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Quando o avivamento chega – Dia 7: Capacitada para Compartilhar

Publicadas: jul 02, 2024

Raquel Anderson: Você sabia que quase um terço dos adultos dos Estados Unidos são considerados “desigrejados”? Isso significa que entre sessenta a sessenta e cinco milhões de pessoas entre colegas de trabalho, vizinhos e familiares naquele país raramente ou nunca ouvem a Palavra de Deus. Quem vai falar de Cristo para eles, a não ser você? 

Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Buscando a Deus: Desfrute a alegria do Avivamento Pessoal”, na voz de Renata Santos.

Cristo disse a Seus seguidores para irem e fazerem discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a observar todos os Seus mandamentos. (Veja Mateus 28:19-20). Hoje ouviremos como o avivamento nos leva a compartilhar nossa fé com os outros. Aqui está Nancy.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Ao longo de uma semana e meia estivemos olhando para este assunto, avivamento. Vimos ontem que quando Deus aviva Seu povo, eles sentem um novo senso de responsabilidade por aqueles que não conhecem a Cristo, tornando-se ousados e naturais em seu testemunho por Cristo em suas comunidades.

Quando Deus aviva Seu povo, não apenas os cristãos são vivificados para cumprir sua responsabilidade de compartilhar o Evangelho com os perdidos, mas algo a mais acontece. 

Sobrenaturalmente, Deus provoca um despertamento espiritual entre aqueles que estão perdidos.

Veja bem, sem Deus abrir seus olhos e seus corações, eles não terão interesse e não responderão ao Evangelho porque estão cegos. Seus corações estão endurecidos e longe de Deus. Mas em tempos de avivamento, seus corações são vivificados e muitos nascem no reino de Deus. Há uma colheita de almas entre os incrédulos.

Certamente, isso é algo necessário em nossos dias. Nos últimos dez anos, a membresia combinada das denominações protestantes nos Estados Unidos diminuiu em quatro milhões e meio de pessoas, pelo que me disseram, enquanto a população norte-americana aumentou em vinte e quatro milhões.

No ano de 2004, metade das mais de trezentas e cinquenta mil igrejas nos Estados Unidos não relataram um único convertido. Cento e noventa e cinco milhões de americanos não vivenciam a fé, o que, aliás, torna os EUA o terceiro maior país “desigrejado” do mundo, atrás da Índia e da China.

Mas em tempos de avivamento, vemos uma grande colheita de almas e deixe-me dizer, aliás, eu acredito que o lugar onde isso começará provavelmente será dentro das paredes de nossas igrejas. Eu acredito que nossas igrejas estão carregadas hoje com milhões de homens e mulheres que professam algo que eles não possuem.

Eles sabem tudo sobre Cristo, mas não conhecem a Cristo. Eles não têm vida; nunca foram convertidos. Eles podem demonstrar ações cristãs, mas não têm um relacionamento com Jesus.

Uma das coisas que acontece em tempos de avivamento é que membros perdidos da igreja perceberão sua condição perdida e virão à fé e ao arrependimento.

O Dr. J. Edwin Orr foi um historiador do avivamento que morreu não faz muito tempo. Anos atrás lembro-me de ouvi-lo dizer que no estado “não avivado” da Igreja, os santos correm para encontrar pecadores.

Mas no estado “avivado” da Igreja, os pecadores virão correndo para encontrar o Salvador. Eles são atraídos para o Salvador pelo Espírito de Deus. E vemos isso se desdobrar ao olharmos como Deus se moveu nos avivamentos passados.

Durante o primeiro Grande Avivamento nos Estados Unidos nos anos 1700, cinquenta mil pessoas foram acrescentadas às igrejas da Nova Inglaterra nos Estados Unidos, dentro de uma população de apenas trezentos e quarenta mil. 

Durante o segundo Grande Avivamento na primeira metade do século passado, a população do país se quadruplicou, mas a membresia da igreja aumentou dez vezes.

Aliás, isso foi nos dias em que, para se tornar membro, não bastava passar pelo corredor central da congregação ou assinar um papel e se juntar a uma igreja. Naquela época, muitas das constituições das igrejas estipulavam que você tinha que apresentar evidências críveis de conversão antes de poder se tornar membro da igreja.

Durante o segundo Grande Avivamento, dizia-se que as pessoas saíam de suas casas quando o pregador passava pela rua, pedindo a ele que entrasse e as ajudassem a encontrar Cristo. Você pode imaginar isso acontecendo em seu bairro?

Durante o grande avivamento de oração na cidade de Nova York em 1858, o número de conversões foi relatado como sendo tão alto quanto cinquenta mil por semana. Naquele período de um ano, houve mais de um milhão de conversões a Cristo.

No avivamento que Deus enviou ao País de Gales em 1905, por um período de cinco meses, houve uma grande colheita de pessoas que vieram a conhecer a Cristo. Foram relatadas cem mil conversões. E é interessante que quando Deus é quem provoca as conversões, o fruto que pertence a Ele permanece.

Na verdade, cinco anos após esse avivamento, alguns críticos saíram para desacreditá-lo, e uma das coisas que usaram para tentar desacreditá-lo foi que, cinco anos depois, apenas oitenta mil dessas cem mil conversões ou profissões de fé ainda estavam de pé; cinco anos depois, apenas 80 por cento.

Olha, eu não sei se você tem acompanhado alguma coisa sobre estatísticas de reuniões evangelísticas nos dias de hoje, mas a maioria dos evangelistas daria qualquer coisa para ter 80 por cento das profissões de fé que ocorrem em suas igrejas se mantendo e permanecendo firmes em sua fé cinco anos depois.

No avivamento nas Ilhas Hébridas Exteriores (um grupo de ilhas localizadas na costa oeste da Escócia) na década de 1950, pessoas perdidas, homens e mulheres não convertidos, foram atraídos para uma delegacia de polícia pelo poder de Deus no meio da noite, sem anúncio, sem reunião marcada, mas espontaneamente, simultaneamente. Eles foram à delegacia onde sabiam que havia um policial temente a Deus, como diz o relatório, e foram encontrados lá, de joelhos, implorando a Deus por misericórdia.

Veja, Deus move os corações das pessoas perdidas para se aproximarem do Evangelho no rastro do avivamento do Seu povo.

Tenho em minhas mãos um relatório de uma paróquia ou condado na Ilha de Lewis onde diziam que o avivamento certamente havia chegado. Vejam o relato: 

“Duncan Campbell conduziu quatro cultos por noite durante cinco semanas. Às 19:00h, 22:00h, meia-noite e 3:00h da madrugada, retornando para casa entre 5:00h e 6:00h da manhã.

Simultaneamente, com orações desesperadas, o Espírito de Deus varreu a vila. As pessoas não conseguiam dormir; as casas ficavam iluminadas a noite toda; as pessoas andavam pelas ruas em grande convicção. Outras se ajoelhavam ao lado de suas camas, clamando a Deus por perdão.

Dentro de quarenta e oito horas, o bar foi fechado; hoje está em ruínas. Quatorze jovens que bebiam lá foram gloriosamente convertidos. Dentro de quarenta e oito horas, quase todos os jovens entre doze e vinte anos se renderam a Cristo, e estimava-se que todo jovem entre dezoito e trinta e cinco anos poderia ser encontrado nas reuniões de oração.”

Daí você pode se perguntar: “Será que isso pode acontecer hoje em dia?” Bem, deixe-me te dar apenas um pequeno vislumbre.

Deixe-me ler para você uma carta que uma mulher enviou depois que Deus se encontrou com ela não muito tempo atrás em uma temporada de avivamento em sua igreja local. 

Ela escreveu alguns meses depois para contar sobre o trabalho contínuo em sua vida, e essa mulher conhecia o Senhor ou havia professado conhecer o Senhor por mais de vinte anos.

Mas ela disse: “Eu ainda tinha ‘a bola em meu próprio campo’, jogando-a para Jesus de vez em quando. Eu não havia entregado completamente minha vida a Ele.” 

Agora, vinte anos depois, o Espírito vem e se move em sua igreja e em seu coração, e se ela teve um novo encontro  com Deus ou se realmente nasceu de novo naquele ponto, não sabemos. Mas, de qualquer forma, ela chegou ao ponto de entregar totalmente sua vida ao Senhor e experimentar uma nova purificação e libertação nEle.

Agora ela escreve para dizer: “Primeiro, parei de fumar depois de quarenta e três anos fumando, sem usar ajuda humana – o poder da oração funciona.” Então ela disse: “Em segundo lugar, e mais importante, foi a salvação do meu filho.” Ela havia pedido oração específica pela salvação de seu filho. Ela disse: “Ele foi salvo no mês passado e batizado no Domingo de Páscoa. Não posso te dizer a alegria que senti depois de dezenove anos de orações e lágrimas para ver essa resposta chegar.”

E ela foi a pessoa, ela conta, que se envolveu em ajudar a levá-lo a Cristo. Mas isso não é tudo. Ela contou o que havia acontecido no período de tempo desde que Deus realmente a libertou e avivou seu coração, e ela lista essas coisas em ordem.

Ela diz: “Em primeiro lugar, meu cunhado foi salvo, minha mãe foi salva, minha sobrinha foi salva, meu sobrinho e sua esposa consagraram suas vidas novamente a Cristo. Minha filha também, o noivo de minha filha foi salvo, a amiga de minha filha foi salva, minha neta, que foi salva aos cinco anos, agora foi batizada, meu marido está crescendo espiritualmente, a irmã do noivo de minha filha foi salva, meu filho foi salvo, e a filha e o noivo da filha de meu filho foram salvos.” E ela disse: “Isso continua.” 

Você vê o que acontece quando o povo de Deus realmente começa a ser o povo de Deus?

Um escritor que foi muito usado por Deus no avivamento disse assim: “Quando as igrejas são despertadas para seu dever, homens do mundo serão varridos para o Reino. Uma igreja inteira de joelhos é irresistível.”

Sabe, além das temporadas de avivamento, ainda temos que ser fiéis em nosso testemunho, fiéis em proclamar o Evangelho, fiéis em chamar homens e mulheres para a fé e o arrependimento.

Mas quando Deus se move de maneira sobrenatural, extraordinária dessa forma, nossos esforços são capacitados e fortalecidos de uma maneira incomum pelo Seu Espírito, e veremos frutos para o Reino de Deus de maneiras que talvez nunca tenhamos sonhado serem possíveis. 

Isso me faz querer orar: “Senhor, faria isso novamente para que Teu caminho seja conhecido na Terra e Tua salvação entre todas as nações?”

Raquel Anderson: Nancy DeMoss Wolgemuth estará de volta em breve. Temos orado para que Deus envie avivamento novamente, como Nancy acabou de falar. 

Participe você também de um grupo de estudo com o livro, Buscando a Deus: Desfrute a Alegria do Avivamento Pessoal, de Nancy DeMoss Wolgemuth e Tim Grissom. Ele inclui uma seção para estudo bíblico pessoal diário e também inclui perguntas para discussão em pequenos grupos. 

Montar um pequeno grupo é uma maneira de você compartilhar a verdade de Deus com os outros; 

No próximo episódio, falaremos sobre como Deus poderia usar sua igreja local para trazer avivamento. Agora, novamente, aqui está Nancy.

Nancy DeMoss Wolgemuth: 

“Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, 

e faça resplandecer o seu rosto sobre nós, 

para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, 

a tua salvação entre todas as nações.” (Salmo 67:1).

Esta é uma oração por avivamento. Uma oração para que Deus resplandeça sobre nós de tal maneira que nossas vidas reflitam Sua beleza, Sua glória e Seu Evangelho para o nosso mundo. Isso traz glória a Deus, aliás, trazer glória a Deus é o sentido da vida.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.