icon-newsletter

Quando o avivamento chega – Dia 4: Santidade

Publicadas: jun 27, 2024

Raquel Anderson: Quando foi a última vez que você se entristeceu por causa do seu pecado: há um mês, um ano? Se não consegue se lembrar, talvez seja hora de um avivamento.

Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Buscando a Deus: Desfrute a Alegria do Avivamento Pessoal”, na voz de Renata Santos. 

Quando uma luz é acesa em um quarto, tudo pode ser visto claramente. Não é que aquelas coisas visíveis aos olhos não estavam lá antes; é apenas que estavam escondidas na escuridão.

Da mesma forma, Deus pode iluminar todas as áreas de nossas vidas, até mesmo os nossos pecados ocultos. Hoje, Nancy falará sobre uma das marcas registradas do avivamento, a convicção do pecado, na série “Quando o avivamento chega.”

Nancy DeMoss Wolgemuth: Há quase um século, Deus se moveu de maneira extraordinária derramando Seu Espírito em avivamento no País de Gales. Existem muitos relatos maravilhosos de testemunhas oculares daquela manifestação, que diziam que durante aquele avivamento em Gales, cidades inteiras foram sacudidas. Todos estavam falando sobre Deus e assuntos da eternidade. Na verdade, se puder imaginar, tiveram que cancelar alguns eventos esportivos importantes equivalentes à copa do mundo porque não havia interesse das pessoas em comparecer.

Estamos falando esta semana sobre como é quando Deus se move em avivamento. Quais são as características do avivamento?

Vimos que uma das características marcantes é um sentir extraordinário da presença de Deus.

Acompanhando isso, há uma sensação de urgência e intensidade em relação a assuntos espirituais.

Durante os tempos de avivamento, o foco das pessoas mudava da Terra para o céu. Um escritor disse: “No avivamento, as mentes das pessoas se concentram nas coisas da eternidade e há uma consciência de que nada importa tanto quanto se acertar com Deus.”

Compartilhei esta semana sobre como Deus se moveu na Ilha de Lewis, na Escócia, em 1950. Diziam que naqueles dias em Lewis, você poderia parar qualquer homem ou mulher na rua e perguntar o que ele ou ela estava pensando e a resposta seria sobre Deus ou a condição de sua alma. Pode imaginar se isso fosse verdade hoje?

Duncan Campbell, que foi um dos instrumentos usados no Avivamento de Lewis, disse que, em questão de dias, toda a vizinhança foi poderosamente despertada para as realidades eternas. O trabalho foi basicamente deixado de lado enquanto as pessoas se preocupavam com a própria salvação ou a salvação de amigos e vizinhos. Em casas, celeiros e galpões, mesmo à beira da estrada, podia-se encontrar homens clamando a Deus.

George Whitefield e Jonathan Edwards foram dois dos instrumentos que Deus usou naquela nação no primeiro Grande Avivamento durante o século XVIII. George Whitefield escreveu o seguinte: “Por quase três meses no outono daquele ano, as pessoas não paravam de ir ouvir a Palavra de Deus. Milhares eram impedidos de entrar nas maiores igrejas por falta de espaço.”

Jonathan Edwards descreveu um desses cultos. Ele disse: “A congregação estava em lágrimas enquanto a Palavra era pregada, alguns choravam com tristeza e angústia, outros com alegria e amor, e outros com preocupação pelas almas de seus vizinhos. Havia essa intensidade espiritual, essa urgência sobre assuntos espirituais.”

Em um avivamento que ocorreu na Coreia por volta do mesmo período que do País de Gales, um escritor disse: “Cada homem esqueceu o outro. Cada um estava face a face com Deus. Ainda consigo ouvir,” disse ele, “aquele som temeroso de centenas de homens suplicando a Deus por vida e misericórdia – pessoas sinceras sobre a condição de suas almas, sobre seu relacionamento com Deus.

Você tem a sensação aqui de que não era nada externo que os estava estimulando a se preocupar com sua condição espiritual. Era uma obra interna do Espírito Santo de Deus que estava movendo seus corações.

Ao entrarmos na presença de Deus sentimos esse aumento de urgência e intensidade em relação a assuntos espirituais, também surge, nos tempos de avivamento, uma intensa convicção do pecado. Quando há o reconhecimento da presença de um Deus santo, começamos a nos ver como realmente somos.

Com essa convicção do pecado, há um derramamento típico de confissão do pecado. As pessoas querem ter certeza de que estão certas com Deus.

Como aquela congregação no Dia de Pentecostes enfrentou a santidade de Deus, clamaram: “Irmãos, que faremos?” (Atos 2:37)

O avivamento sempre inclui uma profunda consciência de nossa própria pecaminosidade, o que resulta em um arrependimento profundo e, é claro, na aceitação de Cristo, cuja graça é nossa única esperança. O avivamento lança luz em lugares escuros.

O Livro de Malaquias fala sobre Deus vindo como um fogo refinador. Há uma intensidade. Há uma purificação. Há uma descontaminação. Há uma dor associada ao avivamento. Muitas vezes pensamos no avivamento apenas como o transbordamento, a alegria, a bênção, a maravilha, o glamour, a glória de tudo isso.

Há um momento para todos esses sentimentos, mas começa com as pessoas tendo um intenso senso de sua indignidade, de sua pecaminosidade, da maldade de seus corações na presença de um Deus Santo. Deus vem como fogo refinador para purificar a escória e trazer à tona o metal puro ou o ouro. Não há verdadeiro avivamento sem uma profunda, desconfortável e humilhante convicção de pecado.

Uma das coisas que deveria nos preocupar sobre o cristianismo moderno, especialmente no Ocidente, é que perdemos nossa capacidade de lamentar, de chorar por causa do nosso pecado.

Hoje, ao vermos as pessoas rirem em vez de irem ao altar ou à presença do Senhor chorando, penso que é porque não temos uma concepção real de quem Deus realmente é e o terror de Sua ira e Seu julgamento contra pecadores sem arrependimento.

Vemos a evidência de convicção e confissão de pecado em todos os diferentes avivamentos do passado. Isso se manifesta de diferentes maneiras, mas há uma necessidade de confissão diante de um Deus Santo, humilde e, às vezes, pode ser doloroso.

Permita-me apenas ler para você algumas das instâncias em que isso aconteceu em vários avivamentos.

Em meados de 1800, houve um avivamento na Escócia, e diziam que a convicção do pecado era tão intensa que muitos negócios tiveram que fechar para que as pessoas pudessem se acertar com Deus.

Ao ler esses relatos, como seria isso nos dias de hoje. Deixe-me apenas lembrar que Deus não mudou. Ele ainda é santo. Ele ainda é capaz de levar as pessoas à Sua presença e de trazer esse tipo de convicção profunda e confissão de pecado em nossos dias.

Na Irlanda, Deus se moveu em meados de 1800, e alguém que testemunhou aquele mover disse que a convicção do pecado se tornou tão terrível que as pessoas eram compelidas a clamar em agonia confessando suas iniquidades. “Impuros, impuros” eram gritos que frequentemente rasgavam o ar à medida que essa convicção se manifestava em muitos.

Conforme leio relatos assim, reflito sobre o meu tempo de oração e na maneira como normalmente confesso meu próprio pecado. Não sei quanto a você, mas muitas vezes, quando estou confessando o pecado, é com um tipo de “ah, tanto faz”, sem o sentimento real da grandeza do meu pecado contra um Deus Santo.

Mas quando a presença de Deus se manifesta entre Seu povo, há essa intensa convicção e agonia sobre o peso de nosso pecado.

Em um avivamento, foi relatado que a presença ou influência do Espírito de Deus foi sentida não apenas dentro da aldeia onde o avivamento estava ocorrendo, mas também nos lares e áreas circundantes. Além disso, muitas pessoas experimentaram um profundo sentimento de convicção ou percepção de seus próprios pecados.

Deus agiu também no que era então o Congo Belga em meados dos anos 1900, e um missionário que estava lá durante esse tempo disse: “Não havia escapatória. À luz da cruz e de um Deus Santo, tudo parecia vil. Nenhum pensamento passou despercebido. Pensamentos mesquinhos se tornaram horrendos aos seus olhos, contrastados com o padrão de pureza de Deus.”

Em um grande avivamento na Província de Shandong, na China, diziam que os pregadores não conseguiam terminar seus sermões antes que as pessoas começassem a clamar em agonia por causa de seus pecados. Quando foi a última vez que você viu isso acontecer em sua igreja? Quando foi a última vez que eu vi isso acontecer em minha igreja? Quando foi a última vez que eu fui essa pecadora clamando pela misericórdia de Deus?

Brian Edwards escreveu um livro maravilhoso sobre avivamento chamado “Avivamento! Um Povo Saturado de Deus” (em tradução livre, não disponível em português). Ele diz nesse livro que o avivamento não é destinado ao desfrute da igreja, mas à sua purificação. Ele continua dizendo: “Se esperamos avivamento nestes dias, devemos esperar que doa.”

“Nos últimos anos”, ele diz, “estivemos ocupados tentando convencer o mundo por meio de nossos palhaços e comediantes cristãos e por meio de nossos grandes eventos que o cristianismo é divertido. A razão pela qual o mundo não leva o cristianismo a sério”, diz Edwards, “é porque os cristãos não o levam. O avivamento não persuade o mundo de que a fé cristã é divertida, mas de que é essencial. Há uma diferença colossal. A primeira obra do Espírito não é nos dizer que podemos ser felizes, mas que devemos ser santos porque Deus é santo.”

Se você e eu quisermos experimentar avivamento em nossos próprios corações, em nossas igrejas, em nossas casas, talvez o ponto de partida seja dizer: “Senhor, poderias me mostrar o quão santo Tu és e, à luz da Tua santidade, poderias me mostrar o que vês naqueles cantos escuros e escondidos do meu coração?”

Não podemos nos ver como Deus nos vê, a menos que Deus nos mostre a nós mesmas. Acho que é por isso que o salmista disse:

 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta há algo que te ofende.” (Salmo 139:23-24)

Não estou pedindo a Deus para me mostrar como me comparo a algum outro cristão meio desanimado. Apenas diga: “Senhor, seja o que for que me mostrares, eu vou concordar contigo. Vou concordar com o que a luz revela.

Sabe o que é isso? Isso é confissão, apenas concordar com Deus. “O que me mostraste é verdade. Eu confesso.” Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9)

Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos dado uma imagem clara da santidade. Isso é uma parte importante do verdadeiro avivamento. Nancy fala sobre santidade em seu livro Buscando a Deus: Desfrute a alegria do avivamento pessoal.

Se você está se sentindo espiritualmente seca ou simplesmente quer estar mais perto de Deus, o livro vai ajudá-la a se aproximar dele. Bem, também, Nancy, o que mais as pessoas podem esperar?

Nancy DeMoss Wolgemuth: Sabe, Raquel, quando este livro foi lançado pela primeira vez, eu entreguei a um de nossos colaboradores e ele disse: “Isso é uma garantia de experimentar avivamento se eu estudar este livro?”

Eu disse: “Sabe de uma coisa, não é o livro que trará avivamento. Mas eu acho que posso garantir que se você passar doze semanas da sua vida buscando a Deus, buscando o Senhor, de uma maneira concentrada, estudando este livro, ouvindo o Senhor e deixando Ele falar com você e respondendo ao Senhor, eu acredito que você experimentará avivamento.”

Eu disse isso de forma um pouco irônica, mas realmente acredito que para nós que estamos cansadas do “mesmo de sempre” em nossa vida cristã, esta é realmente uma oportunidade incrível para buscar o Senhor, deixar de lado outras coisas e ouvi-Lo e deixar que Ele fale conosco. E ao buscarmos a Ele, eu acredito que Deus realmente avivará nossos corações.

Raquel: Encomende ainda hoje a sua cópia de “Buscando a Deus” em nosso site avivanossoscoracoes.com e programe-se para estar na presença do Deus eterno conforme você busca o avivamento pessoal.

Amanhã, Nancy explicará como o avivamento promove a reconciliação de relacionamentos. Aguardamos você aqui no Aviva Nosso Corações na série “Quando o Avivamento chega”

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.