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Adornadas Ep. 48: Não é necessariamente uma questão de idade, é uma pessoa ensinando outra pessoa através da maneira como vivem a verdade.

Publicadas: jan 16, 2024

Raquel Anderson: Aqui está Nancy DeMoss Wolgemuth.

Nancy DeMoss Wolgemuth: Todas nós devemos estar envolvidos em ensinar às mulheres mais jovens o que é bom. O mundo está vendendo todos os dias o que não é bom, e nós devemos ensiná-las pelo nosso exemplo e depois pelo nosso envolvimento em suas vidas.

Raquel: Este é Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de “Mulheres atraentes adornadas por Cristo”, na voz de Renata Santos.

Exploramos Tito 2:1-5 nos últimos meses na série chamada “Adornadas”. Nesta série, Nancy nos ajudou a entender muitos conceitos importantes. Ela nos ajudou a definir uma sã doutrina. Também ouvimos sobre envelhecer com graça. E fomos incentivadas a desenvolver relacionamentos de mentoria próximos.

Houve muito mais neste estudo aprofundado. Se você perdeu alguma parte, pode ter acesso aos episódios anteriores no nosso site www.avivanossoscoracoes.com.

Hoje é o último dia da série, e para encerrar, ouviremos uma visão geral de Tito 2:1-5 de Nancy e seu marido Robert Wolgemuth. Eles conversaram com Dan Jarvis, um pastor de sua região, sobre Tito 2. Ele estava pregando sobre o livro de Tito e sabia que se alguém pudesse compartilhar insights deste trecho, seriam Robert e Nancy. Vamos ouvir a conversa deles.

Dan Jarvis: Desde a criação, sabemos que Deus não tinha a intenção de que vivêssemos sozinhos como indivíduos. Ele nos proporciona relacionamentos para que possamos crescer em nossa fé e aprender a andar com Cristo. O que Tito 2 nos ensina é o desafio de desenvolver uma cultura na igreja que reflita isso.

Sinto que, de diferentes maneiras, vocês têm sido exemplos desse tipo de cultura. Eu me pergunto se vocês poderiam começar falando sobre por que é tão importante que o discipulado seja no dia a dia, e por que esse conceito de mentoria… De todas as coisas que Paulo poderia ter falado em Tito, que é um livro relativamente curto, por que ele destaca esse conceito como sendo tão importante?

Robert Wolgemuth: A verdade é que os princípios na vida, as coisas importantes na vida, são capturados, não ensinados. Isso acontece enquanto você está vivendo a vida um com o outro. Então esses princípios são interessantes, talvez desafiadores, mas transformadores quando você os vive na vida real.

A maneira de transferir esse conceito de uma pessoa para outra é vivendo. Portanto, essa é uma conversa muito importante – a ideia de passar a verdade de uma geração para a próxima, ou de uma pessoa para outra, ou de uma pessoa mais velha para uma mais jovem – ou mesmo como diz 1 Timóteo 4:12: “Ninguém o despreze por você ser jovem; pelo contrário, seja um exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, no amor, na fé, na pureza.” Em alguns casos, a mentoria vai de mais jovem para mais velho.

Não é necessariamente uma questão de idade. É uma pessoa ensinando outra pessoa através da maneira como vivem a verdade. 

Nancy: Acho que tendemos a ser tão individualistas na cultura ocidental. É o meu crescimento, minha fé e meu relacionamento com Jesus. Mas na verdade, se você analisar a Escritura, o relacionamento com Deus acontece na comunidade.

Fomos feitos para a comunhão. Fomos feitos para o relacionamento. A Trindade opera dessa maneira. O Pai, o Filho e o Espírito Santo têm papéis diferentes, mas são um, são unificados. Eles são uma essência, mas operam de maneiras diferentes. E isso é um padrão para nós. Então, precisamos uns dos outros para crescer em nossa fé.

Adoro a maneira como Paulo esclarece isso aqui, conforme Dan tem nos guiado nas últimas semanas. Vemos no capítulo 1 como os líderes precisam ser. Eles precisam ter vidas exemplares. Eles realmente precisam conhecer a Palavra de Deus para que possam ensiná-la e refutar aqueles que a contradizem.

Depois, no versículo 1 do capítulo 2 que Dan acabou de ler, “Quanto a você, Pastor Tito, ensine o que está de acordo com a sã doutrina.” Ele está dizendo: “Mas não é só isso, não é só ensinar. É importante. É preciso ser posto em prática: Como podemos viver isso no dia a dia?”

Ele diz às pessoas mais velhas na igreja, talvez mais velhas espiritualmente, ou mais velhas cronologicamente: “Em primeiro lugar, precisamos de vocês, pessoas mais velhas”. É isso que ele está dizendo aqui. “Não fiquem de fora e pensem que seus dias de servir e ministrar e dar frutos acabaram. Precisamos de vocês. Mas o que precisamos que vocês façam é viver uma vida que demonstre o que é a sã doutrina.”

Ele diz: “Vocês precisam passar o bastão da fé. Não o guardem apenas para vocês. Vocês precisam passá-lo para aqueles que são mais jovens na fé ou mais jovens em idade, para que eles possam observar a sua vida e você possa treiná-los a viver esse tipo de vida. Porque se não fizermos isso, então a próxima geração não será evangelizada. Eles não conhecerão a sã doutrina, não saberão como vivê-la, não saberão como aplicá-la no dia a dia.”

Tantas das crises que enfrentamos hoje em dia… até mesmo na igreja hoje em dia há muitas pessoas que não têm uma cosmovisão cristã, não sabem pensar como cristãs, não sabem viver como cristãs, porque não adotaram esse paradigma em suas vidas. A maioria dos cristãos apenas escutam o pastor falar de púlpito sobre isso.

Mas Paulo está dizendo: “É assim que isso se torna parte da essência da Igreja. Vivemos a vida cristã e conversamos sobre ela uns com os outros.” Nos reunimos individualmente e em pequenos grupos, trocamos ideias nos corredores antes e depois dos cultos e de segunda a sábado, nas interações de nossas vidas, modelando e ajudando uns aos outros a amar e fazer o bem, a viver a sã doutrina.

Este trecho deixa bem claro. Não há nada na Escritura sobre o cristianismo solitário. Esse não é o caminho de Deus. Eu preciso de você. Você precisa de mim. Precisamos uns dos outros. Isso é verdade na família, na família biológica, mas também é verdade na família de Deus.

Robert: Eu acabei de me mudar… minha casa ficava a dez quilômetros de um lugar chamado “O Lugar Mais Feliz da Terra”. Adivinha onde era? Walt Disney World. O interessante é que eu também morava a sessenta quilômetros do lugar mais triste da Terra.

Há um lugar na Flórida, cheio de pessoas mais velhas. É enorme e é uma oportunidade perdida para fazer exatamente o que você está falando. Lá vivem pessoas com experiência de vida, que poderiam compartilhar suas experiências com pessoas mais jovens. Os jovens precisam saber o que essas pessoas mais velhas sabem, precisam saber o que experimentaram, eles precisam alertar as pessoas mais jovens a não fazerem o que der na cabeça.

Então, essas pessoas estão todas juntas, assistindo TV, jogando cartas, ou dançando. Eu não tenho problema com nenhuma dessas atividades, mas que grande oportunidade a Igreja teria se integrasse os idosos, onde estes pudessem ser um exemplo para os mais jovens na fé. Seria algo poderoso.

Dan: Você já notou – talvez isso seja uma questão cultural americana – mas acho que temos a tendência de olhar para um trecho como este e imediatamente tentar sistematizá-lo ou formalizá-lo em programas e dizer: “Vamos formar pares de mentores” ou algo assim. Eu não imagino que funcionasse assim no Primeiro Século. Como você vê isso se concretizando – apenas sendo intencional?

Robert: Apenas sendo intencional. Você está certo. Não é um programa. É o entregador da UPS que está em sua casa por três minutos, ou um pedreiro que quer fazer um orçamento e está olhando a sua casa, ou alguém no supermercado. Nancy faz isso o tempo todo. De repente a vejo orando com alguém que acabou de conhecer no estacionamento .

Esse contato acontece às vezes formalmente, e isso é importante, mas às vezes de forma muito informal, muito espontânea.

Nancy: Situações assim podem acontecer e acontecem muito nos corredores – quando estamos reunidos e interagindo uns com os outros antes e depois dos cultos. Eu amo essas conversas do tipo: “Como vai? Como foi sua semana? Como está indo o seu casamento? E quanto à luta que você tem enfrentado, como está indo? E aquele filho pelo qual você estava preocupada?”

Devemos ser intencionais ao fazer perguntas… Robert recebeu uma ligação no outro dia de alguém que era um amigo de longa data, e a primeira pergunta foi: “Qual é a maior luta em seu casamento?” Foi isso que essa pessoa perguntou a Robert ao telefone. O que você respondeu, querido?

Robert: Eu disse: “Está ensolarado e quente aqui. Um dia lindo em Michigan.” Foi o que eu disse. “Reid, não é da sua conta, obrigado.”

Nancy: Não. É da nossa conta. Acho que, se tivermos esse tipo de conversa em que não estamos apenas falando sobre quem ganhou ou perdeu o jogo de ontem à noite, mas estivermos nos envolvendo na vida um do outro…

Eu tive um pastor na faculdade, Dr. Ray Ortlund, que costumava dizer: “A maioria das igrejas hoje em dia são como um saco de bolas de gude – as pessoas apenas batem e batem umas nas outras. Mas deveríamos ser como um saco de uvas, que quando pressionadas, produzem suco e assim uma identidade é formada.” E isso acontece quando conversamos.

Adoro aquele versículo em Malaquias 3:16: “Então aqueles que temiam o Senhor falaram uns com os outros, e o Senhor ouviu o que disseram. Na presença dele, foi escrito um livro memorial para registrar os nomes dos que o temiam e que sempre honravam seu nome.”

Quando conversamos, devemos ser intencionais, não apenas sobre as coisas superficiais:

“Oi. Como você está?”

“Bem.”

Se você está bem, ótimo, mas muitas vezes acho que dizemos que estamos bem, mas o que realmente precisamos dizer é: “Estou passando por uma situação super difícil. Você pode orar por mim?” ou você pode perguntar: “Como posso orar por você?” É no dia a dia, nesse tipo de conversa intencional onde muito crescimento, discipulado e mentoria acontecem.

Robert: Isso é muito verdade.

Dan: Robert, você compartilhou algo anteriormente que eu gostei e que simplifica um pouco. Você compartilhou um princípio chamado PTB. Isso pode nos ajudar a estruturar relacionamentos de discipulado. O que é isso?

Robert: Em 2005, fui convidado a fazer o discurso de formatura na Universidade Taylor, onde me formei. Então eu disse aos formandos: “Vou falar hoje sobre PTB, e, não, isso não significa “Pretty Terrific Baritone” (o grupo que cantou e foi incrível).

Significa Paulo, Timóteo e Barnabé, e como é importante para nós ter esses três tipos de pessoas em nossas vidas. 

P, para Paulo. Um Paulo é alguém diante de quem você se senta. Na verdade, eu disse a esses formandos: “Vocês estão deixando muitos Paulos em suas vidas, muitos desses professores.” Eu olhei para os professores com suas estolas engraçadas e chapeus quadrados, e disse: “Vocês foram Paulos para esses alunos, e agora eles terão que encontrar alguém para ocupar seu lugar.”

 

É super importante estar com pessoas que estejam mais avançadas em fé do que nós, às quais possamos fazer boas e difíceis perguntas. Então, Paulo.

T, para Timóteo – seja você um Paulo para outra pessoa. A câmera está sempre ligada. O microfone está sempre aberto. Isso significa que, em minha vida, alguém está sempre observando, alguém está sempre ouvindo. Isso tem impacto sobre como falo, como ajo. Se eu segurasse uma câmera na sua frente e dissesse: “Ok, vou gravar esta conversa”, você seria diferente. Não podemos evitar. Certo?

Talvez uns vinte anos atrás, eu estava na cabine de transmissão de um jogo de beisebol da liga principal. Na verdade, eu estava lá com um amigo meu. Então éramos nós dois com o locutor, e o microfone estava desligado. A câmera estava desligada. A luz vermelha estava desligada.

O locutor falava como um marinheiro bêbado. Era um palavrão a cada duas palavras, incrível! E a luz se acendeu, e ele mudou completamente seu vocabulário. Agora, o que me surpreende é que ele conseguiu fazer isso, senão teria perdido seu emprego imediatamente se tivesse esquecido que a luz vermelha estava ligada.

Mas para todos nós, a luz vermelha está sempre ligada. Seus filhos, seu cônjuge, seus vizinhos, eles estão observando, escutando, especialmente se sabem que você veio da igreja e estão tentando ver que diferença isso fez em sua vida. Então… um Paulo, um Timóteo.

E B, um Barnabé – alguém que te diga: “Você consegue”. Precisamos dessa nuvem de testemunhas. Assim, o cristão entra no jogo com uma vantagem de campo, todos nós. A multidão não está zombando, está aplaudindo. Está torcendo por nós.

Minha mãe, que está no céu desde 2005, era a encorajadora na minha vida. Meu pai era aquele que dizia: “Pegue suas meias. Sente-se direito. Não se atrase.” Esses são os valores fundamentais do meu pai. Mas minha mãe dizia: “Você consegue. Eu acredito em você.” Havia momentos ou situações, na minha infância ou adolescência, em que eu não me sentia capaz. Às vezes, eu me sentia como um adolescente atrapalhado. Minha mãe me dava esperança e me encorajava. Ela foi um Barnabé na minha vida.

A alegria é que podemos ser Paulo, Timóteo e Barnabé para outras pessoas, e isso é super importante. E no contexto de Tito 2, onde mentoreamos a próxima geração, os amigos, é algo que precisamos ter sempre em mente.

Dan: Obrigado, Robert. Nancy, é a sua vez de falar às mulheres na igreja hoje.

Nancy: O que eu amo nesse texto, e o Dan tem feito um ótimo trabalho ao nos dar o contexto de por que isso está aqui e por que importa. Nesse contexto temos um grupo de cristãos, pessoas mais velhas, pessoas mais jovens. Mulheres, que nessa cultura muitas vezes nem eram vistas. E talvez elas se perguntassem: “O que minha vida importa? Será que realmente tenho um propósito? Sou necessária nessa comunidade de fé?”

 

O contexto em que estão inseridos aqui é durante o Império Romano, com Nero respirando fogo pelo nariz e cristãos sendo perseguidos, e cristãos tentando descobrir como a igreja pode sobreviver – essa igreja nova e florescente, que era tão radicalmente contracultural e agora ameaçada de ser extinta. E vemos como a igreja tem sido ameaçada em nossa própria cultura nos dias de hoje. Mas como podemos não apenas sobreviver?

Paulo está interessado em como a igreja pode prosperar em uma cultura onde ela não se encaixa. Além de prosperar, como o evangelho pode ser passado de uma geração para outra, para que a cultura seja transformada, para que multipliquemos – que é o tema que Dan tem nos ajudado a ver neste texto.

Nesse contexto, Paulo diz no capítulo 1: “Você tem que ter líderes que vivam a verdade. Eles são os exemplos. Eles devem conhecer a Palavra de Deus para poder ensiná-la e refutar aqueles que a contradizem.”

Mas então ele se volta para nós, mulheres, no capítulo 2, versículo 1, ele não deu ao pastor Tito a tarefa de discipular as jovens mulheres.

Robert: É isso mesmo.

Nancy: Ele disse a Tito: “Ensine todo o corpo o que está de acordo com a sã doutrina. Ensine a verdade. Estabeleça essa base para que eles possam ter uma fé sólida”.

Então ele se volta para as mulheres mais velhas logo depois de ter se dirigido aos homens mais velhos. E quando pensamos nesse grupo demográfico, especialmente naquela cultura, ou mesmo na nossa cultura, que poderia se sentir marginalizado ou não necessário. Ele diz: “Mulheres mais velhas, vocês são necessárias. Vocês são muito necessárias se essa igreja quiser sobreviver, prosperar e cumprir sua mensagem, sua missão no mundo.”

Sou tão grata por fazer parte de uma igreja que tem muitos cabelos grisalhos – não apenas cabelos grisalhos -, mas uma comunidade que honra pessoas em seus setenta, oitenta e noventa. Ele diz: “Mulheres mais velhas, seu trabalho não está terminado. Em primeiro lugar, vocês têm que viver essa mensagem. As mulheres mais velhas, da mesma forma que os homens mais velhos, devem ser reverentes em seu comportamento.”

O que isso significa? Bem, ele aponta duas coisas aqui. Primeiro: Elas não devem ser difamadoras. E segundo: Elas não devem ser escravas do vinho em excesso – o que acho muito interessante.

Por que o apóstolo Paulo diria às mulheres idosas da igreja: “Não fiquem bêbadas”? Como assim? As mulheres estavam bebendo de forma descontrolada? Eu não sei. Mas o que temos claro é que ele está falando com elas em áreas onde talvez pudessem ficar descuidadas. “Então”, ele diz, “se vocês vão ser reverentes em seu comportamento, aqui está como demonstrar isso: A maneira como vocês falam e um estilo de vida controlado.”

Então talvez não seja vinho. Talvez seja outra coisa – talvez seja comida, talvez sejam jogos de cartas, talvez sejam livros que não edificam, talvez seja TV, talvez seja seu celular – vivam uma vida que demonstre que vocês honram e respeitam e temem o Senhor, tanto na forma como falam como com seus hábitos.

E então ele diz: “Seu trabalho não termina aí. Vocês não devem apenas ser um bom exemplo, mas também, as mulheres mais velhas têm um trabalho na igreja. Elas devem ensinar o que é bom e assim treinar as jovens.”

Acho que, quando pensamos em ensinar e treinar, pensamos em PowerPoint ou dar aula na escola dominical. Isso não é de todo o que Paulo tinha em mente aqui, eu não acho. Ele está dizendo: “Cada uma de nós, como mulheres mais velhas no Corpo de Cristo, todas nós devemos estar envolvidas em ensinar às mulheres mais jovens o que é bom.”

O mundo está oferecendo todos os dias o que não é bom, portanto, devemos ensiná-las pelo nosso exemplo e depois pelo nosso envolvimento em suas vidas o que é bom e treiná-las. Então, se a demografia mais jovem, as mulheres mais jovens na igreja, não forem treinadas a amar a Cristo, a viver o evangelho, a viver a vida cristã, então não podemos simplesmente olhar para elas e criticar e dizer: “Ah, essas jovens. Olha só a maneira como se vestem, a maneira como falam. Estão todas se corrompendo. Alguém deveria… O pastor deveria lidar com isso…”

Ele está dizendo: “Mulheres mais velhas, vocês são as responsáveis por isso. Vivam uma vida que seja digna de ser seguida, que crie fome e sede nessas mulheres mais jovens, e depois se envolvam em suas vidas.”

Isso não significa necessariamente uma aula de domingo. Não significa necessariamente um grupo pequeno que você lidera. Não significa que você tem que ter o dom de ensinar. Significa que você está apenas envolvida no do dia a dia dessas mulheres, treinando essas jovens mulheres.

E olhe para o currículo: Amar seus maridos.

Robert: Eu amo essa parte. (risos)

Nancy: Meu marido adora que esteja escrevendo um livro sobre como amar seu marido.

Robert: Eu adoro.

Nancy: E sou muito grata pelas mulheres mais velhas. Não pratiquei esse ensino até ter cinquenta e sete anos – a parte de amar o marido. E sou muito grata por ter mulheres mais velhas, nesta igreja, que me mostraram como isso é possível e sempre me apoiaram. Eu já sabia bem a teoria, mas agora estou aprendendo na prática.

Ensine-as a amar seus maridos, a amar seus filhos – você pensaria, aliás, que essas coisas viriam naturalmente, mas aparentemente não. O que vem naturalmente para mim é me amar. Então, Paulo está dizendo: “Precisamos de modelos de como viver vidas altruístas, e precisamos de pessoas que entrem na vida umas das outras e as ajudem a fazer isso, ajudem a passar essas habilidades para a próxima geração.”

“Devem instruir as mulheres mais jovens a amar o marido e os filhos, a viver com sabedoria e pureza, a trabalhar no lar, a fazer o bem e a ser submissas ao marido.” Poderíamos explorar cada uma dessas habilidades, mas adoro o resultado aqui. Ele diz: “Para que a Palavra de Deus não seja difamada.” (Tito 2:3-5)

Se não vivermos dessa maneira, se não passarmos essas ferramentas, esses recursos, esse estilo de vida para a próxima geração, as pessoas olharão para os cristãos da forma como vivemos, que não é digna de Cristo, e desprezarão a Palavra de Deus. Eles difamarão a Palavra de Deus.

E então o lado positivo disso, se eu puder pular para o verso 10 por um minuto, depois que ele passa por todas essas mulheres mais velhas/jovens, o final disso é: “Para que em tudo adornem a doutrina de Deus, nosso Salvador.” Nós a vestimos. A tornamos bonita. Fazemos os outros perceberem o quão bonita ela é.

Isso não é apenas “Faça-as fazer essas coisas”. Ele diz: “Mulheres mais velhas, estamos ensinando às mulheres mais jovens o que é bom, o que é bonito, e então juntas como um corpo, podemos adornar a doutrina de Deus, para que quando as pessoas olharem para a forma como vivemos de segunda a sábado, elas digam: ‘Uau! Isso é incrível. Isso é lindo’.”

Robert: Sim.

Nancy: E isso acontece, como Dan mencionou, não tanto em um ambiente estruturado e formal, embora tenhamos alguns, como este e grupos pequenos, mas acho que acontece mais frequentemente no dia a dia.

Provavelmente, ao longo dos anos, tive uma dúzia de jovens casais morando na minha casa. Não temos um agora porque tenho um marido.

Robert: Apenas um casal morando em nossa casa.

Nancy: Apenas um casal morando em nossa casa no momento. Mas que alegria foi para mim ter esses recém-casados, novos jovens pais morando lá e poder compartilhar a vida com eles.

Que alegria é para mim olhar e ver muitos nesta igreja, como a Hannah, que nem havia nascido quando cheguei aqui. Muitas que vi nascer e crescer e as curti muito quando eram crianças. E agora ver mulheres como Hannah, sendo jovens esposas e mães e tendo suas próprias famílias e vivendo a fé dos Craigs e Jodys, seus pais, que modelaram isso e as ensinaram. E antes que percebamos, a Hannah será uma das mulheres mais velhas nesta igreja e no Corpo de Cristo, e haverá uma nova geração surgindo.

É assim que sobrevivemos. É assim que prosperamos. É assim que passamos o evangelho de uma geração para a próxima. E se pararmos, se não estivermos fazendo isso, todas nós – deixe-me falar apenas às mulheres – então virá um momento em que a próxima geração, como diz o livro de Juízes, “Não conhecerá a Deus nem os Seus caminhos.”

Então, isso é o que fazemos depois de ouvir no púlpito: vivemos a mensagem. Em seguida, meu ministério favorito nesta igreja, em termos do que estou envolvida, é o que chamo de ministério do c-o-r-r-e-d-o-r. É nos corredores após o culto, antes do culto, na entrada, que interagimos, fazemos perguntas uns aos outros. “Como você está? Como posso orar por você? Como posso te encorajar? Como está indo?”

Responder a essas perguntas e fazer essas perguntas, se envolver intencionalmente. Você não precisa de um diploma de seminário para fazer isso. Você não precisa ser um professor de Bíblia, ter um microfone para fazer isso. Você só precisa amar Jesus, viver o evangelho e se comprometer em ajudar os outros a fazerem o mesmo.

Portanto, para mim, é assim que este trecho realmente ganha vida.

Raquel: O Pastor Dan Jarvis entrevistou Robert e Nancy Wolgemuth sobre Tito 2. Dan tem ensinado o livro de Tito, e ele também sabia que Nancy estava escrevendo um livro sobre Tito 2:1–5, trabalhando nisso por vários anos. Foi por isso que ele quis entrevistar Robert e Nancy em sua igreja.

O livro resultante desse estudo se chama “Mulheres atraentes adornadas por Cristo: Vivendo a Beleza do Evangelho Juntas”. Quando você coloca em prática as boas ideias que ouviu no programa de hoje, realmente mostrará a beleza do evangelho. Esse livro da Nancy irá mostrar como realmente entender esses princípios e torná-los parte de sua vida cotidiana. Para obter uma cópia do livro, acesse o nosso site www.avivanossoscoracoes.com

Se você foi abençoada por esta série e deseja nos apoiar para que possamos continuar trazendo o ensinamento da Nancy em português, você poderia nos ajudar financeiramente?

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Amanhã começaremos uma nova série chamada “O poder das palavras”. Teremos o restante desta semana e a próxima semana para mergulhar no livro de Provérbios para escutar do Senhor como tanto as palavras que falamos como as palavras direcionadas a nós tem um profundo impacto. Vamos usar esse instrumento maravilhoso, que é a nossa língua, para trazer glória ao Senhor. 

Se quisermos proferir palavras que ministram vida aos outros, precisamos estar cheias do Espírito de Deus para que Ele seja Aquele que nos motiva e capacita a falar palavras que dão vida.” Esperamos por você amanhã aqui no Aviva Nossos Corações.

O Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth chama mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Clique aqui para ouvir o original em inglês.