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Estamos levando nossas crianças a Jesus?

Por Stacey Salsbery

 

Os pais têm muito o que fazer atualmente. Há o peso  constante de ter que decidir quanto tempo de tela é demasiado tempo de tela. A culpa de alimentar os filhos com alimentos não saudáveis. O medo de tiroteios sem sentido, a ansiedade dos vírus, e o fardo de pagar por tudo que lhes dará uma ótima infância—essas são apenas algumas das preocupações com as quais luto diariamente.

Acrescente a isso a pressão para garantir que nossos filhos estejam lendo literatura clássica quando tiverem dois anos, digitando setenta e cinco palavras por minuto quando tiverem seis anos, e participando de vários esportes para que tenham opções na hora de tornarem-se profissionais, e eu preciso de uma soneca.

Mas um cochilo está fora de questão quando vejo nas redes sociais que uma mãe do time fez sacolinhas de guloseimas para todos os coleguinhas de seu filho, incluindo uvas do vinhedo de seu quintal e enfeites pessoais para a árvore de Natal – porque é uma época importante.

Então, secretamente pesquiso “vinhedos de quintal”, mas acabo descobrindo que abobrinhas crescem melhor no estado onde moro, Indiana. Então, antes que eu perceba, estou colocando abobrinhas e palitos de queijo dentro de saquinhos de guloseimas porque estamos numa época em que é importante ser saudável. Falando hipoteticamente, é claro.

Todas essas distrações, montanhas para escalar, padrões para manter, e não é de admirar que estamos cansadas. Mas o problema é o seguinte: estou realmente falhando com meu filho se não puder pagar um treinador particular, se ele não tocar piano, ou se não tivermos tempo para aulas de Kumon?

A resposta é não, caso você esteja se perguntando. Tudo ficará bem se nossos filhos não conseguirem lembrar onde está o Dó Maior ou não tiverem ideia de como construir um robô. Mas tudo não ficará bem se eles não conhecerem Jesus.

 

Nossos filhos precisam de Jesus

Além de dar o meu coração a Jesus, não posso fazer nada justo ou eterno (ver João 15:5). Sem Jesus me reconciliando com o Pai, eu não tenho nada. Só Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14 6). Não há como chegar a Deus, ser cercada por amor, justificada, feliz e com vida nova, sem Jesus. Isso é verdade para nós e é verdade para nossos filhos.

Honestamente, não existe nenhuma parte dessa vida para a qual eu não precise de Jesus. Eu preciso Dele para a salvação. Eu preciso Dele para minha sanidade. Eu preciso Dele para perseverança, perspectiva, amor e risos. E se eu preciso tanto do Senhor, então por que meus filhos também não precisariam?

Em um mundo onde a tecnologia tem tentáculos maiores do que uma água-viva gigante, a pornografia circula em nossos bolsos traseiros, e encontrar amigos piedosos é como descobrir um tesouro escondido, acredite, nossos filhos também precisam de Jesus.

No entanto, extremamente ocupadas com todas as nossas prioridades, estamos de fato levando nossos filhos a Jesus? E não me refiro apenas a levá-los à igreja aos domingos. Estou falando sobre conduzi-los pessoalmente e diretamente à presença do Deus santo.

 

Jesus ama e deseja nossos filhos

Pouco antes de Jesus seguir para Jerusalém onde seria crucificado em nosso favor, Marcos 10:13 diz:” Alguns traziam crianças a Jesus para que ele tocasse nelas…”
Quem seriam esses “alguns”, você questiona? Boa pergunta. Acho que eram mães ou pais, avós ou amigos próximos, pessoas que se preocupavam com o futuro dessas crianças.

Não sabemos o que motivou a corrida de crianças, mas a palavra usada para crianças nesse versículo pode se referir a qualquer idade, desde bebê até a pré-adolescência. Provavelmente não eram apenas famílias com crianças em idade pré-escolar na fila para ver Jesus. Nunca é tarde demais para levar seu filho a Deus.

Você pode imaginar como a vida daquelas crianças mudou? O que Jesus disse a elas? Pense apenas nisso. A mão que silenciosamente os esculpiu no ventre de sua mãe agora repousava visivelmente sobre cada uma em bênção. Esses pais não poderiam ter feito nenhum ato de amor maior do que levar seus lindos bebês para Jesus.

Mas os discípulos ficaram bravos. Como essas crianças ousavam atrapalhar a agenda. E Jesus também ficou um pouco bravo – com os discípulos. Marcos 10:14 diz que Jesus ficou indignado com os discípulos por bloquearem o caminho daquelas crianças. Claramente, Jesus não estava feliz. Voltando-se para os discípulos, Ele deu esta ordem: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.”
(v. 14).

Jesus dá um comando duplo, que literalmente diz: “Comece a permitir e pare de impedir”. E eu não acho que poderia haver palavra melhor para os pais do que essa. Comece a permitir! Pare de impedir!

 

Temos a responsabilidade de levar nossos filhos a Jesus

Como pais, temos muito controle sobre o que nossos filhos priorizam. A lista de maneiras pelas quais podemos evitar que nossos filhos cheguem a Jesus é longa. Podemos dar muitos exemplos. Mas temos uma boa notícia: a lista de maneiras pelas quais podemos incentivar nossos filhos a buscar a Deus também é bastante longa.

Podemos modelar o amor a Deus com a plenitude de nossos próprios corações. Podemos tornar o conhecimento e a presença de Deus uma prioridade em nosso lar. Podemos desligar nossos telefones e pegar nossas Bíblias. Podemos ler para e com nossos filhos, e conversar a respeito quando estivermos no carro, no sofá ou sentados à beira de suas camas.

Podemos continuamente encaminhá-los à oração. Podemos modelar confissão e arrependimento. Podemos lembrá-los da verdade quando eles estão lutando, e louvar a Deus com eles quando são vitoriosos.

Podemos parar de impedir e começar a permitir, filtrando cuidadosamente o que eles veem com os olhos e ouvem com os ouvidos. Podemos proteger seus corações protegendo suas mentes. Podemos dar-lhes limites que honrem a Deus e mantê-los próximos em família.

Nossos filhos não vão correr em direção a Deus por conta própria, mas podemos levá-los lá priorizando a busca por Deus. Repetidamente, podemos levá-los com confiança Àquele que os ama ainda mais do que nós. “Deixe as crianças virem a mim”, disse Jesus. Comece a permitir e pare de impedir!

Isso requer um sério esforço por parte dos pais. Talvez seja necessário sacrificar nosso tempo, estar dispostos a deixar de lado nossa própria agenda ou repensar as prioridades da família. Pode até significar que vivemos de maneira diferente do que a sociedade diz que deveríamos. Não é popular colocar Deus em primeiro lugar.

Mas não há maior ato de amor do que levar nossos filhos propositadamente a Jesus. Como pais, a coisa mais importante que podemos fazer hoje é preparar um caminho para levar nossos lindos bebês diretamente à presença de Deus. Não importa o dia da semana ou quão cansados possamos estar, levar nossos filhos a Jesus vale qualquer sacrifício que tenhamos que fazer.

 

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