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Quem Precisa da Igreja? Dia 2: Um Organismo

Publicadas: abr 24, 2024

Raquel Anderson: Jesus está confiando na Igreja para continuar Sua obra na terra. Você acha que Ele preparou um plano B caso falhemos? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Deus não tem um “plano B” para transmitir Sua mensagem. Foi à Igreja que Ele deu a mensagem, o evangelho de Cristo. Ele não deu aos anjos para transmitir ao mundo. Ele não escolheu fazer isso usando outdoors. Ele escolheu o Seu povo e através do Seu povo coletivamente.

Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de Mulheres atraentes adornadas por Cristo, na voz de Renata Santos. 

Você sabe a diferença entre uma organização e um organismo? E o que isso tem a ver com o que estamos estudando no Aviva Nossos Corações esta semana? Bem, Nancy vai nos ajudar a entender isso melhor hoje, enquanto continua a série “Quem Precisa da Igreja?” Aqui está Nancy.

Nancy: Estou segurando em minhas mãos um feixe de gravetos. Todos estão amarrados juntos com esse cordão. Este feixe de gravetos… há uma espécie de unidade nesses gravetos. Todos têm mais ou menos o mesmo tamanho. Todos estão amarrados juntos, mas é apenas uma unidade organizacional. Esses gravetos não são realmente um. Você poderia tirá-los um a um; você poderia separá-los. Não há uma unidade orgânica. Não há uma unidade interna desses gravetos. A unidade é apenas externa. É apenas esse cordão que está segurando esses gravetos juntos. Isso é uma organização.

Uma organização é um grupo de pessoas organizadas para um propósito específico. “É uma estrutura”, diz o dicionário, “por meio da qual indivíduos cooperam sistematicamente para conduzir negócios; um grupo de pessoas que trabalham juntos.” Há algo que os une. Eles trabalham para a mesma empresa, ou frequentam a mesma escola, ou fazem parte do mesmo clube. Eles são uma organização.

Compare isso com a planta que está à minha esquerda. Ela tem um tipo de unidade totalmente diferente do que esse feixe de gravetos. Essa planta tem muitas partes diversas. Ela tem folhas; ela tem flores, mas há uma unidade interna nesta planta. Todas as partes diversas dessa planta são um crescimento de sua vida interna. É uma planta, e as diferentes partes da planta surgem dessa vida interna.

Essa planta não é uma organização; esta planta é um organismo. É uma unidade orgânica, não uma unidade organizacional. O dicionário define organismo como: “um corpo vivo, seja vegetal ou animal, composto por diferentes órgãos ou partes com funções separadas, mas mutuamente dependentes e essenciais para a vida do indivíduo. Um corpo composto por órgãos ou outras partes que trabalham juntos para realizar as várias atividades e processos da vida.” Isso é um organismo.

Distinguimos anteriormente a Igreja com “I” maiúsculo como todos os cristãos de todos os tempos em todos os lugares que fazem parte do corpo de Cristo. Isso é a Igreja com “I” maiúsculo. Então há a igreja local, minúscula “i”, e falaremos sobre isso mais tarde nesta série.

Ao pensar na Igreja, “I” maiúsculo, qual é? É uma organização ou um organismo? Algumas pessoas pensam na igreja como uma organização, apenas um grupo de pessoas que se juntam ao mesmo clube. Todas pagam suas mensalidades ao mesmo clube. Elas estão unidas porque têm o mesmo nome de sua igreja. É assim que eles veem a igreja como uma organização.

Mas ao olhar para as Escrituras vemos que a Igreja, “I” maiúsculo, não é uma organização de partes independentes que não têm uma verdadeira conexão orgânica entre si. 

Em vez disso, é um organismo; está vivo. Todas as partes são mantidas juntas porque estão conectadas a uma fonte central de vida. A Igreja, “I” maiúsculo, é composta por todos os cristãos que estão unidos com Cristo e, portanto, entre si.

É um organismo vivo. Há um relacionamento dinâmico e crescente entre os membros do corpo de Cristo. Ao pensar na Igreja, precisamos lembrar que há unidade através de Cristo. 

No Novo Testamento, foi um “mistério revelado”, disse Paulo, que os cristãos do Antigo Testamento não entenderam que um dia Deus reuniria pessoas muito diversas – judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres – e os tornaria todos parte de um corpo orgânico.

Não apenas os amarrando como esses gravetos estão amarrados em um feixe, mas realmente fazendo deles uma nova pessoa – o corpo de Cristo, o templo de Deus, a noiva de Cristo. 

A Igreja não conhece distinções raciais, de idade, socioeconômicas, culturais. 

Não é incrível que você possa ir à igreja e estar com o povo de Deus e perceber que pode se relacionar, pode se conectar com pessoas que são tão diferentes de você que, se não fosse pelo seu relacionamento com Cristo, você não teria nada em comum? Mas você tem tudo em comum porque está em Cristo! Estamos unidos uns aos outros. Uma noiva com um marido, há um rebanho com um pastor.

O Pastor John MacArthur destaca isso em seu livro, “The Body Dynamic” (A Dinâmica do Corpo, em tradução livre). Ele diz que há ramos em uma videira, um reino com um rei, uma família com um pai, uma construção com um fundamento, um corpo com uma cabeça. Ele diz que cada uma dessas ilustrações envolve um grupo relacionado ao mesmo líder perfeito, Jesus Cristo. Há uma unidade que temos em Cristo.

Então, precisamos lembrar, ao pensar na Igreja, sobre a centralidade de Cristo. Ele não é apenas a fonte de nossa unidade, mas é central. Ele é o núcleo; Ele é fundamental para a Igreja.

Eu tenho um amigo que é pastor e recentemente pregou uma série de mensagens para sua igreja sobre a Igreja. Ele me enviou suas anotações e fui impactada por um parágrafo. Ele disse: “Se você tirar Cristo da imagem e divorciar qualquer uma dessas metáforas de seu equivalente, a metáfora deixa de funcionar. 

Um corpo sem cabeça não está vivo. Não é um corpo; é apenas um cadáver. Um edifício sem fundamento não pode ficar em pé. É apenas um monte de destroços. Uma mulher sem marido não é uma noiva. Qualquer organização sem Cristo não é a Igreja.”

Observe  a centralidade de Cristo na Igreja.

Então, observe a propriedade de Cristo sobre Sua Igreja. A Igreja é Seu corpo; é Sua Igreja. Não é minha igreja que frequento ou sua igreja. É a Igreja de Cristo. Ele a possui. Ele a comprou com Seu sangue. A Igreja pertence a Cristo.

Perceba o senhorio de Cristo sobre Sua Igreja. A centralidade de Cristo, a propriedade de Cristo, o senhorio de Cristo – Ele é o cabeça. Ele está no comando. Ele é o chefe. Ele é o soberano Senhor de Sua Igreja. Isso significa que a Igreja deve estar em submissão a Cristo, sua cabeça.

Fico comovida ao pensar na presença de Cristo na Igreja. Alguém me disse recentemente: “Existe alguma igreja onde Deus realmente está, onde há a presença de Deus?” Eu sei o que ela quis dizer. O que ela quis dizer é que às vezes ficamos tão ocupados com nossos programas e nossos cultos e apenas fazendo coisas, e somos alheios à presença de Deus, e não sentimos a presença de Deus. Mas o fato é que, quer sintamos ou não, Cristo está presente em Sua Igreja.

Eu amo aquela imagem nos capítulos 1 e 2 do Apocalipse. É uma visão de Cristo que foi dada ao apóstolo João. E o que Cristo está fazendo naquela visão? Ele está em pé no meio de sete candelabros de ouro, e Ele está segurando sete estrelas em Sua mão direita. Você diz, “O que isso significa?”

Bem, aquele anjo explica a João o significado desta visão. Ele diz que os candelabros são as sete igrejas locais para as quais essas cartas são escritas. Sete igrejas locais. E o que Jesus está fazendo? Ele está em pé no meio dessas sete igrejas locais. Ele está lá. E as estrelas são os pastores, e Cristo as está segurando em Sua mão direita.

Em Apocalipse 2:1, a Escritura diz: “Estas são as palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro.”

Quem anda no meio da igreja? Às vezes, esquecemos que Ele está lá. Às vezes, ignoramos que Ele está lá. Às vezes, rejeitamos Sua presença, mas mesmo assim, Ele está lá.

Algumas daquelas igrejas que são mencionadas no livro do Apocalipse, algumas daquelas igrejas locais, eram um verdadeiro desastre. Algumas delas tinham alguns problemas graves para lidar. Mas Jesus estava lá, andando no meio delas. Ele estava observando. Ele estava supervisionando. Ele estava encorajando, repreendendo, corrigindo, instruindo, suplicando. Ele começou cada uma daquelas cartas às igrejas locais dizendo: “Eu conheço as tuas obras.” Como Ele sabe? Ele está lá. Ele vê.

Quando você se reúne com o povo de Deus, como o povo de Deus, o corpo de Cristo, para se encontrar como uma expressão local de Sua Igreja universal; Cristo está lá.

Pense nisso quando for à igreja. Cristo está presente. Nós O adoramos; nós cantamos; realizamos cultos; oferecemos nossas ofertas; ouvimos mensagens. Funcionamos fora das quatro paredes do edifício, funcionamos como a Igreja na presença de Cristo – nosso Salvador e nosso Senhor.

Percebamos o amor de Cristo por Sua Igreja. Considerar a Igreja com menos importância do que Cristo a considera é, de certa forma, agir de maneira contrária ao Cristo. Você não pode amar Cristo e não amar Seu corpo

Por mais falho que seja esse corpo, como Cristo amou Sua Igreja? De maneira sacrificial, desinteressada. Ele serviu Sua Igreja. Efésios 5:25, “Cristo amou a igreja e se entregou por ela,” (apesar da confusão que ela é). Ele está comprometido em redimi-la, restaurá-la, torná-la uma noiva linda. Ele se entregou por ela.

A Igreja não está sem problemas. Sua igreja tem problemas; minha igreja tem problemas. Aquelas expressões locais da Igreja – elas têm problemas, mas ainda é a Igreja Dele. É o Seu corpo. Corpos podem se machucar. Famílias podem ter dor e problemas. Prédios precisam ser mantidos e reparados. Uma noiva nem sempre tem a mesma aparência que tinha quando estava caminhando para o altar para encontrar seu noivo. Mas Jesus achou que valia a pena sacrificar Sua vida pela Igreja, e Ele o fez.

Timothy Dwight era neto de Jonathan Edwards, um dos líderes do Grande Despertar no século XVIII. No final do século XVIII e início do século XIX, Timothy Dwight era presidente da Universidade Yale. Ele estava lá quando Deus enviou um avivamento para o corpo estudantil em Yale. Ele escreveu um hino que é um dos meus favoritos. Ele disse:

Adoro o teu reino, Senhor,

A casa do teu abrigo.

A Igreja, salva por nosso bendito redentor 

Com o Seu precioso sangue.

Amo a tua Igreja, oh Deus.

Suas paredes diante de ti estão

Querida como a menina dos teus olhos

E gravada na tua mão.

Por ela, minhas lágrimas cairão.

Por ela, minhas orações ascenderão.

A ela, meus cuidados e minhas labutas serão dados

Até que as labutas e os cuidados terminem.

Você ama a Igreja? Jesus ama. Ele deu a vida por ela. Quero te dizer que isso é uma das maiores forças motivadoras na minha vida. É por isso que por anos e anos tenho dito que meu objetivo na vida é ser uma coordenadora de casamentos, ajudando a noiva a se preparar para o casamento.

Eu já vi muitas ou até mais confusões em igrejas do que você, provavelmente. Eu vi muito; ouvi muito. Eu sei que somos um desastre, mas sei que Jesus ama a Igreja e deu Sua vida por ela. Quero te dizer, meu objetivo na vida é entregar minha vida por Cristo e pelo Seu corpo, a Igreja.

Raquel: Essa é nossa apresentadora, Nancy DeMoss Wolgemuth, nos apontando para a verdadeira esperança para a Igreja. Ela continuará com a segunda parte em um momento. 

Talvez você tenha sido magoada por algumas pessoas na igreja ou testemunhado alguma hipocrisia, queremos convidar você para se aprofundar nesse tópico através do estudo chamado “Vamos à igreja”. Enviaremos esse PDF para você como forma de agradecimento, quando você fizer uma doação de qualquer valor ao Aviva Nossos Corações esta semana.

Para fazer sua doação, acesse www.avivanossoscoracoes.com

e clique na aba “doações” para informações bancárias e sobre o nosso Pix.  Após fazer sua doação, mande um email para contato@avivanossoscoracoes.com e nos informe sobre sua doação para que possamos enviar esse estudo a você.

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Então, nenhuma igreja é perfeita. Você provavelmente conhece muitos exemplos disso. Aqui está Nancy para esclarecer as coisas na segunda parte do programa de hoje.

Nancy: A igreja que você frequenta tem um boletim impresso que lista os anúncios e coisas que estão acontecendo na igreja? Eu sei que a minha tem e às vezes, apenas um pequeno erro de digitação pode fazer uma grande diferença em como um anúncio é lido. Eu encontrei essa lista de coisas que foram de fato publicadas em boletins de igreja.

  • “A audiência está pedindo para esperar até o final da recessão.”
  • “Grupo de apoio para baixa autoestima se reunirá na quinta-feira às 19 horas. Por favor, use a porta dos fundos. Isso é só para pessoas com baixa autoestima.
  • “Para aqueles de vocês que têm filhos porém não sabem, temos um berçário lá embaixo.”
  • “O pastor pregará sua mensagem de despedida, após a qual o coral cantará ‘Rompei em Alegria’. Faltou bom senso no planejamento na escolha do hino.
  • “Jantar comunitário: oração e medicação a seguir.”
  • “Não deixe a preocupação te matar. Deixe a igreja ajudar.”
  • “Vigilantes do Peso se encontrarão às 19 horas na Primeira Igreja Presbiteriana. Por favor, use a grande porta dupla da entrada lateral.”
  • “Irving Benson e Jessie Carter se casaram em 24 de outubro na igreja. Assim termina uma amizade que começou nos tempos de escola.”
  • “A reunião para soluções pacíficas marcada para hoje foi cancelada devido a um conflito.”
  • “Na próxima quinta-feira, haverá audições para o coral. Eles precisam de toda a ajuda possível.”

Todos esses anúncios são verdadeiros! E aqui está o último, um anúncio em um boletim de igreja para uma conferência nacional de oração e jejum:

  • “O custo de participar na conferência de oração e jejum inclui refeições.” Esse é meu tipo de conferência.

O ponto é que igrejas, assim como seres humanos, são falhas. Apesar do ideal, que é o que estamos discutindo nesta série, “Quem Precisa da Igreja?,” apesar do esplendor do incrível plano de Deus para a Igreja, não há uma igreja perfeita.

Nossas igrejas, de fato, estão cheias de defeitos, falhas e fracassos. Isso porque são compostas por pessoas – pessoas como nós… pessoas como eu… pessoas como você. Para algumas pessoas, quando se fala da igreja hoje, todo tipo de bagagem vem à tona. Algumas pessoas acham difícil pensar com carinho na igreja. Você pode sentir que sua igreja é seca, morta ou entediante. Pode pensar que ela se tornou tão grande que você se perdeu na multidão. Ou você pode estar tão ocupada servindo em sua igreja que a simples ideia de igreja embrulha seu estômago, te estressa. Você pode ter experiências passadas que fazem você associar a igreja à dor ou rejeição.

Mas quero te encorajar por alguns momentos a esquecer quaisquer experiências negativas ou dolorosas que você possa ter associado à igreja. Quero que pensemos no plano de Deus para a igreja. A igreja é destinada, projetada por Deus, a ser o contexto no qual cada parte da vida cristã é nutrida e moldada – nossa caminhada, nossa adoração, nosso testemunho e nosso bem-estar.

Vamos dividir esses pontos e explicar uma visão do que Deus pretendia que acontecesse dentro de nossas igrejas locais, dentro da comunidade de Cristo, dentro do corpo de Cristo, dentro da Igreja universal. Isso é o que Deus pretendia que acontecesse.

Primeiro de tudo, nossa caminhada: é o contexto para nossa caminhada, nosso crescimento para a semelhança de Cristo. Um bebê, uma criança, precisa de uma família para crescer. Se vai crescer até a idade adulta, precisa de um contexto para o crescimento. Não pode crescer sozinho. Precisa de um contexto. É isso que a igreja deve ser para os filhos de Deus. É um lugar de responsabilidade, exortação, correção, disciplina e precisamos de tudo isso em nossas vidas.

C.S. Lewis escreveu: “Cristo trabalha em nós de todas as maneiras, mas, acima de tudo, Ele trabalha em nós por meio uns dos outros.” Precisamos uns dos outros no corpo de Cristo para a nossa caminhada. É no contexto da igreja que nossas vidas devem estar sendo preparadas para o céu, preparadas para a eternidade.

É no contexto da igreja que aprendemos a levantar nossos olhos acima do que acontece em todo o resto do nosso mundo e de toda a nossa semana – para olhar além deste mundo com seus problemas, lutas e pressões e levantar nossos olhos e ver Cristo, ver o céu, ver a eternidade. É lá que nosso foco sobre a eternidade deve ser moldado.

É no contexto da igreja, e não quero dizer com isso apenas um culto que você frequenta no domingo de manhã, mas sim quando você faz parte da igreja que seu casamento deve ser construído, apoiado e protegido. É no contexto da igreja que nossas famílias devem ser criadas.

As crianças devem ser treinadas, idealmente na igreja, numa comunidade de cristãos comprometidos com o crescimento cristão e com a semelhança a Cristo e com o tornar-se tudo o que Deus quer que sejamos em nossa caminhada.

E é o contexto para a nossa adoração. A adoração não é apenas uma expressão individual entre eu e Deus. É também uma expressão corporativa; é uma expressão comunitária. É no contexto da igreja que celebramos a nossa fé, celebramos nosso Cristo e nosso Deus. É onde participamos da Ceia do Senhor. Essa é a nossa refeição familiar. É onde celebramos juntos a morte, a ressurreição, a vida de Cristo, a intercessão de Cristo e tudo o que Ele é para nós.

É onde cantamos… e acho lamentável que muitas de nossas músicas de louvor hoje digam “eu” e “meu” em vez de “nós.” Há porém um elemento em nossa fé que é muito pessoal e é muito privado, não há nada de errado com essas músicas que dizem “Eu te adoro”, mas precisamos de músicas que digam “Nós te louvamos, nós te exaltamos, nós te adoramos, nós te amamos, Cristo.” É um “nós”; somos uma família. O propósito de nossa adoração não é apenas nos fazer sentir bem. É honrar e abençoar o Senhor juntos.

A igreja é o design de Deus e o contexto para o nosso testemunho, para o nosso alcance no mundo, para o nosso testemunho ao mundo. Não apenas eu testemunhando pessoalmente para alguém que precisa de Cristo, mas nós testemunhando coletivamente enquanto o mundo nos observa e diz: “Veja como eles se amam! Veja como eles se dão bem uns com os outros. Veja como eles se ajudam. Veja como eles precisam uns dos outros.” As pessoas querem pertencer, e podemos mostrar o que realmente significa pertencer a uma família e a um corpo.

É a forma como Deus planejou para levar o evangelho ao mundo. Deus não tem um “plano B” para transmitir Sua mensagem. É à Igreja que Ele deu a mensagem, o evangelho de Cristo. Ele não deu aos anjos para transmitir ao mundo. Ele não escolheu fazer isso usando outdoors. Ele escolheu o Seu povo e através do Seu povo coletivamente.

É no contexto da igreja que o bem-estar dos outros assim como o nosso pode ser suprido. Quando a igreja está saudável e funcionando como deveria, não deveríamos depender do governo para atender nossas necessidades físicas, cuidar daqueles que são idosos, doentes, pobres, viúvas, órfãos ou desempregados. É responsabilidade da igreja cuidar uns dos outros, suprir as necessidades uns dos outros.

Enquanto meditava sobre isso, dois trechos do Novo Testamento me vieram à mente. Um quando uma cristã estava individualmente cumprindo essa responsabilidade. Lembra de Dorcas no livro de Atos, capítulo 9? As Escrituras dizem que ela sempre fazia coisas gentis pelos outros e ajudava os pobres. 

Quando ela ficou doente e morreu, o apóstolo Pedro entrou, e as Escrituras dizem: “Todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando-lhe os vestidos e outras roupas que Dorcas tinha feito quando ainda estava com elas.” (Atos 9:36–39) Esse era um exemplo da igreja trabalhando, cuidando do bem-estar das viúvas.

Não são apenas os cristãos individualmente que cuidam do bem-estar de outros cristãos, mas a igreja corporativa coletivamente. Em tempos de crise, a igreja frequentemente fornece ajuda. Penso na passagem em Atos, capítulo 11, onde os cristãos em Antioquia souberam que haveria uma fome mundial. Aquela igreja em Antioquia fez uma oferta para enviar aos seus irmãos e irmãs em Jerusalém. Veja como eles cuidam uns dos outros! (Atos 11:19–30)

É no contexto da igreja que não apenas o nosso bem-estar físico pode ser atendido, mas também nossas necessidades relacionais. As Escrituras dizem que Deus coloca os solitários em famílias. Eu estava conversando com uma amiga outro dia que é solteira, e ela estava expressando sua preocupação sobre envelhecer e ficar sozinha e como seria cuidada financeiramente.

Eu disse a ela, como já disse a outros, que essa é outra razão importante para todo cristão se envolver na vida de uma igreja local, uma família, um corpo, uma comunidade. Não apenas seu nome no rol da igreja, mas sua vida conectada à vida do povo de Deus.

A igreja é o lugar onde, idealmente, deveríamos poder receber conforto quando estamos de luto. Penso em todas as vezes na minha própria vida em que o corpo de Cristo esteve presente. Estou falando sobre a morte de meu pai por um ataque cardíaco, a morte de meu irmão em um acidente de carro.

Em tempos de perda pessoal e luto ou luta, o povo de Deus estava presente e caminhou comigo e me carregou e orou por mim em momentos em que eu não conseguia orar por mim mesma.

Eles estavam lá, atendendo às necessidades práticas, suprindo as necessidades relacionais, confortando na hora do luto. 

Ouça, você pode amar algum pregador de rádio ou televisão em particular. Mas vou te dizer uma coisa: ele não estará ao seu lado quando seu pai morrer. Isso aconteceu com um amigo meu nesta semana. Aquele pregador na TV ou no rádio, ele não vai chorar com você quando seu filho se rebelar. Ele não estará presente quando seu marido perder o emprego ou sua casa queimar em um incêndio, como aconteceu com a nossa família. 

Aquele pregador não vai ficar acordado até tarde da noite tentando ajudar a salvar seu casamento quando for necessário ou seu filho ou filha estiver perdido. Ele não será aquele a batizar seus filhos ou tentar ajudar a restaurar você quando cair em pecado. 

Precisamos da igreja; precisamos da comunidade de fé. Precisamos do corpo local de Cristo. Precisamos uns dos outros. 

Conversei com uma mulher há pouco tempo que estava no meio de uma grande crise. Ela acabara de ser demitida do emprego e, em questão de dias, soube que sua filha adulta havia tirado a própria vida. Apesar de estar passando por isso, essa mulher tinha uma paz incrível em meio à sua dor. 

Conforme começamos a conversar e eu tentando entender o que ela estava vivenciando. Claro, era a graça de Deus, mas você sabe como ela estava recebendo isso? Era por meio de sua igreja local. Ela morava naquela cidade há pouco tempo, um ano ou algo assim. Mas as pessoas em sua igreja local estavam presentes em sua vida. Alguém ofereceu milhas de passagem aérea para que ela pudesse viajar para o culto e funeral. As pessoas ofereceram um lugar para ela ficar quando voltasse para que não ficasse sozinha. As pessoas iam para sua casa, para estar com ela. 

O corpo de Cristo estava funcionando. Ele estava cumprindo o papel do que precisamos para nossa caminhada, nossa adoração, nosso testemunho, nosso bem-estar. Deve ser o contexto para a vida, o crescimento, o sofrimento, o serviço, a comunhão, para tudo o que precisamos fazer e ser durante essa vida entre aqui e o céu. 

Raquel: Esse conceito de estar “conectado” à vida uns dos outros é tão importante! Nancy DeMoss Wolgemuth tem nos mostrado que Deus realmente não tem um plano B para realizar Sua obra. Eu me pergunto se os escritores do Novo Testamento estivessem escrevendo hoje, será que diriam dessa forma? “Conecte-se à vida uns dos outros.” 

Gostaríamos convidar você para se aprofundar nesse tópico através do estudo chamado “Vamos à igreja” – Um guia para ajudá-la a aproveitar o máximo possível o que a igreja tem a oferecer e como encorajar o pastor ou líder de sua igreja. Enviaremos esse PDF para você como forma de agradecimento, quando você fizer uma doação de qualquer valor ao Aviva Nossos Corações esta semana.

Para fazer sua doação, acesse www.avivanossoscoracoes.com

e clique na aba “doações” para informações bancárias e sobre o nosso Pix.  Após fazer sua doação, mande um email para contato@avivanossoscoracoes.com e nos informe sobre sua doação para que possamos enviar esse estudo a você.

Você pode fazer parte da Igreja sem frequentar uma igreja local? Nancy abordará isso amanhã. Eu sou a Raquel Anderson, convidando você a voltar amanhã e estar aqui conosco no Aviva Nossos Corações

Para encerrar, aqui está Nancy mais uma vez para orar por nós. 

Nancy: Ó Senhor, eu amo a Tua Igreja, Teu reino, o lugar que Tu estás construindo para Ti mesmo. Como eu oro para que Tu avives a Tua Igreja, que Tu a restaures e a faça ser a bela noiva que um dia será apresentada a Ti no céu. Que possamos amar, nutrir e acalentar o Teu corpo assim como Tu fazes. Obrigada pelo presente da Igreja. Eu oro em nome de Jesus, amém.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.