icon-newsletter

O Céu Reina – Ep03: Quando você precisa de sabedoria (Daniel 2)

Publicadas: abr 03, 2024

Raquel: Se alguma vez você se sentir desanimada com a política, Nancy DeMoss Wolgemuth nos dá uma visão geral e diz …

Nancy DeMoss Wolgemuth: Todo empreendimento humano, todo império humano, não importa quão impressionante, não importa quão forte, um dia chegará ao fim. Apenas o Reino de Deus durará para sempre. Então, vamos orar: “Oh Deus, venha o Teu Reino!”

Raquel: Este é o Aviva Nossos Corações com Nancy DeMoss Wolgemuth, autora de O Céu Reina, na voz de Renata Santos.

Aqui está Nancy.

Nancy: Ok, se você está chegando somente hoje a esta série, estamos no livro de Daniel, então te convido  a abrir sua Bíblia no Antigo Testamento. 

Ezequiel é um livro de profecia longo, depois vem Daniel que é mais curto, escondido ali no final do Antigo Testamento. Estamos procurando vislumbres de Deus, vislumbres do Céu, no livro de Daniel.

Vamos analisar cerca de um capítulo por dia por algumas semanas e procurar evidências de que o Céu reina. Temos muitas evidências ao longo do livro de Daniel, assim como no restante das Escrituras, e em nossas vidas, certo? O Céu realmente reina. 

Então, quero que você não apenas olhe na sua Bíblia por evidências de que o Céu reina, mas à medida que passamos por esta série, quero que olhe para a sua vida diária em busca de evidências de que Deus está presente, Deus está provendo, Deus está protegendo – o Céu reina.

Hoje estamos no capítulo 2 do livro de Daniel, e espero conseguir ler todo o texto. Este é um capítulo extenso, então não vamos fazer uma imersão profunda em nenhuma parte dele. Queremos ter um vislumbre, nosso objetivo é que você veja que o Céu reina.

Senhor, gostaria que o Senhor abrisse nossos olhos, abrisse nossos corações, nos desse a confiança enquanto abrimos a Tua Palavra de que o Céu realmente reina. 

Obrigada pelo que o Senhor fez na vida de Daniel e na vida de seus amigos, lá no império da Babilônia, há 2.700 anos. 

Obrigado por ter preservado este relato em Tua Palavra para que possamos ter segurança hoje em nossas vidas de que o Céu realmente reina. Portanto, dê ao nosso coração essa bendita certeza, eu oro em nome de Jesus, amém.

Daniel 2 diz assim:

“No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor (ele era o rei da Babilônia, o homem mais poderoso da Terra naquela época)  teve sonhos; sua mente ficou tão perturbada que ele não conseguia dormir.” (v.1)

Você se lembra no livro de Ester, quando um rei teve problemas para dormir e Deus usou sua noite de insônia para preservar a vida dos judeus? 

Deus está acima de tudo! Deus tem ciência dos sonhos. Deus está acima do sono, ou da insônia. Então, quando você não consegue dormir às vezes à noite, apenas lembre-se, o Céu reina. Deus está no controle de tudo isso.

“(Ele) teve sonhos; sua mente ficou tão perturbada que ele não conseguia dormir. Por isso o rei convocou os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos para que lhe dissessem o que ele havia sonhado.” (v. 2)

Estes eram praticantes do oculto; eram considerados homens sábios. Os magos vieram daquela parte do mundo, e eram educados. Supunha-se que saberiam dessas coisas, e supunha-se que tinham poderes sobrenaturais para discernir essas coisas. Então ele convocou todos esses homens sábios, e … quando eles vieram e ficaram diante do rei, 

este lhes disse: “Tive um sonho que me perturba e quero saber o que significa.“Então os astrólogos responderam em aramaico ao rei:” (v. 3)

Começa o aramaico aqui- O porquê do aramaico é outra história, mas partes do livro de Daniel são escritas em hebraico, as partes iniciais e finais, e o meio é escrito em aramaico, que seria a língua comum na Babilônia.

“Então os astrólogos responderam em aramaico ao rei: ‘Ó rei, vive para sempre! Conta o sonho aos teus servos, e nós o interpretaremos’.

O rei respondeu aos astrólogos: Esta é a minha decisão: se vocês não me disserem qual foi o meu sonho e não o interpretarem, farei que vocês sejam cortados em pedaços e que as suas casas se tornem montes de entulho.  

Mas, se me revelarem o sonho e o interpretarem, eu lhes darei presentes, recompensas e grandes honrarias. Portanto, revelem-me o sonho e a sua interpretação.” (vv. 4–6)

É claro aqui o que ele está pedindo, o que está exigindo. Nabucodonosor exigiu que seus conselheiros, seus adivinhos lhe dissessem tanto o sonho quanto o seu significado. Ele prometeu a eles uma grande recompensa se tivessem sucesso, e se não conseguissem, ameaçou destruí-los completamente, o que ele tinha o poder para fazer. Então, o verso 7:

“Mas eles tornaram a dizer: (agora suas vidas estão em risco) ‘Conte o rei o sonho a seus servos, e nós o interpretaremos.’ 

Então o rei respondeu: ‘Já descobri que vocês estão tentando ganhar tempo, pois sabem da minha decisão. Se não me contarem o sonho, todos vocês receberão a mesma sentença; pois vocês combinaram enganar-me com mentiras, esperando que a situação mudasse. 

Contem-me o sonho, e saberei que vocês são capazes de interpretá-lo para mim’. Os astrólogos responderam ao rei: ‘Não há homem na terra que possa fazer o que o rei está pedindo!’” (vv. 7-10)

Isso era verdade! Nenhum homem, nenhum ser humano poderia saber o que o rei sonhou quando estava tendo esse pesadelo, esse sonho, seja lá o que foi.

Não há homem na terra que possa fazer o que o rei está pedindo! Nenhum rei, por maior e mais poderoso que tenha sido, chegou a pedir uma coisa dessas a nenhum mago, encantador ou astrólogo. O que o rei está pedindo é difícil demais; ninguém pode revelar isso ao rei, senão os deuses, e eles não vivem entre os mortais.” (vv. 10-11)

Eles estavam dizendo: “Nós não somos deuses. Somos sábios, somos inteligentes, temos essas habilidades sobrenaturais, mas não somos deuses. Não podemos lhe dizer o que apenas os deuses podem lhe dizer. Ninguém na terra pode lhe dizer.” Eles entenderam que o que o rei estava pedindo a eles era absolutamente impossível. Nenhum ser mortal pode ler mentes ou sonhos.

Robert e eu às vezes, depois de acordarmos de manhã, perguntamos: “Você sonhou na noite passada?” Geralmente não conseguimos lembrar dos nossos próprios sonhos, mas com certeza eu não poderia dizer ao Robert o que ele sonhou na noite passada! Não há como. “Apenas os deuses” poderiam realizar tal tarefa.

Esses homens, ainda que se considerassem sábios, estavam reconhecendo suas próprias limitações, sua própria mortalidade. Eles estavam reconhecendo que não eram deuses e que não possuíam poderes sobrenaturais.

Bem, o versículo 12 de Daniel 2, diz o seguinte:

“Isso deixou o rei tão irritado e furioso que ele ordenou a execução de todos os sábios da Babilônia. E assim foi emitido o decreto para que fossem mortos os sábios; os encarregados saíram à procura de Daniel e dos seus amigos (que estavam entre esse grupo de conselheiros), para que também fossem mortos;” (vv. 12-13)

Você vê, ser piedoso, estar entre o povo de Deus, não os isentou dos desafios de viver num mundo pecaminoso e caído. O decreto do rei afetou Daniel e seus amigos também. Às vezes, neste mundo, temos que viver e lidar com governantes tirânicos e egocêntricos e seus decretos. Mas Daniel tinha algo que esses supostos sábios não tinham. Veja o que diz os próximos versículos: 

Daniel dirigiu-se a ele com sabedoria e bom senso.” (V. 14)

De onde ele tirou isso? De Deus. Deus lhe deu sabedoria; Deus lhe deu entendimento.

[Ele] respondeu com sabedoria e bom senso a Arioque, o chefe da guarda do rei, que tinha saído para executar os sábios da Babilônia. 

“Ele perguntou ao oficial do rei: ‘Por que o rei emitiu um decreto tão severo?’ Arioque explicou o motivo a Daniel. Diante disso, Daniel foi pedir ao rei que lhe desse um prazo, e ele daria a interpretação.” (vv. 14-16)

Note o que Daniel não fez: ele não entrou em pânico. Ele não ficou preocupado. Observe também o que mais ele não fez: ele não organizou um protesto ou planejou um golpe para derrubar o rei. Ele demonstra neste trecho uma confiança tranquila que sabemos estar fundamentada em sua compreensão de que – o quê? O Céu reina.

Quando soube que todos os sábios do reino, incluindo ele mesmo e seus três amigos, seriam executados, ele apelou ao rei para lhe dar tempo para pensar no sonho e em sua interpretação. Ele deve ter acreditado que Deus poderia mostrar a ele aquele sonho. Ele sabia que não poderia descobri-lo; ele deixa isso claro mais tarde no trecho. Mas ele sabia que Deus poderia, e ele sabia disso antes que Deus o revelasse! Ele disse: “Dê-me tempo, e eu lhe darei o sonho e a interpretação”.

Veja o que ele faz em seguida:

“Daniel voltou para casa, contou o problema aos seus amigos Hananias, Misael e Azarias, e lhes pediu que rogassem ao Deus dos céus que tivesse misericórdia acerca desse mistério, para que ele e seus amigos não fossem executados com os outros sábios da Babilônia.” (vv. 17-18)

Daniel não entrou em pânico, mas também não tentou descobrir isso por conta própria. Ele foi imediatamente a seus amigos, explicou a situação e os instigou a orar. “Ajoelhem-se, pessoal! Orem por intervenção divina”, para que suas vidas fossem poupadas.

Daniel tinha dons especiais dados por Deus para entender visões e sonhos; lemos sobre isso no capítulo 1. Mas mesmo assim, ele operava em comunidade. Ele não confiava em seus próprios dons; ele confiava na ajuda de seus amigos e de seu Deus. Ele sabia que, por si só, não tinha a sabedoria ou a habilidade para lidar com isso; eles precisavam de Deus. Então, o que fizeram? Eles oraram.

Isso é o que você faz quando necessita de Deus e reconhece suas limitações: você ora. Quando compreende que não pode lidar com determinada situação sozinha, você busca sabedoria em oração. Diante da incapacidade de alterar o coração de um filho ou de compreender os mistérios que envolvem a profundidade do coração de seu cônjuge ou filho, você ora! Você busca a Deus por sabedoria e roga por misericórdia diante desses enigmas.

Veja o que o versículo 19 diz: 

“Então o mistério foi revelado…” quando? Quando eles oraram. 

“Então o mistério foi revelado a Daniel de noite, numa visão. Daniel louvou o Deus dos céus.” (v. 19)

Fico feliz que ele tenha se lembrado de fazer isso. Em resposta às orações de Daniel e seus amigos, Deus revelou o mistério do sonho e a interpretação, mas Daniel dá todo o crédito a Deus, porque Deus merece todo o crédito. E em sua oração a partir do versículo 20, Daniel reconhece a soberania e o poder de Deus. Ele agradece a Deus por ouvir e responder às suas orações. Ele diz, em essência – este trecho do capítulo dois é poderoso – a maneira como você poderia resumir todo este parágrafo é: O Céu reina. Veja o que Daniel diz no versículo 20:

“e disse: Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre;

a sabedoria e o poder a ele pertencem.” (v. 20)

(não a todos os sábios, não a nós porque passamos por este maravilhoso programa de treinamento). A sabedoria e o poder pertencem a Deus.

“Ele muda as épocas e as estações;

    destrona reis e os estabelece.” (v. 21)

Pare. Lembre-se disso. Deus remove e estabelece reis e governantes e autoridades em todas as esferas de autoridade humana. Os governantes não são escolhidos por eleições ou por qualquer outro processo feito pelo homem. Deus estabelece reis. No seu local de trabalho, na sua comunidade, na política, no governo, Deus estabelece reis e os remove quando Ele termina de fazer o que quer com e através deles. Deus faz isso.

Continuando no versículo 21 aqui:

“Dá sabedoria aos sábios

e conhecimento aos que

    sabem discernir.

Revela coisas profundas e ocultas;

conhece o que jaz nas trevas,

    e a luz habita com ele.

Eu te agradeço e te louvo,

    ó Deus dos meus antepassados;

tu me deste sabedoria e poder,

    e me revelaste o que te pedimos,

revelaste-nos o sonho do rei”. (vv. 21-23)

Com que frequência buscamos o Senhor em nossa desesperança por sabedoria e ajuda, e depois nos esquecemos de agradecer a Ele, de louvá-Lo quando Ele atende, quando Ele nos mostra o que precisamos? Toda a sabedoria vem de Deus. Se você é uma pessoa sábia, é porque Deus lhe deu sabedoria, e você obtém essa sabedoria pela Palavra do Senhor e pelo Espírito Santo.

Não somos autossuficientes! Não somos oniscientes! Todas nós enfrentamos diferentes circunstâncias de vida, em nosso mundo enfrentamos circunstâncias para as quais não há solução humana. 

Mas Deus dá sabedoria ao Seu povo que pede. Dependemos Dele para a sabedoria e o entendimento para revelar mistérios que são grandes demais para nós. Portanto, lembremos de pedir a Ele a sabedoria e não nos esqueçamos de agradecê-Lo quando Ele nos dá a sabedoria, como Daniel fez.

“Então Daniel foi falar com Arioque, a quem o rei tinha designado para executar os sábios da Babilônia, e lhe disse: “Não execute os sábios. Leve-me ao rei, e eu interpretarei para ele o sonho que teve”. Imediatamente Arioque levou Daniel ao rei e disse: “Encontrei um homem entre os exilados de Judá que pode dizer ao rei o significado do sonho”. (vv. 24-25)

Isso provavelmente é um termo de desprezo, como, “Todos os seus sábios, inteligentes, principais adivinhos e magos, sábios, não conseguiram fazer isso; mas há um exilado judeu…”

“… que pode dizer ao rei o significado do sonho.” O rei respondeu a Daniel, cujo nome era Beltessazar…

Bel, um dos deuses da Babilônia; seu nome homenageava os deuses da Babilônia, o nome que lhe foi dado pelo rei. Mas ele é Daniel, o homem cuja esperança está em Deus. Ele diz a Daniel:

“O rei perguntou a Daniel, também chamado Beltessazar: ‘Você é capaz de contar-me o que vi no meu sonho e interpretá-lo?’ Daniel respondeu: ‘Nenhum sábio, encantador, mago ou adivinho é capaz de revelar ao rei o mistério sobre o qual ele perguntou,’ (vv. 26-27)

Lembre-se disso! Quando o rei diz: “Você é capaz de fazer isso?” Você diz: “Não, eu não posso fazer isso”, porque você não pode. “Mas”, versículo 28, 

“‘mas existe um Deus nos céus que revela os mistérios….'” 

O Céu reina.

Que oportunidade incrível de testemunhar para este rei pagão e ímpio, que está enfurecido e prestes a aniquilar toda a sua corporação de inteligência ali!

“mas existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Ele mostrou ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias. 

O sonho e as visões que passaram por tua mente quando estavas deitado foram os seguintes: ‘Quando estavas deitado, ó rei, tua mente se voltou para as coisas futuras, e aquele que revela os mistérios te mostrou o que vai acontecer. 

Quanto a mim, esse mistério não me foi revelado porque eu tenha mais sabedoria do que os outros homens, mas para que tu, ó rei, saibas a interpretação e entendas o que passou pela tua mente.’ (vv. 28-30)

Pessoas que acreditam que o Céu reina são pessoas humildes. Elas não recebem o crédito por coisas pelas quais somente Deus merece o crédito. 

Quanto a mim, esse mistério não me foi revelado porque eu tenha mais sabedoria do que os outros homens, mas para que tu ó rei, saibas a interpretação e entendas o que passou pela tua mente.” (v. 30)

Então ele vai ao rei para dar-lhe o sonho, a interpretação. Ele deixa o rei saber: “Eu não conseguia entender isso, mas há um Deus nos céus que revela mistérios.” 

Deus é o revelador de mistérios. Não há mistérios para Deus! Não há nada que o faça se questionar, se perguntar ou tentar entender. Não há mistérios para Ele. 

Ele vê e sabe de tudo, e Ele se revela e revela os Seus mistérios um pouco de cada vez para os seres humanos na terra a quem Ele quer usar para fazer algo. Portanto, conforme Ele achar adequado, Ele revela mistérios.

“Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível.” (v. 31)

É difícil imaginar como alguém poderia ter esquecido esse sonho.

“A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos,” 

Lembre-se disso. Isso será importante na interpretação. Essa pedra,

“atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. 

O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda.” (vv. 32-35)

Daniel conta ao rei o sonho: uma estátua colossal que é ao mesmo tempo magnífica e aterrorizante. Suas partes são feitas de vários metais, em ordem de valor decrescente, da cabeça de ouro aos pés de ferro misturados com argila. 

Então há uma pedra que se solta sem qualquer ação humana e atinge a estátua, esmaga-a, e essa pedra se torna uma grande montanha que enche a terra.

Versículo 36 – Daniel ainda está falando com Nabucodonosor.

“Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. Tu, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder, força e glória.” (vv. 36-37)

Isso é um vislumbre de que o Céu reina em sua Bíblia. “Tu és o rei dos reis, o maior ser humano aqui na face da terra, mas há um maior! 

O Deus dos céus. Ele é aquele que lhe deu soberania, poder, força e glória. Tu não tens nada que Ele não lhe tenha dado. Então, por que se vangloria como se fosse algo especial?” Veremos esse tema de orgulho e humildade percorrendo o livro de Daniel.

“Nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro.” (v. 38)

O rei não chegou a aquela posição por causa de alguma eleição ou por causa de algum decreto, ou porque seu pai era um grande rei. 

Ele estava entronizado porque Deus entregou esse império a ele e o fez governante sobre todos eles. Esse é outro vislumbre de que o Céu reina. 

A cabeça de ouro no sonho simbolizava Nabucodonosor, chamado de “rei dos reis” no versículo 37. Sim, o rei tem poder e autoridade e glória, e Deus lhe deu este reino”, mas veja o que versículo 39 diz:

“Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu.” (v. 39)

Reflita sobre isso. Esta declaração é verdadeira para todo governante e reinado terrestre na história do mundo. Todo presidente, todo primeiro-ministro, todo rei, todo imperador. 

De cada governante e reinado terrestre pode-se dizer: “Depois de você, se levantará outro reino.” Nenhum governante ou reinado terrestre é eterno.

Luís XIV da França foi um dos monarcas que reinou por mais tempo na história. Ele governou por setenta e dois anos e cento e dez dias. E quando ele morreu, se levantou outro governante. 

Ele foi sucedido por seu bisneto de cinco anos, Luís XV. “Depois de você, se levantará outro reino.”

Você vê, quando você é um desses reis de longo reinado – Nabucodonosor governou por mais de quarenta anos sobre a Babilônia – você começa a pensar: Estou aqui. Estou aqui para sempre. Você não está aqui para sempre. 

Aquele governante que está tornando sua vida difícil, talvez em outra esfera da vida – em sua família ou em seu local de trabalho – depois dessa pessoa, haverá outro reino, outro rei. Eles não são eternos; nenhum rei terrestre é.

“Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará toda a terra. Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro despedaça tudo, também ele destruirá e quebrará todos os outros. 

Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro.” (vv. 39-41)

Daniel não tinha como saber nada disso. Ele só soube disso porque Deus revelou a ele, Deus que conhece todos os mistérios.

“Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil. E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. 

Isso significa que se buscarão fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas a união decorrente dessas alianças não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro.” (vv. 42-43)

Após o reinado de Nabucodonosor, Daniel está dizendo, se levantarão outros reis e reinados, cada um menos poderoso e cada um progressivamente mais vulnerável, sendo o último um reino dividido.

O poderoso império babilônico seria seguido pelo império medo-persa, que seria seguido pelo império grego e, finalmente, pelo império romano, que teria força, mas teria componentes misturados que o impediriam de se manter unido. 

Isso tudo aconteceria séculos após o sonho de Nabucodonosor e a interpretação de Daniel. O Céu reina. Deus viu isso, e Deus mostrou isso a Daniel.

“Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído (um dos meus trechos favoritos em toda a Bíblia) e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos os reinos daqueles reis e os exterminará, mas esse reino durará para sempre.  

Esse é o significado da visão da pedra que se soltou de uma montanha, sem auxílio de mãos, pedra que esmigalhou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro.” (vv. 44-45)

Após uma sucessão de reis e reinados estabelecidos por Deus e removidos por Deus, o Deus dos céus intervirá na história humana para estabelecer outro reino que será indestrutível e esmagará todos os reinos terrestres. 

A propósito, essa profecia ainda está em processo de cumprimento. Todos esses reinos terrestres chegarão ao fim, mas o reino de Deus permanecerá para sempre. 

Todo empreendimento humano, todo império humano, não importa o quão impressionante, não importa o quão forte, um dia chegará ao fim. Apenas o reino de Deus durará para sempre.

Então, não vamos tentar construir nossos próprios reinos ou hastear a bandeira do reino terrestre de outra pessoa em nossos corações, mas, em vez disso, como o povo de Deus, vamos orar: 

“Ó Deus, que venha o Teu reino, e seja feita a Tua vontade aqui na terra, como no céu!”

“Então o rei Nabucodonosor caiu prostrado diante de Daniel, prestou-lhe honra e ordenou que lhe fosse apresentada uma oferta de cereal e incenso. 

O rei disse a Daniel: ‘Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério.’ 

Assim o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província.” (vv. 46–48)

Quem exalta as pessoas? Deus. Nabucodonosor era aquele que você pode ver exaltado no mundo visível, mas no mundo invisível e eterno, era Deus quem estava exaltando Daniel para um momento como esse.

“A pedido de Daniel, o rei nomeou SadraqueMesaque e Abede-Nego administradores da província da Babilônia, enquanto o próprio Daniel permanecia na corte do rei.” (v. 49)

Em resposta a essa revelação, à interpretação desse sonho, Nabucodonosor reconheceu o Deus de Daniel. Ele recompensou Daniel, o promoveu a governador de toda a província e concedeu postos administrativos para os três amigos de Daniel, e Daniel serviu na corte do rei. 

Todas essas honrarias poderiam ter subido à sua cabeça, mas perceba, ele sabia que não era seu mérito, era a sabedoria de Deus.

Veremos Daniel permanecendo humilde ao longo de seus setenta anos de serviço na Babilônia e nos impérios Medo-Persa, permanecendo humilde, reconhecendo sua dependência do Deus dos céus. O Céu reina.

O que vimos aqui neste sonho não é apenas um sonho. É uma profecia do Antigo Testamento de promessas que em parte ainda estão por se cumprir. No livro de Apocalipse, ao final das Escrituras, podemos encontrar passagens como esta:

“Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. 

Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. 

De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. Ele as governará com cetro de ferro. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. 

Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.” (Apocalipse 19:11-16)

Esta é a pedra, a pedra não cortada por mãos humanas, nascida de uma virgem, o Filho de Deus, a pedra sobre a qual o mundo tropeça e cai. 

É a pedra que o mundo rejeita, mas a pedra escolhida por Deus e preciosa, que virá no tempo de Deus e da maneira de Deus e derrubará a terra e esmagará todos os reinos da terra. Ele trará julgamento a todos aqueles que rejeitaram a Deus.

Embora pensem que são uma cabeça de ouro ou de prata ou de bronze, pensam que são fortes e poderosos. Mas Deus enviou Seu próprio Filho a este mundo, e um dia Ele retornará para julgar as nações da terra. 

Trará o julgamento dos ímpios e a salvação eterna dos justos e o estabelecimento do reino de Deus nesta terra todo o sempre. Amém! Amém! O Céu reina!

Temos as promessas disso hoje. Vemos vislumbres disso hoje. 

Um dia a oração será louvor e a fé será visão, e veremos aquele Homem em um cavalo branco vindo com a espada do Espírito, a Palavra de Deus – REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES; e Ele reinará para sempre e sempre. Amém.

Raquel: Amém. Isso é um lembrete tão bom nos dias de hoje, não é? Ouvimos Nancy DeMoss Wolgemuth nos ajudando a ter um vislumbre de Seu poder. A série em que ela está se chama “O Céu Reina: Vendo a Soberania de Deus no Livro de Daniel“. “Soberania” é apenas um termo chique para “governo”. Então, quando dizemos que Deus é soberano, estamos dizendo que “Deus governa”. O nosso Deus reina! O Céu reina!

Nancy fala mais sobre isso em seu livro, que também se chama O Céu Reina. Se você está preocupada com eventos geopolíticos no palco mundial ou está com dificuldades em confiar que o plano de Deus para você ou sua família realmente é o melhor (ou ambos), esse livro irá encorajá-la e irá desafiar a sua fé. Para obter uma cópia do livro, visite o nosso site www.avivanossoscoracoes.com e clique na aba Recursos.

Você acha que Deus pretende que sua vida seja totalmente tranquila … o tempo todo? Nancy responderá a essa pergunta amanhã. Junte-se a nós novamente e vamos pedir a Deus que avive nossos corações.

O Aviva Nossos Corações é o ministério em língua portuguesa do Revive Our Hearts com Nancy DeMoss Wolgemuth, chamando as mulheres à liberdade, plenitude e abundância em Cristo.

Clique aqui para o original em inglês.