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Restringindo seu desejo por elogios

Por Nancy DeMoss Wolgemuth

Em 1995, após uma semana ministrando numa grande conferência para obreiros cristãos sobre o tema quebrantamento, experimentei um crescimento dramático de convites para dar mais palestras. Me senti muito grata e profundamente maravilhada pela maneira que Deus havia me usado. Mas a notoriedade colocou combustível num fogo que eu havia combatido durante a maior parte da minha vida – o desejo por reconhecimento e aplausos humanos, ou aquilo que a Bíblia chama de “amor pela aprovação dos homens” (João 12:43).

Encontrei-me apreciando o que outras pessoas diziam sobre como Deus tinha me usado. Rapidamente repassava cartas, e-mails e artigos com elogios sobre meu ministério para os outros, na esperança de que eles pensassem bem de mim. Amava ver meu nome impresso, e às vezes tomava certas medidas para garantir que todo o crédito fosse dado a mim.

À medida que o escopo do meu ministério crescia exponencialmente, também crescia minha batalha contra o orgulho e a exaltação a mim mesma. E tudo isso estava acontecendo justamente enquanto eu viajava pelo país palestrando sobre meus temas favoritos, humildade e quebrantamento!

Como sempre acontece com o pecado, havia somente uma solução: trazer o meu orgulho “para a luz”. Percebi que precisava me humilhar diante dos outros.

O perigo dentro de uma pasta de arquivo

Cetra manhã senti o Senhor me levar a escrever uma carta para cerca de uma dúzia de amigos que oravam por mim – homens e mulheres que cuidavam da minha alma. Admiti a eles minha luta contra o orgulho e pedi que orassem para que eu fosse liberta. Um deles respondeu, compartilhando uma ideia que veio à sua mente enquanto orava por mim:

 

“Talvez por um tempo você poderia guardar cartas com elogios, admiração e qualquer coisa que poderá te causar orgulho. Você tem uma lareira? Se tiver, uma vez na semana acenda a lareira e leia algumas delas pela última vez. Então, diga ao Senhor que você sabe que um dia tudo será provado pelo fogo e somente o ouro, a prata e as coisas preciosas permanecerão. Depois, como gesto simbólico, jogue algumas ou todas as cartas dentro da lareira.”

Assim que li aquela sugestão meus pensamentos voaram até uma pasta de arquivo no meu escritório repleta de material relacionado ao evento de 1995. Ela continha cartas com elogios, reimpressões de minhas mensagens em outras publicações e muitos elogios de variadas formas.

Finalmente entendi que aquele arquivo tinha servido para abastecer meu orgulho e foi um meio para o inimigo ganhar espaço em minha vida.

Uma fogueira de vaidades

Algumas semanas após receber a carta do meu amigo,  o Senhor permitiu que eu estivesse programada para estar na cidade onde ele e esposa moram. Contatei-os, expliquei como o Senhor tinha falado ao meu coração, e perguntei se eles poderiam me encontrar e testemunhar a queima do meu arquivo. Eles graciosamente aceitaram.

Um diário que escrevi na época vislumbra o que estava passando no meu coração:

“Há um morrer envolvido nesse processo – morrer a fim de jamais poder voltar atrás e reler as palavras de elogio, morrer para que nenhum outro ser leia ou se impressione com o que estava escrito, morrer para jamais poder extrair afirmação ou um senso de valor pessoal dessas palavras lisonjeiras.”

Esse exercício atingiu o âmago de algumas das necessidades mais profundas do meu ser.  A carne morre com dificuldade – mas eu sabia que depois do quebrantamento, haveria integridade; depois da morte haveria uma nova experiência de vida abundante.

Nos dias que seguiram a queima daquele arquivo, Deus começou a conceder-me uma extraordinária e doce sensação de Sua presença. Senti meu coração crescer em ternura por Ele, e houve um despertar de Sua Palavra em mim que há muito tempo não acontecia.

 

Nova vida a partir das cinzas

Você pode ou não se identificar com minha batalha pessoal com o orgulho. O ponto é que, independentemente de como somos tentadas, o orgulho precisa e deve morrer. Só então, através do nosso quebrantamento, experimentaremos a libertação da vida ressurreta do Senhor Jesus e o poder que flui do Espírito Santo.

Tornando-o pessoal

Quais são as causas da sua luta com o orgulho? Sua aparência? Seu intelecto? Um dom ou uma habilidade particular? Encontre algum meio – não apenas um gesto, mas “pra valer” – de abrir mão do seu desejo por reconhecimento..

 

https://www.reviveourhearts.com/articles/curbing-the-craving-for-praise/