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Refresh – Dia 5: Renovada na presença de Deus

Publicadas: Maio 17, 2024

Raquel: Shona Murray sabe que você é ocupada, mas ainda precisa priorizar algumas escolhas saudáveis.

Shona Murray: Acho importante ver o exercício, a alimentação  e o sono, como presentes de Deus. Eles não são luxos. Não são extravagâncias. Na verdade, são essenciais. Então, se você não priorizar essas três coisas em sua vida, está realmente comprometendo alguns recursos vitais.

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, na voz de Renata Santos.

No primeiro episódio desta série, Shona Murray compartilhou sobre um período em que passou por depressão. Ela estava desanimada e esgotada. 

Ao longo da semana, ela e seu marido David nos contaram como desenvolver padrões saudáveis de sono, exercício e descanso. E hoje, Shona falará como o Senhor finalmente a tirou do vale emocional em que estava. Aqui está Nancy.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Bem, eu não sei sobre você, mas eu realmente precisava dessa conversa com David e Shona Murray. Eu precisava deste livro chamado Refresh. Eu preciso mesmo é respirar fundo quando leio esse subtítulo: Vivendo no ritmo da graça em um mundo acelerado. 

Quero isso na minha vida e acredito que você também queira, já que está ouvindo esta série. E, o mais importante, acredito que é isso que o Senhor quer para nós.

Então, David e Shona, obrigada por ouvir o Senhor nessa jornada que vocês têm vivido, por deixá-Lo santificar vocês através de alguns incêndios, através de tempos realmente difíceis e escuros. E então, obrigada por compartilhar essa jornada conosco e pela sabedoria prática que vocês têm nos transmitido.

Obrigada por fazerem parte do nossos podcasts desta semana, e bem-vindos novamente ao Aviva Nossos Corações.

Shona: Estamos felizes por estar com você, Nancy. É um privilégio para nós.

David Murray: Sim, obrigado, Nancy. É maravilhoso refletir como Deus tem lidado conosco ao longo dos anos e lembrar quão fiel Ele tem sido em tudo, e Ele será até o fim.

Nancy: Sim. Amém. E, David, você relata a história de um amigo psicólogo seu a quem perguntaram como ele aconselha pessoas com depressão. Eu amei a resposta dele.

David: Sim. Fiquei muito intrigado em conversar com meu amigo psicólogo, um psicólogo cristão, sobre sua própria abordagem à depressão porque, cada vez mais, as pessoas estavam vindo até mim em busca de ajuda. 

Então eu disse: “Ei, você pode me dizer o que faz, apenas rapidamente, um ponto de partida, o que você faz quando alguém diz: ‘Estou realmente deprimido’?”

“Oh,” ele disse, “isso é fácil. Eu dou a eles três pílulas.”

Eu pensei: “Não… não é possível que ele disse isso…”

Nancy: Diga-nos quais são! Vamos vendê-las no Aviva Nossos Corações. São as pílulas da felicidade.

David: Ele deu uma risadinha quando viu minha reação. E eu disse: “Ok, quais são elas?”

E ele disse: “Bom sono, bom exercício e boa dieta.” E ele deu uma risadinha. Depois ele disse: “Agora, é claro, isso não é a resposta para tudo, mas são as bases. Tentamos isso primeiro antes de fazer qualquer outra coisa. E em muitos casos, de depressão leve a moderada, restabelecer esta base saudável pode trazer benefícios imediatos.”

Nancy: E nos impedir de ir mais a fundo na direção errada.

Shona/David: Sim.

David: Além disso, qualquer que seja a sua situação, a Palavra de Deus nos dá princípios gerais sobre sono, exercício e até sobre dieta, “Quer comais, quer bebais… fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31) “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.” (1 Coríntios 6:19-20)

Portanto, temos instruções bíblicas diretas sobre os imperativos morais e espirituais de cuidar de nossos corpos, mas não entra em detalhes. E é aí, acho eu, que a Palavra de Deus nos aponta para o mundo de Deus, para a ciência, para a pesquisa – boa ciência, boa pesquisa – que pode nos ajudar a preencher os detalhes dessas instruções.

Nancy: E nos dar sabedoria.

David: Sem dúvida sabedoria, sim. Existem milhares de pesquisas sobre a importância do sono, do exercício e também da dieta, é claro. Há muita variedade na dieta, mas você pode evitar os extremos e simplesmente focar nos fundamentos da nutrição, vitaminas e diferentes grupos alimentares e na importância de uma dieta equilibrada.

Nancy: Tudo isso realmente afeta como nos sentimos.

David: Sim. Eu costumo dizer às pessoas: “Se você duvida disso, vá comer em – eu não gostaria de citar um lugar, mas qualquer fast-food – por duas semanas e veja como se sente no final.” A comida afeta nosso humor.

Nancy: Afeta nossos níveis de energia, nossa capacidade de lidar com a pressão.

David: Sim.

Nancy: Vou compartilhar um testemunho aqui. Decidi há um mês mais ou menos, que precisava cortar o açúcar, que é tão altamente viciante e está fazendo diferença na minha capacidade de lidar com a pressão. 

Não estou dizendo “faça um deus de ‘não consumir açúcar'”. Mas essas coisas – qualquer coisa em extremo – vai impactar como nos sentimos e podemos responder à pressão.

David: Sim. Acho que essas duas áreas: comida e humor; comida e mente.

O que colocamos em nossas bocas afeta como nos sentimos e como pensamos.

A qualidade é determinada pelo que colocamos. Não é difícil encontrar boas pesquisas sobre essas coisas. 

Você não precisa se tornar fanática. Você não precisa se tornar uma extremista. 

Essa é, novamente, nossa tendência. Mas estabeleça bem a sua base – falamos mais a fundo sobre isso no livro – e espere por uma semana ou duas e comece a sentir e pensar de forma diferente.

Nancy: Bem, vocês falaram sobre muitas áreas práticas, e vocês expandem mais sobre elas no livro, Refresh.

Uma das áreas, Shona, que você mencionou no primeiro dia desta série, enquanto estava em um lugar profundo e escuro de depressão, ansiedade e muitos sintomas físicos e fisiológicos. Você era médica.

Shona: Sim.

Nancy: Você tratava outras pessoas, mas estava lutando muito pessoalmente. Você falou sobre isso no primeiro programa. Quero voltar a isso um pouco mais porque as pessoas têm muitas perguntas sobre isso, e é que um médico/amigo seu recomendou que você tomasse algum medicamento, um antidepressivo para ajudá-la a sair desse vale.

Eu não sei como você disse, mas neste livro, você escreveu uma seção muito útil sobre algumas coisas a ter em mente em relação à medicação. 

Claro, não estamos tratando as pessoas aqui neste podcast, mas sabendo que isso é tão comum hoje e que os médicos são muito rápidos – eles têm 15 minutos com você e estão tentando ajudá-la a se sentir melhor. Há muita predisposição em prescrever remédios.

E você é médica, então você dá algumas dicas, acho, realmente práticas e sábias a serem consideradas sobre antidepressivos, sobre medicação. Ajude-nos a pensar um pouco sobre isso.

Shona: A coisa chave sobre medicação e depressão é que você não deve se apressar nisso, mas também não deve recusar tomar medicamento. 

Eu nunca sonhei que estaria em uma posição em que fosse necessário, mas quando me encontrei num vale tão profundo e percebi que estava à beira de um precipício, sabia que havia uma coisa que eu poderia fazer na prática, que era tomar o remédio e vê-lo como um presente de Deus, sabendo muito bem que ele não seria a solução exclusiva para o problema. Nunca é.

Nancy: Não era uma pílula da felicidade que faria todos os seus problemas desaparecerem.

Shona: Não. Não é uma pílula da felicidade. Você não vai se sentir melhor amanhã. E você também não vai ficar viciado nela e ter horríveis efeitos colaterais e de abstinência. 

Há um pouco de especulação sobre isso, mas é muito importante lembrar que este é um presente de Deus, mas esteja consciente que essa é uma das várias estratégias que você precisa abraçar se for superar a depressão.

 O que ele faz é ajudar sua mente a se endireitar, para que você seja mais capaz de olhar para os outros fatores que a colocaram nessa posição em primeiro lugar, circunstâncias da vida, estilo de vida. 

Muitas vezes não é uma coisa que a levou a esse grau de burnout e, finalmente, depressão. E, é claro, você não deve esquecer também que em alguns casos há predisposições genéticas também.

Mas, se tudo o que eu tivesse feito fosse continuar na medicação, eu não estaria tão bem como estou hoje porque, ao longo do tempo, tive que entender a importância de avaliar a minha vida e focar nas três áreas-chave que David mencionou – sono, boa dieta e exercício.

Acredito que tinha uma alimentação razoável, porém costumava comer com pressa. Colocava minhas necessidades em segundo plano, até mesmo pulando minhas próprias refeições. 

Desde que as crianças e David fossem alimentados, eu poderia deixar de comer ou engolir minha refeição rapidamente, isso não parecia ser um grande problema – mas, na verdade, era um problema.

O exercício, que tinha sido uma parte tão importante da minha vida, tinha parado completamente. Então, havia toda essa adrenalina circulando no meu corpo, através do estresse e pressões diárias constantes, 24 quatro horas por dia e 7 dias por semana. 

Quer seja atendendo as necessidades das crianças ou questões de trabalho ou durante a noite quando os filhos mais velhos que estão na faculdade ligavam com problemas ou as crianças às vezes ficam doentes no meio da noite. Então tudo isso estava acontecendo tão rapidamente e danificando minha mente e minhas emoções e, em última análise, minha alma, minha vida espiritual. 

Não tinha para onde fugir. O exercício é quase como uma válvula de escape que você abre e deixa uma oportunidade para a adrenalina sair.

O exercício era uma parte tão importante da minha vida, e o fato de eu tê-lo interrompido, colocado na prateleira, assim como coloquei muitos dos meus cuidados pessoais na prateleira – um tempo de descanso, o tempo para relaxar. Eu havia parado com tudo.

Nancy: Porque você estava cuidando dos outros.

Shona: Estava.

Nancy: Mas então você chegou a um ponto em que não podia cuidar de ninguém.

Shona: Exatamente. Eu pensava: “Bem, os missionários foram para países estrangeiros sem confortos. Posso viver desde que eu tenha comida. Do que estou reclamando? Eu tenho confortos, água quente, eletricidade. Não preciso dessas outras coisas.” Mas eu preciso. Eu precisava.

Nancy: Isso me lembra quando você está em um avião, e eles falam sobre as máscaras de oxigênio. Eles dizem: “Se você estiver com uma criança, coloque a máscara sobre sua própria boca primeiro em caso de emergência, e respire, e então você pode ajudar seu filho a obter oxigênio.”

Se você não está respirando a graça de Deus e os meios de graça que Deus deu para oxigenar seu próprio corpo, alma e espírito, então o que você tem para dar a mais alguém?

Shona: Exatamente. Acho importante ver o exercício, a alimentação e o sono, como presentes de Deus. Eles não são luxos. Não são extravagâncias. Na verdade, são essenciais. 

Então, se você não priorizar essas três coisas em sua vida, está realmente comprometendo alguns recursos vitais.

E isso afeta você. Afeta sua família. Afeta muitas áreas da sua vida.

Então, resumindo, a medicação talvez seja necessária. Não tenha pressa em tomá-la, mas também não deixe para depois a ponto de ser tarde demais. Quanto mais fundo no buraco você estiver, mais longa será a escalada de volta.

Há pessoas que tentamos ajudar mas que ouviram coisas ruins sobre remédio, e dizem: “Não importa o que eu faça, nunca vou tomar remédios.” E talvez um ano depois, estejam em uma situação tão difícil que tenham que tomar, e pensam: “Se apenas um ano atrás eu tivesse concordado, ou pelo menos considerado esta opção, talvez eu não estaria nesta situação agora.”

 Eu vi situações com famílias que foram impactadas, e, sim, parte do motivo é que temos medo porque ouvimos coisas ruins. Temos medo de que não seja espiritual. Mas, para mim, havia uma questão de orgulho. E talvez isso seja, no fundo, o orgulho. “Se eu tomar medicação, não tenho mais tudo sob controle. Preciso aceitar que sou fraca.”

Isso significa que, se eu for ao oftalmologista, como fiz outro dia para verificar minha lente de contato, “Qual medicamento você está tomando?” E eu conto. Costumava dizer isso baixinho, esperando que eles não tivessem entendido direito. E acho que essa é uma das principais razões pelas quais as pessoas dizem: “Eu nunca vou; eu não vou.” Sim, elas têm preocupações espirituais, mas acho que a raiz disso pode ser muitas vezes o orgulho e, certamente, para mim, foi.

E não foi até eu estar desesperada que agarrei o remédio como um colete salva-vidas. Eu estava afundando.

Nancy: Sim. E o que apreciei, ao ler sua história, é que você não usou isso como um substituto de outras estratégias que ajudariam a reconstruir seu corpo, alma e espírito.

Shona: Exatamente.

Nancy: Foi como se isso lhe desse uma janela de oportunidade para recuperação e restauração, onde você poderia ter a capacidade de lidar com algumas dessas outras estratégias.

Shona: Sim. E há mais uma área que eu gostaria de enfatizar, também, e é a área espiritual.

Minha colega médica me disse, porque lembro de dizer a ela… Eu tinha acabado de entrar, e disse: “Olha, eu acredito que estou passando por uma grande depressão.” Eu não acreditava, mas sabia objetivamente que era o que eu deveria ver porque ainda pensava que isso era espiritual.

Então eu disse isso, e uma das coisas que mencionei foi: “Acho tão difícil orar, e não consigo me conectar com Deus.”

E ela me disse: “Shona, este é o momento em que você precisa que os outros orem por você.”

Eu encorajaria você, se estiver passando por burnout, estresse extremo, à beira do abismo, que, seja o que for que você faça, reúna outros ao seu redor, irmãs em Cristo ou pessoas próximas em quem você possa confiar, e seja honesta com elas. 

Conte a elas e permita que ministrem a você, porque muitas de nós estamos tão acostumadas a ministrar aos outros, mas permitir que outros ministrem na minha vida é muito difícil.

Nancy: Sim.

Shona: Mas é necessário, faz parte da humildade e aceitação de que: “Deus me colocou aqui por um propósito”, e eu me submeter a isso faz parte do processo.

Permita que os irmãos em Cristo compartilhem deste ministério de recuperação, orando por sua recuperação.

Nancy: E isso pode se tornar parte da santificação deles também.

Shona: Pode. Pode. Você não sabe quem está alcançando quando é aberta e honesta com as pessoas.

Nancy: Ah, acho que se pudéssemos realmente, em nossas igrejas, quer você seja um pastor ou esposa de pastor ou alguém como eu, sentada ali com meu marido, se pudéssemos realmente ver nos corações, mentes e almas das pessoas ao nosso redor que parecem estar indo bem e perceber quanto sofrimento, quanta dor, quanta disfunção, quanto desespero, desânimo existe, acho que ficaríamos surpresas.

Não nos conhecemos realmente o suficiente para saber como podemos orar uns pelos outros, como podemos nos encorajar uns aos outros.

Isso faz parte do nosso coração aqui no “Aviva Nossos Corações” – nosso desejo é que as mulheres se aproximem o suficiente umas das outras para se conhecerem, saberem como orar umas pelas outras, e poderem se apoiar mutuamente.

Shona: Sim.

Nancy: O outro extremo disso, porém, é ficar sempre contando tudo para todos, e isso tem seus próprios perigos.

Shona: Sim. Precisa de discrição.

Nancy: Sim.

Shona: Mas nesse ponto, você está em uma posição muito fraca e precisa pedir oração, pelo menos a uma pessoa na sua vida em quem confia.

Gostaria de dizer algo às mulheres solteiras. Você pode não ter um marido, mas o Senhor está perto de você. Você pode sentir que Ele está longe. Pode sentir que o único amigo verdadeiro que tem está tão longe, mas Ele não está.

Você é como uma criança no mercado que acha que se perdeu do pai ou da mãe. Já vi isso com meus próprios filhos. Estou parada em uma ponta do mercado, e vejo seus olhos aflitos achando que estão perdidos, começam a chorar e me procurar, mas o tempo todo eu posso vê-los.

Nancy: Você está de olho neles.

Shona: Deus está de olho em você.

Nancy: Sim.

Shona: Eu incentivo você a procurar alguém em quem confia, conversar com ela e compartilhar sua carga. Não é bom carregar um fardo sozinha. Essa mensagem é para você também, não apenas para casais casados.

Nancy: E eu, tendo sido solteira pelos primeiros cinquenta e sete anos da minha vida, posso atestar muitas, muitas vezes em que o Senhor me ministrou graça de maneiras que eu precisava desesperadamente e não sabia como obter, e como Ele trouxe pessoas para a minha vida.

Eu tinha que estar disposta a abrir minha vida para aquelas pessoas e dizer: “Preciso de ajuda! Preciso de oração! Preciso de encorajamento!” Em momentos em que parecia que não havia ninguém, penso no Salmo 142, que fala sobre “nenhum homem se importava com a minha alma; à direita e à esquerda, eu não podia encontrar ninguém”. Mas depois fala sobre o Senhor, nesses momentos, sendo um refúgio para a minha alma.

Então Ele coloca os solitários em famílias, os isolados Ele coloca em famílias.

Shona: Sim.

Nancy: Eu, pelo menos, sou muito grata por isso.

Shona: Que família melhor você pode ter do que a Igreja?

É interessante você dizer isso. Uma das coisas intrigantes sobre a depressão é que você pode estar cercada pelo amor e se sentir sozinha, totalmente sozinha, porque suas emoções estão tão desconectadas.

Num sábado de manhã, abri minha Bíblia, e novamente, sem conseguir realmente me conectar com as Escrituras, mas meus olhos se arregalaram quando vi Isaías 54 nesta parte específica. 

Era como se Deus estivesse gritando para mim. Eu era como uma rolha flutuando em um oceano tumultuado, e Deus estava chamando por mim e dizendo: “Escute-me”.

Vou ler para você essas palavras: Isaías 54:11-12

“Ó cidade aflita, açoitada por tempestades e não consolada, eu a edificarei com turquesas, edificarei seus alicerces com safiras. 

Farei de rubis os seus escudos, de carbúnculos as suas portas, e de pedras preciosas todos os seus muros. 

Todos os seus filhos serão ensinados pelo Senhor, e grande será a paz de suas crianças.”

E depois continua falando sobre a fidelidade de Deus a Noé. Fala sobre a mulher solteira e a esposa abandonada desde a juventude. Mas as duas coisas que, para mim, estavam dilacerando meu coração eram: Primeiro, eu perdi Deus. 

Segundo, o que vai acontecer com meus filhos? Não vou poder criá-los. Eles vão morrer sem Cristo porque sentem que a mãe deles morreu como uma réproba e apóstata.

Nancy: Esse era o seu medo no seu ponto mais profundo de sua depressão?

Shona: Meu medo profundo. Eu estava consumida de que Satanás me tinha em suas garras. Em certo momento, pensei: “Devo estar possuída por demônios. É isso que está errado comigo”.

E essas duas coisas, do nada naquela manhã, e a promessa de Deus: “Vou fazer isso por você. Vou reconstruir você com uma base e janelas que são belas, e vou cuidar também dos seus filhos.”

Eu me senti melhor? Não. Mas eu tinha algo em que me agarrar, como um apoio para colocar meu pé na beira do penhasco. Esse capítulo será precioso para mim para sempre.

Nancy: Então, Shona, Deus te tirou de um poço profundo, de um lugar escuro. Não aconteceu da noite para o dia.

Shona: Não.

Nancy: Você disse antes que foi realmente nos próximos três ou quatro anos que esse processo de restauração aconteceu.

Shona: Sim.

Nancy: Então, temos algumas mulheres ouvindo hoje que estão nesse poço agora. Dê uma palavra a elas de esperança, encorajamento.

Shona: Certo. Não há poço neste mundo tão profundo que Cristo não possa alcançar. Nenhum. 

Você pode sentir que Ele está longe. Pode sentir que O perdeu. Pode sentir que sua vida é como uma tempestade e que você está naufragada e que nunca mais navegará nos mares da vida com alegria, com paz.

Mas Deus disse: “Nunca te deixarei, nunca te desampararei”. Ele disse: “Quando passares pelas águas, estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão”. 

Ele prometeu salvar o Seu povo até o fim, não apenas até este ponto da sua vida. Não há um pecador por quem Cristo se entregou que Ele vai simplesmente abandonar no meio do poço da depressão.

Você pode sofrer até certo ponto durante toda a sua vida. Para mim, está sempre me assombrando porque sofri com isso, e poderia acontecer de novo. Mas eu sei disso: Deus me tirou de um poço temeroso. Ele fez por mim o que era impossível em nível humano. Para mim, foi um milagre.

Eu costumava chorar muito. Costumava dizer ao meu pai: “Pai, eu preciso de um milagre.”

Ele dizia: “Claro que você precisa.” E então ele dizia: “Deus pode fazer isso.” E Ele fez. E Ele fará.

Não importa o quão mal você se sinta. Não importa se você acha que perdeu Cristo. Cristo não pode te perder, senão Ele deixaria de ser. 

Você está tão segura em Cristo quanto Ele está seguro no amor do Pai. E isso nunca pode mudar. É inabalável.

Ele vai te tirar disso. Deus nos deu meios. Ele nos dá comida. Temos que pegar a faca e o garfo. Temos que pegar a colher para comer a sobremesa. 

Ninguém mais pode fazer isso por nós. Deus nos deu a comunhão cristã. Ele nos deu Sua Palavra. Ele nos deu exercício. Ele nos deu sono. E Ele nos deu remédio.

Cada uma dessas coisas, se você as receber como presentes de Deus e der a Ele a glória por cada uma delas, mesmo aquelas das quais você não tem tanta certeza, mas as receber com gratidão, Ele abençoará. 

E a chave é que, se você vir isso como Sua boa mão, Ele a abençoará. Um dia, você olhará para trás e se alegrará que suas aflições foram, sim, por uma temporada, mas produzirão frutos em sua vida de uma maneira que você nunca sonhou.

Nunca em meus sonhos mais loucos pensei que estaria sentada aqui hoje, não apenas com você, mas longe do meu próprio país, em um país distante, onde hoje estou aqui como cidadã dos EUA. 

É a coisa mais louca e maluca que eu poderia ter imaginado, mas aqui estamos—por causa da depressão—porque isso levou David a se interessar por isso.

Você pode seguir esses passos desde o começo. Se eu soubesse disso na época, teria facilitado? Um pouco. Mas Deus escolheu não nos mostrar nada disso. 

Temos que viver pela fé. E quando tudo mais falha, você tem que confiar em Deus. Ele sabe o que está fazendo.

Raquel: Shona Murray trouxe palavras de esperança a quem está no vale da depressão, como ela experimentou.

Ela e seu marido David têm conversado com Nancy DeMoss Wolgemuth, e já voltam.

Ao longo desta temporada de depressão, David e Shona aprenderam muito, e compartilharam suas visões em um livro chamado Refresh: Vivendo no ritmo da graça em um mundo acelerado“.

Shona é médica, e David é pastor. Eles trazem insights preciosos dessas experiências vividas.

Acredito que este livro vai ajudar muitos ouvintes a redefinir algumas prioridades e criar novos hábitos em torno de uma alimentação saudável, sono, exercícios e momentos de descanso. 

Acesse o nosso site e adquira hoje mesmo a sua cópia desse livro tão prático: www.avivanossoscoracoes.com 

Aqui está Nancy de volta com Shona e David.

Nancy: Obrigada, Shona e David. Essa semana foi muito enriquecedora—rica para a minha própria alma—e sei que também foi enriquecedora para nossas ouvintes.

David, você poderia encerrar nosso tempo orando por nossas ouvintes e pedindo a Deus que traga à memória as verdades que foram compartilhadas esta semana, necessárias na vida de nossas ouvintes e as faça enraizar em seus corações?

David: Nosso amado Pai celestial, agradecemos tanto por Seu amor constante e fidelidade, e por todos os meios que tens fornecido para Seu povo sofredor e aflito neste mundo. 

Nos deste a Sua Palavra. Nos deste Seu povo, Sua Igreja. Nos deste tanto para nossas necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais.

Tu és um Deus cheio de graça, cheio de bondade. Pedimos ajuda para receber essas graças, para receber esses presentes, e abraçá-los como sinais do Seu amor.

Lembramos das muitas ouvintes sintonizadas nesta transmissão, que estão no poço, passando pela escuridão, e sentem que não há esperança. 

Lembre-as, Senhor, mesmo através desta história de Shona e de nossa conversa, que sempre há esperança porque Tu é o Deus de toda esperança, o Deus de todo conforto.

Oramos para que as atraia para Si mesmo e as guie no uso de tudo o que lhes proporcionaste, e que elas possam consolar outros com o conforto com que foram confortadas por Ti.

Multiplique esses pães e peixes e use-os para um grande bem e nutrição espiritual. Continue abençoando Nancy e sua transmissão e sua equipe aqui. Continue usando-as poderosamente em um mundo necessitado e aviva muitos, muitos corações, em nome de Jesus, amém.

Raquel: Semana que vem iniciaremos a nova série chamada “Mentiras em que as mulheres acreditam”. Tenho certeza que essa série vai te trazer libertação de pensamentos e crenças que estão profundamente enraizados em seu coração, mas que não são necessariamente verdadeiros à luz da Palavra de Deus.

Nancy escreveu o livro “Mentiras em que as Mulheres Acreditam e a Verdade que as Liberta” e o livro “Mentiras em que Jovens Mulheres Acreditam”, com a coautora Dannah Gresh. Dannah estará aqui na próxima semana para nos contar como a verdade está libertando as jovens mulheres. 

Aguardo você na segunda-feira, aqui no Aviva Nossos Corações. Tenha um final de semana abençoado.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, à plenitude e à abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.