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Quando o Avivamento Chega – Dia 3: A presença de Deus

Publicadas: jun 26, 2024

Raquel Anderson: É fácil ver a mão de Deus agindo enquanto você lê as páginas da história, mas e quando você olha para o curso de sua própria vida? Você vê evidências de Deus?

Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Buscando a Deus: Desfrute a Alegria do Avivamento Pessoal”, na voz de Renata Santos. 

Quais os resultados que podemos esperar quando Deus visita Sua Igreja? Como podemos saber que Deus chegou?

Hoje vamos aprender sobre as características do avivamento na série “Quando o avivamento chega”. Nancy DeMoss Wolgemuth nos levará de volta no tempo e mostrará alguns exemplos do que Deus fez no passado entre Seu povo e os efeitos que se seguiram.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Estou segurando em minhas mãos uma cópia da primeira página do jornal “Denver Post”. A data é sexta-feira, 20 de janeiro de 1905. E a manchete diz assim:

“Uma cidade inteira faz uma pausa em pleno horário comercial para se conectar com seu eu espiritual.”

O artigo começa assim:

“Ao meio dia, por duas horas, a cidade inteira de Denver parou. Os centros comerciais foram abandonados entre meio-dia e duas horas da tarde de hoje e todos os assuntos mundanos foram esquecidos.

A cidade inteira parou para meditar em coisas mais elevadas. O Espírito do Todo-Poderoso permeava cada canto. Indo e vindo das grandes reuniões, milhares de homens e mulheres irradiavam esse Espírito que os enchia.

E o sol cristalino do Colorado ficou mais brilhante pela luminosidade refletida da luz de Deus resplandecendo em rostos felizes. Raramente se viu uma visão tão notável”, e o artigo continua, “uma cidade inteira em plena quarta-feira agitada curvando-se diante do trono do céu, pedindo e recebendo a bênção do Rei do Universo.”

Você consegue imaginar essa manchete e esses parágrafos aparecendo na primeira página da Folha de São Paulo ou do Estadão? É difícil imaginar, não é?

Ela está dizendo: “Uau, imagine isso!” Bem, quero que imaginemos isso. Imagine o que poderia ser verdade em nosso dia se Deus se movesse de maneira fresca num derramamento de Seu Espírito em um avivamento genuíno?

Estamos falando sobre avivamento nestes dias: o que é e quais são algumas das características do avivamento. Ao olharmos para alguns dos avivamentos do passado, como Deus se moveu derramando Seu Espírito, vemos que uma das características comuns do avivamento é um extraordinário sentido da presença de Deus.

Foi isso que Denver experimentou no início de 1905 e, a propósito, durante o mesmo período em muitos outros lugares do mundo experimentaram simultaneamente, sem o benefício da comunicação em massa e da Internet e todas as facilidades que temos hoje.

Os puritanos costumavam falar de três aspectos da presença de Deus:

Primeiro, falavam da presença geral de Deus. Deus é onipresente. Ele está em toda parte. Para onde podemos ir ou fugir ou nos esconder da presença de Deus?

E então falavam de cultivar ou desenvolver a consciência da presença de Deus em suas vidas. É onde as Escrituras dizem: “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!” (Tiago 4:8). Através da graça que Deus nos deu, através de Sua Palavra, oração, comunhão, a Ceia do Senhor e outros meios, nos aproximamos de Deus.

Mas então falavam de algo com grande afeição e anseio, e isso era a presença manifesta de Deus – aqueles momentos, aquelas épocas na história em que Deus, por assim dizer, abria a cortina no céu e revelava Sua grande presença manifesta de uma maneira extraordinária ao Seu povo.

As Escrituras dizem que os tempos de refrigério vêm da presença de Deus, (Atos 3:20). Se precisamos de refrigério espiritual, temos a tendência de procurar em uma livraria cristã, num outro culto, numa outra conferência, ou em encontros com bons amigos cristãos, e esses são dons maravilhosos do Senhor, porém, em última análise, se quisermos experimentar tempos de refrigério interior profundo, vamos encontrar isso na presença de Deus.

Quando Deus manifesta Sua presença dessa maneira extraordinária da qual os puritanos falavam, as pessoas se sentem mais à vontade prostradas do que sentadas em seus bancos. Há uma maravilha, um temor, uma reverência. Silenciem-se; “O Senhor, porém, está em seu santo templo;

diante dele fique em silêncio toda a terra.” (Hab. 2:20)

Quando realmente entramos na presença de Deus, acho que não conseguimos fazer muito barulho. Há uma sensação de calma, quietude e silêncio diante d’Ele.

O apóstolo João diz em Apocalipse 1:17: “Quando o vi, caí aos seus pés como morto“.

Quando Isaías viu a presença de Deus no sexto capítulo de Isaías versículo 1, quando viu Deus “num trono alto e exaltado”, ele diz naquele trecho que até mesmo os umbrais do templo tiveram o bom senso de tremer na presença de Deus.

Se os umbrais tremem na presença de Deus, o que faremos quando virmos Deus como Ele realmente é? As descrições de Deus agindo entre Seu povo em avivamentos passados estão repletas de referências a esse extraordinário sentir da presença de Deus.

E gostaria de hoje e ao longo destes dias, ler para você e compartilhar alguns momentos históricos de avivamento, e de nos deslumbrarmos no agir de Deus quando aconteceram.

Comecei a ler alguns desses relatos quando era adolescente e descobri que meu coração ficava cativado com o que ocorria quando Deus vinha de maneira extraordinária em avivamentos.

Por exemplo, Deus moveu-se em um grande avivamento no início dos anos 1950 na ilha de Lewis, que é uma pequena ilha ao largo da costa da Escócia, nas Hébridas Exteriores.

Duncan Campbell foi um homem que Deus usou de maneira significativa nesse avivamento. Ele escreveu relatos de testemunhas oculares de alguns desses dias. E ele disse: “Tão tremendo foi essa consciência da presença de Deus que eu conheci homens que estavam trabalhando nos campos, e ficaram tão inundados com o que se passava com eles que caíam prostrados no chão.”

Você vê que é a presença de Deus, não apenas dentro das quatro paredes da igreja, mas até mesmo acompanhando as pessoas fora do prédio da igreja.

Ele disse: “Devido ao avassalador senso da presença de Deus, as igrejas estavam lotadas durante o dia e a noite, até as 5 e 6 horas da manhã.”

A única vez que conseguimos igrejas lotadas durante a noite hoje em dia é talvez quando temos acampadentro de jovens ou algo assim, mas geralmente não é porque as pessoas estão famintas por Deus, ou porque a presença de Deus as atrai como um ímã para estar com o povo de Deus e estar sob o ministério da Palavra.

Isso é o que está faltando, acredito, em tantas de nossas igrejas e em nossas vidas hoje, é essa consciência da presença de Deus. Sabe, eu acredito que mais acontecerá de valor eterno em apenas dez minutos de você ou eu, de nossa igreja, entrarmos na presença manifesta de Deus do que em uma vida inteira de cultos sem a presença de Deus.

Lembro de uma época, vários anos atrás, quando Deus estava se movendo em uma cidade em Indiana, e o ministério com o qual eu fiz parte por alguns anos estava realizando algumas reuniões lá. E foi mais do que reuniões, porque Deus se manifestou presencialmente.

Bem naquele momento que Deus estava agindo e trazendo convicção e um tremendo senso de Sua presença, havia um vendedor que estava passando pela cidade para visitar um parente que fazia parte daquela igreja.

Ele não tinha a menor ideia do que estava acontecendo na cidade. E ele conta a história de que assim que chegou à cidade, de repente foi cheio de um incrível senso de convicção. Ele foi dominado por esse sentimento avassalador; ele não tinha ideia do que estava acontecendo.

Ele parou em um posto de gasolina próximo e estava tão oprimido que disse ao atendente do posto de gasolina: “Você sabe o que está acontecendo aqui.”

E o atendente lhe disse (esta é uma história verdadeira): “Você não sabe? Deus veio à nossa cidade.” Foi uma visita da presença de Deus.

Cerca de 30 anos atrás, Deus se moveu de maneira extraordinária em um campus universitário da Asbury. 

Os alunos estavam tendo um culto normal, mas o que aconteceu naquele dia não foi nada normal e uma das grandes evidências daquela temporada na vida daquela escola (que em seguida, a propósito, se espalhou por todo o continente norte-americano) foi o tremendo sentir da presença de Deus.

Segue aqui o testemunho de algumas pessoas que testemunharam aquele avivamento. Um homem disse: “A presença de Deus era tão real que todos os outros interesses pareciam sem importância. O sino soou para as aulas começarem, mas foi ignorado.”

Outro professor comentou: “Rádio, TV, festas, jogos de bola e outras coisas simplesmente não tinham mais importância. As pessoas nem se importavam mais com o tempo. Elas até esqueciam de comer. Ficavam horas no santuário, mergulhadas na presença de Deus.”

E então ele concluiu: “Não há palavras que consigam realmente descrever completamente um momento divino. De uma forma indescritível, Deus estava ali conosco. Nós que estávamos presentes nunca mais conseguimos enxergar o mundo da mesma maneira depois dessa experiência.”

Anos mais tarde, um pastor foi aos Estados Unidos e lhe perguntaram qual foi a coisa que mais o impressionou sobre o cristianismo no Ocidente.

Sem hesitar, ele disse: “O que mais me surpreende no cristianismo desta parte do mundo é o quanto vocês são capazes de realizar sem Deus.”

E se o Espírito Santo fosse tirado de nossas igrejas? Quanto do que estamos fazendo agora continuaria seguindo em frente? São apenas coisas; é apenas atividade; é apenas agitação se não for acompanhado pela presença de Deus.

Raquel Anderson: Você ouviu Nancy DeMoss Wolgemuth explicando como um encontro com Deus mudará nossa maneira de pensar, agir e ver tudo ao nosso redor.

Nancy estará de volta com uma história para nos encorajar a depender de Deus. 

Se você está pronto para experimentar um pouco do que ouvimos hoje, aqui está o que você pode fazer. 

Estamos orando para que milhares de cristãos formem pequenos grupos e aprendam mais sobre o avivamento juntos. O livro de estudo “Buscando a Deus” vai te ajudar a se aprofundar mais na busca pelo avivamento pessoal. Esse material tanto pode ser usado como uma ferramenta para o estudo diário pessoal da Bíblia como também fornece perguntas de discussão para pequenos grupos.

Quais outras características podemos esperar ver quando o avivamento invade nossas igrejas e cidades? Descubra amanhã, quando Nancy DeMoss Wolgemuth falará detalhadamente sobre a função do Espírito Santo em nos convencer do pecado. Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.

Aqui está Nancy para encerrar nosso tempo de hoje.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Pare um momento e reflita sobre sua vida. Pense na sua família. Considere a sua igreja. Você diria que está vivendo sem realmente sentir a presença de Deus? Talvez você saiba que Deus está presente de alguma forma, e talvez esteja dando alguns passos para se aproximar mais Dele, mas você sente um desejo intenso por uma nova experiência, uma manifestação renovada da presença sobrenatural de Deus?

O profeta disse: “Ah, se rompesses os céus e descesses! Os montes tremeriam diante de ti!” (Isaías 64:1)

Raquel: No episódio de amanhã, falaremos sobre “Santidade”. Quando foi a última vez que você se entristeceu por causa do seu pecado: há um mês, um ano? Se não consegue se lembrar, talvez seja hora de um avivamento. Aguardamos você aqui, no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.