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Solteirice: fardo ou benção? Episódio 7

Publicadas: dez 13, 2021

Raquel Anderson: Uma mulher solteira deveria buscar ativamente o casamento? Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Não sou eu quem decide o que fazer com a minha vida. Não sou eu quem decide se serei solteira ou casada.

Raquel: Desde criancinhas somos ensinadas a escolher os amigos certos, a escola certa e a carreira certa. Então, por que não poderíamos escolher se vamos ou não nos casar? Vamos nos juntar à Nancy enquanto ela nos ensina a confiar em Deus mesmo na solteirice.

Nancy: Na última semana, estivemos olhando para 1 Coríntios 7 e falando sobre este tema do dom da solteirice – percebendo que ambos, o casamento e a solteirice, são um dom. Se você é solteira, então você tem o dom da solteirice. Se você é casada, então você tem o dom do casamento. Seja qual for o nosso chamado, vimos que devemos abraçá-lo, aceitá-lo como um chamado do Senhor, recebê-lo com gratidão e, então, devolvê-lo, fazendo dele algo que tenha valor eterno.

Caminhamos pelo sétimo capítulo de 1 Coríntios. Mas, como estamos concluindo esta série, quero me apoiar no parágrafo que precede 1 Coríntios 7, o último parágrafo do capítulo 6. Quero ler o que eu creio ser o ponto de partida, a base por trás de tudo que falamos e como isso se relaciona à solteirice e ao casamento.

Nos últimos dois versos de 1 Coríntios 6, Paulo diz, “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês,” Agora, para pôr isso em contexto, estou entrando em outra parte onde ele esteve falando sobre toda a questão da imoralidade e ao chamado do povo de Deus para viver uma vida que é moralmente pura – que seus corpos pertencem a Deus. Ele diz, neste contexto: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? (v.19). Verso 20, “Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.”

Falamos, como Paulo fez no capítulo 7, sobre casamento e solteirice, sobre servir ao Senhor, sobre pureza moral, sobre alguns destes assuntos que tocam a nós como mulheres solteiras e casadas. Acredito que este último parágrafo do capítulo 6 é o ponto de partida para todo o capítulo 7.

É daqui que partimos e para onde voltamos a fim de confirmar várias coisas. Primeiramente, que Deus vive em mim. Se você é filha de Deus, é incrível pensar que o seu corpo é uma casa para Deus. Agora, seja você casada ou solteira, isso dá à sua vida um significado importantíssimo. Isso significa que onde você vai é importante. O que você olha é importante. O que você faz com suas mãos, onde você vai com seus pés, o que você faz com sua mente, como você ama com o seu coração, a quem você dá esse coração, é realmente importante porque seu corpo é apenas um templo. Um lugar santo para o Espírito Santo. Deus vive em mim.

“Vocês foram comprados por alto preço,” Paulo diz, e as implicações são incríveis, pois significam que eu não pertenço a mim mesma. Não cabe a mim decidir se eu serei solteira ou se serei casada, se terei filhos ou não, onde vou servir, até onde irei, o que irei fazer. Essas decisões não são minhas porque, veja, eu não pertenço a mim mesma. Eu estou sob nova gestão. Eu tenho um chefe. Seu nome é Jesus.
Posso garantir que, depois de quase 40 anos de caminhada com o Senhor, servindo-O, não há Mestre e Senhor mais maravilhoso que se possa ter. Seu serviço é doce. É precioso. Seu jugo é suave e Seu fardo é leve. Isso não significa que não exista algo difícil pelo caminho. Mas há alegria, realmente há, em servir a Cristo.

Porém, parte disso implica que eu não sou de mim mesma. Então, para cada decisão da minha vida, eu preciso consultar o meu Dono. Ele tem o direito de fazer com a minha vida o que quer que Lhe agrade. Quando eu fui a Ele, confiei Nele como meu Salvador, e Ele me recebeu na Sua família, eu renunciei aos meus direitos. Agora, não há modo mais maravilhoso de se viver.

É assustador ver a vida dessa forma no começo da caminhada cristã. Mas uma vez que você cruzou essa linha e confiou em Cristo como o Senhor de sua vida, você passa a perceber que pode confiar inteiramente Nele para te levar na direção certa. Paulo diz “Porque todas estas coisas são verdadeiras, porque Deus vive em mim, porque Ele me comprou, porque Ele me possui, porque eu pertenço a Ele, então, eu devo glorificar a Deus.” este é o meu propósito de vida. É para isso que eu vivo. Apocalipse 4:11 nos diz que nós fomos criados para Seu prazer e para trazer alegria a Ele.

Então, a pergunta que nos cabe não é o que me trará alegria? O que me fará feliz? Eu vou lhe dizer que o que trará a você alegria é confiar e obedecer, render-se a Jesus como Senhor. Mas não é por isso que eu creio e obedeço. O alvo não é como eu posso ser feliz? O alvo é: como eu posso trazer prazer a Ele? Como eu posso glorificar a Deus? Como minha vida pode se tornar uma caminhada, um anúncio vivo de Jesus? Como minha vida pode dar ao mundo uma opinião correta sobre Deus? Glorificando a Ele com o seu corpo e com o seu espírito que pertencem a Deus.

Você e eu, sejamos solteiras ou casadas, somos chamadas para viver vidas que são centradas em Deus e centradas nos outros, não centradas em nós mesmas – chamadas para viver vidas para a Sua glória.

Penso que uma das coisas que mais me ajudou a realmente aproveitar os meus anos, mesmo como solteira, foi quando rendi a minha vida, ainda criança, a Cristo. Isso é assustador? Sim. Mas eu lhe digo, é tolice tentar caminhar sozinha porque não conseguimos. Nós sabemos como temos pouco controle sobre as nossas próprias vidas.

Algumas de vocês gostariam muito de se casar e não estão solteiras por escolha. Algumas de vocês gostariam de ter o dom do casamento e percebem que realmente não têm controle sobre esta questão. A chave para a alegria que encontrei na minha vida foi me render a Jesus como meu Senhor e dizer, “Senhor, é tudo Seu.”

Há outra passagem no Novo Testamento que toca nesta questão de rendição total a Jesus como Senhor. Está em Romanos, capítulo 12, começando no verso 1.

Quero encorajá-la a algum dia voltar e ler alguns versos do final do capítulo 11, porque há um contexto aqui. Paulo está falando sobre a sabedoria, a soberania e a grandeza de Deus. E nesse contexto, ele diz, “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.”

À luz do que Ele fez por você, como você poderia pensar em viver de qualquer outra forma? Ponha-se no altar e diga, “Deus, eu estou aqui. Inteira. Possua-me. Use-me. Controle-me. Enche-me. Faça o que o Senhor quiser com a minha vida.”

Paulo continua dizendo, no segundo versículo de Romanos 12, “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Pois bem, a verdade é que queremos que seja ao contrário. Nós queremos testar a vontade de Deus primeiro, descobrir o que é, fazer com que Deus coloque tudo num contrato, e depois daremos uma olhada e decidiremos se vamos ou não assinar.

Eu posso lhes dizer, moças, que eu realmente amo a vontade de Deus. Porém, nem sempre amo imediatamente cada ponto da vontade de Deus. Sim, eu já esperneei, gritei, me ressenti e resisti contra a vontade de Deus. Mas eu olho para trás, para o que Deus me mostrou da Sua vontade e digo, “Isso é bom!” Deus tem sido tão bom comigo, mesmo através de lágrimas e decepções, Deus tem sido fiel. Eu imagino que se eu tive qualquer arrependimento, foi apenas o de não ter confiado Nele mais.

Umas das minhas heroínas da fé é uma mulher chamada Dra. Helen Rosevere, que foi por muitos anos uma cirurgiã missionária no que seria na época o Congo Belga. Ela escreveu um livro maravilhoso. Creio que já saiu de publicação. Chama-se Sacrifício Vivo. Deixe-me ler para você uma porção do que ela escreve neste livro sobre o que significa viver a vida como um sacrifício vivo.

Ela diz, “Nós não temos nenhum direito exceto o de amar e obedecer a Deus, de sermos submissas à sua vontade e totalmente leais à Sua liderança. Ser um sacrifício vivo envolverá todo o meu tempo. Deus quer que eu viva cada minuto para Ele em concordância com a Sua vontade e propósito, 60 minutos por hora, 24 horas de todos os dias, sempre disponível para Ele. O que quer que eu esteja fazendo, seja uma rotina de trabalho assalariado ou o trabalho de casa, seja no tempo de férias ou livre, ou após o trabalho das atividades cristãs, tudo deve ser empreendido por Ele para revelar a sua presença àqueles que me cercam.”

“Ser um sacrifício vivo vai envolver tudo de mim, minha vontade e minhas emoções, minha saúde, meu pensamento, minhas atividades, tudo deve estar disponível para Deus para ser usado da forma que Ele decide, para revelá-Lo a outros. Ser um sacrifício vivo irá envolver todo o meu amor. Eu renuncio a todos os meus direitos de escolher quem eu vou amar e como, entregando ao Senhor o direito de escolher por mim. Devo trazer todas as áreas das minhas afeições ao Senhor para o Seu controle. Por ora, acima de tudo, eu preciso sacrificar meu direito de escolher por mim mesma. Eu preciso totalmente de Deus, para que Ele me use ou me esconda como Ele decidir. Como uma flecha na Sua mão ou em sua aljava, não farei nenhuma pergunta. Eu renuncio a todos os meus direitos a Ele que deseja o meu bem supremo. Ele sabe melhor.”
E isto é o que significa ser um sacrifício vivo. Paulo diz que é seu culto racional de adoração à luz de quem Deus é, e do que Ele fez por nós. Menos do que isso é tolice.

Raquel: Esta é Nancy DeMoss Wolgemuth com palavras de perspectiva para toda mulher solteira.

Nancy: Oh, Pai, como eu oro para que cada uma de nós faça da sua vida um sacrifício vivo. Algumas de nós fizemos isso no passado, mas hoje vivemos como se tivéssemos descido do altar. Então, eu oro para que ainda neste momento, possamos nos tornar um sacrifício vivo ao Senhor. Obrigada, Senhor, porque, enquanto fazemos isso, vamos descobrindo que Sua vontade é boa, agradável e desejável acima de qualquer outra coisa nos céus e na terra. Aceita, eu te peço, o sacrifício que nós estamos fazendo de nós mesmas a Ti. No nome de Jesus. Amém.

Raquel: O que você achou da nossa primeira produção em português de uma das séries de ensinamentos de Nancy que fala sobre o dom de ser solteira? Você compartilharia conosco nos enviando um e-mail? Gostaríamos muito de ouvir seu depoimento enquanto nos preparamos para trazer mais séries de ensino como esta. Você pode enviar seu e-mail para o contato@avivanossoscoracoes.com

E quando entrar em contato conosco, você consideraria fazer uma doação ao ministério Aviva Nossos Corações? Nós dependemos das doações de nossos ouvintes para atender às despesas contínuas de fornecer este rico ensino bíblico em português. Visite nosso site www.avivanossoscoracoes.com/doacoes para mais informações em como fazer uma doação.

Aviva Nossos Corações, com Nancy DeMoss Wolgemuth, é uma organização que faz parte do ministério ‘Life Action’.

Clique aqui para a versão original em inglês.