do ensino médio de Culturas Mundiais, todas as experiências de vida daquele ano, e vejo que isso cravou uma âncora em meu coração que nunca me decepcionou, nunca se moveu, nunca me deixou em todas as mudanças, desafios, loucuras e perplexidades de viver a vida neste mundo ao longo das décadas desde então.

Estou aqui para dizer a você: o que aprendi naquele ano e ainda acredito do fundo do meu ser – O Céu reina. O Céu reina.

Quero te dizer: isso não é uma filisofia banal. Isso não é uma produto descartável. Não é um clichê. Não é um chavão. 

Isso é algo enorme! E isso, minha amiga, é o que ancorará o seu coração quando você estiver sendo lançada e jogada nas tempestades da vida. O Céu reina.

Raquel: Quando seu filho parte seu coração. Quando você acaba de perder seu emprego. Quando seu casamento está desmoronando. Quando os cristãos estão sendo torturados e mortos simplesmente por seguir Jesus. Quando as economias desabam. Quando os resultados da biópsia voltam positivos. 

Nessas horas, nossos corações realmente precisam estar ancorados na soberania de Deus.

Nancy DeMoss Wolgemuth estará de volta para orar.

Não deixe de adquirir o livro de Nancy, O Céu Reina, ele vai ajudar você a se concentrar na verdade de que Deus está no Seu trono e Ele tem um plano. Estamos muito animadas para compartilhar este novo livro com você! Para obter uma cópia do livro, visite o nosso site www.avivanossoscoracoes.com e clique na aba livros.

O Céu Reina! Por que estamos focando tanto nesse tema? Porque é fácil ficarmos com medo e ansiosas. Então, lembre-se de que você sempre pode levar seus medos a Deus..

Você já se sentiu desanimada com as ações dos governantes? Em um ambiente altamente politizado, é fácil ver as escolhas feitas pelos funcionários do governo e pensar: É desesperador! 

Amanhã, no Aviva Nossos Corações, Nancy nos mostrará a partir de Daniel capítulo 2 o quanto essa maneira de pensar realmente está longe da verdade. Agora, vamos orar com ela.

Nancy: Obrigado, Pai, por esta doce segurança, bendita segurança: O Céu reina. Nós te adoramos. Nós te louvamos. 

Porque mesmo quando não podemos ver, não podemos sentir, não temos certeza do que está por vir, Tu sabes. Tu estás adiante. Já fizeste a provisão. Tu estás nos equipando e nos preparando com tudo que iremos precisar.

Então, nós descansamos. Nós nos inclinamos fortemente na direção da Tua providência. Nós respiramos profundamente. Nossos corações estão elevados, fortalecidos, sustentados e encorajados. Estamos alegres no meio das provações, pacientes na aflição, regozijando-nos na esperança porque O Céu reina. Amém.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.