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O Deus que Cura – Episódio 06

Publicadas: mar 18, 2024

Raquel: O que realmente significa ter alegria? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Frequentemente, associamos a alegria às coisas acontecendo “do meu jeito”. Tenho que chegar a um ponto em minha vida onde desejo a vontade de Deus mais do que desejo que as coisas aconteçam da minha maneira.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos. Durante toda a semana passada, estudamos a vida de uma mulher que tocou na orla da vestimenta de Jesus e foi curada de sua doença. Foi um momento de grande alegria que veio após 12 anos de sofrimento. Hoje, ouviremos como podemos experimentar alegria não apenas quando recebemos uma resposta à oração, mas também enquanto esperamos e sofremos. Bob Lepine, o co-apresentador do Family Life Today, é nosso convidado especial. Ele esteve ouvindo esta série conosco e passará algum tempo fazendo perguntas a Nancy. É com você Bob!

Bob Lepine: Enquanto você estava ensinando sobre a mulher de Marcos 5 com o problema do fluxo de sangue, perguntamos às mulheres aqui quantas delas diriam que têm uma circunstância física ou emocional que carregam por um longo tempo e da qual o Senhor não as libertou. 

Provavelmente, metade das mulheres nesta sala levantaram a mão. Posso imaginar que, entre aquelas que estão nos acompanhando, o número é multiplicado.

Imagino que, quando uma mulher lê uma história como essa em Marcos 5, e depois passa a refletir em sua própria situação, ela deve pensar: 

“Há algo que estou fazendo errado para não alcançar a mesma cura que aquela mulher obteve? Deixei de seguir alguma parte da fórmula para me libertar desta situação, como ela conseguiu?”  

Como você responderia a essa indagação?

Nancy DeMoss Wolgemuth: Aquela mulher obteve o que Jesus sabia que ela realmente precisava. Ela alcançou uma cura física, e isso foi uma questão significativa em sua vida. 

Quando Ele disse: “Tua fé te salvou”, acho que Ele estava falando de algo que é mais do que estar fisicamente saudável, porque Ele percebeu que a questão principal de sua vida não era a doença física, era a doença de sua alma e espírito, que estavam separados de Deus.

O problema físico, o fluxo de sangue, que a mantinha separada das pessoas, era uma representação. Era muito real, mas era apenas uma representação terrena de uma realidade muito mais séria, que era a sua separação de Deus por causa da contaminação de seu pecado. 

Jesus está dizendo: “Você foi salva” – salva no sentido eterno, no sentido de que seu espírito foi salvo de sua natureza pecaminosa e da contaminação do pecado.

 Qual seria a utilidade de estar fisicamente saudável – sem dores, sem problemas físicos, sem doenças – se você ainda estivesse separada de Deus e eternamente separada, por causa da doença interna de seu coração pecaminoso? A cura física dessa mulher retratava uma cura mais profunda, mais significativa e eterna.

 O fato é que, mesmo com sua cura física, ela ainda morreria um dia. Todos nós somos fisicamente terminais; ela simplesmente estava mais consciente disso do que a maioria de nós hoje. 

Com essa imagem da cura física, Jesus estava mostrando um milagre maior, mais profundo e mais significativo, que era a integridade e a plenitude espiritual dela e sua salvação. Ela veio a Ele talvez preocupada por causa de seus sintomas, de sua situação física. Mas o que ela obteve foi ainda muito mais do que havia pedido.

 Jesus faz às vezes, como muitas de nós já experimentamos, um grande e significativo ato de cura física. Todas nós que estamos sentadas nesta sala hoje estamos fisicamente bem; isso é um dom da graça de Deus. 

Muitas de nós aqui podemos testemunhar que em algum momento de nossas vidas tivemos uma doença; e, por algum meio, Deus tocou nossas vidas, tocou nossos corpos e nos restaurou fisicamente. Que bênção! Agradecemos a Ele por isso.

 Mas a questão real que Ele quer tratar é a questão de nossa plenitude e integridade espiritual e, nossa contaminação e impureza pelo pecado. 

Essa é a promessa que Ele faz: se chegarmos a Ele, podemos saber que estamos espiritualmente saudáveis, que nossas almas estão plenas – que Ele trará restauração, como o Antigo Testamento diz, dos anos que “o gafanhoto comeu” assim que chegarmos a Ele com humildade, fé, arrependimento e submissão.

 Ele pode ou não escolher trazer a bênção física, temporal ou material que buscamos. Mas Ele nos dará o que realmente precisamos, que é Sua graça, Seu poder, Seu espírito. Eu diria que as questões de nossas almas – questões de amargura, raiva, indiferença, culpa, vergonha – estão diretamente ligadas ao nosso relacionamento espiritual com Deus.

 Essa é uma área onde acredito que muitas mulheres estão vivendo hoje doentes, sem saber que não precisam continuar vivendo dessa maneira. Elas foram aos conselheiros. Foram aos terapeutas. Estão tomando remédios. Participaram de todas as terapias e programas e seminários. E (leram) os livros, e ouviram os podcast – mas não estão libertas.

 É aí que acho que essa história nos diz, assim como outros trechos – que você não precisa continuar vivendo como uma mulher espiritualmente enferma. Logicamente, em termos físicos, seria ideal não ter que continuar vivendo como uma mulher doente. 

No entanto, todas nós estamos sujeitas a doenças físicas e à morte, mas pode haver integridade e plenitude espiritual mesmo com um corpo que está se deteriorando e morrendo, que é o nosso caso.

 Meu desafio para as mulheres hoje é que você não precisa viver com o fardo, as bagagens daqueles ferimentos, ofensas e  fracassos do passado e com as consequências que eles trouxeram para sua vida. Você não precisa viver sob esse fardo. 

Você pode se achegar a Jesus e encontrar liberdade – não para uma vida sem problemas, não para uma vida sem mais ferimentos, mas para uma vida onde você pode ser uma vencedora ao invés de uma vítima no meio das dores e situações da vida real.

 Bob Lepine: Naquelas manhãs em que você acorda e está desanimada. Você está deprimida e sobrecarregada devido às circunstâncias – e você pensa: “Eu desejo a alegria. Eu não quero viver dessa maneira; eu desejo a alegria do Senhor.” Quais são algumas coisas práticas que você pode fazer para sair de onde está para onde quer estar?

Nancy DeMoss Wolgemuth: Exatamente sobre qual das últimas três manhãs você quer saber?

Bob Lepine: Eu ia dizer que você teve algumas recentemente, não é mesmo?

Nancy DeMoss Wolgemuth: O problema é que frequentemente associamos alegria ao sucesso das coisas acontecendo “do meu jeito.” 

Tenho que chegar a um ponto onde quero que a vontade de Deus e os propósitos Dele sejam realizados em minha vida mais do que quero que as coisas aconteçam da minha maneira. Acho que um dos pensamentos mais assustadores é que Deus me deixaria fazer do meu jeito. 

E se Deus realmente me libertasse de toda dor e problema e pensamento depressivo, e eu não tivesse que suportar nada disso? Você diz: “Não seria maravilhoso?”

 Bem, por um momento. Mas então nós perderíamos a beleza, a fragrância, a glória que Ele quer trazer dessas circunstâncias. Eu quero o resultado de glorificar a Deus com a minha vida. E (quero) que Seus propósitos sejam cumpridos mais do que quero alívio da minha dor. 

Claro que há momentos em que desejo intensamente o alívio da minha dor mais do que qualquer outra coisa. Mas é nesse momento que preciso dar um passo para trás, mudar meu foco e dizer: “Minha vida não é minha. Minha vida pertence ao Senhor. 

Estou aqui para cumprir os propósitos Dele. Se no processo de fazer isso eu morrer, está tudo bem – porque minha vida não é minha. Eu não vivo para agradar a mim mesma e tenho que ajustar meus valores e meu propósito.”

 Existem algumas maneiras práticas – coisas que foram úteis para mudar meu foco, para ajustar meu pensamento ao modo de pensar de Deus. Cantar ao Senhor é uma delas. 

Frequentemente pergunto às mulheres que estão deprimidas ou desencorajadas: “Você está cantando ao Senhor e está memorizando as Escrituras?” Essas duas coisas em minha vida têm sido um meio muito poderoso de alívio e cura.

 Às vezes tenho que cantar através de lágrimas, mal conseguindo tirar as palavras da minha boca – na verdade, às vezes são mais lágrimas e soluços, e fica meio difícil de reconhecer a música. 

Aprendi a continuar cantando até que as nuvens se dissipem. Cantar geralmente não muda minhas circunstâncias, pode afastar as pessoas (risos)… mas mesmo assim, pego um hinário e começo a entoar louvores ao Senhor – a cantar aquilo que sei que é  verdadeiro.

 Há algo muito poderoso ao entoar cânticos, e acho que é uma das razões pelas quais Deus nos diz tantas vezes nas Escrituras para cantar ao Senhor. Acho que também é algo que o inimigo não quer que façamos. Ele sabe que, quando começamos a louvar, estamos trazendo Deus para nossas circunstâncias e nossa perspectiva mudará.

 A disciplina da memorização das Escrituras – quando você não tem palavras próprias, não sabe o que orar, sente-se completamente sem palavras ou simplesmente não deseja orar – como ocorre em alguns momentos em minha vida – nesses momentos é bom ter as palavras das Escrituras guardadas no coração, anotadas em algum papel, ou até mesmo ter uma pequena Bíblia por perto. 

Tenho alguns cartões com versículos  escritos neles. Às vezes, quando estou andando, levo esses cartões comigo e repito em voz alta a Palavra do Senhor, declarando ao meu próprio coração o que sei que é verdade.

 Essa é a forma como aconselho meu próprio coração. Eu digo: “Coração, é isso que Deus afirma. O que Deus diz pode parecer totalmente oposto ao que as circunstâncias mostram, mas não irei acreditar no que as minhas emoções me dizem, ou no que as circunstâncias indicam. Em vez disso, escolho crer que o que Deus disse é a verdade.”

 Às vezes, leva um bom tempo para que minhas emoções se alinhem com a verdade. Fico feliz por termos um Salvador que compreende nossas emoções e que é gentil conosco, mas não posso me dar ao luxo de deixar minha mente divagar com pensamentos que não são verdadeiros. 

Não posso me permitir dizer coisas que não estão de acordo com a maneira de pensar de Deus sobre alguma situação. Tenho que continuar falando a verdade em todas as circunstâncias, lançando-me sobre Ele em desespero.

 Existe aquele versículo nos Salmos que diz: “Dá-me alívio da minha angústia;” Deus aumenta nossa capacidade de suportar a pressão e nossa capacidade de buscá-lo. 

Quando? Quando estamos angustiadas, há um crescimento acontecendo.  No meio da aflição, precisamos dizer: “Por mais desagradável que seja para mim, por mais difícil que seja – Senhor, eu Te agradeço. Eu aceito e pela fé sei que me conduzirás através dessa angústia ou situação.”

Raquel: Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos encorajado a focar em Deus, mesmo em meio ao estresse e à pressão. Talvez você conheça alguém que está passando por um momento difícil, e as palavras de Nancy falariam diretamente à situação deles. Você pode compartilhar o programa de hoje com eles. Basta buscar em nosso site www.avivanossoscoracoes.com e acessar podcasts. Esta é a série “O Deus que cura”.

Agradecemos pelo apoio de nossos ouvintes, tanto em oração e financeiramente, assim como compartilhando esse conteúdo em suas redes sociais. Desejamos que mais e mais mulheres alcancem a cura espiritual que tanto é necessário para viver uma vida livre, abundante e plena na presença de Jesus.

Caso queira fazer uma doação de qualquer valor, acesse o nosso site www.avivanossoscoracoes.com e clique na aba doações.

Aguardamos você amanhã, quando Nancy explorará algumas questões práticas relacionadas à cura física. Quando estamos doentes, isso sempre significa que Deus está tentando nos ensinar algo? Descobriremos amanhã aqui no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.