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O Céu Reina – Ep11: Quando você não consegue ver o que Deus está fazendo (Daniel 10)

Publicadas: abr 15, 2024

Raquel: Hoje, Nancy DeMoss Wolgemuth quer nos fazer uma pergunta desafiadora.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Se Deus enviasse respostas à terra por causa das minhas orações, que diferença isso faria? Faria alguma diferença? 

E o que Deus pode não estar fazendo em meu mundo e em nosso mundo porque não estamos orando? Deus está agindo neste mundo por causa das minhas orações, por causa das suas orações?

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “O Céu Reina“, na voz de Renata Santos.

Mesmo quando não podemos ver o que Deus está fazendo, Ele está sempre agindo. Nancy nos dará um vislumbre das forças que estão ativas e que não podemos ver – das batalhas que acontecem no reino espiritual e do plano eterno que Deus tem para o Seu povo. Ela tem nos guiado por algumas partes importantes do livro de Daniel na série “O Céu Reina”. Se você perdeu algum dos episódios anteriores, visite o nosso site www.avivanossoscoracoes.com e lá você terá acesso a todos os episódios anteriores desta série. Você também pode baixar o aplicativo do “Revive Our Hearts” e clicar no Aviva Nossos Corações em Português, assim terá fácil acesso a todos os episódios. Aqui está Nancy.

Nancy: Recebi uma mensagem de texto de uma amiga um tempo atrás a respeito de um processo judicial como resultado de um terrível acidente que ocorreu em sua propriedade. Ela disse o seguinte na mensagem:

“Tem sido surreal. Na providência de Deus, podemos ver Sua mão (o reino celestial) em muitos detalhes, apesar do que está ocorrendo no reino terreno. Felizmente, temos uma estrutura e uma teologia para o que estamos passando.”

Qual é essa estrutura? Qual é essa teologia? 

“Deus está em Seu trono; o Céu reina!” 

O Céu reina, Deus está em Seu trono.

Quando dizemos que o Céu reina, estamos dizendo que Deus reina. Deus está no comando. 

Sua mão está sempre trabalhando no reino celestial nas circunstâncias que vemos neste reino terreno. Se não tivermos essa estrutura, se não tivermos essa teologia, não conseguiremos passar pelas coisas difíceis desta vida. 

Essa é a perspectiva: o Céu reina; Deus está em Seu trono. Oro para que a esperança inabalável firme o seu coração ao longo desta série em Daniel.

Hoje, vamos dar uma olhada por trás da cortina do que está acontecendo no reino celestial. Quando as coisas no reino terreno parecem fora de controle e insuportáveis, precisamos levantar nossos olhos. 

Deus não nos mostra muito, mas Ele nos mostra o suficiente para nos encorajar, dar-nos coragem, esperança e uma nova perspectiva para enfrentar nossas circunstâncias nesta terra.

Na segunda metade do livro de Daniel, Daniel tem quatro visões que lhe são dadas sobre coisas futuras. Os últimos três capítulos do livro – capítulos dez, onze e doze – na verdade formam uma unidade. 

Tem sido útil ler esses três capítulos juntos. Vamos analisar apenas o capítulo dez hoje; no próximo episódio, vamos analisar o capítulo onze. 

Mas entenda os capítulos dez a doze como uma unidade, e essa unidade inclui a quarta e última visão que Daniel recebeu.

Analisando o capítulo dez, veremos que o cenário está preparado para uma visão profética detalhada que se desdobrará nos capítulos onze e doze. 

Essa visão profética abrange um período de tempo desde a era de Daniel até o retorno de Cristo. Não vamos nos deter nos detalhes. 

Gostaria que para cada um desses capítulos tivéssemos uma semana, duas semanas ou um mês para falar sobre cada um deles, mas quero lhe dar uma visão geral. 

O que estamos procurando são evidências e lembretes de que… o quê? O Céu reina!

O versículo 1 nos dá a visão histórica de abertura.

Senhor, enquanto abrimos a Sua Palavra, oro para que nos dê entendimento, que nos dê ouvidos para ouvir e corações para receber o que o Senhor tem para nós em Sua incrível Palavra. Eu oro em nome de Jesus, amém.

(Daniel 10:1) “No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia (isso é por volta de 534 a.C.)Daniel, chamado Beltessazar, recebeu uma revelação.” 

Lembre-se que quando Daniel foi sequestrado de sua terra natal e levado cativo, ele tinha cerca de quatorze anos. Agora, ele é um homem idoso, com cerca de oitenta e seis anos. 

Ele e os exilados judeus viveram e serviram sob quatro reis pagãos: Nabucodonosor e Belsazar (reis da Babilônia), Dario dos medos e agora Ciro, rei da Pérsia. 

É o terceiro ano do reinado do rei Ciro, mas no primeiro ano do seu reinado ele havia decretado que os judeus poderiam retornar à sua terra natal. Daniel ficou na Babilônia enquanto muitos outros voltaram para Jerusalém, para Judá.

Aqueles que haviam retornado à sua terra natal fizeram esforços iniciais para reconstruir o templo e restaurar a cidade de Jerusalém, mas enfrentaram uma intensa oposição, o que fez com que o trabalho parasse. 

Então o povo de Deus de volta à terra natal, centenas de milhas de distância, estava cansado e desanimado.

E o versículo 1 continua dizendo:

“A mensagem era verdadeira e falava de uma grande guerra[a]. Na visão que teve, ele entendeu a mensagem.”

Não deixe que isso a desanime quando você pensar: Gente, eu não consigo entender isso. Não consigo fazer sentido disso, porque em outras partes do livro diz que Daniel disse: “Eu não entendo isso.” 

Então, às vezes ele entendia, às vezes não, mas você continua insistindo e dizendo: “Senhor, mostre-me, me ajude a entender o que preciso entender para servi-Lo fielmente onde o Senhor me colocou.”

A mensagem revelada a Daniel era verdadeira, mas tratava de um grande conflito. A Palavra de Deus, cada palavra dela, é verdadeira. Ele faz promessas incríveis e maravilhosas que nos confortam e nos encorajam. 

Mas as Escrituras não ignoram a realidade de que, enquanto vivermos em um mundo pecaminoso e caído, estaremos em uma batalha. A palavra era verdadeira e tratava de um grande conflito.

A visão dada a Daniel revela que as dificuldades enfrentadas pelo povo de Deus na Terra espelhavam ou refletiam um conflito maior que ocorria no invisível reino celestial. Isso ainda é verdade hoje. 

À nossa volta, vemos conflitos ocorrendo aqui na terra; batalhas entre o bem e o mal, entre a verdade e as mentiras, entre o povo de Deus e aqueles que se opõem a Deus. 

Mas é importante perceber que todas essas coisas que acontecem aqui embaixo refletem um conflito espiritual maior que está ocorrendo no invisível  reino celestial.

Vamos entrar em muito mistério aqui, então não vou afirmar que sei tudo o que há para saber ou mesmo grande parte do que há para saber sobre isso. 

Quero apenas nos dar um vislumbre do fato de que o que está acontecendo aqui embaixo reflete o que está acontecendo lá em cima.

Aqui embaixo, a maior parte do tempo, as forças do mal parecem estar vencendo. Certo? Mas tomamos coragem e perseveramos com esperança porque sabemos que o sucesso dos inimigos de Deus aqui na terra é passageiro.

Quando dizemos “passageiro”, você pensa que deveria terminar na próxima semana. Não, passageiro pode significar 500 anos. Isso não é muito tempo para o Deus da eternidade. 

Mas o sucesso dos inimigos de Deus é passageiro. O que sabemos é que Deus terá a última palavra. Ele triunfará sobre todo inimigo e reinará para sempre sem rival. 

O que sabemos é que o Céu reina, não importa o que vemos acontecer aqui na Terra.

 (vv. 2-3) “Naquela ocasião eu, Daniel, passei três semanas chorando. Não comi nada saboroso; carne e vinho nem provei; e não usei nenhuma essência aromática, até se passarem as três semanas.”

Daniel carregava um fardo pesado por seu povo aflito e por Jerusalém, a cidade santa de Deus, que ainda estava em ruínas. Daniel passou três semanas em luto e em oração fervorosa.

Você já esteve sobrecarregada com algo dessa maneira, algo que você sabe que não está como deveria, algo que está quebrando seu coração, algo que você sabe que está quebrando o coração de Deus? 

Quando o seu coração está em sintonia com o coração de Deus, não pode continuar com seus ritmos de vida comuns. Você não sente vontade de festejar; sente-se compelida a orar. Isso aconteceu com Daniel. 

Para Daniel, essas três semanas foram um prelúdio para uma visão maior que Deus queria dar a ele da glória de Deus, do poder de Deus e do plano de Deus.

Às vezes, eu me pergunto o que teria acontecido se Daniel tivesse desistido de orar antes do final dessas três semanas. Ele teria visto a mesma visão gloriosa? Eu não sei. Veja os versículos quatro a seis:

“No vigésimo quarto dia do primeiro mês, estava eu em pé junto à margem de um grande rio, o Tigre. 

Olhei para cima, e diante de mim estava um homem vestido de linho, com um cinto de ouro puríssimo na cintura. 

Seu corpo era como berilo, o rosto como relâmpago, os olhos como tochas acesas, os braços e pernas como o reflexo do bronze polido, e a sua voz era como o som de uma multidão.” (vv. 4-6)

Essa descrição soa familiar? Soa muito parecida com a descrição que foi dada do Cristo ressuscitado e reinante que o apóstolo João viu quando estava no exílio (como Daniel) na ilha de Patmos. 

Em Apocalipse 1, ele teve essa visão de Cristo, e acho provável que a visão que Daniel tem aqui seja uma visita pré-encarnada de Cristo – uma teofania, os teólogos dizem. Uma figura gloriosa.

(vv. 7-9) “Somente eu, Daniel, tive a visão; os que me acompanhavam nada viram, mas foram tomados de tanto pavor que fugiram e se esconderam. 

Assim fiquei sozinho, olhando para aquela grande visão; fiquei sem forças, muito pálido, e quase desfaleci. 

Então eu o ouvi falando e, ao ouvi-lo, caí prostrado, rosto em terra, e perdi os sentidos.” 

Por mais piedoso que Daniel fosse, na presença da majestade e da glória de Deus, ele caiu de rosto, aterrorizado, sem palavras. 

Ao longo das Escrituras, sempre que as pessoas encontraram Deus, tiveram uma reação semelhante. 

Ficavam estarrecidos com um sentimento de indignidade e pequenez diante deste grande Deus. 

Com certeza, eles não ficaram lá e continuaram a falar sem parar. Os humanos têm consciência de sua vulnerabilidade ao serem confrontados com a presença divina. 

Eles ficam espantados, são ofuscados pela grandeza, esplendor e santidade de Deus.

Se a visão de Cristo e Sua glória teve esse tipo de efeito sobre Daniel, esse servo maduro, piedoso e fiel ao Senhor, como você acha que seria se realmente contemplássemos a glória de Cristo ressuscitado e reinante? 

Um dia poderemos contemplar, certo? Isso nos dá um gostinho disso.

Versículo dez: “Em seguida, a mão de alguém tocou em mim…” 

Ao juntar todos esses trechos, parece que isso pode ter sido Gabriel, que abordou Daniel com uma linguagem semelhante no capítulo 9.

(vv. 10-11)

“…e me pôs sobre as minhas mãos e os meus joelhos vacilantes. E ele disse: “Daniel, você é muito amado.” (Lembre-se disso!) 

Preste bem atenção ao que vou lhe falar; levante-se, pois eu fui enviado a você”. Quando ele me disse isso, pus-me em pé, tremendo.” 

Aqui está Daniel na presença de Cristo, com esse anjo vindo falar com ele, tremendo e se encurvando. 

A presença de Deus causa terror em homens finitos e pecadores; mas para nós que estamos em Cristo, que pertencemos a Deus, a presença de Deus também nos fala de paz

A graça nos liberta do medo. Então Daniel estava tremendo e se encurvando, mas também era amado por Deus. Outra tradução diz: “Daniel, você é um homem precioso para Deus.” 

Escute, os servos de Deus podem ser desvalorizados e rejeitados aqui na Terra, mas são preciosos, muito amados por seu Deus. 

Primeira Pedro 2.4 nos diz que Jesus foi “a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele.” 

Você pode ser rejeitada pelos homens, mas Deus a escolheu. Você é preciosa para Ele. Assim como o anjo disse: “Daniel, você é um homem precioso para Deus”.

Ouvimos Deus dizer: “João, você é um homem precioso para Deus. Ana, você é uma mulher preciosa para Deus.” Isso é quem você é, mesmo enquanto treme diante Dele. Tremendo e precioso.

“E ele prosseguiu (v. 12): ‘Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas.’” 

Quero fazer duas observações sobre esse versículo. Primeiro, o fato de que o Céu reina não significa que Deus seja impessoal, distante, desinteressado ou insensível às nossas preocupações e nossas orações. 

Embora Ele seja soberano, poderoso, glorioso e grandioso, Deus ouve e responde às orações e aos clamores de Seu povo. 

Isso não é demais? Assim como uma mãe responde ao choro de seu bebê indefeso e pequenino, o grande Deus ouve e responde aos clamores de Seus filhos.

Tenho me feito esta pergunta enquanto meditava neste trecho. Se Deus enviasse respostas à terra por causa das minhas orações, que diferença isso faria? Faria alguma diferença? 

E o que Deus pode não estar fazendo em meu mundo e em nosso mundo porque não estamos orando? 

Ele disse: “Suas orações foram ouvidas. Eu vim por causa de suas orações.” Será que Deus está agindo neste mundo por causa das minhas orações, por causa das suas orações?

Em segundo lugar, Daniel estava orando fervorosamente por três semanas. Como ele tinha sido informado na visão do capítulo 9, mais uma vez, ele soube que suas orações tinham sido ouvidas desde o primeiro dia em que começou a orar. 

Um anjo foi enviado com a resposta de Deus quando Daniel começou a orar, mas por esses vinte e um dias, Daniel não viu nenhuma evidência de que algo estava acontecendo! 

Por que a resposta não veio imediatamente se Deus enviou a resposta imediatamente? Demorou vinte e um dias para que esse anjo chegasse do céu à Terra? Não! Não há distância, nem tempo entre o céu e a Terra. Então, por que a resposta foi adiada?

Por que as respostas às nossas orações urgentes às vezes são adiadas? Por que às vezes parece que Deus não está ouvindo nossas orações, que Ele não está respondendo às nossas orações?

No versículo 13, o anjo diz a Daniel:

“… eu vim em resposta a elas (as orações de Daniel). Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias.”

Aqui entramos em um mistério, mas deixe-me ajudar a desvendá-lo um pouco. Este príncipe não é um governante humano; em vez disso, este é um ser espiritual de alto escalão que exercia poder e influência sobre o poderoso império persa, o príncipe do reino da Pérsia. 

Este capítulo parece sugerir que existem demônios poderosos, anjos caídos, mensageiros de Satanás que estão ligados aos impérios mundiais, aos governantes, aos governos aqui na terra. 

Esses mensageiros invisíveis de Satanás trabalham de maneira invisível por trás de muitos desenvolvimentos políticos e sociais aqui na terra, e estão sempre tentando sabotar o domínio de Deus e prejudicar o povo de Deus. 

“O príncipe do reino da Pérsia (esse ser demoníaco) se opôs a mim por vinte e um dias.”

Efésios 6:12 nos lembra que “a nossa luta não é contra seres humanos” – não são presidentes e reis humanos e poderes e regulamentações humanas – “mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” 

Essa é a nossa batalha.

Este espírito maligno sobre a Pérsia havia tentado impedir que o mensageiro angelical de Daniel trouxesse a resposta às suas orações. 

Veja bem, esse mensageiro angelical era poderoso, mas esse príncipe da Pérsia, esse demônio maligno, tinha o poder de se opor ao mensageiro de Deus trazendo a resposta às orações de Daniel. 

As forças do mal são poderosas, e às vezes criam obstáculos, dificuldades e atrasos para o povo de Deus. 

Mas, ouça-me, esses seres malignos estão todos sob a autoridade de Deus e não podem impedir que Sua obra seja realizada. 

Sim, “o príncipe do reino da Pérsia se opôs a mim por vinte e um dias”, mas no final do dia, o Céu reina – e durante todo o dia o Céu reina.

O mensageiro angelical continua a falar com Daniel e diz (v. 13):

“Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio em minha ajuda, pois eu fui impedido de prosseguir ali com os reis da Pérsia.” 

Aqui está o mensageiro de Deus (acreditamos que possa ter sido Gabriel) e o príncipe do reino da Pérsia; o mensageiro de Satanás que está se opondo a ele. 

Tudo isso está acontecendo no reino celestial. Daniel não pode ver isso; agora estava apenas recebendo um pequeno vislumbre.

Então Miguel, um dos principais anjos do céu, veio para ajudar este outro anjo (talvez Gabriel), e agora este anjo diz a Daniel: “Ele me ajudou.”

 (v. 14) “Agora vim explicar-lhe o que acontecerá ao seu povo no futuro, pois a visão se refere a uma época futura.”

Este mensageiro angelical foi enviado em resposta às orações de Daniel, e quando o mensageiro foi impedido pelo príncipe maligno da Pérsia, Deus enviou um de Seus principais anjos, chamado Miguel, para ajudar aquele anjo, até que ele finalmente conseguisse chegar a Daniel.

Você deve estar pensando: “Daniel está apenas orando! Ele não tinha ideia de tudo isso que estava acontecendo.” 

Você não tem ideia de tudo o que está acontecendo quando está orando, mas Deus sabe, e Ele controla a narrativa.

Versículo 14: “Agora vim explicar-lhe o que acontecerá ao seu povo no futuro, pois a visão se refere a uma época futura.” 

Este é um versículo-chave nos últimos três capítulos do livro de Daniel. Deus deu a Daniel um vislumbre do que aconteceria com Israel, o povo de Daniel, no fim dos tempos. 

Poderes malignos do mundo viriam contra eles, mas, em última análise, esses poderes malignos seriam destruídos por Deus e Suas forças. 

Esses poderes malignos, demoníacos, no céu e trabalhando aqui na terra não prevaleceriam sobre o povo de Deus.

(vv. 15-17)

“Quando ele me disse isso, prostrei-me, rosto em terra, sem conseguir falar. Então um ser que parecia homem tocou nos meus lábios, e eu abri a minha boca e comecei a falar. 

Eu disse àquele que estava em pé diante de mim: Estou angustiado por causa da visão, meu senhor, e quase desfaleço. 

Como posso eu, teu servo, conversar contigo, meu senhor? Minhas forças se foram, e mal posso respirar.” 

Então vemos Daniel, que ocupou altas posições de autoridade no governo da Babilônia por décadas, mas na presença deste mensageiro celestial, ele foi dominado pelo assombro, pelo medo, e com razão, porque Daniel tinha um senso apropriado e adequado do fato de que o Céu reina. 

Daniel não era nada grandioso. Ele disse: “Sou fraco, sou impotente, estou sem palavras porque estou na presença da grandeza.”

(vv. 18-19) “O ser que parecia homem tocou em mim outra vez e me deu forças. Ele disse: ‘Não tenha medo, você, que é muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte!’

Ditas essas palavras, senti-me fortalecido e disse: Fala, meu senhor, visto que me deste forças. 

Mais uma vez, esse mensageiro angelical infundiu Daniel com força divina, graça e paz. Mesmo que nada nesta terra tenha mudado, Deus estava enviando aquele mensageiro para dar a Daniel o que ele precisava para lutar.

(v. 20) “Então ele (O anjo, o mensageiro)  me disse: ‘Você sabe por que vim? Vou ter que voltar para lutar contra o príncipe da Pérsia, e, logo que eu for, chegará o príncipe da Grécia.’” 

O que ele está dizendo? A batalha ainda não acabou. Ainda está acontecendo. O anjo disse a Daniel que precisava voltar para a batalha que havia deixado temporariamente contra o poder demoníaco sobre a Pérsia e, mais tarde, teria que lidar com o príncipe da Grécia, outro poder demoníaco que apareceria com o surgimento do império grego 200 anos depois.

(v. 21) “Mas antes lhe revelarei o que está escrito no Livro da Verdade.”  

Isso é o que veremos nos capítulos 11 e 12; o que está registrado no livro da verdade que o anjo revelou a Daniel em resposta às suas orações.

Veja, nos tempos de dificuldade, nos tempos de conflito, Deus arma Seus servos com o livro da verdade. Ele os infunde com força e graça e paz, e depois lhes dá o livro da verdade para sustentá-los na batalha. A Palavra de Deus. 

Não importa o quão difíceis os tempos possam se tornar em nosso dia, isso é o que precisamos para ser fortalecidas, apoiadas, sustentadas – a palavra da verdade. Este é o nosso poder.

Volte para o versículo 1 deste capítulo. Diz: “A mensagem revelada a Daniel era verdadeira” – a palavra da verdade – “e era sobre um grande conflito”. 

Ele começa dizendo: “A mensagem é verdadeira” e depois diz: “Vou lhe dizer o que está registrado no livro da verdade”. 

A verdade é tão poderosa! Este mundo está envolto em mentiras, enganos. Isso é o que Satanás faz; ele é o pai da mentira. 

Ele sempre mente, e seus demônios mentem, e as pessoas usadas por ele nesta terra também mentem.

Há engano em nosso mundo. Mas nossa defesa e nosso ataque contra o engano é a palavra da verdade. 

Há um conflito em curso em nosso mundo. Tudo isso que vimos é sobre um grande conflito no tempo de Daniel, em nosso tempo e até a consumação das eras.

Quando você assiste às notícias, lê o jornal, vê governantes e governos e autoridades fazendo coisas malignas – cristãos sendo perseguidos, leis ímpias sendo promulgadas que prejudicam o povo de Deus – novamente, não fique surpresa. 

Lembre-se de que esses poderes terrenos não são definitivos. Eles estão refletindo seus homólogos demoníacos no reino espiritual. 

Há um conflito acontecendo entre esses mensageiros de Satanás e os anjos de Deus. Isso está acontecendo o tempo todo no mundo invisível.

Deveríamos hesitar em falar muito mais sobre isso, porque realmente sabemos tão pouco a respeito. Um dia veremos e saberemos mais, mas sabemos que isso está acontecendo. 

Sabemos que, mesmo enquanto os inimigos de Deus neste mundo estão lutando contra o povo de Deus, há esses correspondentes nos lugares celestiais, os poderes demoníacos e os anjos de Deus, travando uma batalha, se opondo uns aos outros.

Felizmente não somos abandonadas para lutar aqui na terra sozinhas. 

De maneiras que são um mistério para nós e que não podemos compreender completamente e que na verdade temos quase total desconhecimento, Deus envia Seus santos anjos para apoiar e fortalecer Seus santos na batalha. Ele não fez isso apenas por Daniel.

Hebreus 1:14 nos diz que Deus envia anjos, servos ministrantes, para ajudar aqueles que estão sendo salvos, Seu povo. Deus envia Seus anjos. 

Eu não sei o que eles estão fazendo, não sei como eles fazem isso, mas eu acredito que na batalha eles nos fortalecem. Uma das principais maneiras como eles fazem isso é nos lembrando da palavra da verdade. 

Isso é o que nos sustenta e nos fortalece.

Mediante tudo – de todas essas batalhas que estão acontecendo aqui na terra, batalhas que sabemos que estão acontecendo nos lugares celestiais e que são muito maiores e mais ferozes – mediante tudo isso, o que sabemos? 

O Céu reina. Sabemos quem vence. Sabemos o resultado, então tomamos coragem. 

Erguemos nossos olhos, oramos. Às vezes nos sentimos incrivelmente fracas, mas então Deus nos infunde com força. Ele nos dá Sua palavra da verdade, e continuamos, porque sabemos que o Céu reina. Amém.

Raquel: Tenho que ser honesta, às vezes parece que o mal está vencendo. Você já se sentiu assim? É um pensamento assustador, mas mesmo quando parece que Deus está ausente, você não precisa temer. Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos lembrado através do livro de Daniel de que nada pode impedir que o trabalho de Deus seja realizado.

Em 2 Coríntios, capítulo 4, Paulo nos diz: “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.” Deus está fazendo Sua obra eterna, mesmo quando não a vemos. Quando fixamos nossos olhos em Jesus e confiamos Nele, não seremos abalados.

Quero te falar sobre um recurso para ajudá-la a manter o olhar fixo no Salvador. É o livro de Nancy, “O Céu Reina“, você pode adquiri-lo no nosso site www.avivanossoscoracoes.com para você mesma ou para presentear alguém que você queira que tenha a certeza também de que o Céu Reina! Agradecemos muito a Deus pelo seu apoio a este ministério!

Bem, quando Nancy gravou seu ensino sobre “O Céu Reina“, havia mulheres na sala ouvindo. Amanhã, ouviremos algumas delas sobre como a verdade de que o Céu reina as encoraja. Espero que você se junte a nós amanhã aqui, no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.