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O Deus que cura – Episódio 02

Publicadas: mar 12, 2024

Raquel: Quando parece que você está entre a cruz e a espada, é possível encontrar esperança. Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.

Você já se viu em um ponto em que pareceu que todas as opções se esgotaram? Por mais que tenha se esforçado para fazer a vida dar certo, suas circunstâncias apenas pioraram. Hoje, continuaremos com a história de uma mulher que enfrentou uma situação semelhante. Vamos nos juntar a Nancy e descobrir a esperança que está disponível mesmo nos momentos em que tudo parece estar desmoronando.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Nesta semana, temos direcionado nossa atenção para uma mulher específica. Seu nome é desconhecido, mas sua história é destacada em Marcos 5. Ela é aquela que se aproximou de Jesus em meio a uma cena tumultuada, onde Ele estava cercado por uma grande multidão, todos buscando por Sua atenção.

No meio dessa grande multidão, sabemos que havia um homem importante, Jairo, que veio e disse a Jesus: “Minha filha está à beira da morte. Você pode vir e ajudá-la?” 

No meio dessa grande multidão, com esse homem importante falando com Jesus em meio a uma situação de emergência, Marcos 5:25 nos diz que uma certa mulher entrou em cena.

Nos é dito que ela tinha um fluxo de sangue por doze anos. 

Vimos no episódio de ontem que esse distúrbio sanguíneo – seja o que for – havia excluído a mulher de sua cultura, de relacionamentos sociais, da comunhão religiosa, porque ela era considerada cerimonialmente imunda, contaminada. No entanto, ela tem a ousadia de vir e pedir ajuda a Jesus.

Bem, na verdade, ela não é assim tão ousada; e ela nem mesmo pede ajuda de fato. Mas ela se aproxima de Jesus de uma maneira que vai mudar sua vida. O versículo 26 nos dá alguns outros detalhes sobre seu passado. 

É interessante no Evangelho de Marcos que tantos detalhes sejam dados, porque Marcos tende a ser econômico em detalhes. Ele chega ao ponto principal mais rápido. Mas neste caso, ele nos conta alguns detalhes do passado dessa mulher. 

Espero que essa mensagem traga esperança a mulheres que talvez tenham passado por experiências semelhantes.

O versículo 25 nos diz que ela tinha um fluxo de sangue por doze anos. Isso é muito tempo para suportar uma doença debilitante! 

Então o versículo 26 nos diz que não é que ela não tentou obter ajuda. Diz que ela havia passado por muitos médicos. Ela havia ido de médico em médico. Em doze anos, é possível visitar muitos médicos! Ela estava tentando resolver o seu problema.

Consigo imaginar, a partir do boca a boca e talvez de alguns anúncios que ela teria lido, dizendo o seguinte: “Este médico é especialista em doenças incuráveis.” 

A esperança se acenderia. Ela iria ao médico. Ele faria todos os testes, a submeteria a toda a agonia e indignidade de fazer testes em sua situação e então voltaria e diria: “Lamento, não posso te ajudar.”

Estava lendo algo que Charles Spurgeon, o grande pregador do século XIX, escreveu sobre essa mulher. Ele fala sobre como era ir ao médico naqueles dias. Ele diz o seguinte: “Os médicos daqueles dias eram bem mais temíveis do que as piores doenças. 

Com ventosas, sanguessugas e cortes, cauterizações, bolhas e incisões, cintas e punções, os pacientes eram submetidos a todo tipo de torturas inimagináveis.”

Spurgeon continua dizendo: “Os médicos daquele tempo haviam atingido a perfeição nas artes de tortura. Não sei quantas operações ela havia suportado, nem quantos galões de drogas repugnantes ela havia engolido, mas certamente haviam causado a ela uma vasta quantidade de sofrimento e, pior ainda, talvez, amargas decepções.”

Cada vez que a esperança era acendida em seu coração, ela ia e depois tinha a esperança frustrada. 

“Talvez esta pessoa me ajude. Talvez este tratamento me ajude. Talvez esta terapia resolva o meu problema.” No entanto, nenhum desses tratamentos havia sido bem-sucedido.

Marcos 5:26 nos diz: “Ela padecera muito sob o cuidado de vários médicos e gastara tudo o que tinha.” Esses médicos estavam mais do que felizes em pegar o dinheiro dela, mesmo que não tivessem nada a oferecer que fosse útil. 

Ela estava em um ponto de sua vida em que aparentemente não havia mais médicos para ver. E mesmo se houvesse, por que ela passaria pela dor excruciante de sofrer mais um exame por mais um médico que não sabia o que estava fazendo? 

Mesmo que ela pudesse suportar tudo isso, o fato era que ela não tinha mais recursos. Ela havia esgotado todas as suas opções.

Na verdade, estar sem opções não é necessariamente algo negativo. São em momentos assim que podemos ver o agir sobrenatural de Deus em nossas vidas. 

Quando você e eu esgotamos toda a esperança – toda a esperança humana – quando tudo que procuramos para tentar nos ajudar falhou, talvez seja quando finalmente atravessamos a multidão e chegamos a Jesus – quando vamos ao Único que realmente é nossa única esperança.

Ela ainda não chegou lá. Marcos nos dá alguns detalhes a mais. Diz que ela havia gastado tudo o que tinha. E ela não estava melhor, mas sim pior. 

Eu me pergunto se essa mulher apenas pensou – ela deve ter pensado – “Vou ter que viver assim para sempre. Nunca será diferente. Nunca vou melhorar.”

De fato, pensei enquanto meditava sobre este trecho que a única coisa que esta mulher tinha para esperar era a morte. É possível que lhe passasse pela mente tirar a própria vida. 

Conheço mulheres que contemplaram tirar a própria vida porque a vida simplesmente estava muito difícil. As cargas parecem tão pesadas. A dor parece insuportável. Elas não melhoram. Estão apenas piorando. 

Talvez seja melhor que acabem logo com isso e morram. Não sabemos se ela chegou a esse ponto, mas parece que não havia esperança para ela. Sua situação era verdadeiramente desesperadora.

Enquanto eu ponderava sobre aquela mulher e sua situação, minha mente se voltou para outras mulheres que conheço. 

Mulheres que passaram por doze meses, doze anos ou décadas de sofrimento, dor, abuso emocional e bagagem que carregam, questões que não conseguiram resolver em seu passado. 

Mulheres que vivem com a derrota em áreas significativas de pecado em suas vidas.

Penso em algumas dessas mulheres que buscaram ajuda em muitos lugares diferentes – mulheres que foram a conselheiros, terapeutas, médicos. 

Elas tentaram todas as terapias e medicamentos concebíveis. Algumas delas estão até experimentando muitas religiões diferentes. Tentando escapar, tentando obter ajuda, tentando encontrar alguma esperança. 

Mas, em muitos casos, essas mulheres não estão apenas sem melhora, ou não obtendo ajuda – em alguns casos, estão na realidade em situações ainda piores. Elas perderam a esperança.

Talvez você esteja se sentindo assim hoje. Talvez você tenha se sentido assim em algum momento do seu passado. Deixe-me dizer novamente que há apenas uma fonte de esperança verdadeira; e esta mulher está prestes a encontrar – não algo, mas alguém. 

Essa esperança é uma pessoa. Ele é um homem. Ele tem um nome. Seu nome é Jesus.

O versículo 27 nos diz que esta mulher ouviu falar de Jesus. 

Quando ela ouviu falar de Jesus, ela se aproximou dEle, no meio da multidão e tocou em Suas vestes. O que fez essa mulher, que tentou de tudo – tudo falhou, nada funcionou, ela não tinha dinheiro para oferecer – o que a fez estar disposta a atravessar aquela multidão para chegar a Jesus? O que ela ouviu?

Talvez ela tenha ouvido o que lemos em Lucas 6:19, que diz: “E toda a multidão procurava tocar nele, porque saía dele poder e curava todos.” 

Talvez ela tenha ouvido um relato de alguém que esteve em uma daquelas multidões, alguém que talvez estivesse exatamente onde ela estava, alguém com quem ela compartilhou sua miséria ao longo de todos esses anos. Não sabemos. 

Só sabemos que ela ouviu falar de Jesus.

Aparentemente, o que ela ouviu é que este homem tinha poder. “Este homem não é como outro médico a quem você recorreu.” Talvez ela tenha ouvido de alguém que acreditava em Jesus. 

“Este homem é Deus vindo nos visitar na terra.” Talvez ela tenha ouvido falar dele colocando as mãos nos olhos de um homem cego e nos ouvidos de um homem surdo, e seus olhos se abriram e seus ouvidos se desbloquearam. Seja o que for, ela ouviu algo que lhe deu esperança.

Quando você passa por situações como as desta mulher, a esperança é exatamente o que você precisa. Quando toda a esperança morre e sua situação é desesperadora, quando você ouve falar de Alguém cujo nome é esperança, você atravessará uma multidão para chegar até Ele. 

Você fará o que for preciso para chegar até Ele.

Quando você se encontra numa situação assim por tanto tempo – afligida, carregando esse fardo, essa bagagem interna pesada, lutas internas – talvez todos saibam da sua condição, ou talvez ninguém mais saiba. 

Você se encontra sozinha – aquela luta em seu casamento, aquela luta em seu relacionamento com seus pais ou seus sogros, aquela pressão financeira, aquele sofrimento emocional causado por uma mágoa que aconteceu há anos. Você vive com a escravidão, o peso e a dor disso todos esses anos. Deixe-me dizer que há esperança. O nome Dele é Jesus.

As Escrituras dizem que ela foi até Ele. Ela tocou em Suas vestes. Vamos ver que quando ela fez isso, uma transformação ocorreu. Isso vai acontecer em sua vida assim que você chegar até Ele e conseguir tocá-Lo.

Raquel: Essa é Nancy DeMoss Wolgemuth  nos apontando à fonte de toda esperança – Jesus Cristo. Nancy estará de volta em breve para nos conduzir em oração. 

Ajudar a libertar mulheres da escravidão do pecado para a vida em Cristo é o que o Aviva Nossos Corações deseja. Queremos direcionar as pessoas para Jesus como a fonte de toda cura todos os dias. Agradecemos imensamente pelo seu apoio, orações e doações, sem as quais não poderíamos alcançar mulheres e trazer palavras de encorajamento em suas vidas.

Uma forma de apoiar o ministério Aviva Nossos Corações é compartilhando mensagens como essa com outras mulheres. Compartilhe a esperança que há em Cristo com mulheres ao seu redor. 

Talvez o episódio de hoje tenha feito você lembrar de um momento difícil em sua vida quando Cristo finalmente era sua única esperança. Adoraríamos ouvir como Ele respondeu à sua oração. Que tal nos enviar um email e nos contar sobre isso? Caso tenha o desejo de compartilhar o seu testemunho, envie-nos um email para contato@avivanossoscoracoes.com.

Bem, um band-aid não faria muito bem se o que você realmente precisasse fosse uma cirurgia, certo? É por isso que é tão importante lidar com a raiz de nossos problemas em vez dos sintomas. Nancy falará sobre isso amanhã, continuando a série “O Deus que cura”. Aguardamos você amanhã aqui no Aviva Nossos Corações. 

Aqui está Nancy para orar encerrando esse episódio.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Obrigada, ó Pai, porque não há dor tão grande que nos deixe sem esperança. 

Quando tentamos todas as respostas do mundo e fomos a todos os médicos, todos os profissionais e todos os conselheiros, muitos deles bem-intencionados; mas quando eles levaram nosso dinheiro e nos deixaram em situação pior do que quando começamos, só resta um lugar para onde ir. 

Ajude-nos a recorrer a Jesus, sabendo que nele há esperança, há ajuda e sempre haverá graça.

Quero orar pelas mulheres ouvindo esta mensagem – que só precisam de esperança. Desperte, Senhor, a fé em seus corações. 

Agora que ouviram falar de Jesus, desperte em seus corações a confiança de que, se estenderem a mão e o tocarem, Jesus realmente virá ao encontro delas e suas vidas serão transformadas. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

 

Clique aqui para o original em inglês.